25 de dezembro de 2004

Quimeras

Corri por Vila do Porto em busca de qualquer coisa que não sabia o quê. Em Vila do Porto há anos que toda a gente corre em busca de qualquer coisa, de um sonho de uma quimera. Enquanto isso a Vila agoniza e a Ilha vai morrendo, lentamente vai perdendo a sua alma. Deixou de lutar.
Encontrei um pescador de pele curtida pelo sol e pelo mar, bêbado, na Tasca do Catana. Contou-me histórias do mar e de amar, de noites perdidas em volta das redes de pesca e dos enredos dos amores não correspondidos.
Na tasca do Catana, a única coisa que lembra o Natal é uma bola vermelha e uma fita dourada, gastas pelo tempo, penduradas atrás do balcão. Um perfume a vinho de cheiro envolve o ambiente escuro e húmido. Os Homens entram e saem numa volúpia constante.

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