Que 2006 nos traga melhores ventos do que 2005 e que os nossos políticos olhem para as questões ambientais de forma mais eficaz do que o têm feito até agora.
Bom ano para todos. E faço votos de que haja mais Paz, menos fome e mais solidariedade em todo o planeta. De nada serve trabalhar muito e constituir riqueza se não podermos alcançar sequer a Paz. Como dormir bem sabendo que amanhã vão morrer centenas de crianças, inocentes, vítimas da Guerra entre os Homens e da fome?
31 de dezembro de 2005
Feliz 2006
"O Menino mija?"
A célebre pergunta "o menino mija?", que na maior parte das lhas dos Açores, quer apenas aferir se se bebe alguma coisa naquela casa - normalmente um licor típico da quadra como são o de tangerina e o de leite - assume, em Santa Maria, maior dimensão. Na verdade, desde que para cá venho há quase 20 anos, aprendi um novo significado para as "mijinhas". Reúnem-se em casa de uns e outros, graúdos e miúdos, ao longo de toda a semana que vai do Natal ao ano novo, numa espécie de jantares sem grandes preocupações formais. Uns queijos, pão, chouriço e muito vinho e cerveja, sumos e água para os miúdos e ali se passam umas horas à volta de velhas histórias de lobos-do-mar, de pescarias malditas, de aventuras mirabolantes. A chiada, lá fora, indicia a boa forma física e a alegria da pequenada. Há dias em que temos que nos desdobrar para cumprir os calendário "mijadeiro", foi o caso do dia de Quarta-feira que saímos a correr de casa do Henrique Botelho, em São Lourenço, com o bucho cheio de iguarias e alguns Pakreoflat, para irmos para casa da Bela e do Luís Mesquita acabar a noite. É obvio que aquela "mija" que dá mais gozo é a de casa da Eunice e do Henrique Amaral Nunes, é que dada a "forretice" do anfitrião, dar-lhe despesa é um prazer dos diabos, ainda por cima a dona da casa é uma exímia cozinheira.
Ontem, a mija foi em casa da Cristina e do Ricardo Mont'Alverne, que quizeram abrir as portas à sua nova casa da Praia. A Cristina é mulher precavida e preocupada com os sesu convidados. Por isso, da ementa, para espanto dos comensais, fazia parte uma caixa dos providenciais Pankreoflat.
É caso para dizer que foi dia para comer e "Pankreoflatar" por mais.
29 de dezembro de 2005
A formula
27 de dezembro de 2005
Cabinda/transbordo
Não percebo para que raio, no caso do CP Valour, foi preciso um helicóptero e mais dragas e mais técnicos e enginheiros. O que é preciso é engenho!! Mai nada.
Tal como havia previsto...
26 de dezembro de 2005
O aperto nas contas das autarquias...
Aviões em Santa Maria
Fotografar aviões é um hobbie, bastante enraizado na população mariense, como se pode verificar com a visita ao Azoresairphotos. Infelizmente, por razões de segurança, as redes de protecção das pistas e da placa, não permitem grandes alternativas de planos. Embora um grupo de Spoters tenha já contactado a direcção da ANA. SA no sentido de lhe ser facultada uma área de fácil acesso visual para efeitos de fotografar, não houve qualquer abertura daquela entidade que, cada vez mais, está de costas voltadas à população mariense.
Hoje, embora aufiram vencimentos muito acima da média da restante população e da maioria da classe politica que tanto criticam, os funcionários das companhias Ana e Nav, salvo raras e honrosas excepções, continuam a viver em bairros sociais, construídos com dinheiro dos nossos impostos e continuam a julgar que são gente.
25 de dezembro de 2005
Património natural a preservar
O Barreiro da Faneca, é um dos meus locais preferidos para fotografar. Cor, luz e contrastes. Que mais pode querer um "bate chapas".
Nesta manhã de dia de Natal, fiz mais uma incursão pelo Barreiro a dentro. A paisagem desértica entremeada com denso matagal de Urzes faias e incensos salpicados aqui e ali por pinheiros.
Há algum tempo, numa acção meritória, a delegação do Ambiente da Ilha de Santa Maria procedeu ao corte e monda química de uma espécie infestante que ameaçava o Barreiro, falamos do Pica rato. Contudo, essa limpeza apenas foi efectuada nas áreas mais visitadas do local, nas recônditas raias do mesmo, tudo está como dantes. Alem disso, a grande maioria dos detritos da referida limpeza ficaram largados ali mesmo, em pequenos montes, o que em conjunto com a caruma do pinheiro vai criando húmus pleno de nutrientes que permite o desenvolvimento rápido de infestantes com o incenso e a acácia.
Talvez fosse tempo de olhar o Barreiro da Faneca como um bom exemplo do património natural das nossas Ilhas, onde vale a pena investir para preservar.
24 de dezembro de 2005
Turismo nas Ilhas da Coesão
Nesta Ilha de Gonçalo Velho, de onde vos escrevo, o turismo de natureza, nomeadamente o pedesstrianismo, tem um potencial enorme a ser explorado.
Hoje, bem pela fresca e sozinho com os meus botões, fiz mais uma incursão por um dos possíveis trilhos existentes na Ilha. Um passeio circular, como é conveniente quando se vai sozinho, com inicio junto ao tanque de abastecimento de água à lavoura, na encosta leste do Pico do Facho, descida pela encosta até ao cimo do caminho do Calhau da Roupa passando pelo Parque Eólico e regresso pelo caminho a poente do referido Pico do Facho.
