... um texto publicado na :ILHAS nº 15
Mente sã em corpo são.
Este número da Ilhas no qual me orgulho sobre maneira de colaborar tem como tema central o desporto e todas as suas abrangências. Se calhar, por isso mesmo, me foi tão difícil começar e dar corpo a este texto, são tantos os tópicos, os resultados, as opiniões que fiquei sem saber por onde ir.
Lembro-me de, na minha adolescência, me dizerem que Desporto a mais, entenda-se por desporto exercício físico, fazia-nos ficar pequenos, atarracados, tolhidos pela enormidade dos músculos sobre-desenvolvidos. Mais tarde, outra opinião. Não, o exercício físico nunca é demasiado, um Jovem na adolescência deve praticar actividade física todos os dias.
A Escola tentava e tenta, contribuir um pouco, para essa actividade necessária ao bom desenvolvimento físico e mental do indivíduo. Contudo, a Escola apenas contribuía e contribui com duas horas semanais de educação física, embora, o intervalo de 20 minutos a meio da manhã e as faltas de alguns professores pudessem contribuir para a realização de uns jogos de futebol ou Basket-Ball no campo de piso cimentado do complexo desportivo da Antero de Quental.
Já Sócrates, o filósofo, dizia que para termos uma mente sã necessitamos cultivar a saúde do físico.
Hoje a cultura do físico não se prende tanto com a sanidade mental mas com o bom aspecto que possa causar, a Humanidade vive de aparências, vive do que parece e não do que realmente é.
Começam a chegar os dias bonitos, a vontade de ir à praia e então desponta nos portugueses uma enorme vontade de ir ao ginásio, não pela saúde física que se exige mas pela condição estética que se pretende. Não para prevenir os acidentes vasculares mas para poder usar bikini.
É vê-los, a todos, eles e elas empenhados mais do que em tudo na vida em parecerem modelos fotográficos, quais top-model do shopping, bem vestidos, bronzeados, corpos cuidados e perfumados em busca de um olhar matreiro ou de um piropo. Quem é que não gosta de um piropo desde que não seja brejeiro? Quem não gosta de sentir que é observado? Quem não gosta de sair do Ginásio, ao final do dia, com a sensação de ter tentado contribuir para ter mais saúde, mais energia, menos stress?
E os que não vão ao ginásio, vão para a Avenida litoral, em passo apressado fazer avenidas como quem faz piscinas olímpicas. Andam em grupos de, quase sempre, quatro, em passo rápido, quase não falam, transformando a velha "avenida de cú p'ro mar" numa espécie de clínica para tratamento do físico. São os passeios nocturnos por receita médica.
Em fim, com a chegada do verão e a perspectiva de emborcar mais umas cervejolas nos churrascos ao final do dia, nada como precaver e fomentar uma dieta rigorosa associada ao exercício físico. E depois? Depois logo se verá, vem o São Martinho, o Natal o Ano Novo e há tempo para outros desporto, levantamento de grandes pratos de bacalhau, arremesso de beatas de charuto, levantamento de copos de vinho e quantas vezes as noitadas acabam à volta de um quadrado verde (estádio) batendo-se as cartas numa jogatina de King ou de Bridge.
Mente sã em corpo são.
Este número da Ilhas no qual me orgulho sobre maneira de colaborar tem como tema central o desporto e todas as suas abrangências. Se calhar, por isso mesmo, me foi tão difícil começar e dar corpo a este texto, são tantos os tópicos, os resultados, as opiniões que fiquei sem saber por onde ir.
Lembro-me de, na minha adolescência, me dizerem que Desporto a mais, entenda-se por desporto exercício físico, fazia-nos ficar pequenos, atarracados, tolhidos pela enormidade dos músculos sobre-desenvolvidos. Mais tarde, outra opinião. Não, o exercício físico nunca é demasiado, um Jovem na adolescência deve praticar actividade física todos os dias.
A Escola tentava e tenta, contribuir um pouco, para essa actividade necessária ao bom desenvolvimento físico e mental do indivíduo. Contudo, a Escola apenas contribuía e contribui com duas horas semanais de educação física, embora, o intervalo de 20 minutos a meio da manhã e as faltas de alguns professores pudessem contribuir para a realização de uns jogos de futebol ou Basket-Ball no campo de piso cimentado do complexo desportivo da Antero de Quental.
Já Sócrates, o filósofo, dizia que para termos uma mente sã necessitamos cultivar a saúde do físico.
Hoje a cultura do físico não se prende tanto com a sanidade mental mas com o bom aspecto que possa causar, a Humanidade vive de aparências, vive do que parece e não do que realmente é.
Começam a chegar os dias bonitos, a vontade de ir à praia e então desponta nos portugueses uma enorme vontade de ir ao ginásio, não pela saúde física que se exige mas pela condição estética que se pretende. Não para prevenir os acidentes vasculares mas para poder usar bikini.
É vê-los, a todos, eles e elas empenhados mais do que em tudo na vida em parecerem modelos fotográficos, quais top-model do shopping, bem vestidos, bronzeados, corpos cuidados e perfumados em busca de um olhar matreiro ou de um piropo. Quem é que não gosta de um piropo desde que não seja brejeiro? Quem não gosta de sentir que é observado? Quem não gosta de sair do Ginásio, ao final do dia, com a sensação de ter tentado contribuir para ter mais saúde, mais energia, menos stress?
E os que não vão ao ginásio, vão para a Avenida litoral, em passo apressado fazer avenidas como quem faz piscinas olímpicas. Andam em grupos de, quase sempre, quatro, em passo rápido, quase não falam, transformando a velha "avenida de cú p'ro mar" numa espécie de clínica para tratamento do físico. São os passeios nocturnos por receita médica.
Em fim, com a chegada do verão e a perspectiva de emborcar mais umas cervejolas nos churrascos ao final do dia, nada como precaver e fomentar uma dieta rigorosa associada ao exercício físico. E depois? Depois logo se verá, vem o São Martinho, o Natal o Ano Novo e há tempo para outros desporto, levantamento de grandes pratos de bacalhau, arremesso de beatas de charuto, levantamento de copos de vinho e quantas vezes as noitadas acabam à volta de um quadrado verde (estádio) batendo-se as cartas numa jogatina de King ou de Bridge.
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