O Mar está estanhado, "flat" para os surfistas. Um anticiclone estacionado sobre as ilhas atlânticas condiciona o estado do tempo neste Outono quase invernal. Os Homens amontoam-se em cima do cais numa azáfama rotineira. Um enxame de rapazes leva e traz caixas com aparelho, linhas, anzóis retinidas. Outras tantas raparigas preparam o mesmo, colocando a isca nos anzóis e pondo-os, um a um, meticulosamente, na borda das caixas de madeira a que dão o nome de gamelas. Os Homens vão para o mar com o olho em terra. O pescador de Rabo de Peixe deixa os sentidos no fumo das chaminés, nos sinos da igreja, no calor dos lençóis, no regaço das mulheres.
No Mar com os sentidos em terra o pescador de Rabo de Peixe entrega-se à faina, está ali o pão e o vinho de cada dia. Mais o vinho do que o pão, que o Homem de Rabo de peixe também deixa os sentidos na taberna.
No Mar com os sentidos em terra o pescador de Rabo de Peixe entrega-se à faina, está ali o pão e o vinho de cada dia. Mais o vinho do que o pão, que o Homem de Rabo de peixe também deixa os sentidos na taberna.