31 de dezembro de 2008

Robin dos Ricos.


Imagem honestamente roubada do WEHAVEKAOSINTHEGARDEN

Chegamos ao final deste 2008 todos um pouco mais pobres do que em 2007. Consta que até os ricos estão menos ricos. Embora, para estes últimos o Estado tenha encontrado no fundo do saco dos impostos cobrados aos que mais empobreceram os fundos necessários para assegurar os rendimentos dos poucos que enriqueceram e se aforraram. Na verdade, neste país de fingimentos e espertezas saloias, nos últimos anos, décadas, os únicos que melhoraram os seus pecúlios foram os funcionários superiores do Estado, os administradores de empresas públicas e algumas sanguessugas de algumas empresas privadas. São estes altos quadros os grandes aforradores e “jogadores” de dinheiro nos fundos de investimento, certificados de aforro e tradicionais depósitos a prazo. São os cabecilhas do chamado “bloco central de interesses” que mantêm o aforro a níveis acima da média. Foi por isso, só por isso, que o Estado interveio nos bancos BPN e BPP. Não houve, não há, nem está por inventar mais ponderosa razão para não deixar falir a instituições de crédito que se encontram em dificuldades.
No estado do faz de conta a que Portugal chegou, são os mais pobres, os trabalhadores por conta de outrem, os quadros médios e os indiferenciados do Estado e das Autarquias e IPSS, os pequenos e médios empresários e os trabalhadores independentes sem vinculo de estabilidade que estão a pagar, com os seus impostos directos e indirectos, a manutenção das regalias e dos rendimentos dos mais ricos.
Se isto não é o colapso do sistema, vou ali e já venho.

30 de dezembro de 2008

Cordão umbilical

N/M Baía dos Anjos

A familia Parece, os seus iates e navios a motor, ao longo do século XX e deste inicio de século XXI, têm sido uma espécie de cordão umbilical entre Santa Maria e São Miguel. Na verdade, mesmo na proclamada época de Oiro de Snata Maria, da aviação civil, das escalas de grandes figuras, foram o Santo António e o Senhora da Guia que garantiram o abastecimento de bens essenciais ao comércio e indústria marienses.
Hoje, como no passado, a Transportes Marítimos Parece Machado Lda, empresa familiar com ascendentes em Vila Franca do Campo na Ilha de São Miguel, utilizando o seu já velhinho mas bastante eficiente N/M Baía dos Anjos (na foto a zarpar de Vila do Porto) continua a garantir o abastecimento da Ilha amarela.
Por força do mau tempo, o “Baía dos Anjos” não efectuou a viagem costumeira de ontem, segunda-feira, entre as duas Ilhas do Grupo Oriental dos Açores. Resultado. Não há ovos e gaz à venda na Ilha. Isso no século XXI e com duas escalas mensais, supostamente directas, entre a Ilha e a ex capital do Império, Lisboa.
Aqui não há responsabilidades do sistema de transportes marítimos, nem dos políticos intervencionistas. Foi mesmo falta de programação dos comerciantes, é que não estão habituados a que os “pareces” falhem. Falam, falam, mas estão sempre fiados na virgem de Vila Franca do Campo. É caso para citar esse grande crânio da cultura micaelense que dava pelo nome de Mendonça dos Cinemas. “Tai asno, tai asno mas amanhã tas cá caido”.

29 de dezembro de 2008

25 de dezembro de 2008

Nossa Senhora de Monserrate.



Ermida de Nossa Senhora de Monserrate na Ilha de Santa Maria.
Há muito que sabia da sua existência mas nunca me havia lembrado de a ir visitar. Ontem fi-lo e aqui deixo um dos muitos registos que efectuei.
Na Freguesia de São Pedro, sobranceira à planície por onde se estende toda a infra-estrutura do Aeroporto, entre prados naturais e um mato de lindíssimas Faias, ergue-se uma pequena ermida erigida em honra de Nossa Senhora de Monserrate, implantada num adro de lajes de pedra basáltica. Segundo Chaves Carvalho , terá sido o segundo templo a ser construído na Ilha, é constituído por uma Nave principal e dois comprimentos externos, um deles para uso de sacristia. A torre e campanário têm uma acesso por escadaria externa e segundo o referido autor, terá sido construída numa segunda fase.
Há pouco tempo, a Ermida, tal como a maioria dos templos da Ilha, sofreu obras de reparação, efectuadas com o cuidado necessário para que um património deste valor não se perca e não se descaracterize.

24 de dezembro de 2008

Última entrada na manada.

Um ano e um dia mais nova do que uma sua irmã, nasceu Domingo, não precisou de ajuda e levou hoje os seus repectivos brincos de identificação. É filha de um touro Charolês puro, com laranjais que fazem inveja a muitos supostos nobres da nossa praça, e desta bonita vaca cruzada de Frizia com Charolês.

Sempre fotogênico.


Barreiro da Faneca-Santa Maria Island-Azores

22 de dezembro de 2008

Tempo de vacas magras na política Portuguesa.

Vaca Charolêsa

Estes dias que tenho levado vida de verdadeiro “cowboy” na mais oriental das Ilhas Açorianas, têm-me mantido, felizmente, afastado da trica e do enredo politico-partidário. Não o suficiente para lembrar a boa actuação do Deputado Artur Lima na questão do IFAP e da má gestão que o Secretário Noé Rodrigues fez dum dos dossier mais importantes para a economia Açoriana. Não o suficiente para lembrar ao Deputado Paulo Rosa que os pescadores Açorianos de Rabo de Peixe têm precisamente os mesmos direitos e deveres dos pescadores Açorianos das Flores. E não o suficiente para rir à gargalhada com a aventada hipótese der dissolução da Assembleia da Republica por causa dessa coisa de somenos (para os Portugueses) que é o Estatuto da Região Autónoma dos Açores.
Nesse particular, gostaria de lembrar que, mais uma vez, o PSD fez o frete a Cavaco, abstendo-se na votação do diploma. Caso o mesmo fosse votado favoravelmente por unanimidade, a mesmo teria que ser entendida como um voto de protesto politico da Assembleia do Povo, eleita por este, ao Presidente do Povo também eleito por este.
A legitimidade democrática do Presidente da República apenas é maior do que a da Assembleia por decreto.

18 de dezembro de 2008

Yes we can.

O Presidente eleito dos Estados Unidos da América Barack Hussein Obama foi o escolhido pela reputada Time como Person of the Year 2008. Como o meu candidato era a Srª Clinton, uma vez afastada da corrida, pouco me interessava quem ficaria na Casa Branca. Confesso alguma simpatia pelo Senador McCain, acho que toda a gente tinha, dai termos assistido a uma campanha sem ataques pessoais ao candidato conservador mas sim à Sr. Palin e à administração Bush, dois handicaps fortíssimos para McCain.

Não surpreende de todo, esta escolha da TIME, pelo contrário, a não escolha de Obama seria, isso sim, uma surpresa.

Andamos, ainda, por aqui.

São Lourenço a Preto e Branco
São Lourenço Bay-Santa Maria Island-Azores

washing machine.

Portugal tem cá com cada amiguinho. Para as nações, como para os individuos, aplica-se aquela máxima do "diz-me com quem andas dir-te-ei quem és".

16 de dezembro de 2008

Vale tudo.

