31 de dezembro de 2006

Último post do ano.

Até pro ano se me der ganas de por isso tudo de pantanas.

Balanço literário

Não gosto de balanços nem faz muito o meu genero perder tempo com o pretérito, gosto de olhar para diante, mas sempre com um canto do olho posto na história para dela tirar ensinamentos que me permitam corrigir erros futuros. É, contudo, tempo de lembar algumas coisas que li ao longo de 2006 e que, de uma forma ou de outra, marcaram este ano que finda.
Free World de Timothy Garton Ash de onde sobresái a pergunta deixada no ar pelo autor: Durante quanto tempo mais pode o planeta Terra sustentar cada vez mais seres humanos que consomem cada vex mais comida, água e energia?
Percurso Solitário de Augusto Ataíde, um ajuste de contas com o seu Paí , estava à espera de mais, surpreende apenas pela escrita e pela confirmação de que a vingança se serve, sempre, gelada.
O Fim do Petróleo-O grande desafio do século XXI de James Howard Kunstler, um livro imperdivel para quem pretenda compreender os desafios energéticos deste inicio de século e as relações do Homem com o planeta em que habita. Complementa Free World, na minha opinião , claro.
Não foi um livro lançado este ano mas foi o melhor livro que li a longo de 2006. "A Campanha do Argus-Uma viagem na pesca do bacalhau" de Alan Villiers. Levado à estampa pela Cavalo de Ferro em Maio de 2005 com o patrocínio da Câmara Municipal de Ílhavo, numa segunda edição cinquenta anos depois da primeira. Uma excelente encadernação e agradável porte (isso para mim é importante num livro) e uma escrita sóbria e limpa, este livro é já "um clássico da literatura marítima mundial".
Na verdade, já havia comprado um original em Inglês, ?The quest of the schooner Argus-A voyage to the banks of Greenland?, nunca o lera.
No Museu Marítimo de Ílhavo já havia apreciado fotografias e um modelo à escala desse belíssimo lugre de quatro mastros em casco de aço, construído na Holanda e armado, pela primeira vez, pela família Bensaúde o que me despertou algum interesse.
Sem perder de vista o livro mas com outras prioridades, fui adiando a sua leitura até que o meu primo Pedro Albergaria, sabendo da minha paixão pela pesca industrial e pela história, me emprestou o seu exemplar em português e insistiu para que o lesse. Li-o de uma assentada, reli-o, coisa que raramente faço com um livro.
O Argus será, porventura, o mais conhecido navio português da pesca do bacalhau graças às crónicas desse oficial da marinha Australiana que dava pelo nome de Alan Villiers a quem chamou de Queen Elizabeth da frota bacalhoeira portuguesa.
A Campanha do Argus é um documento histórico imprescindível e leitura obrigatória para os amantes do reino de Neptuno.
Na mesa, à cabeceira, permanece com o marcador a páginas 24 Depois dos neoconservadores-A américa na encruzilhada de Francis Fukuyama levado à estampa pela Gradiva, fica para outros balanços.

30 de dezembro de 2006

Dias que não são dias

A vida dele era como uma lâmpada fundida, um vácuo numa redoma de vidro. Sentia-se um filamento quebrado entre dois pólos. No entanto, carregando na mão um saco pleno de quimeras e na outra, um cesto de esperanças, caminhava estrada fora ao som de um assobio melódico e com o frio a fazer-lhe ranger os dentes a mostra pelo sorriso que lhe rasgava o rosto de orelha a orelha.
Queria ele lá saber da algazarra que se ouvia dentro das casas. Que coisas teria o menino feito no presépio? Que tropelias? Que boas-novas teria trazido para que todos aqueles meninos estivessem tão eufóricos? Eram os mesmos meninos, que durante o resto do ano, saíam de casa embrulhados em casacos de feltro de marca registada e com mochilas da barbie e do action man, carregadas de livros, às costas. Eram depositados nas escolas assim como quem deixa um cão no canil municipal e vai de férias. Eram os meninos felizes de hoje os mesmos meninos infelizes dos outros dias todos do ano.
Entre o saco das quimeras e o cesto das esperanças havia um corpo franzino habituado ao frio e à chuva. As mãos gretadas do sal da água da mar e os lábios roxos do frio. Viu ao longe um estábulo e lembrou-se daquela imagem do menino deitado nas palhas aquecido pelo bafo da vaca e do burro. Correu para lá, gritou ante portas de madeira velha e trancas de aço, mas lá de dentro nada. Rodopiou e viu luz por uma janela. Trepou pelas paredes lisas de um armazém até chegar a uma pequena janela que parecia a de uma prisão. Lá dentro, nem palhas, nem pastores nem burros. Só vacas, frias, ou melhor gélidas, vacas não, máquinas de fazer leite. Nem as vacas são já como eram., estão a tornar-se mais humanas, ou seja menos livres. Que raio de humanismo é este que nos faz cativos? Que raio de inteligência nos deram que a usamos para nos fazermos escravos de tudo e de qualquer coisa?
Por estes dias, toda a gente festeja qualquer coisa, poucos festejam o nascimento de Jesus de Nazaré.
Deixou-se cair da janela com grades e seguiu o seu caminho que os dias não estão para perder tempo com coisas inúteis. Havia de chegar a casa ainda antes da meia-noite. Naquele dia, rebentaram bombas em Bagdad, morreram dezenas de homens, mulheres e crianças na faixa de Gaza, há inocentes a passar fome, a morrerem de fome, no Biafra, Darfur, aqui ao lado. Hei-de ter um naco de pão de milho com manteiga e açúcar.
In Açoriano Oriental-Suplemento de Cultura-2006.12.28

Socialismo? Sim, mas poquinho sff

Os centros e postos de saúde geridos pelos serviços sociais da administração pública, que em 2005 terão proporcionado mais de 10 mil consultas, vão ser encerrados. O Governo tomou esta decisão no seguimento de uma recomendação nesse sentido constante do relatório final elaborado pelo grupo de trabalho criado para preparar a fusão dos serviços sociais num único - denominado Serviços Sociais da Administração Pública (SSAP) - no âmbito do Programa de Reestruturação da Administração Central do Estado (PRACE).
"Sugere-se a sua descontinuação, deixando os Serviços Sociais da Administração Pública de manter estruturas permanentes para prestação de cuidados de saúde", lê-se no relatório ontem divulgado.
Eu até compreendo isso, não sei é como é que os socialistas compreendem. Mas isso é lá com eles.

Nada justifica a morte.

A invasão da Somália pelas tropas etíopes e a execução apressada de Saddam Hussein foram as últimas duas acendalhas para incendiar uma fogueira gigante que tem estado entre pequenos fogachos e baldes de água.
Sempre defendi a invasão do Iraque mas apenas com o objectivo de destronar o ditador e promover a democracia, não como uma guerra santa ou comercial.
Mesmo querendo acreditar que Saddam Hussein foi julgado justamente e condenado por um tribunal isento e é preciso fazer um esforço muito grande para acreditar nisso, a comunidade internacional, a ONU do agora idolatrado quase ex-Secretário Geral Kofi Annan, enfim a gente toda, devia ter sido mais consequente nas transitivas de evitar a execução do ditador de Bagdad


Mesmo sendo um ditador sanguinário é sempre de lamentar a morte de um ser humano, a vida humana é para ser salvaguardada e inviolável. Há, no mundo inteiro, milhões de pessoas a lutar ferozmente pela vida, não temos o direito de acabar, voluntáriamente, com uma que seja, por pior que seja o individuo por mais convicentes que sejam as razões aduzidas.

Post para ontem 29 de Dezembro

Escapou-me, a agenda do HTC disparou um alarme eram 8 horas da manhã, não fiz o post de imediato, as horas fioram-se passando e pronto, já não é dia. Mas como "o que tarda é o que nunca chega", aqui fica um enorme beijo para a Miauu Girl Maria Graça da Silveira pela passagem, de mais um aniversário.
Cara amiga, já não vamos para idade de grandes festejos, but do never forget that life begins at forty.

29 de dezembro de 2006

Balanço simplificado

Não há, certamente, um balanço que se possa fazer. Haverá, contudo, muitos balanços. Entre as contas de deve e haver deste 2006 que chega ao fim.
Do ponto de vista empresarial, venha um melhor do que este, com menos engulhos e com menos gente incompetente e arrogante de permeio. Há o balanço da blogosfera, 2006 foi um ano de miséria, bem somados temos alguns seis meses de hibernação.
Dei por mim o ano chegou ao fim e lembrei-me que, não vou ao Coliseu Micaelense desde que a MUU nos trouxe ao palco o Aldo Lima. Não entro no Teatro Micaelense desde o Seu Jorge. Portanto, o balanço cultural é de um número com muitos zeros na conta do deve e quase nada no haver.Nada mesmo.
Vem, então, o balanço da família. Esse é de grande mais valia. Depois de um final de 2005 atribulado, 2006, com alguns sustos de premeio, foi de grandes alegrias a ver o Salvador resistir a tudo para manter-se vivo e a crescer no meio das irmãs como um menino Jesus adorado nas palhinhas. Sem dúvida, o rapaz foi a melhor coisa que nos aconteceu neste 2006.
Ia a fazer um balanço literário, mas fica para outras "postas" que esta já vai longa e a malta não está para a blogosfera. Nestes dias a malta é mais cargas etílicas e bolos.

28 de dezembro de 2006

O Português de todos os tempos.

Só há três hipóteses de voto por esta mesma ordem de preferência.
D. João Segundo, O Principe Perfeito ;
Marquês de Pombal, Primeiro-ministro do Rei D. José I ;
Oliveira Salazar, ele mesmo.

27 de dezembro de 2006

Já em 1998 foi assim.

