31 de maio de 2012

Tempos perigosos.

Alexis Tsipras, líder do Syriza.

Este "descamisado" corre o risco (ou corremos nós), de chegar ao poder na Grécia. Nesta fase crucial da sua construção, a Europa está  perigosamente a ser povoada por uma classe política que tem pouco de bombeiro e muito de Nero.

27 de maio de 2012

Por uma questão de higiene.

Portugal tem vivido, nos últimos anos, um período de absoluto descrédito da classe política. O Governo de Passos Coelho, apesar de não ser um elenco de “luxo” teve, à partida, o beneplácito de um Povo cansado de mentiras, enredos, aldrabices e “tranbiquices”. Passos Coelho beneficiou de uma espécie de estado de graça que só se poderá manter se nos for dada a garantia de que não há por aí mais gentalha pendurada no poder a usar da falta de ética para garantir lugares, posições, resultados. Gente como esse Sr. Que dá pelo nome de Miguel Relvas não abona a nenhum elenco. Sr. Primeiro-ministro, já que esse cavalheiro não se demite, demita-o V.Ex.ª,  sob pena de, não o fazendo,  não chegar ao fim desta legislatura. No CDS já há muita gente a ficar com falta de paciência.

23 de maio de 2012

O CDS é direito (a), o PSD é revirado (lho)

Segundo percebi, o CDS pretende impor taxas moderadoras no aborto mas o PSD está contra. Não sei bem porquê, mas o PSD concorda que os portugueses devem pagar taxas moderadoras por tudo menos pelos abortos. Uma informação aos senhores do PSD: o referendo legalizou o aborto, não impôs a gratuitidade do mesmo. Quem aprovou isso foram os socialistas a extrema-esquerda. Querem mesmo continuar com esta injustiça? Aumentam as taxas de saúde para todos os portugueses, mas o aborto continua grátis?

Nuno Gouveia há pouco no 31 D'Armada.

16 de maio de 2012

Estados Unidos da Europa.

Vem este post a propósito do texto do Paulo Marcelo, largamente comentado mas não totalmente desmontado, primeiro pelo Nuno Pombo e depois  pelo João Vacas  e  pelo João Ferreira do Amaral no 31 D'Armada.

Ora, toda a polémica é sobre a saída que todos procuramos mas que, alguns, por ainda não terem percebido que estamos moribundos e que a soberania já lá vai há muito, teimam em não assumir ser a única.

Confesso que a coerência, em políitica, não é daquelas coisas que me tiram o sono. Ainda ontem me deliciou ouvir o António Barreto na Sic Noticias dizer coisas que, há 20 anos, seriam impensáveis saírem daquela boca. A falta de coerência, nestes casos, é inversamente proporcional ao grau de inteligência e liberdade de pensamento. Quanto mais incoerente mais livre de pensar e mais inteligente se revela o pensador. Sem peias, sem cedências, pleno de clarividência e bom senso.

Por isso, assumo, já fui um eurocético, quando se podia sê-lo, fui euro-acomodado, vencido pelas decisões democráticas da maioria e sou hoje um euro-crente, rendido às evidências.

A soberania perdemo-la no dia em que assinamos o tratado de adesão à então Comunidade Económica Europeia, reforçamos essa nossa decisão em Maastricht em 1992  e refundamos a União em Lisboa em 2009, pelo meio ficaram Nice e Amesterdão. A soberania não é quantificável, não temos pouca ou muita, não somos mais soberanos ou menos soberanos, a soberania ou se tem ou se não tem e Portugal e os restantes 27 há muito que não são estados soberanos, são Estados que cederam a sua soberania para uma entidade supra-estatal, criada de forma esdruxula e construída numa perspetiva intergovernamentalista em detrimento das doutrinas federalistas, cujos resultados não se pode dizer tenham sido os mais auspiciosos.

Chegados a este patamar só podemos fazer dele um ponto de partida e não um destino final, usando em analogia, uma figura da aviação, diria que chegamos àquele ponto em que o piloto puxa o manche e nada mais pode ser feito do que descolar e levar o avião em direção ao céu. Na Europa dos 27 que amanhã será de mais uns quantos, não há forma de meter flaps e borregar a descolagem, o avião já vai no ar e a pista ficou para trás. A saída é mesmo, portanto, seguir em frente, a saída é  federalista.



(Continua)

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