Um Verão seco e quente que se prolongou até meados do Outono, lançou os agricultores marienses no desespero. Este mês de Dezembro choveu finalmente, contudo as temperaturas baixaram bastante e as pastagens custam a recuperar. No anos transacto, por esta altura, já íamos na segunda volta.
O desdespero dos que não aproveitaram convenientemente a primavera ciadora para guardar comida, levou a a soluções de recurso que vão desde a importação de forragens até ao recurso a ramas de incenso que aqui chamam areias, costeiras que aqui chamamos jacintos e o rei dos manjares, a Babosa. Com as mesmas qualidades do Aloe Vera, este cacto da mesma família é, nestes dias, o melhor e quase único alimento que existe para o gado em Santa Maria.
É ver tudo quanto é agricultor a colher as longas folhas destes cactos, às quais são retirados os picanços e depois de picadas em forma de cunha são dadas como alimento a vacas e novilhos.

Babosa
Babosa-Aeroporto-Santa Maria
Limousine comendo babosa
Novilhos Limousine alimentando-se de babosas picadas.

15 de dezembro de 2008

Pequenino, muito pequenino.

Excelente texto de João Vacas no 31 D'Armada que vai direitinho ao coração do Largo do Caldas.

Entranhas do Faial

Entranhas do Fayal-Azores

Caminho Florestal-Faial Island-Azores
A estradas florestais do interior alto da Ilha do Faial estão em excelente estado de conservação e proporcionam excelentes passeios a pé ou de automóvel, dependendo do que se pretende ver. Pena é que não exista qualquer sinalização indicando os destinos possíveis e o local onde nos encontramos. Nem tudo pode ser perfeito, é preciso ir experimentando os muitos caminhos existentes e ir acreditando no instinto.
Nas encostas viradas a Sul e Este, o Pico São Jorge e Terceira estão quase sempre presentes, proporcionando momentos únicos e a sensação de arquipélago que apenas se tem nestas Ilhas do chamado triângulo. São Jorge é a única Ilha que, estejamos onde estivermos, conseguimos sempre ver alguma Ilha, Faial, Pico, Terceira e Graciosa podem ser avistadas quase todo o ano.

13 de dezembro de 2008

11 de dezembro de 2008

Democracia em perigo nos Açores.

A Assembleia Legislativa Regional dos Açores e a nossa democracia, sofreram hoje um dos mais rudes golpes algumas vez sobre elas perpetrados.
O Programa do Governo, em discussão surda durante três dias, foi proclamado aprovado sem que tenha decorrido qualquer votação. Bem me parecia que Francisco Coelho não estava à altura do cargo. Artur Lima parecia adivinhar o que aí vinha, logo no inicio do seu discurso final apelou ao bom senso e isenção do Presidente da ALRA, coisas que, ficou-se a saber, Francisco Coelho não tem. O teatro foi preparado ao pormenor. Cesar, logo no inicio da semana foi dizendo que este programa já tinha sido sufragado nas urnas e que nada mais havia a discutir, o debate foi todo só a fingir, neste país de democratas de pacotilha e formados pelos sorteios dos cupões das caixas da farinha amparo tudo é um pouco a fingir .
Não raras vezes tenho afirmado a necessidade de lastrar a nossa democracia. Fazê-lo, só é possível, com políticos capazes da grandeza de serem arrogantes nas derrotas e humildes nas vitórias.
Se dúvidas havia sobre o “carneirismo” do grupo parlamentar do PS, elas ficaram dissipadas. O verdadeiro líder parlamentar dos socialistas Açorianos é Francisco Coelho. Estamos, assumidamente no PJAEC, Processo de Jardinização dos Açores em Curso.

Curiosidade.

Dos seis líderes parlamentares que acabaram de discursar no Parlamento da Região Açores, apenas um, Artur Lima, nasceu nestas Ilhas. De facto, a autonomia dos Açores já não é o que era e jamais será aquilo que aspiraram os nossos antepassados do final do século XIX. Estamos a ser colonizados, de vagarzinho, é certo, mas colonizados.

Manoel de Oliveira, 100 anos


Fotografia roubada algures

10 de dezembro de 2008

Não tenho medo, tenho nojo.

Mais um texto imperdivel do cada vez mais acutilante Miguel Castelo-Branco
Pergunta-me um amigo de longa data se tenho medo da plutocracia. Respondo-lhe que não, que a plutocracia não mete medo a ninguém. É um arranjo cuja preocupação se centra em monopolizar o poder político, confundindo-o com aqueles que detêm o capital, logo um insulto à democracia, à representação, à imparcialidade da lei e à propriedade de utilidade social. Acresce que os plutocratas, ao invés dos capitalistas, não são animados por qualquer outro valor na acção política que não seja condicionar, calar a diferença, ultrajar os que não integram o clube. Capitalistas houve que fizeram mais pela cultura, pela ciência e pela felicidade dos outros que muitos religiosos e moralistas. Vide os exemplos dos Smithson, Thyssen, Aga Kahn e Gulbenkian e atentemos da categoria dos mecenas portugueses, das doações que deixaram por herança (Champalimaud, Ricardo Espírito Santo). Comparemo-los com os merceeiros do presente e a diferença é gritante. Uns - os capitalistas mecenas - eram homens de cultura, espalharam o bem, ajudaram artistas, concederam bolsas a milhões de estudantes, abriram museus, estimularam a inventiva. Foram, sem tirar, democratizadores. Os outros - os tais dos bancos que infestam, prédio sim, prédio não, as nossas cidades - não deixarão nada.
O capitalista deixa colecções de arte, bibliotecas, parques, laboratórios, hospitais. O plutocrata não deixa nada, pois o seu horizonte confunde-se com os gostos canalhas. O plutocrata não se distingue, aliás, da canalha, com a agravante de ser canalha com poder. A plutocracia não mete medo: mete nojo.

Poente/Nascente

Horta-Fayal-Azores

Horta-Fayal-Azores, à noite.

Horta-Fayal-Azores

8 de dezembro de 2008

Aforismos de um trolha.

Para ele não habvia B-20 ou B-30, era tudo B-olho.
PS: Aforismo escrito em dia de bricolage.

6 de dezembro de 2008

Amarras

Amarras
Depois de mais de 60 anos de ditaduras, a democracia tarda a impor-se. São atavismos demasiados. O novo regime não chegou a soltar as amarras, afundou ainda em porto.

5 de dezembro de 2008

Rehab

They tried to make me go to rehab but I said 'no, no, no'
Yes I've been black but when I come back you'll know know know
I ain't got the time and if my daddy thinks I'm fine
He's tried to make me go to rehab but I won't go go go

I'd rather be at home with ray
I ain't got seventeen days
Coz there's nothing
There's nothing you can teach me
That I can't learn from mr hathaway

I didn't get al lucky at class
But I know it don't come in a shot glass

They tried to make me go to rehab but I said 'no, no, no'
Yes I've been black but when I come back you'll know know know
I ain't got the time and if my daddy thinks I'm fine
He's tried to make me go to rehab but I won't go go go

The man said 'why do you think you here'
I said 'I got no idea
I'm gonna, I'm gonna lose my baby
so I always keep a bottle near'
He said 'I just think your depressed,
kiss me here baby and go rest'

They tried to make me go to rehab but I said 'no, no, no'
Yes I've been black but when I come back you'll know know know
I ain't got the time and if my daddy thinks I'm fine
He's tried to make me go to rehab but I won't go go go

I don't ever wanna drink again
I just ooh I just need a friend
I'm not gonna spend ten weeks
have everyone think I'm on the mend

It's not just my pride
It's just til these tears have dried

They tried to make me go to rehab but I said 'no, no, no'
Yes I've been black but when I come back you'll know know know
I ain't got the time and if my daddy thinks I'm fine
He's tried to make me go to rehab but I won't go go go

Sentinelas

Sentinelas B&W
Os dias que correm são perigosos. Há que estar atento a todas as esquinas, a todas as manhas, a todos os braços mãos e dedos do poder. Os dias que correm são dias de sentinela.