Para proferir um acordão sobre um ponto do artigo 24º da Constituição da República Portuguesa que contém apenas 4 palavras, "A Vida humana é inviolável", o tribunal constitucional gastou (alem de alguns milhões), 44 páginas, das quais 42 de considerandos, 3/4 de outra de assinaturas e apenas 1 pagina e 1/4 de outra de decisão.
Tudo isto se teria poupado se os Senhores Deputados, no pleno gozo dos seus direitos e na plena assunção dos seus deveres de representantes do seu povo, tivessem tido a coragem de mudar a lei no Parlamento. Como era previsível que a lei não passasse, apesar da maioria de esquerda do hemiciclo, vai dai e toca a referendar a ver se pega, pode ser que os Portugueses se mobilizem desta vez.
Talvez. Não há por aí umas televisões e umas playstation para distribuir? Se calhar ajudava. Vales de gasolina também dava jeito. è que com os argumentos que anda a ser esgrimidos, temos referendo daqui a oito anos.

Remexer no baú

Fui rebuscar o Açoriano Oriental de 31 de Agosto de 1990 (tinha-o guardado religiosaemnte)para tirar uma teima com um amigo um bocadinho mais teimoso do que eu. Ganhei.
Há vinte e seis anos, as noticias, nos jornais locais e da "ocidental praia lusitana", eram muito parecidas com as de hoje. O que quer dizer que quase não se passou nada, entretanto. António Capucho dizia: "autonomia nunca está acabada", Jorge Sampaio também disse no mesmo dia em Vila Franca do Campo e disse-o ainda não há dois anos. "Indústrias e Governo discutem problemas dos lacticínios", ainda hoje ouvi falar disso. "Reforço de segurança nas Lajes-navios Portugueses no bloqueio ao Iraque", podia ser hoje.Tudo isso foi há mais de 26 anos.
Entretanto o planeta aqueceu, está um frio de raxar e a malta está a preparar-se para mais um referendo sobre a legalização do aborto, opsssss! Desculpem, sobre a despenalização, até ás 10 semanas, da interrupção voluntária da gravidez como há 8 anos e como será daqui a mais 8.

26 de dezembro de 2006

I feel ... hummmm...not very good

Um viva a Portugal. (irónico)

O País de todos os rigores orçamentais e de todos os sacrifícios fiscais, do estado laico e que manda retirar os símbolos religiosos dos lugares públicos. O País disso tudo e que manda seja feriado no dia a seguir ao maior feriado religioso comemorado em terras lusas.
Haja pachorra.
Claro que a banca não brinca aos países e está a trabalhar, embora a meio gás. Talvez, esses pequenos gestos, ajudem a compreender porque razão a eficiência do sector bancário seja bem diferente dos restantes sectores da economia portuguesa. Talvez, essas pequenas paragens, no ritmo de trabalho, expliquem o estado de pobreza em que nos encontramos. Talvez, que eu não sou nem economista nem aprendiz de tal oficio.

25 de dezembro de 2006

Natal 2006


Aloe Vera, originally uploaded by foguetabraze.

Há anos que passo esta quadra na minha Ilha de adopção, Santa Maria. Aas flores de Aloe Vera são umas das marcas desta época do ano na Ilha de Gonçalo velho. Como diz o poeta:
"Foi barro de Almagreira
que moldou anossa sorte.
Essa sorte marinheira
entre o mar e o vento norte".

24 de dezembro de 2006

O Anjo Gabriel....

... anunciou a boa nova. Vai chegar o Pai Natal.Ehehehe.

Poema panfletário

? para um natal a la page

(sobre "Vai nascer esta noite à meia-noite em ponto",
de David Mourão-Ferreira)

Vai morrer esta noite à meia-noite e tonto
de tanto olhar nas montras a ovelha lírica
os burros de neónio sob o céu postiço.
Vai morrer esta noite à meia-noite e tanto.
E nem a vaca psicadélica fará
do seu bafo o sopro que ressurge o barro,
o pó, na forma com que os dedos o modelam.
Vai morrer esta noite à meia-noite, enquanto
o seu duplo robótico ergue a perninha
à distância comandada e molha as palhas,
e os sinos de belém bimbalham jingle bells
o berloque a preço de fim-de-estação
o detergente do sovaco a passa o penso
rápido ou outro os candies o cabaz
as laranjas que já foram da lapinha
e agora se alaparam no rumor dos dias
e mais não trazem do que o sabor a plástico
? que essa coisa do "gosto no pão do povo"
deu uvas no verso de um poeta novo
até aos dentes de trincar nozes de fogo.


Vai morrer esta noite à meia-noite. E pronto !
E um pai natal de gravata e accent do sul
ou regional virá nos feixes, sobre as ondas
anunciar a boa-nova a estes tempos:
o fontanário as fitinhas os quilómetros
de asfalto o coreto os milhões do PIB
as siglas várias da pedincha natural
? em suma, os Fahrenheit que medem o sucesso.
E os Anjos Adjuntos e mesmo os Sem Pasta,
no beija-bota que assegura a eternidade
terrena, entoarão em coro o estribilho:
"Glória ao Senhor na terra, paz a deus na lonjura".

Urbano Bettencourt/Natal de 93

23 de dezembro de 2006

De volta por quanto tempo?



A minha filha Marta voltou ás suas escritas no seu Moranguito. Vamos a ver se é desta que te esmeras mais um pouco .

22 de dezembro de 2006

Lá se foram as minhas esperanças

Durante dois anos, Portugal vai restringir o acesso ao mercado de trabalho nacional, cidadãos da Roménia e da Bulgária, que aderem oficialmente à União Europeia no final do mês.
De acordo com a agência Lusa, trata-se de uma derrogação ou moratória de dois anos à livre circulação/estabelecimento em Portugal de trabalhadores dos dois novos Estados-membros da União. Estimativas apontam para a existência, em Portugal, de 60 a 80 mil residentes romenos.
in Açoriano Oriental
É que eu tinha esperança que viesse por aí uns punhados grande de gente com vontade de trabalhar.
PS: Portugal está, há anos, a restringir - por via administrativa de duvidosa legalidade - a entrada no mercado de trabalho, de cidaddãos bastante qualificados provenientes de outros países da União Europeia.

O espirito de Natal

Podem fazer o obséquio de tirar o menu nº de telemóvel e o meu e-mail da V. lista de endereços para postais de boas festas?. Ok!
A gerência agradece.

21 de dezembro de 2006

Os pesos e as medidas da esquerdalha.


Será que eurodeputada Ana Gomes já tem a garrafa de champanhe preparada para o dia da morte do ditador Cubano? Eu cá não festejo a morte de ninguém, mesmo que seja um ditador sanguinário como Fidel Castro, afinal sou um humanista, não sou Socialista do tipo da Ana Gomes.
Pois é, cada vez respeito mais a esquerda pura, humanista, romântica, socialista. Contudo, cada vez mais acho que há uma certa classe de politicos que não passam de esquerdalha, tal como há na pior direita mundial.

20 de dezembro de 2006

Democratas mas...pouco...muito pouco

Your comment has been saved and will be visible after blog owner approval. Para ter comentários com frases como esta mais vale não ter nada.

Mais uma...

...mentira do Primeriro -ministro José Sócrates, via blasfémias.
Citando um tal de António Vitorino, diria: "Habituem-se".

Sim Senhor Presidente do Conselho

Quando o PM escreve ao TC sobre a importância de uma lei, está a fazer o quê?

19 de dezembro de 2006

Pergunta impertinente

Segundo os dados estatísticos disponíveis, o Conselho da Praia da Vitória tem cerca de 6000 (seis mil) famílias. O Presidente da Câmara, Dr. Roberto Monteiro, diz que vai distribuir 1500 (mil e quinhentos) cabazes pelas "famílias mais carenciadas do conselho", isso quer dizer que 25% das famílias do Conselho da Praia da Vitória são carenciadas.
Então, o que é que os Governos do Partido "Socialista" andaram a fazer estes últimos 10 anos na Ilha Terceira?

Coisas dos dias de hoje.

Para aumentar as audiências, por estes dias, basta escrever as palavras Carolina Salgada ou Jorge Nuno Pinto Da Costa. Nem sequer é preciso gajas nuas nem outras coisas boas.
Ah! Também pode ser tornado, já me esquecia. Tudo menos Natal.

Agora sim...

... consegui, finalmente fazer um post a partir do pocket PC. A partir de agora não ha mais desculpas.

18 de dezembro de 2006

Estão quase por cá

As rusgas efectuadas aos Estaleiros de Viana no âmbito da "Operação Furacão" (revista sábado pag.93) nada tiveram a ver com os negócios daquele estaleiro com a Marinha de Guerra Portuguesa. Em simultâneo, foram feitas visitas de agentes da PJ e do DIAP às sedes de duas empresas de consultoria naval de Lisboa onde foi e é, gerente e sócio, um dos principais colaboradores do Governo Regional no processo da compra de 4 navios para a Atlanticoline SA bem como nos processos de compra, inflacionadas, dos Navios Golfinho Azul por parte da Açorline e Ilha Azul e Bahia de Málaga por parte da Transmaçor.
Uma dessas empresas de consultoria, sub contratou, para o processo dos 4 navios do Governo Regional, uma outra empresa com sede num off-shore.
Entretanto a empresa de navegação do triângulo, continua à procura de um navio para substituir o Bahia de Málaga, o assessor de imprensa de Duarte Ponte deixou o caso e o Sr. Secretário continua confiante, mesmo depois de tanto fiasco.
E a gente?
Bem a gente vai lá cantando e rindo que afinal o país até está a melhorar, está quase como no tempo do Salazar, com os cofres cheios, obras emblemáticas e o Povo a morrer à fome. Falta a PIDE. Será que falta?

