Tem sido bastante badalada a medida do Governo Regional dos Açores tendente ao fomento do turismo inter-ilhas. Devo dizer que não sou grande especialista em micro economia mas conheço bastante bem a maioria dos conceitos de macro economia que já foram testados por este mundo adiante. Mesmo que não soubesse nada deste assunto, escreveria este comentário, afinal eu sou um especialista em generalidades.
A medida agora formalmente apresentada, não é nova entre nós. A única diferença é que, agora, não prevê a venda de pacotes turísticos com saída a partir de Ponta Delgada. Ou seja, a medida tem como objecto as populações de todas as ilhas dos Açores com excepção das de São Miguel. Do ponto de vista Social e eleitoral, não gosto mas entendo essa solução, satisfaz as populações das ilhas mais pequenas que, reclamam ruidosamente mais e mais e mais. Não sabem bem que mais querem mas sabem que querem mais. E estão no seu direito.
Se olharmos à medida por um prisma económico, ela não faz sentido algum. Mais não faz se atendermos ao facto de que estamos a lidar com um Governo que quer criar um "Fundo de Coesão Regional" e que desenterrou, para isso, o vetustíssimo conceito do "Desenvolvimento Harmónico da Região.
Uma medida dessa natureza tem o efeito nefasto de exportar para São Miguel e para a Terceira o pouco poder de compra que algumas ilhas mais pequenas têm, privando, deste modo, a economia das suas pequenas comunidades de um dos mais importantes entre os seus parcos recursos. Isso não faz sentido quando, se tenta a todo o custo, desenvolver as Ilhas mais pequenas.
Como Micaelense fico muito satisfeito, a minha Ilha, vê assim, aumentada a sua população flutuante nos meses de menor afluência de turistas estrangeiros. Como Açoriano, fico triste. Fico triste porque tenho um governo que apesar de ter todas as condições para mudar as coisas, insiste em cometer erros de palmatória com o olho em calendários eleitorais e em nome de desenvolver o sector do turismo de forma suatentada em lugar de o fazer de forma sustentável.
Se eu mandasse e talvez seja precisamente por pensar assim que não mando, este programa, tal como outros de que já falei como, por exemplo, o modelo de transporte marítimo de passageiros inter-ilhas, seria desenvolvido precisamente com a filosofia inversa. Seria, no sentido de permitir que os Micaelenses, inseridos em comunidades economicamente mais sólidas, pudessem viajar em condições vantajosas para as outras Ilhas dos Açores para aí gastarem dinheiro e promoverem a criação de um tecido empresarial mais denso e mais profissional, no sector do turismo.
Mas essa é a grande diferença entre quem olha a economia e o estado com numa perspectiva mais liberal e quem vê o estado como uma espécie de Santa Casa da Misericórdia.
A medida agora formalmente apresentada, não é nova entre nós. A única diferença é que, agora, não prevê a venda de pacotes turísticos com saída a partir de Ponta Delgada. Ou seja, a medida tem como objecto as populações de todas as ilhas dos Açores com excepção das de São Miguel. Do ponto de vista Social e eleitoral, não gosto mas entendo essa solução, satisfaz as populações das ilhas mais pequenas que, reclamam ruidosamente mais e mais e mais. Não sabem bem que mais querem mas sabem que querem mais. E estão no seu direito.
Se olharmos à medida por um prisma económico, ela não faz sentido algum. Mais não faz se atendermos ao facto de que estamos a lidar com um Governo que quer criar um "Fundo de Coesão Regional" e que desenterrou, para isso, o vetustíssimo conceito do "Desenvolvimento Harmónico da Região.
Uma medida dessa natureza tem o efeito nefasto de exportar para São Miguel e para a Terceira o pouco poder de compra que algumas ilhas mais pequenas têm, privando, deste modo, a economia das suas pequenas comunidades de um dos mais importantes entre os seus parcos recursos. Isso não faz sentido quando, se tenta a todo o custo, desenvolver as Ilhas mais pequenas.
Como Micaelense fico muito satisfeito, a minha Ilha, vê assim, aumentada a sua população flutuante nos meses de menor afluência de turistas estrangeiros. Como Açoriano, fico triste. Fico triste porque tenho um governo que apesar de ter todas as condições para mudar as coisas, insiste em cometer erros de palmatória com o olho em calendários eleitorais e em nome de desenvolver o sector do turismo de forma suatentada em lugar de o fazer de forma sustentável.
Se eu mandasse e talvez seja precisamente por pensar assim que não mando, este programa, tal como outros de que já falei como, por exemplo, o modelo de transporte marítimo de passageiros inter-ilhas, seria desenvolvido precisamente com a filosofia inversa. Seria, no sentido de permitir que os Micaelenses, inseridos em comunidades economicamente mais sólidas, pudessem viajar em condições vantajosas para as outras Ilhas dos Açores para aí gastarem dinheiro e promoverem a criação de um tecido empresarial mais denso e mais profissional, no sector do turismo.
Mas essa é a grande diferença entre quem olha a economia e o estado com numa perspectiva mais liberal e quem vê o estado como uma espécie de Santa Casa da Misericórdia.