4 de dezembro de 2008

4 Dezembro 1980

Adelino Amaro da Costa
Foto retirada do blogue Câmara dos Comuns
Se não tivesse existido um certo 4 de Dezembro, provávelmente, Portugal seria um outro País. Ou melhor, talvez Portugal tivesse tido a ténue hipótese de vir a ser um País.

2 de dezembro de 2008

É D'Homem,

como diria o Guilherme Marinho.
O Partido Socialista decidiu, esta manhã, não mexer no Estatuto Político-Administrativo dos Açores. A decisão foi confirmada a este jornal pelo deputado açoriano à Assembleia da República, Ricardo Rodrigues.
O prazo legal para o partido se pronunciar sobre o documento, que tinha sido vetado pelo Presidente da República, terminava hoje.
Em declarações ao jornalistas, o líder da bancada rosa na Assembleia da República, considerou que "o diploma não afecta, nem limita o poder do Chefe de Estado".
Alberto Martins realçou, ainda, que "os vetos de Cavaco Silva foram puramente políticos".

JornalDiario
Nota a posteriori: O Partido Socialista, anula, assim, a réstia de espaço de manobra que o novo PSD de Berta Cabral tinha para se distanciar das “doutrinas” centralizadoras de Cavaco Silva.

28 de novembro de 2008

25 de novembro de 2008

Revolução à direita e liberalismo.

Temas para uma reflexão que se impôe.
Portugal precisa urgentemente os Açores ainda mais , de uma revolução à direita e às direitas.
Entendo, talvez erradamente, que uma grande maioria do eleitorado e até dos dirigentes do PPD/PSD são intrinsecamente de direita. Contudo, as suas lideranças têm andado entre o grande centrão no que a políticas sociais concerne e a esquerda das políticas económicas.
Ao contrário do que por ai se apregoa facilmente, a actual crise financeira não é reflexo da crise económica, do colapso do capitalismo ou desse bicho papão a que a “esquerdalha” chamam neo-liberalismo. A actual crise financeira é fruto do excesso de regulação do sector bancário, excesso de intervencionismo, de garantias dos estados (vide casos de falência recentes e não recentes) e é causa primeira da crise económica.
Na verdade, foram os bancos centrais que, através de políticas altamente restritivas de apoio às pequenas e médias empresas e de concentração do crédito no chamado crédito hipotecário com garantias reais que levaram à “cartelização” do sector financeiro e a um nível de endividamento, dos trabalhadores por conta de outrem, perto do limiar da falência.
A economia é uma ciência feita hoje por gente que julga saber tomar conta da riqueza de quem a soube criar. Há demasiadas vantagens nas soluções criativas. Hayek, talvez o grande defensor dos méritos da ordem espontânea (prémio Nobel da economia) defendia que “ uma economia é um sistema demasiado complexo para ser planeado por uma instituição central e deve evoluir espontaneamente”. Ora não foi essa espontaneidade que falhou, foi precisamente a regulação e a forma como foi feita.
Nos Açores, mais do que no resto do Pais, o peso do Estado/Região nas decisões dos empresários é preponderante. Não há questões de mercado, há apenas questões de capelinhas que têm que ser geridas de acordo com a lei do “não fazer ondas” principalmente se for ano de eleições.
Por mais estranho que possa parecer, as corporações e os empresários, na sua maioria, entraram nesse jogo. Jogo que levou os Açores ao estado de letargia de desenvolvimento económico em que se encontra, em contraponto com o grande salto que foi o final do século XIX e a primeira metade do Século XX..
A base do nosso tecido económico mais robusto, nasceu precisamente nessa época que se diz hoje era de miséria, mas só até 1972 é que a nossa economia convergiu com os nossos parceiros europeus, e esse é o único termo de comparação que podemos utilizar, todos os outros são do foro do populismo e da demagogia.
Entre 1850 e 1940, por iniciativa de privados, foram criadas as empresas de transportes marítimos e aéreos que deram lugar às que hoje existem, a única seguradora Açoriana, os únicos Bancos Açorianos, a electricidade, as industrias exportadoras do açúcar, do tabaco, dos lacticínios, da chicória e das conservas de peixe.
O Porto de Ponta Delgada que hoje serve essencialmente como ponto de entrada de mercadorias, era uma exigência do sector privado para fazer face ás suas capacidades de exportação.
Hoje, quando muito se fala de inovação e empreendedorismo, faltam precisamente os inovadores e os empreendedores. Quando esses aparecem, há a mão grande e o braço comprido do regulador ou do político invejoso ou que emprenha pelos ouvidos de outros invejosos para lhe fazer parar a ambição, a inovação, o empreendimento, e a vontade de ir mais além e de fazer diferente.
Reler Hayek, deixar de pensar na táctica imediatista do interesse “eleiçoeiro” e pensar estrategicamente o desenvolvimento dos Açores tendo por base as liberdades pessoais e empresariais dos seus cidadãos era um bom serviço prestado às gerações que vão vir a seguir. Quando não é apenas reservar-lhes o direito a apagarem a luz.

25 de Novembro

21 de novembro de 2008

No mínimo, demita-se


Imagem RTP.
Já aqui abordei, várias vezes, o facto de em Portugal os políticos e figuras públicas raramente tirarem consequências políticas dos seus actos e omissões.
Salvo erro, Jorge Coelho foi o último a fazê-lo a quando da queda da Ponte Hintze Ribeiro em Entre-os-Rios. Subsiste, no entanto, a dúvida se Coelho não terá encontrado na queda da ponte um motivo para saltar fora do chamado “pântano guterrista”, dou-lhe, de barato, o beneficio da duvida, mais do que uma convicção é um Whishful Thinking (corrigido), afinal gosto de acreditar que há políticos sérios e consequentes neste país de chicos-espertos e aldrabões encartados.
No caso do Banco Português de Negócios, não é compreensível que o Governador do Banco de Portugal não tenha ainda retirado as devidas consequências políticas da sua incompetência ou da incompetência da Instituição que dirige. Na verdade, o Governador dos “fretes” e não “fretes” aos governos consoante dá jeito ou não dá, não pode alegar desconhecimento dos factos no caso BPN. Mas, mesmo que Vítor Constâncio não soubesse do que se estava a passar no BPN, deve demitir-se, assumindo a sua ignorância em relação ao caso e como tal a sua incompetência.

Manutenção precisa-se

Caldeira Velha-S.Miguel Island-Azores
Não basta fazer, é preciso manter. A zona circundante da Caldeira Velha está a degradar-se a olhos vistos. Vestiários e outros equipamentos apresentam sinais avançados de degradação, uns pela acção do cronos outros por vandalismo. Seja como for, manutenção precisa-se.

19 de novembro de 2008

Podem levar a Manuela que ainda nos resta o Sócrates.

Os humoristas norte americanos estão preocupados com a falta de inspiração causada com a saida de George W. Bush da Casa Branca.

18 de novembro de 2008

O inacreditável mundo dos políticos de plástico.

Não acreditas mas devias acreditar.