16 de dezembro de 2006

O Governo que governe sff

A demissão do presidente da ERSE, trouxe-me à memória palavras que, tenho repetido há anos, sobre as mais variadas comissões ditas independentes e entidades reguladoras que aparecem como cogumelos.
Se são verdadeiramente independentes, os Governos não cumprem as suas sugestões e acabam perdendo razão de ser. Se são bajuladoras e subservientes aos poderes, então não são independentes e não servem para coisíssima alguma.
Haja coragem de acabar com essa plêiade de farsas e cada Director Geral, cada Secretário de Estado, cada Ministro, cada Primeiro-ministro que tenha a coragem de tomar decisões a arcar com as consequências das suas decisões.
Em suma, o Governo que desempenhe as funções que a constituição lhe atribui e não delegue por aí as suas responsabilidades.

Até pode ser legal mas...

A questão nem é apenas a da legalidade, embora também a importe apurar o que deve ser feito pelas instâncias judiciais.
A questão, política, é mesmo de moralidade.
Em política e não só, as barreiras da moral devem estar muito aquém das barreiras da legalidade.
Procurar "buracos" na lei para tirar partido e beneficios pessoais é, moralmente, condenável.

15 de dezembro de 2006

Dudidosa seriedade

RELATÓRIO INTERNO DO CENTRO DE SAÚDE DE ANGRA TECE SÉRIAS CRÍTICAS
Ocupação duvidosa de apartamento por futura Directora da Saúde
Maria Teresa dos Reis Brito, que assume na próxima segunda-feira, dia 18, as funções de directora regional da Saúde, está envolvida num caso de ocupação presumivelmente ilegal de casas da Região Autónoma destinadas a médicos deslocados.Licenciada em Direito e vogal administrativa do Centro de Saúde de Angra, a directora regional de Saúde indigitada é alvo de pesadas críticas no âmbito de um relatório confidencial elaborado dentro da unidade de saúde.De acordo com o documento, Maria Brito ocupou primeiro uma casa do Centro de Saúde na Rua de Santo Espírito, transitou para outra casa, nas mesmas circunstâncias, na Rua do Galo, e, finalmente, está agora instalada num apartamento novo, na Rua de S. Pedro. Terá alegado que os apartamentos anteriores não tinham condições. De 400 euros por mês no primeiro apartamento, a renda está agora em mais de 900 euros no novo apartamento. O relatório indica que as contas de luz e água serão assumidas pelo Centro de Saúde.A ocupação pela vogal administrativa pelo menos do actual apartamento viola o teor de um documento, que estabelece destinar-se o arrendamento "a habitação de médicos deslocados". O documento está apenso ao relatório que vimos seguindo.Segundo o relatório, Maria Brito trabalhou, em 2006, em média, poucos dias por semana, por estar ausente em Lisboa a frequentar um mestrado e também por perder o avião "várias vezes".Foi impossível contactar Maria Brito no dia de ontem, apesar de muitas insistências da nossa parte.
In Diário Insular de Hoje.
Num País decente, numa Região decente, essa Senhora já nem tomava posse.

13 de dezembro de 2006

"Diz-me com quem andas, dir-te-ei quem és"

Vasco Cordeiro é um daqueles políticos com quem se simpatiza, embora se discorde pontualmente, que se admira o misto de racionalismo e paixão, embora tenha pequenos deslizes de criancice, que se respeita mesmo que lhe faltem os necessários cabelos brancos, de quem se gosta mesmo que não se saiba bem porquê.
Ia dizer-lhe isso mesmo ontem ao almoço, quis repetir hoje de manhã. Contudo, achei que poderia parecer elogio fácil. Fazê-lo publicamente desfaz qualquer dúvida que pudesse acinzentar a cabeça de um Homem que conheci no combate politico-parlamentar.
Fiquei satisfeito por saber que é candidato ao secretariado de Ilha do PS, sempre vale mais ter gente boa, mesmo do outro lado da trincheira, do que ter, apenas, da chamada "má moeda".
Não gostei! Não gostei nada mesmo de ver Vasco Cordeiro ceder ao "aparatchik" e fazer-se rodear dos secretários coordenadores concelhios. Não gostei, especialmente pela forma como ficou acompanhado a sul da Ilha, já que a Norte as coisas ficaram bem melhores.

Vantagens comparativas

Não ter um programa de televisão, neste momento, constitui a enorme vantagem de não ter que ler os livros do Santana Lopes e da Carolina Salgado.

11 de dezembro de 2006

E a gente socialista?

Governo cria empresa para gerir função pública
Não diz nada?

A União Europeia...

...suspendeu as negociações com a Turquia com vista à adesão daquele país ao mercado único europeu. Será que alguma vez as devia ter iniciado?

E você...

... há quanto tempo não lê um post, decente, na blogosfera feita nos Açores?

"Mundinho de merda"

Estou num daqueles dias em que me apetece partir. Partir não sei para onde , não sei como, nem sequer sei porquê, mas apetece-me sair deste "mundinho" mesquinho em que os Açores se transformaram. Um "mundinho" de filhos-de-puta sempre à procura de "lixar" a vida ao parceiro do lado a troco de nada, mesmo só pelo "gozo" mediocre de "lixar" o outro. Um "mundinho" de merda onde se salvam, felizmente, um punhado de pessoas boas.

10 de dezembro de 2006

Que pena...

O ex-ditador chileno Augusto Pinochet morreu este domingo, no Hospital Militar de Santiago, onde estava internado há uma semana, anunciou a televisão chilena.
Pois é, não merceia ter morrido assim, impunemente, merecia ter vivido mais uns anitos para os passar numa prisão mal cheirosa e cheia de ratazanas. Foguetabraze seu grandesissimo filho da Maria da Conceição.

9 de dezembro de 2006

Coisas realmente muito importantes.


Vacas a pastar, original carregado por foguetabraze1.

"Regionalmente, os Açores destacam-se ainda pela elevada produtividade alcançada, três vezes superior à média nacional, associada às explorações bovinas, a principal orientação do arquipélago no campo agrícola, e que beneficia de condições endafo-climáticas excepcionais".

Neste estudo foi olvidada a questão do baixissimo valor das rendas agricolas. É um escândalo que ainda não se tenha mexido na lei do arrendamento rural, uma lei com 20 anos e cujos valores estão congelados há 2. O valor das rendas representa 7% do total dos custos das explorações agricolas. Estamos perante um absurdo já que essa mesma pastagem representa, na Região, cerca de 60% da alimentação das vacas leiteiras.

A manutenção teimosa de uma lei tão absurda leva a que a mesmoa raramente seja cumprida. O aumento do valor das rendas, tem a vantagem de animar o mercado do arrendamento, já que na presente situação, os proprietários evitam, ao máximo, os arendamentos, recorrendo à venda, ilicita, de "cortes" ou à produção de forragens para posterior venda.

Nunca se fez nos Açores, em especial em São Miguel, um debate sério e construtivo sobre o arrendamento rural, não será com este Secretário que se irá fazer, trata-se de um politico sem lastro para as funções que está a desempenhar.

8 de dezembro de 2006

Há ainda na minha colecção


A Porca Política, original carregado por foguetabraze1.

A Porca Política

Britains Ltd - Made in England Farm Toys

panoramica
Quando se pertence a uma geração anterior aos cereais Chocapic e dos Game Boy ha coisas que nunca mais se esquecem.
Foram anos de brincadeiras, com amigos e vizinhos e a poupar cada um dos meus brinquedos que a vida nesses tempos não era para graças.
Com o nascimento do Salvador resolvi abrir as caixas onde estavam guardados há mais de 20 anos. As trocas de conversas com um coleccionador inglês deram-me a saber que possuo algumas peças raras como por exemplo este
Massey Ferguson 135 trator Massey Fergusos 135 de 1969, ou esta Girl feeding horsesmenina alimentando dois potros de 1970 ou ainda, estes 2 ford 2 LRdois Ford 6600 de 1971 e estes dois LWB Land Rover também de 1970 e que, infelizmente, perderam as suas capotas de lona.

7 de dezembro de 2006

Pois se...


Goraz, original carregado por foguetabraze1.

... continuais com a possibilidade de gozar mais um fim-de-semana com prolongamento, ide em frente que eu, em semana do Rei Goraz, não tenho outro remédio que não seja trabalhar.

PS: O Secretário da Agricultura Florestas e Estradas que dão jeitos aos amigos já se demitiu?

30 de novembro de 2006

Quem puder...


Entre o mar e a serra, originally uploaded by foguetabraze1.

... que goze um bom fim-de-semana prolongado que eu, infelizmente, vou ter que trabalhar.
Amanhã, em Portugal, comemora-se o principio do fim.

29 de novembro de 2006

Sem título

Eu gosto destes dias em que as luzes da rua acendem às 4 da tarde. Venta, chove, faz frio, até no Algarve dos Açores onde as coisas se passam ao ritmo bom da vida, quase parado. Passa-se qualquer coisa. Lembro o dia em que aqui cheguei pela primeira vez nos idos de Agosto de 1987. Estava (estou) apaixonado por uma cagarra, apaixonei-me pela lha, pelas suas gentes, pela maneira de ser pelo modo de vida. Infelizmente, faltam elites, vão-se perdendo tradições e o que se faz de novo é bem pior do que o que havia dantes. Aqui, como no resto da humanidade, os políticos são o espelho do que resta de um Povo. A gente é um reflexo dos seus políticos mas não devia ser.
Vivem-se quimeras vãs. Eu gosto das pessoas que sonham, mas quando esses sonhos fazem o mundo pular e avançar como nos poemas do Pessoa há 70 anos. Não gosto dos sonhos perdidos de encontro os balcões dos cafés ou nas tertúlias de clubes em decadência. São sonhos estéreis.
Sonhei um dia ser poeta em Vila do Porto, nunca mais escrevi um verso. Esta é uma ilha de poetas que não escrevem poemas, que não escrevem livros, que não lêem livros. Poetas que se perdem entre dois copos e uma novela da TVI. Mas poetas.

