Nos últimos dias os relógios têm andado muito rapidamente. Peço-vos desculpa por não estar mais presente mas tenho a vida feita numa turbina, com imensos trabalhos para acabar e que exigem a minha presença. Estou na lindíssima Ilha de Santa Maria, chamam-lhe Ilha amarela. Olho à volta e só vejo o verde das encostas do Pico Alto e o azul acinzentado do céu reflectido no mar.
Santa Barbara é, de todas, a freguesia que guardo no meu coração. Aos de lá chamam-lhes labregos. Eu chamo-lhes homens livres. A freguesia não tem quase nada para além da igreja, um minúsculo café e uma mercearia com pretensões a minimercado. Santa Bárbara não está coberta por nenhuma rede de telemóvel, não tem ADSL nem sequer uma casa de Povo. Santa Bárbara, a dez minutos de Vila do Porto é hoje tão ultra periférica como o era há 30 ou 50 anos atrás. Dela partiram quase todos em busca de novas vidas em terras do tio Sam, ficaram os que estavam agarrados à terra e os que não tiveram sequer coragem para partir. Santa Bárbara ficou cada vez mais pobre e velha.
Santa Barbara é, de todas, a freguesia que guardo no meu coração. Aos de lá chamam-lhes labregos. Eu chamo-lhes homens livres. A freguesia não tem quase nada para além da igreja, um minúsculo café e uma mercearia com pretensões a minimercado. Santa Bárbara não está coberta por nenhuma rede de telemóvel, não tem ADSL nem sequer uma casa de Povo. Santa Bárbara, a dez minutos de Vila do Porto é hoje tão ultra periférica como o era há 30 ou 50 anos atrás. Dela partiram quase todos em busca de novas vidas em terras do tio Sam, ficaram os que estavam agarrados à terra e os que não tiveram sequer coragem para partir. Santa Bárbara ficou cada vez mais pobre e velha.