Pois eu é precisamente ao contrário. Só acredito em reformas quando se está em democracia. Vejam lá a reforma que essa Senhora vai ter que se fosse no tempoo do Salazar, por exemplo, não tinha.
Com uma oposição destas só mesmo para fazer humor.
Demarca-te Berta Cabral, antes que te vejas enredada na teia FerreiraLeite/Cavaco Silva.

Falta de água.

Água

O nível dos aquíferos nas Ilhas do grupo Oriental atinge já níveis preocupantes. Em São Miguel e Santa Maria não chove (chuva digna desse nome) desde Julho. A Lagoa do Fogo mostra as suas margens como nunca.

Em Santa Maria a seca já provocou danos graves na agricultura em especial na pecuária, tendo obrigado já alguns agricultores a recorrerem à importação de alimentos.

17 de novembro de 2008

Já não falta muito para os dois dígitos.

O excelente texto sobre a legislaçãso laboral no Blasfémias.

Não vá o sapateiro além do chinelo.

Francisco Coelho será o novo Presidente da Assembleia Legislativa Regional dos Açores. Perde-se, assim, um bom lider parlamentar sem a certeza de se ganhar um bom Presidente do Parlamento.

O Estatuto do Povo e o Presidente de alguns.

Diz o Povo, sabiamente: quem muito se abaixa o cu lhe aparece.
O PSD já se baixou ao Presidente da República no caso do Estatuto da Região, o PS prepara-se para fazer cair o mesmo. Tudo isto, em nome de um bom relacionamento com o Sr. De Boliqueime.
E depois ainda diszem que ele, Cavaco é que é o centralista. Não! Centralistas são PSD e PS que trocam de sentido de voto e de opinião consoante calha bem a Belém ou não.
Às voltas com este modelo de blogue e não há maneira de conseguir por a coisa como eu gostava.
Sinto que estou um bocado enferrujado.
Lume entre as pedras.

14 de novembro de 2008

Novo Governo.

Uma nota apenas de congratulação pela saída, embora tardia, de Duarte Ponte da Ecoonomia, ainda por cima subestituido por um dos melhores políticos Açorianos do momento, Vasco Cordeiro.
Álamo de Menezes, pelas suas caracteristicas e determinação, pode ser uma lufada de ar fresco no Ambiente e Mar.
Quando ao resto, não esperava um fracalhote Noé Rodrigues reconduzido numa das pastas mais importantes para a economia Açoriana. Pois Alevá.

Loiro, alto e espadaudo, não!

“Prontes” o :Ilhas já tem a sua quota feminina preenchida. Agora sim, o blogue está cumprindo o desígnio de ecletismo em que foi criado. Falta o zarolho, o coxo, o gay e a lésbica. Continuem trabalhando rapazes. ´Já agora podiam tentar recuperar a quaota "brick" que perderam para a rosa murcha. (smile)

13 de novembro de 2008

Demos Cracia.

O André Bradford foi aos Estados Unidos da América tomar um banho de democracia. Ainda bem. Talvez isso sirva para, de futuro, pelo menos nos discursos, as coisas mudarem por aqui.
A quantidade de democracia também se mede pela forma como os adversários políticos se respeitam e abordam os diferentes pontos de vista.
Por exemplo e para não ir muito longe, a humildade e subtileza do discurso de vitória de Obama, contrasta com a arrogância e ataques pessoais proferidos por Carlos César na noite do passado 19 de Outubro.

Cuidado!

Dizem-me. Cuidado, Barata. Muito cuidado. Eles têm mãos grandes e braços compridos.

12 de novembro de 2008

Utopia.

Imagine

Dura lex sed lex.

A verdadeira direita ideológica distingue-se das outras direitas e a de alguma “esquerdalha”, precisamente pelo seu sentido de justiça e respeito pelas pessoas e pelas instituições. Vem este meu post a respeito da agressão vil de que foi alvo a Srª Ministra da Educação. Mesquinha, incompetente, incapaz, prepotente e arrogante, a Ministra é Ministra. Ponto.
O respeito por um órgão do Estado é exigível a todos níveis e a sua violação é motivo de sanções previstas na lei, nomeadamente no Código Penal.
Sobre este assunto é de leitura obrigatória o Miguel Castelo Branco, um dos raríssimos exemplos de blogues de direita em Portugal, embora escrito desde a Tailândia e com algum desalento.
(...)A canalhização do povo português - fenómeno degradante a que Soares em tempo crismou estupidamente de "direito à indignação" - deu passos de gigante. É evidente que um representante do Estado não pode ser objecto de tais afrontas, que o desprestígio de um titular de cargo público, a coação física e os impropérios abjectos contra eles aremessados merecem a mais dura condenação e a mais dura reacção das autoridades constituídas. Há quem goste destas coisas, se o ministro for do PS, como em tempos recentes era mister rejubilar com tais degradações se o ministro fosse do PSD. O acto canalha é sempre canalha, parta da direita ou da esquerda, pelo que só se nos impõe prestar solidariedade a uma ministra exposta às revindictas da ralé. Aqui protestei a seu tempo análoga defesa de António Assis, quando foi assaltado por quejanda escumalha nas ruas de Felgueiras, como o faria em defesa de Jerónimo de Sousa, Louçã, Portas e Pinto Coelho se tal desdita lhes ocorresse. As pessoas ainda não compreenderam que há limites, que a violência política não cabe na política mas no Código Penal, que tal gente perde ipso facto direitos políticos ao cair sob a malha dos casos de esquadra. (...)

A Ler na integra no indispensável Combustões.

11 de novembro de 2008

11-11-1918

In Flanders fields the poppies blow
Between the crosses, row on row
That mark our place; and in the sky
The larks, still bravely singing, fly
Scarce heard amid the guns below.

We are the dead. Short days ago
We lived, felt dawn, saw sunset glow,
Loved and were loved, and now we lie
In Flanders fields.

Take up our quarrel with the foe;
To you, from failing hands, we throw
The torch; be yours to hold it high.
If ye break faith with us who die
We shall not sleep, though poppies grow
In Flanders fields.

"In Flanders Fields" - a poem by Major John Mc Crae (1915)

Anibal Craveiro Cavaco Lopes da Silva

O indiscutível Presidente da Choldra a que chamam república Portuguesa, abriu finalmente a boca para se pronunciar sobre a escandaleira que foi um claro e inequívoco bloqueio ao bom funcionamento das Instituições Democráticas na Região Autónoma da Madeira.
Entre outras pérolas de retórica que denotam a ignorância de Cavaco Silva em questões de direito constitucional, destaco esta:
O Presidente da República, nem mesmo o representante da República "têm quaisquer competências legais ou constitucionais para interferir no funcionamento da Assembleia Legislativa", tal como o chefe de Estado também não tem qualquer competência legal ou constitucional para interferir no funcionamento da Assembleia da República.
Obviamente, Cavaco fala assim porque sabe que uma larga maioria dos Portugueses (que até votou nele) não se interessa minimamente com as questões de garantia do funcionamento das instituições democráticas, uns, maioritáriamente por ignorância, outros poruqe, simplesmente se estão a "borrifar" para a democracia. Ou como diz o outro, isso não dá Pão.
Contudo, perante uma franja mais bem informada e formada da população esse é só mais um episódio a confirmar a pobreza de carácter e a total incapacidade para exercer as funções que democraticamente lhe foram confiadas.
Cavaco, entrará para o anedotário nacional substituindo assim o General Craveiro Lopes e a sua ingénua Gertrudes. Ahhhhhhhh! Já nnguém se lembra de Jorge Sampaio que, disolveu um Parlamento com uma maioria devidamente constituida e onde a estabilidade política nunca esteve em causa só porque... Enfim porque sim.

