22 de dezembro de 2008

Tempo de vacas magras na política Portuguesa.

Vaca Charolêsa

Estes dias que tenho levado vida de verdadeiro “cowboy” na mais oriental das Ilhas Açorianas, têm-me mantido, felizmente, afastado da trica e do enredo politico-partidário. Não o suficiente para lembrar a boa actuação do Deputado Artur Lima na questão do IFAP e da má gestão que o Secretário Noé Rodrigues fez dum dos dossier mais importantes para a economia Açoriana. Não o suficiente para lembrar ao Deputado Paulo Rosa que os pescadores Açorianos de Rabo de Peixe têm precisamente os mesmos direitos e deveres dos pescadores Açorianos das Flores. E não o suficiente para rir à gargalhada com a aventada hipótese der dissolução da Assembleia da Republica por causa dessa coisa de somenos (para os Portugueses) que é o Estatuto da Região Autónoma dos Açores.
Nesse particular, gostaria de lembrar que, mais uma vez, o PSD fez o frete a Cavaco, abstendo-se na votação do diploma. Caso o mesmo fosse votado favoravelmente por unanimidade, a mesmo teria que ser entendida como um voto de protesto politico da Assembleia do Povo, eleita por este, ao Presidente do Povo também eleito por este.
A legitimidade democrática do Presidente da República apenas é maior do que a da Assembleia por decreto.

8 comentários:

Rui Coutinho disse...

Este cherne está um bocado peludo!

Paulo Rosa disse...

Caro amigo Nuno (dos nossos gloriosos dias de Liceu). Agradeço-te que me lembres que os pescadores de Rabo de Peixe são tão Açorianos como os Florentinos. Não posso estar mais de acordo e nunca contestei essa evidência. Se leres o meu requerimento constatarás que o único óbice é a questão das três milhas e essa, meu amigo, é de lei. Quanto ao direito de ganhar a vida no mar, é exactamente igual. Abraço

Anónimo disse...

é assim mesmo Florentinos!!!

Edgardo disse...

Rosa segura-se no Casaco...

Nuno Barata disse...

Carissimo Paulo
Estamos de acordo quanto às 3 milhas, nota o meu texto quando digo "têm precisamente os mesmos direitos e deveres ", não olvido, obviamente, os deveres. Contudo, há, não vale a pena negar, uma preocupação acrescida pelo facto das suspeitas recairem sobre embarcações de Rabo de Peixe que estão a afzer pela vida na Flores.
De uma coisa ficamos todos seguros, o mito do mau tempo no mar e da consequente quebra de rendimentos caiu e isso anda a incomodar muito a classe piscatória florentina. Afinal basta ter vontade de trabalhar para se obterem os desejados resultados que, vão muito para além do rendimento mínimo.

Um abraço e continuação de um bom trabalho em prol das Flores e dos Açores.

AQUILES disse...

Caro Nuno

O Presidente da República é eleito uninominalmente. Os deputados são nomeados pelos directórios políticos dos respecticos partidos, a quem estão enfeudados, agradecidos e obedientes. Não respondem perante o eleitorado. Por isso é que se sujeitam a uma coisa bizarra em democracia, que é a disciplina de voto. Às vezes têm liberdade de voto, o que significa que, normalmente, a não têm. Bizarro, deputados que, afinal, não são livres. Como tal não representam o povo, não podem. Estão limitados pelos directórios. No fundo, o velho caciquismo português

Edgardo disse...

good point... acertou num calcanhar...
Vamos ter que remoralizar,
Começar de novo, por este andar
Restaurando a Monarquia - que belo começar!

Papio Cynocephalus disse...

posso ser eu o rei? afinal de contas, macaco por macaco...

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