28 de novembro de 2006

Um gajo farta-se...porra!

Eu ia escrever sobre a nova grelha de programação da RTP-Açores. Mas desisti, é que depois iam dizer que era tudo por despeito e por inveja e essas coisas todas. Por isso...

27 de novembro de 2006

Há dias.

Dias em que o tempo não rende. Pensando bem até rende mas pouco. Há dias em que apetece nunca ter dado o número do telemóvel a certas pessoas.

26 de novembro de 2006

1923-2006

Morreo o surrealista


De profundis amamus

Ontem às onze fumaste um cigarro encontrei-te sentado ficámos para perdertodos os teus eléctricos os meus estavam perdidospor natureza própria
Andámos

dez quilómetros
a pé
ninguém nos viu passar
excepto
claro
os porteiros
é da natureza das coisas
ser-se visto
pelos porteiros
Olha
como só tu sabes olhar
a rua os costumes
O Público
o vinco das tuas calças
está cheio de frio
e há quatro mil pessoas interessadas
nisso
Não
faz mal abracem-me
os teus olhos
de extremo a extremo azuis
vai ser assim durante muito tempo
decorrerão muitos séculos antes de nós
mas não te importes
não te importes
muito
nós só temos a ver
com o presente
perfeito
corsários de olhos de gato intransponível
maravilhados maravilhosos únicos
nem pretérito nem futuro tem
o estranho verbo nosso

Mário Cesariny

Mais sobre o 25 de Novembro


Tirado daqui

25 de novembro de 2006

25 de Novembro sem máscaras.

Hoje importa lembrar e lembrarei enquanto forças tiver, a madrugada de 25 de Novembro de 1975, o "Grupo dos 9" e esse grande vulto da democracia portuguesa que deu e dará pelo nome de Ernesto Melo Antunes.
Hoje, há 31 anos, Portugal foi libertado definitivamente da ameaça de implementação de uma ditadura comunista. Hoje, há 31 anos consolidou-se a democracia que, em 25 de Abril do ano anterior tinha dado os seus primeiros e ténues passos.
Hoje, o dia passará sem cravos, sem paradas, sem sessões oficiais. Porque hoje, a gente não se lembra da "Ocidental Praia" dos COPCON, do episódio do Campo Pequeno, dos assaltos às sedes do CDS.
A esquerda, desculpem a "esquerdalha", esse grupelho de aruaceiros disfarçados de Armani e que se passeiam pelos salões em busca de um lugar na "manjedoira" da democracia, até se empenha na preservação da memória da PIDE. Contudo, qual manada de toiros enraivecidos olvida, perigosamente, o dia em que, pela primeira vez, se colocou lastro nesse navio ainda leve e mal lastrado que é o Portugal moderno e democrático.
Que mais não seja para prestar a minha mais do que humilde homenagem ao "Sonhador pragmático", aqui fica o registo de que este dia existiu e fez perdurar a democracia em Portugal.

24 de novembro de 2006

Confissão de blogger

Só não posto "frames" sacados do You Tube porque não sei. Pois é, estou para o You tube, como um amigo delicioso que perdi precocemente estava para os nomes dos bolos. Íamos, com frequência, nas madrugadas Lisboetas, aos bolos na Praça do Chile. Perguntava-lhe o que queria, respondia-me invariavelmente, "uma bola de Berlim". Um dia confessou, "há bolos bem melhores do que as bolas de Berlim mas eu não sei os nomes".

23 de novembro de 2006

E tempo?

Pois é, tamanha agenda cultural e tão pouco tempo para a desfrutrar. Não tenho por hábito ir a inaugurações, não gosto de revistas cor-de-rosa, não gosto de cor-de-rosa, mas tive pena de não estar presente na galeria Fonseca Macedo para acompanhar a Catarina Castelo Branco, vou por lá passar um dia destes.

Luto

22 de novembro de 2006

Por um prato de lentilhas

O CDS, ou melhor o Deputado Artur Lima, votou favoravelmente o orçamento de 2007 apresentado pelo Governo Socialista a troco de três propostas de alteração na área da saúde. Isto só quer dizer que o CDS, o oficial, está de acordo com toda a política do Governo menos em três pequeninas coisas do sector da saúde.
Também quer dizer que, pelo menos no próximo ano, a oposição está reduzida ao PSD.
Também quer dizer que Artur Lima cavou um fosso enorme entre o Grupo Parlamentar e o partido que o suporta, até porque o assunto do orçamento não foi discutido em qualquer órgão do partido.
A quatro meses de um congresso regional em que Alvarino Pinheiro estará de fora, pode ter sido uma cartada decisiva para o aspirante de lider perder terreno para Nuno Melo Alves, outro putativo candidato à liderança dos Democratas Cristãos dos Açores.

Aborte-se o aborto

Ainda nem chegamos à campanha e eu já estou farto de ouvir disparates, de um lado e do outro. Será que os "maiorais" dessas "manadas" ainda não perceberam que foram campanhas do tipo "a barriga é minha" ou "se a barriga fosse de vidro" e outras demagogias que levaram aos resultados, pouco esclarecedores, do último referendo sobre o aborto?
Bem, já sei, daqui a oito anos vamos a votos outra vez e claro, com uma pergunta muito mais complexa.

3anos3

O Causa Nossa que é, cada vez mais, a causa do Vital Moreira e esporadicamente da Ana Gomes, faz hoje 3 anos. Num Sábado, 22 de Novembro de 2003, era dado o mote com um manifesto editorial da autoria do Luís Osório no qual se podia ler: ... Seria, aliás, difícil imaginar um grupo mais heterogéneo, quanto ao percurso de vida, formação académica e profissão, itinerário político (ou ausência dele). Reivindicamos por isso uma irredutível liberdade crítica...
Talvez seja hora de refazerem este manifesto. Não?

21 de novembro de 2006

Arquitectura e urbanismo também são cultura

Tenho andado demasiado ocupado (ainda por cima com trabalho de escrita, o meu segundo trabalho por encomenda e pago) para cuidar do blogue. Contudo, algumas recensões críticas -um trabalho pedido por uma instituição pública - sobre os volumes publicados pelo Instituto Açoriano de Cultura onde é inventariado o Património Imóvel dos Açores, em conjunto com a novidade de um Curso de Introdução à Arte do Sec XX em Portugal, isso tudo mais uma pitada de pimenta do livro do Dr. Carlos Falcão Afonso, levou-me a pensar na urgência e oportunidade de se fazer um curso, worshop, o raio-que-o-parta, sobre os atropelos, os desmazelos e os excessos de zelos da grande maioria das câmaras municipais, técnicos da DRAC, associações cívicas, Santas Casas da Misericórdia, arquitectos, desenhadores, engenheiros, mestres de obras e empreiteiros, promotores imobiliários e mais outra raia miúda. São tantos os atropelos, os disparates, os abandonos, os atentados, os elefantes brancos que era mesmo bom haver algum sentido estético e algum bom-senso no meio desta salgalhada toda.

17 de novembro de 2006

Cavaco desilude

A entrevista do Professor Cavaco ontem, que só ouvi hoje, veio reconfirmar a pertinência da minha crónica publicada na revista FACTOS nº 21 e que aqui transcrevo.
Cavaco desilude

Não raras vezes nos desiludimos com os políticos que escolhemos e elegemos. Assim aconteceu com uma larga maioria dos Portugueses em relação a esses primeiros meses de mandato presidencial do Professor Aníbal Cavaco Silva. Não a mim o Sr. Silva de Boliqueime, tecnocrata inculto, não me desiludiu, está a ser, precisamente, aquilo que eu desconfiava que ele ia ser. Cinzento. Foi assim como Primeiro-ministro, foi assim como Ministro das Finanças, será sempre assim, embora passando a imagem de ser diferente. Um embuste.
Contudo, Cavaco desiludiu e muito, os seus adeptos e os seus principais detractores. Na verdade, há várias direitas neste país que reconheciam no Professor Cavaco uma espécie de salvador da Pátria , um Salazar dos tempos modernos, com família, casa no Algarve e férias numa praia do Brasil, um "tuga" típico, "self made men" como todos os "tugas" gostavam de ser, reaccionário como só os "tugas" sabem ser, austero como todos os "tugas" gostam.
Alguma social-democracia que, gosta de se dizer de direita (qual equivoco) apostou no Professor Cavaco na esperança que esse se transformasse numa espécie de contra poder, uma "força de bloqueio" à maneira do "Rei" Soares, capaz de devolver diplomas ao parlamento só porque lhe dava na real gana e que ameaçasse a dissolução da Assembleia da República ao primeiro indicio de corrupção ou desentendimento entre governantes ou entre estes e a Câmara de Deputados. Ao invés, Cavaco, adoptou por uma atitude conciliadora, apoiou medidas do Governo, apela ao respeito pela Assembleia da República e vez alguma insinuou ou deixou transparecer a possibilidade de dissolver o Parlamento. Desiludiu assim a sua direita, a pseudo direita PSD.

