5 de outubro de 2006

Bendita sejas RTP

As noites de insónia são boas conselheiras e quase sempre criativas. Para além de muitas coisas que escrevi esta noite sobre Davos, o Beato e os interesses corporativos e que fica para outra altura, dei comigo reflectindo sobre o serão televisivo a que acabava de assistir.
Na verdade, a RTP presta um verdadeiro serviço público de televisão, foi para isso que se manteve, é a única alternativa à "diarreia noveleira" que tomou conta das televisões privadas. São telenovelas a trás de telenovelas, plenas de conteúdos deploráveis, diálogos paupérrimos e actores de terceira categoria elevados ao estatuto de heróis nacionais.
Como se não bastassem as horas de ficção portuguesa a passar na TVI, também a SIC tentou, com recurso a uma deplorável Floribela, feita pelos maiores canastrões da cena artística portuguesa, conquistar os telespectadores e consequentemente os anunciantes.
Parece que a gente gosta, se revê, imita, compra e deixa de comer para ver.
Bendita sejas RTP enquanto não caíres na tentação de nos dar aquilo que queremos em vez de nos dares o que precisamos.

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