O Guilherme Marinho volta ao seu Chá com torradas, motivado por um espasmo do filósofo Terceirense, que não Açoriano, Cunha de Oliveira. Lembro os mais esquecidos que o referido pensador, e Senhor de dotes oratórios invulgares, foi Deputado Europeu e que se contam pelos dedos de uma mão as vezes que visitou outras Ilhas Dos Açores que não a sua muito querida Ilha Terceira e quando o fez foi mais pelo "croquete" do que pelos Açores. Não pretendo ser um pensador da Autonomia nem sequer tenho convicções definitivas sobre o melhor modelo, nem sobre a relação entre os poderes instituídos. Por isso, caro amigo, as minhas palavras seguintes não passam de um desabafo de quem está farto de ouvir e ler disparates sobre uma coisa que poucos saberão o que é. A nossa Autonomia!
Mais do que bairrismos, estamos a falar de complexos e de uma coisa que estará muito próxima da senilidade. Livre-me Deus e a minha consciência de chegar a tão degradante ponto.
Contudo, não tenhas dúvida, Caríssimo Guilherme, que o "edifício de 30 anos chamado coesão regional não existe?" Ou melhor, nunca existiu. Nesse particular, o regime autonómico mais realista - que não o melhor - terá sido o segundo, ou seja o que vigorou durante o Estado-Novo. Na verdade, a divisão administrativa dos Açores em três distritos autónomos é muito mais consentânea com a realidade socio-económica destas Ilhas do que o actual conceito tripolar duma Autonomia que, ainda se está por aferir se, no essencial, funcionou nos seu primeiros 30 anos.
Uma "unidade regional", no meu fraco entender, também não é um bom caminho pois permite alguns (bastantes) atropelos à democracia em nome dessa mesma unidade. O que se tem passado na Região, com a crescente importância que os políticos dão às corporações em detrimento do Parlamento, é um caminho no sentido dessa "União Regional" de partido quase único, que ora é aproveitada ou criticada por ambos os partidos do chamado arco do poder na Região, consoante estão no governo ou na oposição.
Na verdade, o PSD hoje é vítima o sistema subserviente e "governo-dependente" que criou e alimentou durante 20 anos.
Caríssimo Guilherme.
Como disse acima não tenho pretensões a ser levado a sério, mas sei de uma coisa, o caminho que leva a nossa Autonomia, é o mesmo que levava no tempo das gravatas pretas e dos óculos escuros. Ou seja, "mamar" sempre que se pode e bater na mãe pátria sempre que ela nos exige responsabilidades. Gosto muito de fazer a analogia com a relação Pai e Filho para que possamos todos ter uma noção que, quem nos manda a mesada também tem direito a exigir que, pelo menos passemos no exame.
Mais do que bairrismos, estamos a falar de complexos e de uma coisa que estará muito próxima da senilidade. Livre-me Deus e a minha consciência de chegar a tão degradante ponto.
Contudo, não tenhas dúvida, Caríssimo Guilherme, que o "edifício de 30 anos chamado coesão regional não existe?" Ou melhor, nunca existiu. Nesse particular, o regime autonómico mais realista - que não o melhor - terá sido o segundo, ou seja o que vigorou durante o Estado-Novo. Na verdade, a divisão administrativa dos Açores em três distritos autónomos é muito mais consentânea com a realidade socio-económica destas Ilhas do que o actual conceito tripolar duma Autonomia que, ainda se está por aferir se, no essencial, funcionou nos seu primeiros 30 anos.
Uma "unidade regional", no meu fraco entender, também não é um bom caminho pois permite alguns (bastantes) atropelos à democracia em nome dessa mesma unidade. O que se tem passado na Região, com a crescente importância que os políticos dão às corporações em detrimento do Parlamento, é um caminho no sentido dessa "União Regional" de partido quase único, que ora é aproveitada ou criticada por ambos os partidos do chamado arco do poder na Região, consoante estão no governo ou na oposição.
Na verdade, o PSD hoje é vítima o sistema subserviente e "governo-dependente" que criou e alimentou durante 20 anos.
Caríssimo Guilherme.
Como disse acima não tenho pretensões a ser levado a sério, mas sei de uma coisa, o caminho que leva a nossa Autonomia, é o mesmo que levava no tempo das gravatas pretas e dos óculos escuros. Ou seja, "mamar" sempre que se pode e bater na mãe pátria sempre que ela nos exige responsabilidades. Gosto muito de fazer a analogia com a relação Pai e Filho para que possamos todos ter uma noção que, quem nos manda a mesada também tem direito a exigir que, pelo menos passemos no exame.
A coesão regional, não é uma utopia, é uma impossibilidade.
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