Nas esquerdas, principalmente na mais liberal e na mais genuina, Cavaco era visto como uma espécie de anticristo, o "Homem da Regisconta" que olvida as questões desde que o interesse da caixa registadora o justifique. Também essa esquerda temia um Cavaco, contra-poder, intransigente, sem preocupações sociais e em que a economia ultrapassasse todas as outras preocupações de Estado. Um Presidente permanentemente em "guerra" com o Governo.
Ma afinal, estes primeiros dias em Belém têm revelado um Cavaco Silva bem diferente do esperado quer por uns quer por outros. Por isso Cavaco é uma grande desilusão.
E se não bastasse termos a noção disso, ele próprio, sabe que assim foi, se é que já não sabia que assim iria ser.
"He procurado poner en práctica lo que prometí. He actuado según lo que dije, no según lo que otros imaginaron o inventaron que iba a hacer".Anibal Cavaco Silva ao El-País .
Sintomático é o facto do Presidente falar mais aos órgãos de comunicação social estrangeiros do que aos Portugueses. Sim, lá fora opinou sobre cá dentro, sobre o futuro da Europa, sobre a emigração ilegal. Cá dentro, ainda não disse nada.

16 de novembro de 2006

Combustiveis comandam a economia

As recentes notícias de movimentação de capitais no tecido empresarial micaelense, com especial destaque para a venda de parte significativa do capital da ACCymbron ldª a um dos seus sócios e de uma também significativa parcela de acções do grupo NSL ao grupo Bensaude, poderia levar o mais incauto dos leitores a pensar que a economia desta Ilha e consequentemente dos Açores está dinâmica. Ao invés, constata-se que as movimentações são apenas ao nível de empresas dos serviços, sendo que no caso SousaLima/Bensaude o negócio esteve dependente do encerramento da unidade industrial da Lagoa o que acabou por acontecer com o despedimento de mais de 30 trabalhadores. A outrora chamada de Vila Industrial, está cada vez mais perto de deixar de o ser.
Com a compra, o grupo Bensaude fica detentor de cerca de 70% do mercado de combustiveis da Ilha de São Miguel e quase 50% do mercado dos Açores.
Entretanto os empresários terceirences já perceberam o sinal das suas elites sobre a letargia e o comodismo das suas gentes e trataram de investir em São Miguel. De facto, depois do grupo Paím ter investido, através da sua participada ASTA-Açores, na construção de 2 hotéis e exploração de uma zona de Jogo em São Miguel, também o grupo Monjardino, importante grupo económico terceirense na área da distribuição de combustíveis, se prepara para instalar em São Miguel uma rede de distribuição dentro do seu habitual "core business".
Há dias o ex-ministro da economia Augusto Mateus dizia uma coisa que venho a dizer e já escrevi há muito: "Os açores só se desenvolvem com o crescimento de um pólo aglutinador que, neste caso, é São Miguel". Lembro-me de, a esse respeito, ter utilizado aqui uma analogia com o comboio e a locomotiva, sendo a Ilha maior a locomotiva e as outras os vagões
Os empresários, felizmente, já perceberam aquilo que os políticos, infelizmente, ainda têm dificuldade em perceber.

15 de novembro de 2006

PSD rompe coligação com CDS-PP na Câmara de Lisboa

Eu até acho que 1 ano foi demasido tempo.

José Pinóquio Sócrates

Há três dias o Primeiro-ministro de Portugal, o tal das sucessivas mentiras e que reúne em seu torno perigosas unanimidades, anunciou que o orçamento de estado combate o défice sem "recurso a truques e subterfúgios". Hoje, o tribunal de contas, vem falar em mais de 300 milhões de desorçamentação.
Noutros tempos já se estava por aí a falar de degradação da vida politica e de outros disparates.
Parece que este país que "precisa que tudo mude para que tudo fique igual", continua cada vez mais igual.

Piratas

Quando lhes faltam os argumentos toca de preparar manobras de diversão. Tal como os piratas do mar, os da politica também obedecem ao chefe. O Pirata mor.

14 de novembro de 2006

Perigoso unanimismo

Foi por causa de momentos de perigosa unanimidade como aquela que toda a gente pôde assistir este fim-de-semana em Santarém que Salazar esteve no poder durante quarenta anos.

Um ano de Açores SA

Lembro-me como se fosse hoje do dia em que este vosso blogue fez um ano. Cuidei que havia passado uma eternidade. É verdade, um ano num blogue é uma eternidade. Parabéns à menina e aos rapazes do Açores SA.

10 de novembro de 2006

Surpresa a minha.

Tribes of the Blogosphere
Everyone is familiar with the A-list perspective of the blogosphere: there are a handful of key individuals who wield much of the influence in terms of discussion, opinion, links and traffic. But what about the rest of us? How do we fit in? By taking the graph of the blogosphere and looking for groups of blogs which have strong links between them, we can shake out some of the communities that are either embedded in the
core (the home of the A-listers) or which are loosely joined to, or completely separate from this central über-community.
Let's start with a classic: the knitting community. For some reason, this is held out almost as an iconic example of the blogosphere's niche appeal. Key blogs include The Blue Blog, Wendy Knits! and The Yarn Harlot.
Next (right) we have very strong Portuguese community centered on Blasfemias and Foguetabraze. It is interesting to note that Blogspot plays an important role in this community (the red nodes). In contrast to the first example, this appears to be a community with a linguistic theme rather than a topical one.

9 de novembro de 2006

Os supranumerarios

Não haja dúvidas que a função pública tem gente a mais. Os sindicatos asseguram que houve uma adesão de 80%, o governo só deu pela falta de 11,74.

A respeito de certas insinuações

"Quanto mais conheço as pessoas mais gosto do meu cão".

hELLOOOOOOOOO, TAMBÉM QUERO!

SENHOR "José"

Comerciante da Terceira, com dois estabelecimentos comerciais e candidato pelo PS a Presidente de uma Junta de Freguesia.

Os relatórios técnicos do Instituto de Acção Social referem-se a um "agravamento da situação" económica do beneficiário, resultante da sua actividade comercial e de "mau funcionamento do estabelecimento comercial".

Em 12 de Janeiro de 2005, a Directora Regional da Segurança Social atribui ao senhor "José", um subsídio de euros 4.000,00, através do Fundo de Socorro Social, para pagamento de salários em atraso aos seus trabalhadores.

Em 1 de Junho de 2005, a Directora Regional da Segurança Social atribui ao senhor "José", um subsídio de euros 10.000,00, através do Fundo de Socorro Social, muito embora se reconheça que o subsídio anterior não foi utilizado para o pagamento dos salários de trabalhadores e que a situação resulta de "má gestão financeira".

Em 30 de Dezembro de 2005, a Directora Regional da Segurança Social atribui ao senhor "José", um subsídio de euros 15.000,00, através do Fundo de Socorro Social, para pagamento de dívidas a terceiros.

O senhor "José" é Presidente duma IPSS que recebeu subsídios da Segurança Social de, pelo menos, euros 150.000,00.

SENHOR "João"

O Senhor "João", de S. Jorge, recebeu um subsídio da Secretaria Regional da Habitação no valor de euros 9.926,08 para comparticipação na aquisição de habitação, "em estado razoável, necessitando apenas de instalação sanitária", como refere a Delegada da SRH em relatório.

Sem que se perceba como, o senhor "JOÃO" procede à demolição da casa e solicita novo apoio à SRH, que recusa.

Em 7 de Abril de 2005, a Directora Regional da Segurança Social atribui ao senhor "João", um subsídio de euros 24.000,00, através do Fundo de Socorro Social, reconhecendo que o "pedido não se enquadra no âmbito dos programas de apoio à habitação".

SENHORA "Maria"

A senhora "Maria", da Terceira, funcionária pública, divorcia-se e, no âmbito do processo de partilha com o marido, recusa a venda da casa morada de família a terceiros.

O relatório técnico do Instituto de Acção Social, na caracterização da senhora "Maria", refere que ela "está muito bem integrada em força política de referência na freguesia" - o PS.

Em 10 de Maio de 2005, a Directora Regional da Segurança Social atribui à senhora "Maria", um subsídio de euros 30.000,00, através do Fundo de Socorro Social, na sequência do processo de divórcio.

8 de novembro de 2006

Sexta à quarta

Cá o Argolas não percebe por que razão os bloguers não acabam de vez com a cena dos comentários anónimos. Falam e barafustam, mas continuam a permitir que a situação se perpetue. Bastava fazer como alguns sites que conheço: não há comentários para ninguém! É que não se perde nada, bem pelo contrário. Cá o Argolas nunca vai a um blogue por causa dos comentários. Aliás, um blogue só ganha em não ter comentários. Um blogue vale (ou não vale) pelos seus posts. Em suma: dar voz a energúmenos anónimos não é propriamente a melhor forma de honrar a democracia. Mas, já agora, cá o Argolas coloca uma dúvida: recentemente, um blogue anónimo acusou Miguel Sousa Tavares de plágio. Atiraram-se todos ao anónimo. Alguém se preocupou em saber se a acusação de plágio era fundamentada? Até li uma crónica em que uma fulana dizia que Sousa Tavares era um homem bonito! Santo Deus, a imprensa tradicional endoideceu. Esperemos que a blogosfera não vá pelo mesmo caminho...
E não é que o individuo tem razão, também não deviam haver colunas de jornal anónimas ou encapotadas ou lá o que o argolas é.
Mais uma vez no seu foguetabraze, as argoladas de sexta à quarta.

Pois claro

Eu até já tinha dito isso aqui, há uns dias mas foi preciso mexer com a banca (por favor não mexam mais com a banca) para um ex-ministro vir a público dizer o óbvio.

6 de novembro de 2006

A moda do You tube

Isto é um blogue não é um Vlog. Anda-me a irritar essa moda de fazer postas com recurso aos vidioclips do You tube .
Ide todos mas é para a casa do ....

3 anos 3


Eu queria escrever uma coisa bonita para lembrar que a rapaziada do :Ilhas completa hoje três anos de postas contra-postas e comentários e contra-comentários. Estou desde manhã para o fazer. Mas não saiu nada que valesse a pena. Por isso ficam uns simples parabéns a vocês.
Ah, já me ia a esquecer de uma coisa muito importante de referir. O :Ilhas é um bom exemplo de um blogue feito nos Açores mas universal, daqueles que eu falava há dias sobre a aldeia global e aquelas coisas todas que já nem sei.

