in A União de 17 de Março de 2006
A Não perder o artigo de Tomaz Dentinho sobre o mesmo assunto no mesmo jornal.
Importa, de facto, repensar a Universidade dos Açores com muita atenção e aturadamente. Na verdade, mesmo que isso venha ofender muita gente, a Universidade tem sido perfeitamente incapaz de dar resposta aos problemas dos Açores e dos Açorianos. Insistir num modelo que começou mal desde o início é persistir num erro. Erro esse que começou com a idiotice da tripolaridade, continuou com o reforço desse conceito e redundou na consolidação dessa mesma tripolaridade.
Nem os grandes investimentos em instalações, no pólo de Ponta Delgada, retiraram a universidade dos Açores de um lugar marginal no panorama das Universidades Portuguesas. Por outro lado, a falta de condições dos pólos de Angra e Horta, não foram obstáculos a que se produzissem ai trabalhos de investigação de grande qualidade. Não raras são as vezes em que isso acontece neste país, enquanto não há condições de trabalho, os resultados aparecem, quando as condições passam a existir os resultados desaparecem.
Bem sei que vai vir por aí o carmo e a trindade de demagogia e dos detractores do costume que dirão que os Açores merecem uma universidade a sério e que tem que se investir mais e fazer melhor. Sem demagogias e sem qualquer embaraço direi que preferia que a Região gastasse dinheiro a enviar os seus filhos para universidades no exterior. Para alguns, o simples facto de saírem das Ilhas já era uma obra de caridade.
O problema é que somos governados por uma geração formada na Universidade dos Açores que só começou a viajar quando já era tarde.
Mais uma vez cito São Tomaz D'Aquino, A Vida é como um livro se não viajarmos não passamos da primeira página.
O problema é que somos governados por uma geração formada na Universidade dos Açores que só começou a viajar quando já era tarde.
Mais uma vez cito São Tomaz D'Aquino, A Vida é como um livro se não viajarmos não passamos da primeira página.
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