Dia de São Martinho.


Foto retirada do site oficial da Feira Nacional do Cavalo.
Não fosse a crise e a vida estar tão cara, era na Golegã que gostava de estar hoje. Na Feira Nacional do Cavalo.

Curto e grosso.

Há, mais ou menos, um ano, a esquerda então mais radical e agora domesticada ,atirava-se à autarquia de Ponta Delgada por causa da proibição de circulação de bicicletas no Jardim da Cidade. Confesso que na altura achei de mau gosto proibir as “biclas” de andarem no jardim, era um sítio onde ia e, continuo a ir, bastante, com as minhas filhas.
Felizmente, não sei se por força do post do então suposto Bloquista Alexandre Pascoal ou se por outros ofícios, a situação foi reposta, apesar dos responsáveis pelo jardim entenderem que sendo aquele um espaço natural, o mau uso das bicicletas por gente pouco educada, levava à ocorrência de actos de vandalismo em canteiros e plantas. Dou de barato.
Agora, pasme-se, no betonado e apenas betonado espaço das Portas do Mar, é proibido circular de bicicleta. Esta sim uma medida absurda e desadequada para um espaço que se quer seja dos cidadãos.
O que dirá a esquerda amolecida, agora?

10 de novembro de 2008

Um lado assim tipo meio de esquerda, ou talvez não.

A luta final
Por António Barreto.
ESTADO E SOCIALISMO não são sinónimos. Há quem esqueça esta banalidade, mas é por vezes preciso lembrar. Não são. Pode haver, há Estado, muito Estado, até Estado a mais, sem socialismo. O que não há é Socialismo sem Estado. Até mesmo sem Estado a mais. Nas crises actuais do sistema financeiro e nas que ainda aí vêm, incluindo as económicas, uma palavra tem servido de receita miraculosa: o Estado! Primeiro, como fiscal e regulador; depois como juiz e polícia; agora como proprietário e accionista. A esquerda delira de entusiasmo. Falhou o regulador. Vai falhar o juiz e o polícia, pois os ricos escapam sempre. Sobra o Estado proprietário. É a grande oportunidade. Talvez se consiga, pensam uns, construir o socialismo, à socapa, sem luta de classes e sem revoluções. Grandes esperanças!
(...)

6 de novembro de 2008

Equivoco.

O regime autonómico nunca foi uma verdadeira democracia representativa.
Numa sua primeira fase, de jovem entrada na pré-adolescência, foi o romantismo que fez da ideia de autonomia progressiva e do desenvolvimento harmonioso da região duas verdades absolutas e inquestionáveis, ir contra isto era ser anti-autonomista.
Depois, numa segunda fase, entre o velho romantismo e o novo “filho-da-putismo”, os mecanismos de “lambe-botismo”, disciplina partidária e falta de emprego tolheram a liberdade de pensamento a um bom lote de cidadãos. A fome aguça o engenho e domestica as feras.
Eis senão quando se espera uma lufada de ar fresco. Durou pouco tempo. O sistema enquistado pela plutocracia embarca numa democracia corporativa relegando para segundo plano um Parlamento já só composto de carneiros.
Hoje, mais do que nunca, já nada vale ao Parlamento, por mais cores que nele estejam representadas, nem às corporações por mais razões que tenham. Vivemos um dos períodos mais negros da nossa tenra e deslastrada democracia, vivemos uma tirania administrativa.

5 Anos 5

Foi há cinco anos com um post do Pedro Arruda que o :Ilhas veio à pantalha pela preimeira vez.
parabéns a todos.
PS: Haverá jantarada?

4 de novembro de 2008

Crime de lesa Estado.


Foto retirada do site da Atlânticoline.

A confirmação das noticias que corriam à boca pequena ainda antes das eleições regionais sobre os problemas de estabilidade do novo navio da Atlânticoline é um caso de abuso e mau uso de dinheiros públicos que configura o crime de lesa estado.
Irrita-me o facto de ter avisado, primeiro em Fevereiro de 2007, e depois em Outubro do mesmo ano, que os prazos eram irrealistas e que o Estaleiro não era competente, as coisas se terem passado como passaram.
Espero bem que esta seja a gota de água que faltava para que Duarte Ponte não seja o novo Secretário da Economia. Espero também que o novo parlamento tenha na bancada socialista gente digna de assim ser chamada capaz de propor um profundo e aturado inquérito a tudo o que mexe à volta do transporte marítimo de passageiros inter-Ilhas. Desde os concursos desertos por causa dos cadernos de encargos mal elaborados, passando pelos convites e multas que não foram aplicadas e acabando na construção dos portos absolutamente desnecessários e desadequados.
Este Governo que agora termina funções, fica indelevelmente tocado por este escândalo e mais meia dúzia deles que ainda não chegaram às páginas dos Jornais.

1 de novembro de 2008

Agora percebo porquê Costa Neves.


Segundo este mapa roubado ao confuso Daniel Oliveira, só os Distrito de Portalegre tem resultados dos exames nacionais piores do que os Açores. Único denominador comum? Costa Neves . Teoria de relação. O Povo menos culto não percebe a eloquencia diarreica do candidato.

E precisa de assessores?

«Todos os meus assessores utilizam este computador. Porque não precisam de outro …»

31 de outubro de 2008

Dizem que é em nome da cultura.


Fotografia honestamente roubada do Blogue Santa Maria
O Atlântida Cine, também conhecido por Cinema do Aeroporto vai ser demolido para dar lugar a uma estrutura similar com cerca de 130 lugares sentados e muitas valências. Isso é o que eles dizem.
O Atlântida Cine, num país que preze as suas memórias e a sua cultura recente, nunca seria destruído. Mas estes “labregos” que tomaram conta da nossa terra destroem tudo o que possa lembrar períodos mais esplendorosos do que este momento de “treta” em que nos encontramos.
O Atlântida Cine. Depois da destruição do Ginásio, é o último exemplar da arquitectura de madeira efectuada pelos Americanos em Santa Maria no tempo da II Guerra Mundial. Toda a Zona do Aeroporto de Santa Maria deveria ter sido preservada e seria hoje, certamente, um grande pólo de atracção turística e motivo de visita guiada. Ao invés, as autoridades aeroportuárias, como beneplácito e até ajuda dos governantes regionais e locais, foram, sistematicamente destruindo o pouco que por aqui havia. Nem as valências vão sendo substituídas nem as novas obras têm qualquer valor estético. São disso exemplo. A pobreza estética da Igreja que deu lugar à que incendiou, o péssimo exemplo do novo ginásio do Clube ANA que não passa de um armazém, o tristíssimo exemplo do Bairro da NAV cuja inestética nem se equipara ao mais pobre bairro social de Rabo de Peixe.

29 de outubro de 2008

Finalmente.