Post scriptum: Vejam lá se arranjam uma fotografia com o Riley no lugar do Tozé.

Por favor deixem os Bancos à vontade

Cada vez que o Governo através da entidade reguladora do sistema bancário que dá pelo nome de banco de Portugal, resolve mexer com os bancos quem sofre é o freguês. Há dias, a respeito dos arredondamentos para cima e para baixo, alguém falava desse grande instrumento que o governo tem ao seu dispor para regular o mercado e que não lhe dá o devido uso e é chamado Caixa Geral de Depósitos. È verdade se a CGD arredondar as suas taxas para baixo, todos vão para baixo. Mas não, o governo usa esse instrumento para tudo, inclusive para dar emprego aos amigos (sempre foi assim com todos os partidos incluindo o CDS-PP), excepto para regular o mercado.
Antes dessa dos arredondamentos e da data/valor dos cheques foi a alteração do valor obrigatório para pagamento dos cheques carecas. Aquela que para o governo parecia uma medida de elementar justiça e para aliviar os tribunais e a PJ de processos de pequena monta, passou a ser um excelente negócio para a Banca. Na verdade, a partir dessa data os bancos passaram a cobrar uma "taxa de intervenção do gerente" em todos os cheques pagos a descoberto. Essa taxa pode variar entre os 5 e os 31 euros mais imposto de selo. Qual não foi o meu espanto quando a minha fonte me mostrou que é precisamente a CGD quem cobra a taxa máxima de 31 euros. Ora num cheque de 150 euros, 31 eurosrepresenta mais de 20% desse valor. Mas repare, se por absurdo o leitor se distraiu com o controlo da sua conta bancária e emitiu um cheque de 75 euros quando apenas tinha na conta 70, aí a CGD vai cobrar-lhe os mesmos 31 euros o que representa 40% do valor do cheque e cerca de 620 % do capital usado como crédito.
Bem sei que ninguém liga a essas contas mas dá para gritar.
Por favor, deixem os bancos que nós merecemos.

5 de novembro de 2006

Mesmo tratando-se ...

... de um ditador sanguinário que ordenou milhares de mortes incluindo a de um dos seus genros, não há nada que justifique a morte de um ser humano. Nada mesmo.

4 de novembro de 2006

Da desunião das Ilhas II

(Continuação)
Já aqui escrevi, várias vezes, que o bairrismo é o cancro desta Região. Julguei que a blogosfera produzida nos Açores e com dimensão universal pudesse ser um meio de comunicação que aproximasse os pensamentos contemporâneos de todas as Ilhas no contexto da aldeia global. Tive a presunção e a leviandade de acreditar num novo movimento filosófico nascido nos Açores do século XXI.O Guilherme chegou a falar de uma nova geração de autonomistas Enganei-me. Afinal não existe uma blogosfera feita nos Açores com dimensão global, nem sequer nacional, nem sequer regional. São capelinhas de Ilha, concelho, freguesia, onde interessa mais discutir se a tampa do esgoto está virada ao contrário ou se a canada tem mais ou menos buracos, se há teatro no Coliseu e Jazz no Teatro, se o centro cultural passa mais ou menos cinema, se o Ramo Grande tem mais ou menos visitas, tudo isso se discute em vez dos grandes temas da actualidade. Entretanto a globalização vai-se fazendo, alguns, poucos, empresários internacionalizam-se e são olhados com desconfiança, outros quedam-se à espera de tempos melhores, sem mudar nada e à espera que tudo mude. Os resultados só se alteram se os métodos forem alterados, quando não, "fica tudo na mesma como a lesma."

3 de novembro de 2006

Imposto sobre o imposto

Eu já aqui falei - a respeito de um post do Vital Moreira (Maio de 2005) - da dupla tributação a por via do Iva cobrado sobre o Imposto Automóvel. Uma imoralidade que o Estado pratica e que torna a compra de viaturas novas de alta cilindrada e de gamas médias quase proibitiva às bolsas da classe média. Agora levanta-se também a questão da legalidade.
O imposto automóvel e o Iva sobre o mesmo, são uma importante fonte de financiamento do Estado já que são cobrados a pronto pela Direcção Geral do Tesouro e pagos a prestações pelos contribuintes às empresas financeiras sem que esses, muitas vezes, se apercebam que estão a pagar imposto.
Mesmo esquecendo a questão moral e jurídica da dupla tributação, relembro que não faz sentido baixar o imposto nas viaturas de gama baixa e subir nas gamas média e alta. O que faz sentido é baixar, pelo menos, nas gamas médias e subir nas baixas por forma a tornar a compra de viatura de gama média acessível a quem agora as adquire das gamas mais baixas. Essa seria uma medida importante para reduzir os níveis de emissão de gases que contribuem para o efeito de estufa, assim como seria uma medida fundamental para a redução da sinistralidade. Pois que toda a gente sabe que as viaturas mais baratas são a mais poluentes e as menos seguras.
Contudo, neste país, não se pensa assim, só se pensa em cobrar mais para o Estado poder continuar a gastar à vontade. Agora dizem-me que é em almoços e jantaradas da permanente campanha eleitoral em que o nosso primeiro está desde que é secretário-geral do partido Socialista.

2 de novembro de 2006

Da desunião das Ilhas.

A unidade das Ilhas faz-se quando, cada uma delas, for capaz de potenciar a suas idiossincrasias, trilhar o seu caminho, sem esperar que outra comunidade faça o trabalho de casa.
A desunião destas Ilhas tem sido provocada por um discurso político bairrista e interesseiro por parte de algumas elites e pseudo elites politicas de Ilhas onde as fontes de riqueza não se alteraram, nos últimos 30 ou até 50 anos, por via da letargia, pensamentos reaccionários e falta de sentido estratégico dessas mesmas elites locais e do tecido empresarial que se habituou a que, os sucessivos governos, centrais e regionais, fizessem tudo por eles. O paternalismo de estado herdado de Salazar ou até mesmo da sociedade feudal.
Por mais descabido que pareça, a minha convicção, é que só estaremos unidos quando deixarmos de olhar uns para os outros, nesse dia deixará de haver desconfiança.
É incrível como uma preocupação, legitima da minha parte, sobre o que se está a passar na Ilha do Faial, despertou os mais recalcados sentimentos bairristas em vez de despoletar um estímulo.
Parece não haver grande interesse na comunidade local em discutir esse assunto. Contudo, ele parece-me um dos mais importantes de aprofundar, quer no contexto regional quer no contexto global.
(Continua)

1 de novembro de 2006

Assunto antigo

Gerou-se uma pequena polémica por causa do post do passado Sábado que tratava de parte de uma entrevista do Arquitecto Pedro Porteiro, nomeadamente acerca da letargia da sociedade faialense. O assunto é antigo, recorrente portanto mas vale a pena lembrar este pedaço de prosa datado de 1939, publicado no Jornal Portugal, Madeira e Açores e citado a páginas 161 de uma dissertação do José Grave.

"O distrito da Horta tem o direito de viver desafogadamente mercê da importância que adquiriu pela sua esplêndida situação geográfica, que lhe dá um lugar de eleição entre todas as terras portuguesas, graças á fertilidade do seu solo e ás qualidades de trabalho dos seus habitantes.[...] O Faial está a sofrer as consequências da falta de uma élite, forjada nas escolas superiores. Durante mais de uma década empobreceu-se, intelectualmente; as companhias telegráficas barraram a saída dos jovens estudantes: cursar o liceu da Horta e obter um emprego nas companhias estrangeiras era a suprema ambição dos faialenses, ambição aliás justificável dada a exuberancia dos ordenados pagos. Isto originou o preenchimento dos cargos públicos por gente do continente, alheia aos interesses regionais que em nada captavam a sua simpatia."

A respeito...

... dos provedores da ortografia que se preocupam demasidao com a forma e pouco com o conteudo, lembrei-me de ir à procura desta frase: "A forma para o poeta é o freio e as rédeas sem as quais não poderá governar o seu cavalo (a menos que seja um acrobata)..."
Somerset Maugham

Pão por Deus


Uma tradição que se vai perdendo pela força de uma outra importada do outro lado do Atlântico, essa espécie de carnaval americano que dá pelo nome de halloween.
É verdade que, em algumas escola, se mantém a tradição do Pão por Deus, e em casa , vamos alguns de nós, fazendo a pedagogia. Porém, noutras escolas até é difícil para os professores contrariarem a substituição de uma das nossas mais antigas tradições pela euforia das "doçuras ou travessuras" do halloween ao bom estilo das terras do tio Sam.Hoje o ardina do Açoriano Oriental bateu-me à porta, ontem tinha deixado o tradicional pregão da época, só para lembar.

O País está assim

Hospitais recrutam clínicos "sem assegurar qualidade" . Qual é o espanto? O País recruta, escolhe, vota, nomeia... sempre sem asegurar a qualidade, porque razão nos clinicos havia a coisa de ser diferente?
O "Tuga" é, por sistema, pouco profissional, excepto a exigir profisssionalismo a terceiros.

31 de outubro de 2006

Afinal faltam milhões.

O Ministro Teixeira e o Primeiro Sócrates além de nos mentirem, andam a enganar o amigo César. Também como é que o nosso primeiro não havia de fazer asneira, o tipo passa mais tempo a viajar e a fazer conferências de imprensa do que a governar.

