Numa Região onde a politica de ordenamento do território tem sido preterida por interesses eleiçoeiros de políticos sem carácter e sem escrúpulos, os exemplos que nos têm entrado pela casa dentro nas últimas 48 horas deveriam levar-nos a reflectir bastante.
Acredite ou não V. Excelência, Senhor Presidente do Governo Regional Sr. Carlos César, quando uma catástrofe acontecer (espero que nunca aconteça) numa qualquer das Fajãs de São Jorge. Lembrar-me-ei de o culpar por tudo o que possa acontecer desde a quebra da primeira telha até à morte do 1º Ser Humano. Tudo. Irei culpa-lo de tudo. Só por tê-lo ouvido um dia dizer que quem iria tratar do assunto do ordenamento e da protecção da orla marítima das Fajãs de São Jorge não eram os técnicos mas sim V.Exiª, porta a porta, casa a casa, pessoa a pessoa, ao encontro dos anseios das populações residentes. Culparei também essas populações por terem embarcado no seu engodo fácil, demagógico, inconsequente e eleitoralista e clamarei do alto da minha insignificância que, se não pague nem um euro por cada adega destruída ou atafona com o tecto abatido, que se não pague um único cêntimo por um animal perdido, por uma casa soterrada por uma carroça levada pelas águas e pelas lamas. Clamarei do alto da minha insignificância pela sua condenação política e criminalmente.