Berta Cabral assumiu, finalmente, a sua candidatura à presidência do PSD. Pela frente tem um trabalho de grande responsabilidade. O PSD é um partido do arco do poder e com enormes responsabilidades, para o bem e para o mal, na construção da autonomia regional e do regime político instalado na Região depois de 1974.
Pela frente tem, portante, não apenas a responsabilidade de unir o partido mas, principalmente a de o refundar,reconstruir, reconverter e fazer crescer.
O PSD de Berta Cabral tem que ter a coragem de se reafirmar ao centro-direita do espectro politico Açoriano, liberal na economia qb, conservador bastante no que aos costumes da nossa gente concerne, aberto à sociedade o suficiente para se reavivar e renovar.
O PSD dos ressabiados do fim do amaralismo e os sucessivos derrotados nas lideranças de Dâmaso, Neves X2 e Vitor Cruz, têm que perceber que o seu tempo passou e o seu lugar é no banco dos suplentes e só em caso extremo de necessidade.
Berta Cabral tem a oportunidade que o PSD precisa para se refrescar, resta saber se será capaz, corajosa, para romper com esse passado que tem levado o PSD ao descalabro eleitoral e ao quase descrédito público.
O timing é perfeito. Ninguém vai exigir a Berta Cabral que o PSD ganhe as legislativas, e as europeias, e ninguém de bom-senso acredita que possa perder as autárquicas. Berta Cabral tem o caminho aberto até 2012 onde, com ou sem César, será vencedora.

Pragmatismo

Quais são os resultados práticos no bem estar dos Açorianos decorrentes do veto político que o Sr. pau-de-canela fez sobre o projecto de revisão do estatuto Político e Administrativo dos Açores?

Coisa, de facto, muito importante.

Em 608 Escolas Portuguesas, os Açores não conseguiram colocar uma que seja entre as melhores 100. Em primeiro e segundo lugares e entre as melhores duzentas, aparecem em 103º lugar a Secundária Domingos Rebelo em Ponta Delgada e em 165º lugar a EB Secundária de Velas. Depois é um tal afundar na tabela e acima da mediana aparecem em 207º A Secundárias das Laranjeiras 228º Secundária Padre Jerónimo Emiliano de Andrade e 292º a secundária Antero de Quental, escolas dos grande centros urbanos de Angra e Ponta Delgada.
Entre as piores do País estão em 599º lugar a EB e Secundária de Vila do Porto e em 605º A EB Secundária Tomás de Borba.
Que bom é ser Açoriano.

28 de outubro de 2008

De olhos postos no telemóvel.

DSC_4373a
Lá para meados do mês de Novembro reunirão, na Cidade da Horta, em plenário, os Deputados recentemente eleitos. Depois é tempo de César constituir o seu Governo. Entretanto vai de férias.
Muitos dos que há dias andam a dizer que estão desertos para se irem embora do Governo e que se vão dedicar às suas profissões e famílias, não largam o olho do telemóvel à espera de ver Carlos César escrito no ecrã.

27 de outubro de 2008

E por falar em coisas inconsequentes 2

Inconsequente foi a entrevista gravada ao Sr.Presidente Carlos Cesar à RTP-A. Aliás, falar de entrevista é quase um eufemismo.

E por falar em coisas inconsequentes.

Inconsequente foi a entrevista ao Ministro Santos Silva.

Veto quadrado.

Um dos problemas do nosso País é o Povo não acreditar nas consequências dos erros dos políticos. Cada vez mais, o Povo é sábio e não acredita nos políticos do regime e no sistema por eles construído e com muita razão.
Não constitui novidade, para os mais esclarecidos, que Cavaco Silva tem a cabeça quadrada. Isso mesmo ficou demonstrado com o Veto político ao Estatuto Político e Administrativo da região Autónoma dos Açores depois de votado por unanimidade pelos parlamentos regional e da república.
O veto político, mais do que demonstrar a teimosia, do senhor de Boliqueime, constitui um braço de ferro escusado que apenas servirá para enfraquecer as já bastante enfraquecidas instituições democráticas.
Ao vetar politicamente um diploma aprovado por unanimidade, o Presidente da República, passa um atestado de menoridade aos parlamentos directa e democráticamente eleitos. Por seu turno, a Assembleia da República ao reconfirmar a votação tal como se espera, passa um atestado de incapacidade ao sr. Presidente da choldra republicana. Enfraquecidas as duas instituições cabe a Belém decidir o que fazer e só haveria dois caminhos se este país fosse, de facto, uma república democrática e uma democracia representativa, ou o Sr. Presidente da República se demite, coisa que duvido faça, ou dissolve o Parlamento, coisa que, julgo, também não estará nos seus horizontes.
Como nenhuma das coisas vai acontecer, confirma-se, vivemos todos num País do faz de conta onde os políticos não tiram consequências dos seus actos.

24 de outubro de 2008

O banho da minha vida

Praia Formosa-Santa Maria-Açores

8H00m, Praia Formosa, Eu e as minhas cuecas, água do mar a temperatura superior à do ar e o mais belo areal dos Açores todinho só para mim.
Não entendo porque não se promove o turismo para santa maria nos meses de Setembro e Outubro. Todos os anos é a mesma coisa, os agricultores a gritar com a seca e os comerciantes a gritar pela falta de gente.
Santa Maria tem todas as condições para proporcionar férias de sonho nos meses de Setembro e Outubro e até mesmo em Novembro.
Venha, experimente e vai ver que não se arrepende.

23 de outubro de 2008

Oásis

Oasis

Terras de Pão

Almagreira-Santa Maria-Açores
Em Santa Maria, nas melhores terras, o Governo pretende construir um campo de golf. Nesta Ilha, e na zona em apreço em especial, um campo de golf tem que ser regado durante 4 meses do ano.
Com que água?

22 de outubro de 2008

Estão eufóricos. Porquê?

Quando em 1999, Alvarino Pinheiro e Carlos Costa Neves ensaiaram um golpe para fazer cair o Governo de César, este evocou o facto de ter mais votos do que os correspondentes aos mandatos, fez alarido com esse facto e com muita razão. Entretanto, passei a Deputado independente, fazendo com que fosse necessário o entendimento da pseudo Direita parlamentar (PSD/CDS-PP) com a CDU para que a Assembleia fosse dissolvida. Essa minha atitude, da qual não me arrependo, fez cair por terra as aspirações golpistas da dupla Pinheiro/Neves e manteve-se o Governo de Cesar assente numa igualdade de deputados com o PSD e com uma minoria em relação ao total da oposição legitimada pela maioria dos votos.
Hoje, porém, Cesar vai governar com uma maioria de deputados eleita com menos votos do que a restante oposição junta que detêm apenas 27 mandatos. Continua a ser justo, democrático e desejável que César constitua Governo e governe, o que não se percebe é a euforia.

GATO FEDORENTO-Louvado sejas, ó Magalhães!

Está de mais.

20 de outubro de 2008

Em directo de Santa Maria

Farol dos Navegantes
Farol do Cais-Vila do Porto-Santa Maria-Azores

Hoje não estou virado para a política. Contudo, permitam-me apenas um pequeno “pormaior”. Tenho lido por aí que a abstenção prejudicou muito o PS e por isso se justifica a perca de um mandato e de mais de 15.000 votos em toda a Região. Quase todos os partidos em quase todas as Ilhas perderam votos, não foi apenas o PS. O CDS-PP, por exemplo, perdeu, só em São Miguel, 1222 votos em relação a 1996 com José Monjardino e 2035 em relação a 2000 com Paulo Gusmão.
Nós perdemos para os outros, o PS perde para a abstenção. Haja paciência.

19 de outubro de 2008

Provisoriamente...

... o blogue fica com este novo grafismo e com espaço de c comentários reservado a quem esteja devidamente registado no Google.