É que já não há mesmo pachorra

Lá voltou o recalcado e reprimido "més Zé" (já nem classe para Happy Jo tem) Contente, a propósito do final do protocolo dos canais generalistas, a recorrer à sua habitual estratégia de dizer que "no tempo do PSD". Alguém recorda ao més Zé que ele e o seu Partido estão já há 10 anos no poder. Até parece que os odios viscerais são geneticamente transmissivesis.
É que já não há mesmo pachorra, não há cú como se usa dizer agora.

EXTRA EXTRA

O Foguetabraze será citado novamente na rubríca Blog in do semanário Expresso das Nove na sua edição da próxima sexta-feira, também já sabemos a opinião do argolas sobre a sondagem NORMa/RTP de há 15 dias.

Prémio
A sondagem da RTP/Açores divulgada há duas semanas catapultou Sérgio Ávila para o lugar de nº 2 da política açoriana logo a seguir a Carlos César. O vice-presidente do Executivo socialista não só ficou à frente do líder do PSD/Açores, Costa Neves, como viu Berta Cabral recusar mais uma vez qualquer cargo governativo de nível regional. Há poucos meses ninguém diria que o dirigente socialista terceirense teria a ascensão fulgurante que está a ter. Após um arranque menos convincente, a verdade é que o vice de César tem vindo a marcar pontos de forma consistente e paulatina, uma estratégia que pode vir a abrir-lhe portas no futuro.
Entre as mulheres
Quem também teve motivos para ficar satisfeito com a sondagem da RTP/Açores foi José Contente, secretário da Habitação e Equipamentos. Sobretudo quando ouviu o apresentador televisivo dizer que era dele o galardão de "o melhor entre as mulheres"! De resto, diga-se que Contente tem vindo a marcar pontos na política açoriana com uma estratégia de investimento nas comunicações sem quaisquer precedentes na Região. Para já não falar nas SCUTs, que serão responsáveis por um salto histórico nas acessibilidades em S. Miguel.
Não! O Foguetabraze não é bruxo nem acredita neles mas em noite de dia das Bruxas é bom lembrar o que se diz em terras de Espanha "que las hay, las hay"!

Notícias de um Portugal desnorteado.

O Ministro das finanças Teixeira dos Santos, dissimuladamente austero, desmultiplica-se em acções de caça aos impostos e ao aumento da carga fiscal das empresas portuguesas. Enquanto decorre essa acção, o Ministro da Economia Manuel Pinho, sorridente, em nome da criação de emprego, distribui às empresas estrangeiras benefícios fiscais. Vá-se lá entender uma coisa destas

30 de outubro de 2006

"O culto da ignorância "

Grande texto do Luis Aguiar-Conraria no seu Destreza das dúvidas em respota ao artigo de Eduardo Prado Coelho no Público de hoje (sem link disponivel mas possivel de ler aqui).

26 de outubro de 2006

É que já não há pachorra

Portaria n.º 691/2006 de 10 de Outubro de 2006
Considerando a manifestação de interesse por parte do Sport Clube Lusitânia no sentido de realizar uma campanha de promoção dos produtos agro-alimentares regionais;(..)
Conceder um subsídio, a fundo perdido, no valor de 100.000,00 ? (cem mil euros), ao Sport Clube Lusitânia, como forma de comparticipação para fazer face às dificuldades do clube.
Vamos lá a promover as batatinhas.
Afinal o subsidio é para promover as batatinhas ou para ajudar o Lusitânia?
Para que foi que se fez um Decreto Legislativio Regional com o intuito de legislar e regulamentar este tipo de apoios?
E como pergunta o Lucas, Onde está o Gacs nestas horas?
A fazer-se de Lucas ou seja a asssobiar para o ar.
Haja vergonha.

25 de outubro de 2006

É só fazer um pequeno esforço.


Sinalética, originally uploaded by foguetabraze2.

Continuam a chegar turistas a Santa Maria que trazem calçado adequado, bastões e mochilas. Basta olhar para perceber ao que vêm. Assim de repente lembrei-me que os trilhos já estão, todos, novamente, abandonados. É bom recordar os responsáveis que os pedestrianistas são turistas de todo o ano.

24 de outubro de 2006

Uma razão...


...mais do que bastante para eu ir votar e fazer campanha a favor da vida.

Hábitos.

Hoje percebi que alguns amigos se preocupam com as minhas horas de sono. Andam a vasculhar a hora das "postas" para ver o que ando a fazer. Pronto, eu confesso, deito-me tarde e levanto-me cedo. O que é que querem, hábitos.

22 de outubro de 2006

Sócrates em Ponta Delgada com perna curta.

In Urbi et Orbi-Jornal da Covilhã nº 254 Dezembro de 2004
Estas foram as palavras de José Sócrates em campanha eleitoral. O discurso agora é outro, Sócrates anda repetidamente a mentir dizendo que quem mente é a oposição. Acontece porém que as suas palavras, ditas em campanha eleitoral, estão registadas em muitos órgãos de comunicação lembrabdo o nosso primeiro que a mentira tem perna curta.
Hoje, Sócrates o "batateiro" está em Ponta Delgada onde se irá encontrar com militantes e simpatizantes do PS. Irá explicar qual das mentiras? Aquela que ia dando como mentiroso o líder Regional do PS ou esta das scuts?

Retratos do trabalho nos Açores


Consolidação de talude - Água D'Alto - São Miguel Açores

20 de outubro de 2006

Ler Jornais é pagar mais

É verdade e logo pela mão dos amiguinhos da cultura e do saber. Os deputados eleitos pelo círculo eleitoral dos Açores tiveram uma óptima oportunidade de mostrarem serem homenzinhos, mas não, até desrespeitaram a ampla maioria consensual da Assembleia Legislativa Regional dos Açores. São estes pequenos gestos que humilham as autonomias, não os gritos vociferados por Alberto João jardim.

João Jardim será um exemplo?

Eu já aqui escrevi que nada tenho a favor do Dr. Alberto João Jardim. Disse, inclusive que se fosse Madeirense, provavelmente, era do Bloco de Esquerda (abrenúncio). Contudo, há um argumento do Ministro Teixeira dos Santos que João Jardim ainda não soube potenciar.
Nas palavras do Sr. Ministro, a revisão da lei de Finanças das Regiões Autónomas vai penalizar a Madeira porque essa atingiu níveis de desenvolvimento que são invejáveis e por isso não faz sentido continuar com os fluxos financeiros habituais.
Pois é. Em trinta anos de autonomia Jardim levou a Madeira ao nível de uma das regiões mais ricas de Portugal. Temos que reconhecer a crueza dos números. Entretanto, por cá, apesar de dos últimos 10 anos de torrentes financeiras medonhas, e de infra-estruturas básicas concluídas, os Açores continuam uma das regiões mais pobres do País e da Europa.
Afinal que é que sabe governar?

19 de outubro de 2006

Primeiro-ministro mentiroso

É muito triste chegar à conclusão que o nosso país é governado por um indivíduo que emana do parlamento a quem mentiu descaradamente e sem hesitações e esse mesmo parlamento, confirmada a mentira, nada diz sobre o assunto e a comunicação social idem.
Aqui de El-Rei se episódio idêntico se tivesse passado com dois governantes de um partido de direita. Não há dúvida, os OCS em Portugal são de esquerda, apenas tentam mostrar ser isentos, mas pouco.
Nada tenho contra os Jornais e jornalistas que assumem posição a favor ou contra este ou aquele partido, este ou aquele político. O problema está em fazê-lo fingindo que se não faz.

Feito pelos seus leitores

Será possível que de uma vez por todas os Jornalistas deste país, não se disponham a questionar os números das greves???

Isto é ridículo, de cada vez que há uma greve, os sindicatos atiram com 80, 90 a mais porcento de adesão.

O governo nunca vai além dos 20 ou 30 !!!!!!!!!!

Alguém mente descaradamente nisto tudo .... nunca vou ver um Jornalista confrontar "a sério" um governante ou um sindicalista com este disparate?????????

Abel Carreiro-Ponta Delgada

Uma sondagem...

...NORMA/RTP-Açores para comentar aqui no seu foguetabraze.
Se fossem hoje as eleições regionais:
PS - 52,0 %
PSD - 36,3 %
CDU - 0,9 %
CDS - 0,6 %
Brancos 01,3 %
Indecisos 07,7 %
à pergunta quem seria o melhor Presidente do Governo os inquiridos responderam:
Carlos César - 49,6%
Berta Cabral - 26,9 %
Sérgi Ávila - 6,3 %
Costa Neves - 4%
José Contente - 1,7 %
Vasco Cordeiro - 1,1 %

17 de outubro de 2006

Contra senso?

No tempo em que não havia PDMs, a anarquia harmoniosa.

Por umas horas...


Marina de Angra, originally uploaded by foguetabraze.

...aqui.

Uma vitória é menos de 50%

Segundo o Açoriano Oriental,"Ontem foi um dia de dupla vitória para Carlos César, que para além de ver materializado um reforço de verbas ao abrigo da nova fórmula da Lei de Finanças Regionais, viu Sócrates reconhecer uma dívida já com sete anos, embora não no montante de 120 milhões euros"
Mas afinal essa dívida da República não era de 200 milhões domo dizia há pouco mais de um ano o Sr. Presidente do Governo?
"se somarmos aquilo que está em falta, relativamente à aplicação da Lei de Finanças Regionais, aos 23,3 milhões de euros devidos à Secretaria Regional da Economia e aos 32,8 milhões devidos à EDA, pelo processo de convergência do tarifário eléctrico, teremos bastante mais do que 200 milhões de euros".
"Quem faz contas muito apressadas e a recado esquece estes números", sublinhou o presidente do Governo
. GACS
Em dez anos de governo gastaram sete a cobrar uma dívida e depois ainda é uma vitória cobrar menos de 50%.

