Se há coisa que me irrita ao ponto de me fazer perder as estribeiras, é o desperdício de dinheiros públicos. Talvez porque ninguém paga os meus impostos ou porque tenho que fazer a retenção dos impostos dos meus trabalhadores. Não sei a razão. Sei sim que quando ouço historias de má gestão da coisa pública fico possesso.
Uma Associação recreativa e cultural da Ilha de Santa Maria, reconhecida como de utilidade pública, sem razões para tal, concorreu a fundos do orçamento da Região, do Estado e da União para dinamizar e animar a oferta turística na lindíssima Baia de São Lourenço. Até ai, tudo bem, acção louvável de quem, por amor à camisola, sem qualquer tipo de remuneração, se dedica a proteger e desenvolver (dentro do conceito de desenvolvimento sustentável) a região onde gosta de estar.
Contudo, muitas vezes, o excesso de voluntarismo em pessoas mal preparadas para a gestão de negócios privados e com uma doze de "umbiguismo" que lhes faz perderem o tino (desconhecedores do principio de peter), faz desses fenómenos poços sem fundo.
Em Santa Maria, o Circulo de Amigos de São Lourenço tem, ao longo dos últimos anos, tentado desenvolver a oferta turística naquela baia reserva ambiental dos Açores. Exploraram um restaurante, compraram canoas, gaivotas e pranchas a pedais. Tudo isso com recurso a capitais públicos e que, por isso, devem ser curados convenientemente.
As primeiras canoas, de fibra de vidro, acabaram nas rochas, partidas e sem poderem ser usadas, eram novas ainda. Logo apareceu dinheiro para se comprarem mais, e compraram-se em plástico, mais resistentes.
Há cerca de 1 ano, também com recurso a dinheiros públicos, foi adquirida uma embarcação rápida (julgo até que foram 2 mas não estou seguro) do tipo semi-rigido, que só funcionou durante um verão, pois por falta de manutenção avariou e não foi possível durante toda a época estival do ano seguinte coloca-la ao serviço dos turistas e locais que quisessem e ele recorrer. Eu não faço ideia quanto custa uma embarcação como aquela, mas posso assegurar que é muito dinheiro. O mesmo Círculo de Amigos de São Lourenço, adquiriu, no verão do ano passado, uma Canoa Baleeira. Pequena embarcação à vela e remos que era utilizada na caça à Baleia no mar dos Açores. Por sinal São Lourenço não era porto baleeiro, dai que a ideia não parecesse fazer muito sentido. Mas o que não faz mesmo sentido algum é que a dita Canoa que, não terá sido nada barata, nunca foi à água e depois de andar em bolandas acabou resignada sem a dignidade dos caçadores de baleias, no fundo de um armazém do Aeroporto.
Trata-se de esbanjar dinheiros públicos, sem rigor e sem ter o mínimo de respeito por quem paga impostos. Isso passa-se aqui, mesmo debaixo dos nossos olhos na nossa pequena Ilha de Santa Maria, onde faltam tantas coisas na área da animação cultural e turística. Por exemplo, o orçamento da CMVP tem inscrita uma verba de 5000 euros para o projecto do campo de Golfe da Ilha, esta verba não dá para pagar tampouco um estudo prévio.
Uma Associação recreativa e cultural da Ilha de Santa Maria, reconhecida como de utilidade pública, sem razões para tal, concorreu a fundos do orçamento da Região, do Estado e da União para dinamizar e animar a oferta turística na lindíssima Baia de São Lourenço. Até ai, tudo bem, acção louvável de quem, por amor à camisola, sem qualquer tipo de remuneração, se dedica a proteger e desenvolver (dentro do conceito de desenvolvimento sustentável) a região onde gosta de estar.
Contudo, muitas vezes, o excesso de voluntarismo em pessoas mal preparadas para a gestão de negócios privados e com uma doze de "umbiguismo" que lhes faz perderem o tino (desconhecedores do principio de peter), faz desses fenómenos poços sem fundo.
Em Santa Maria, o Circulo de Amigos de São Lourenço tem, ao longo dos últimos anos, tentado desenvolver a oferta turística naquela baia reserva ambiental dos Açores. Exploraram um restaurante, compraram canoas, gaivotas e pranchas a pedais. Tudo isso com recurso a capitais públicos e que, por isso, devem ser curados convenientemente.
As primeiras canoas, de fibra de vidro, acabaram nas rochas, partidas e sem poderem ser usadas, eram novas ainda. Logo apareceu dinheiro para se comprarem mais, e compraram-se em plástico, mais resistentes.
Há cerca de 1 ano, também com recurso a dinheiros públicos, foi adquirida uma embarcação rápida (julgo até que foram 2 mas não estou seguro) do tipo semi-rigido, que só funcionou durante um verão, pois por falta de manutenção avariou e não foi possível durante toda a época estival do ano seguinte coloca-la ao serviço dos turistas e locais que quisessem e ele recorrer. Eu não faço ideia quanto custa uma embarcação como aquela, mas posso assegurar que é muito dinheiro. O mesmo Círculo de Amigos de São Lourenço, adquiriu, no verão do ano passado, uma Canoa Baleeira. Pequena embarcação à vela e remos que era utilizada na caça à Baleia no mar dos Açores. Por sinal São Lourenço não era porto baleeiro, dai que a ideia não parecesse fazer muito sentido. Mas o que não faz mesmo sentido algum é que a dita Canoa que, não terá sido nada barata, nunca foi à água e depois de andar em bolandas acabou resignada sem a dignidade dos caçadores de baleias, no fundo de um armazém do Aeroporto.
Trata-se de esbanjar dinheiros públicos, sem rigor e sem ter o mínimo de respeito por quem paga impostos. Isso passa-se aqui, mesmo debaixo dos nossos olhos na nossa pequena Ilha de Santa Maria, onde faltam tantas coisas na área da animação cultural e turística. Por exemplo, o orçamento da CMVP tem inscrita uma verba de 5000 euros para o projecto do campo de Golfe da Ilha, esta verba não dá para pagar tampouco um estudo prévio.