Agora vou fazer uma pequena pausa para me preparar para a noite eleitoral que aí vem com uma emissão “fantabulástica” a partir das Portas do Mar para a RTP-A e para o Telejornal do Canal1, com 3 painéis de comentadores a saber:

1º Coordenado por José Alberto Carvalho
Marcelo Rebelo de Sousa
António Vitorino

2º Coordenado por Rui Goulart
Ricardo Rodrigues
Pedro Gomes

3º coordenado por Isabel Gomes
André Rodrigues
Nuno Barata
Teste nº 3

Testes

Caso ainda não tenha percebido este blogue está em testes para um novo grafismo e novas regras de comentários.
teste
teste

18 de outubro de 2008

Esclarecimento

Sobre o post publicado abaixo com o título "Blogue feito de blogues" onde transcrevi um post do ZIRIGUNFO, recebi, por e-mail, um esclarecimento do Francisco Botelho antecedido de um telefonema bastante esclarecedor e que passoa transcrever com a mesma enfase dada ao post do Hélder Balyer.

Caro Nuno, aqui vai uma breve explicação sobre a proposta da ERSE de preços
da energia eléctrica para 2009, bem como o Comunicado de Imprensa da ERSE
que, reconheço, pode não ser de fácil leitura para os jornalistas:

1º As tarifas médias finais nos Açores e no Continente não são directamente
comparáveis pois cá não temos consumos em MAT (Muito Alta Tensão) e AT (Alta
Tensão);

2º Podemos, isto sim, comparar o que se passa entre os níveis de tensão que
temos em comum, isto é, na MT (Média Tensão, onde se situam as grandes
actividades económicas) e na BT (Baixa Tensão), desdobrando-se ainda esta em
BTE (Baixa Tensão Especial, onde se situam as pequenas actividades
económicas) e BTN (Baixa Tensão Normal, onde se situam os consumos
domésticos). Assim, verifica-se que os preços crescem menos nos Açores na MT
(5,3% contra 5,9%) e na BTE (4,2% contra 4,8%) e mais apenas na BTN (5,6%
contra 4,4%);

3º Mas não podemos esquecer que os preços da IP (Iluminação Pública) estão
incluídos na BTN, os quais, historicamente, são muito mais baixos nos Açores
do que no resto do país, tendo a ERSE vindo, gradualmente, a aproximá-los,
em vez de os ter feito convergir de um ano para o outro, como podia ter
feito (para 2009, ainda vão ser 19% inferiores aos do Continente e da
Madeira);
4º Por último, importa referir que, se não tivesse existido a decisão
política de convergência dos preços das Regiões Autónomas com o Continente,
em 2009 os nossos preços teriam de subir 64,7%, como se pode ler na página
21 do Comunicado de Imprensa da ERSE.

Abraço,

Francisco
Portas do Mar

Reflexos

Reflexos
Em reflexão.

17 de outubro de 2008

Se eu fosse...

... jornalista ou simplesmente não tivesse mais o que fazer do que escrever para um blogue à borla e em prejuízo da minha vida familiar e empresarial, nesta campanha eleitoral sem qualquer nível, na sede do Partido Socialista não tenham feito mais nada senão apagar um fogo por cada meio dia de campanha.
Nunca, nem no pior tempo do instalado caciquismo do PSD se assistiu a abusos como nesta campanha. Nunca se viram Directores Regionais e funcionários públicos e de empresas públicas, que não são candidatos e portanto não estão dispensados do trabalho, a fazer campanha. Agora viu-se. Ontem a cereja no cimo do chantilly. Uma senhora candidata, directora de uma escola e dispensada do serviço para fazer campanha como manda a lei, voltou à escola para entregar, a 48 horas das eleições, computadores aos alunos bem comportados. Nunca uma coisa destas havia sido vista nos Açores.
Mas a culpa deste estado de coisas não é apenas do PS, do Governo ou de Cesar o todo-poderoso e dos satélites que se lhe foram chegando, oportunisticamente, nos últimos anos. Não, a culpa também é do Dr. Costa Neves e do PSD com o cansativo e contra producente discurso da falta de oxigênio. Estou convicto que se o sr. Neves tivesse andado, o último ano, a dizer aos Açorianos que vivemos em democracia e que podem fazer o que entenderem e dizer o que entenderem, os açorianos certamente não se fechavam tanto nem se agachavam ao poder instalado como têm feito.
Não há oposição de jeito, não há jornalismo de jeito, não há um Povo capaz de ser informado e desassombrado. Disso o PS não tem culpa.
Votem em consciência.

O blogue feito de blogues

Coisas que o GACS não "publicita"
Sim, porque o
GACS é, acima de tudo, uma agência de publicidade do Governo Regional.Na ausência do GACS, faço eu o título da notícia:"Electricidade vai subir nos Açores mais do que no resto do país" ou:"Subida da electricidade nos Açores vai ser superior à do Continente e da Madeira" ou"ERSE indica aumento da electricidade acima da média para os Açores" ou "Preço da electricidade vai subir muito acima da inflação nos Açores" ou "Açores batem recorde no aumento dos preços da electricidade" ou"Apaguem as luzes que isto está a ficar feio nos Açores" ououtra coisa qualquer.
A média nacional de aumento indicada pela ERSE é de 4,9%.Para os Açores, a
ERSE, meiga como é, aponta para uma subida de 5,5%.Aguente-se quem puder.

16 de outubro de 2008

Primeiras impressões.

A confirmarem-se os resultados prospectivados nesta sondagem,
PS- 56%, PSD-32%, CDS-5%, BE-2.7%, CDU-2%, impôe-se fazer uma meia dúzia de considerações e tendo por base os resultados de 2004 e 2000.

1º Cesar de 2008 perde contra Cesar de 2004, apesar da campanha desmesurada e envolvendo tudo quanto é funcionário político. Nunca antes (tempo de Mota Amaral) se viam tantos funcionários em campanha e tanto abuso de poder;
2º Cesar fica ainda a quase dois pontos percentuais do melhor resultado de Mota Amaral em 1980;
3º O CDS emprestou mais à coligação em 2004 do que o PSD;
4º mesmo assim o CDS perde quase 4 pontos percentuais em relação ao seu melhor resultado de sempre em 2000(parabéns ao Paulo Gusmão e ao Alvarino Pinheiro), mas mantem um bom nivel de votação para um partido dito pequeno assim como mantem o estatuto de 3ª força política na Região;
5º O bloco vai buscar os votos perdidos do PS e do PCP e passa a liderar a esquerda radical ( a estratégia Alexandre Pascoal falha redondamente);
6ª O PSD de Costa Neves mantém a votação do PSD de Vitor Cruz na coligação. Afinal o Homem não afunda o partido, matem-no à tona à espera de um novo timoneiro, ou deverei dizer timoneira?

8 de outubro de 2008

É que não há pachorra

Este Blogue está auto-supenso sine die. Ide fazer o lixo na casa de outro. A paciência tem limites e a minha até durou muito mais do que eu esperava.