16 de outubro de 2006

Confirmado

Por causa de um compromisso que assumi com a RTP-Açores para comentar um estudo sobre intenção de voto a ser divulgado na próxima quarta-feira, vi-me obrigado a ouvir, em repetição, a entrevista de S.Excelência o Presidente do Governo Regional dos Açores Sr. Carlos Manuel Martins do Vale César.
Nem precisava de o ter feito. Tal qual como previsto, conseguia adivinhar até a terminologia.

15 de outubro de 2006

Não vá o sapateiro além do chinelo.

Entretanto ouvi, em gravação, uma entrevista ao Dr. Serafim Soares, Presidente da Comissão Instaladora de uma das maiores e mais importantes escolas Básicas Integradas dos Açores (2400 alunos e 180 professores). Parece-me ter ouvido que o Sr. é da área da Filosofia, não tenho a certeza. Ouvi-o sim, isso ouvi bem, defender o poder instituído o que não me impressiona já que, Álamo de Menezes é, sem sombra de dúvidas, o melhor secretário da educação desde os alvores da Autonomia.
Achei estranho mesmo foi o dito indivíduo ter respondido, sobre o corpo docente da sua escola, que o mesmo "até não é muito mau". Segundo as regras da gramática no que concerne ao grau dos adjectivos, diria que se não é muito mau, é porque é mau.
Pois é, como os senhores presidentes dos executivos agora são eleitos, eu sugiro ao corpo docente da Básica Integrada Canto da Maia que integra as Escolas da Vitória, Carvão, Fajã de Cima, Fajã de Baixo, Jardim de Infância e Canto da Maia, que mande o Dr. Serafim Soares plantar batatas.

A entrevista que não ouvi

Toda a gente me pergunta se ouvi a entrevista de Carlos César à RDP-Açores. Não. Não ouvi. Obviamente se tivesse que fazer um programa na próxima Quarta-feira te-lo-ia feito.
Carlos César é o melhor político açoriano do momento. Como todos os bons políticos, torna-se previsível, demasiado previsível.
Alguém me diz que novidades soubemos pela dita entrevista?
Ou melhor, não me digam, quero lá saber.

14 de outubro de 2006

A nascer...


A nascer, original carregado por foguetabraze1.

... uma nova Ponta Delgada, dizem eles. A mim parece-me mais um daqueles exemplos de vandalismo como os denunciados pelo Dr. Carlos Falcão.

13 de outubro de 2006

Espero...


Cá fora, original carregado por foguetabraze1.

Acordar assim, amanhã. É que já não há paciência para mau tempo ao fim-de-semana.

Gado on the blue


Gado on the blue, originally uploaded by corsario.

Bom fim-de-semana

11 de outubro de 2006

Um clássico dos anos 80...


Um clássico, originally uploaded by corsario.

... do século XX, numa paisagem de sonho de todos os séculos.

Fui para o almoço...


Contrastes, originally uploaded by corsario.

... mais ou menos assim.

Entretanto...


Lagoa, originally uploaded by corsario.

... foi assim.

Ainda de manhã...


Altas pressões, originally uploaded by corsario.

... mas já assim!

Hoje acordei assim...


Ponta Delgada a nascer, originally uploaded by corsario.

10 de outubro de 2006

Cada vez mais.



Vão-se os dias. Fico mais velho, mais sensível a algumas coisas boas da vida, mais descrente em Deus, mais crente na humanidade. Sim, os Homens são bons só ficam maus quando acreditam em Deuses estéreis que matam há séculos em cruzadas e contraxruzadas tingindo o mapa mundi com manchas de sangue.

Saem concursos, adjudicações, pregões de milhões e eu sinto que me estão a enganar.
Cada vez há mais pobres, cada vez há menos ricos, cada vez há mais gente apostada em acabar com os ricos quando se deviam preocupar em acabar com os pobres.
Cada vez me apetece mais, sentar ali, na beira da ribeira, ouvindo a algazarra das águas que correm alegremente para o mar e se perdem num oceano de liberdades. Cada vez prezo mais essa condição. A condição de Homem livre, cada vez mais livre.

9 de outubro de 2006

Lavar a imagem é como lavar dinherio...

... toda a gente sabe que, mais tarde ou mais cedo, ele aparece sujo novamente.
O Jornal Açoriano Oriental publica hoje uma reportagem de duas páginas em estilo "operação de charme" sobre um dia na vida de Ricardo Rodrigues na Assembleia da República. Bem podia ser um dia na vida de um dos 22 desempregados com ordenados em atraso do Jornal dos Açores. Duas páginas são muita coisa.
Para os critérios economicistas do dito órgão de comunicação, é bem estranho mandarem uma estagiária a Lisboa fazer esse trabalho, ou será que alguém pagou a deslocação?
Ou será que, na próxima segunda-feira, vamos ter um dia na vida de Mota Amaral?

6 de outubro de 2006

Uns vão outros teimam.

Eles, entre si, são dois ex-colegas de empresa, ex-colegas de universidade e duas pessoas a quem me ligam laços de amizade que não sei explicar. Tal como há pessoas de quem não gostamos e não sabemos porquê, há aquelas que admiramos e de quem gostamos por razões igualmente dificeis de explicar, gostamos e pronto. Assim é com o José Grave e com o Hermenegildo Galante.
Enquanto o divagando se vai afirmando cada vez mais como uma referência na blogosfera, o d'arrejeite levou a "arrejeitada" final. Tenho pena que o Hermenegildo tenha apagado o blogue, bastava deixar de postar.

Voltamos ao comunismo?

Gacs.
Os empresários hoteleiros florentinos estão, financeiramente, em estado tal que nem têm capacidade para recorrerem aos fundos conhecidos como das "ilhas da coesão". No entanto, o Governo Regional vai construir um Hotel para animar a concorrência.
Voltamos ao tempo do "comunismo amaralista". Onde foi que eu já ouvi que César era o melhor delfim que Mota Amaral podia ter encontrado?

"Fast merendário"

Eu até podia não escrever. Até podia. Mas não vou deixar de o fazer, que mais não seja para "encher chouriços", ou serão MacMenus?
Anda por aí uma polémica por causa de um restaurante de fast food que vai abrir na nossa Cidade e que foi notícia de primeira página num periódico de referência.
Eu não quero saber se a qualidade da comida é má, se faz mal à saúde, se é sinal de desenvolvimento ou de degradação da sociedade micaelense.
As coisas ruins, droga, álcool, guloseimas, gorduras saturadas, andam por aí à disposição de quem quer e não é por isso que as compro ou as consumo. Cada um tem a liberdade de consumir o que entender desde que essa liberdade de cada um não colida directamente com a liberdade de cada outro.
Grave, gravíssimo mesmo, neste assunto, é o facto do referido restaurante ir ser implantado junto a uma via rápida e a menos de 50 metros da mesma. Esta situação está proibida por lei. Há muitos terrenos nas imediações das vias rápidas que estão desvalorizados por este facto e muitos negócios que deixaram de ser feitos precisamente por isso.
Alguém arranjou um buraco na lei para autorizar semelhante coisa, deve ser um subestituto dos famosos "merendários" tão ao gosto de "Més Zé Contente". Ainda não descobri qual é esse buraco nem qual foi essa entidade, mas vou descobrir.
É que ninguém está disposto a ler, um dia, num jornal local, uma noticia do tipo :MacDonald não se constrói em Ponta Delgada porque o governo X e ou a Câmara Y não autorizaram.

5 de outubro de 2006

Bendita sejas RTP

As noites de insónia são boas conselheiras e quase sempre criativas. Para além de muitas coisas que escrevi esta noite sobre Davos, o Beato e os interesses corporativos e que fica para outra altura, dei comigo reflectindo sobre o serão televisivo a que acabava de assistir.
Na verdade, a RTP presta um verdadeiro serviço público de televisão, foi para isso que se manteve, é a única alternativa à "diarreia noveleira" que tomou conta das televisões privadas. São telenovelas a trás de telenovelas, plenas de conteúdos deploráveis, diálogos paupérrimos e actores de terceira categoria elevados ao estatuto de heróis nacionais.
Como se não bastassem as horas de ficção portuguesa a passar na TVI, também a SIC tentou, com recurso a uma deplorável Floribela, feita pelos maiores canastrões da cena artística portuguesa, conquistar os telespectadores e consequentemente os anunciantes.
Parece que a gente gosta, se revê, imita, compra e deixa de comer para ver.
Bendita sejas RTP enquanto não caíres na tentação de nos dar aquilo que queremos em vez de nos dares o que precisamos.

É que só falta mesmo.

Primeiro foram as maternidades e as escolas, agora as urgências hospitalares. Já enterraram o socialismo, só falta enterrar a república.

1 de outubro de 2006

Tácticas da esquerda.

O presidente Lula (bronco) da Silva está à beira de ser reeleito Presidente do Brasil já à primeira volta, mesmo sem ter efectuado um único debate televisivo ou radiofónico Eu nem consigo imaginar o que uma certa esquerda(alha) diria se o Lula da Silva fosse um candidato de direita.
Tudo é permitido à esquerda. Tudo.

29 de setembro de 2006

Mais um rabo de palha a arder.

Dizia-se na antiga Roma que à mulher de César não bastava ser séria, teria que parece-lo.
Por aqui, parece-me que irá fazer escola que não basta nem ser sério nem parece-lo.
O recente folhetim da criação e encerramento de um jornal diário parece-me um bom exemplo daquelas coisas que não deviam acontecer, com os protagonistas com que aconteceu. Ou melhor esses até podiam ser os protagonistas do episódio do tal jornal, não podiam era ser protagonistas de outras cenas do teatro das políticas regional e nacional.
Será que este negócio do Jornal dos Açores tem alguma coisa a ver, directa ou indirectamente, com os de um certo colégio e de uma certa instituição de crédito?
Irão existir consequências politicas? Deviam!

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