6 de outubro de 2008

Portugal feito país de parolos

Provavelmente mais de metade dos blogues portugueses já abordou esta temática. Contudo, como não tenho andado por aí, arrisco este texto fora de horas.
A Câmara de Lisboa, (com Zé ou sem Zé?) entrou num negócio, daqueles que o Zé chamaria “negociata” com a fundação da Ex-Ministra do Hemofílicos que ostenta o nome e o dinheiro desse representante do grande capital que dava pelo nome de António Chapalimaud. É claro que essas são palavras escritas por aquele meu dedo mindinho do pé, mais ananicado, de unha suja e ranhoso que de vez em quando se atreve a ser de esquerda.
Depois venho eu, que sou todo de direita e cada vez mais liberal e explico ao meu dedo mindinho do pé que o sr. Champalimaud foi um grande Homem, filantropo, magnânimo e de uma astúcia e inteligência invejáveis. Explico ainda que a escolha da Ex-Ministra de Cavaco Silva, em testamento, para dirigir a sua fundação, foi o melhor atestado de competência e seriedade que alguém poderia ter passado à Dr. Leonor Beleza.
O que eu acho extraordinário nesta noticia é que António Costa revelou ainda que a ambição da Câmara é ter na cidade peças de grandes arquitectos "dos cinco continentes": "Vamos ter uma peça de um grande arquitecto asiático; mais à frente de um grande arquitecto americano [o brasileiro Paulo Mendes da Rocha que irá elaborar o projecto do novo Museu dos Coches]. A 09 de Dezembro espero que o senhor primeiro-ministro esteja em condições de anunciar outro projecto mais à frente de um arquitecto africano".
Haverá alguma coisa mais parola do que isto? Eu gostava mesmo era que os grandes arquitectos portugueses tivessem obras suas nas maiores capitais do Mundo. A Câmara podia, por exemplo, começar por lhes dar trabalho e oportunidade abrindo um concurso de ideias.

2 de outubro de 2008

Democracia e disciplina de voto

O partido Socialista acaba de obrigar os seus Deputados da república a votar contra a proposta de Lei que previa o casamento entre pessoas do mesmo sexo.
Não há mecanismo mais anti-democrático do que esse que agora foi utilizado pelo PS e que no passado foi utilizado por todas as bancadas sem excepção.
O exemplo que recentemente nos chegou das terras do Tio Sam, é demolidor para uma certa esquerda que se arroga de livre e democrática. Senadores e Congressistas republicanos votaram contra Bush e o mesmo se passou ao contrário com Democratas a votarem favoravelmente o badalado Plano de George W. Bush para salvar o sistema financeiro americano.
Por cá, nestas Ilhas que foram de Jesus Cristo, nesta nossa mais do que deslastrada “democracia de brinquedo” nem sequer faz falta impor a disciplina partidária, afinal ela, disciplina, funciona mais ou menos como uma auto-disciplina . A isso chama-se abanar a cauda à voz do dono.

30 de setembro de 2008

Liberalismo não é Capitalismo Selvagem.

Para aqueles que insistem em confundir o liberalismo com o capitalismo selvagem. Para aqueles que defendem o intervencionismo estatal por um lado e as liberdades humanas por outro. Rrecomenda-se um livrinho que pode se encontrado perdido nos escaparates de velhas mas úteis livrarias.
Há uma edição “baratucha” da colecção Resjuridica da editora Rés. Falo, parece-me que obviamente, de “Os limites da acção do Estado” de Wilhelm Von Humboldt, tão actual como no inicio do século XIX.

Palavras que eu gostava de ter escrito.

José Adelino Maltez

Que se lixe a auto-censura.

Quando se julgava que a RTP-Açores tinha batido no fundo, eis que se nos depara a possibilidade de ainda cavar mais.

Fo****, mesmo **di**, mesmo, mesmo ****do...

... não é a censura, é a auto-censura.

Conversa de café.

-Oh pá esta pré-campanha eleitoral tem sido optima.
-Qual pré campanha pá? Não tenho visto nada.
-Por isso mesmo.

29 de setembro de 2008

Quanto vale um link no Fôguetabraze?

Perguntem ao pessoal do
Desabafo Atlântico.

Plano Bush chumbado na Câmara dos Representantes.

Afinal a América continua a ser América. Resta saber se se aguenta e por quanto tempo. Por agora os Democratas deram um sinal preocupante de intenção ao votarem maioritáriamente no plano de George W. Bush.
Uma situação só possivel na maior democracia da Terra, ao cuidado dos Daniel Oliveira que vivem dentro de cada um dos Portugueses, Democratas votam favorávelmente plano do presidente que o vê chumbado com os votos do seu próprio partido. Vantagens do sistema.

Já agora...

... podem comentar mais este abuso do Governo REGIONAL dos Açores em promiscua convivência com um PS moribundo.
http://desabafoatlantico.blogspot.com/2008/09/assim-no-ps.html

Sem apelo nem agravo.

Doze anos depois da saída de Mota Amaral do poder ainda há quem viva obcecado com a figura do primeiro Presidente do Governo Regional dos Açores.
O Dr. Rogério Contente, de quem tenho vivas e boas memórias e espero que Deus lhe tenha guardado um bom lugar, sempre que acontecia qualquer desgraça apontava a Mota Amaral como único culpado.
Ainda hoje há gente que insiste em correlacionar algumas coisas menos conseguidas e alguns patéticos episódios passados com a figura do então todo-poderoso e omnipresente presidente do GRA.
Hoje a coisa não é diferente. César é tanto ou mais omnipresente e todo-poderoso como era Mota Amaral. Os “sururus” sobre corrupção e gente a encher-se são os mesmos que no passado, os incompetentes é que são em maior número.
Porém, há uma coisa que nunca aconteceu no tempo de Mota Amaral. Nunca aconteceria aliás.
O Presidente César foi constituído arguido, num processo em que abusou do seu estatuto de Presidente do Governo para apelar a um certo sentido de voto no referendo do aborto. Cesar fez, entretanto, um acordo com o Ministério Público para evitar o julgamento (até aí tudo normal) e pagou a multa a uma instituição de caridade dirigida pela própria mulher(esta última parte já não é muito ortodoxa).
Imaginemos só se isso se tivesse passado com Alberto João Jardim. O que não diria os diários e os fazedores de opinião de Lisboa sobre o líder madeirense? Contudo, sobre o “grande” César, nada, absolutamente nada.
Post scrptum: Esta entrada foi inspirada numa conversa de café entre gente indignada.

26 de setembro de 2008

Não sei bem porquê.

Eu gosto do Manuel. Não sei bem o porquê dessa empatia mas, que ela existe lá isso existe. Há pouco, ao ler o site do MPT nos Açores, vieram-me à cabeça aforismos eleitorais do tipo:
Se tens botas de cano
Vota Mané Americano
Ou então
Mau por mau
Vota Mané do Calhau.
PS: Ao menos numa terra de gente cinzenta medrosa e merdosa, de medos atávicos e despotismos consentidos, há quem insista e não desista de atirar pedradas ao charco.

Enquanto houver vida há esperança.

Esperança
No mesmo mês em que fui assaltado no meu escritório do Campo de São Francisco (centro da cidade de Ponta Delgada) 3 (três) vezes e quase fui atropelada no meio de um engarrafamento de automóveis numa rua pedonal também do centro da cidade, um Homem de 50 anos foi feito em fatias num quintal contíguo ao meu, num dos melhores bairros da mesma cidade por questões alegadamente de “paneleirice”, literalmente.
E depois dizem-me “que bom é ser Açoriano” e o Sr. Primeiro-ministro desta choldra vem dizer que não são necessários mais agentes da autoridade. Não é o que me dizem os Juízes e fico sem saber em quem acreditar. Contudo, conhecendo o historial de mentiroso do Primeiro, prefiro sempre acreditar nos últimos.

24 de setembro de 2008

O2


Num País onde o Estado, a Região e o poder local estão cada vez mais presentes na vida dos cidadãos, é cada vez mais alto o preço a pagar pela liberdade de exprimir o pensamento e a opinião.
Sobe a taxa de juros aplicada a esse bem precioso que é a liberdade de expressão, a cada dia que sai uma nova regulamentação sobre um novo assunto.
Começo a sentir falta de oxigénio. A sério.

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