Desde veredas desaproveitadas, a lixo abandonado, passando pelo lamentável estado em que se apresentam as unidades industriais que ali estão, e bem, instaladas, vi um pouco de tudo. É um passeio que vale a pena marcar, limpar os trilhos e divulgar.
Com o desenvolvimento que se espera que o turismo venha a ter nesta Ilha, o pedestrianismo pode bem ser uma importante componente de entretenimento.
Fogotabrase, língua afiada!
23 de dezembro de 2005
ANGRA
É que as cartas e as encomendas não chegam a casa das pessoas pelo ar, é preciso ir lá entrega-las.
21 de dezembro de 2005
É hoje, é sim senhor...
20 de dezembro de 2005
Quem desiste a favor de quem?
19 de dezembro de 2005
Nacionalidade: Açoriana.
Por isso, eu sou e digo que eles todos são Açorianos. Ser português é outra coisa. Antes ser Espanhol.
Passem aí o maçarico SFF
Foto descaradamente roubada do Porto das Pipas
Todos diferentes, todos iguais.
Pois agora mudou de opinião. É que é diferente ser-se oposição de ser-se governo.
Renovar é preciso
Tal como na natureza se buscam soluções renováveis, na vida politica não faz sentido não renovar.
A reunião magna do PSD-A, não foi o congresso da renovação, longe disso. Contudo, pode bem ter a virtude de permitir a César uma transição de poder tranquila, a verdadeira renovação.
Tudo na mesma, como a lesma
16 de dezembro de 2005
País eventual
PS. Já há algum tempo que Medeiros Ferreira e os seus co-bloggers decidiram acabar com os comentários num dos mais frequentados e melhores blogues portugueses. Tive pena mas compreendo a decisão, afinal, pelas mesmas razões, também já passei por fases em que me apeteceu mandar os comentários à vida.
14 de dezembro de 2005
É Hoje...
Aeroportos
13 de dezembro de 2005
É tudo uma questão de altura...
Nesta "Ilha da Coesão", onde se deixou degradar um ginásio de enorme valor arquitectónico ao ponto de ter que ser demolido e no lugar do qual se construiu uma armazém de chapa onde se treinam e jogam algumas modalidades. Nesta Ilha que tem um Ginásio integrado numa EBI e onde se têm realizado jogos do campeonato nacional de Andebol, faltava uma infra-estrutura de grandes dimensões para lançar em ano de eleições. Então, vai dai, inventa-se a necessidade de um parque desportivo. Será de somenos importância lembrar que se vai construir um novo campo de futebol, numa Ilha onde, há anos a esta parte, desapareceu o futebol federado. Já sei! Não é preciso dizer! É o novo campo que vai fazer ressurgir o futebol na Ilha. Admito.
Mas grave não é fazer-se uma obra de regime que hipoteca as finanças da autarquia para os próximos 3 a 4 anos, impossibilitando o novo executivo camarário de fazer seja o que for mais. Até compreendo, já que, havia que aproveitar este Quadro Comunitário de Apoio que está a chegar ao fim.
Grave mesmo é o facto do pavilhão coberto que está em fase de acabamentos não ter a altura regulamentar para receber jogos oficiais na disciplina de voleibol. Cabe na cabeça de alguém construir-se um pavilhão, de raiz, em pleno século XXI, que vai custar uns milhões de euros e onde não se possam fazer eventos oficiais numa disciplina com tradições nas nossas Ilhas, como é o voleibol? Coube na cabeça dos projectistas, do dono da obra e da empresa que a fiscalizou. É tudo uma questão de altura. De falta de políticos à altura de governarem os dinheiros públicos.
Cito um experiente político da nossa Praça: "O dinheiro na mão de certos autarcas é pior que droga na mão de traficantes". Isso para logo me lembrar de citar pela enessima vez um conhecido blogger da nossa praça."Merecíamos políticos melhores".
200 000 (duzentos mil)
São 1254 posts, em cerca de 540 dias de existência, ou seja uma média de 2 posts por dia e milhares de comentários.
Bem sei que esta coisa da estatística é a ciência pela qual se demonstra que, tendo o excelentíssimo leitor almoçado alarvemente dois frangos assados e estando eu ainda em jejum, se pode concluir que cada um de nós comeu um frango. Contudo, não deixam de ser indicadores que me ajudam a estar aqui a atirar os dedos para o teclado quase todos os dias a pensar em si, em mim e no mundo que nos rodeia.
Fazer um post sobre as 2000.000 visitas, directamente da Ilha de Santa Maria - onde estava quando dei inicio a este espaço - tem para mim um significado muito importante. Foi a Ilha que me viu chegar em 1987 e que me adoptou, onde me sinto como em casa, onde tenho amigos e inimigos, mas muitos mais amigos do que inimigos.
12 de dezembro de 2005
Mais um aviso do Tribunal de Contas
Jorge Sampaio dizia, a respeito da justiça, que não "basta mudar os protagonistas". Pois é em relação aos restantes órgão de soberania, nomeadamente ao governo, parece que também só mudaram os protagonistas, as trapalhadas continuam as mesmas. Que estado social é este que não tem dinheiro para subir as pensões e que nos obriga a trabalhar até aos 65 anos e esbanjam milhões em projectos com "tara perdida".
11 de dezembro de 2005
Direitos e deveres civicos
10 de dezembro de 2005
Richard Pryor
Morreu hoje aos 65 anos de idade vitima de esclerose múltipla.
Richard Pryor, foi um dos melhores actores cómicos do século 20.
Desde 1991, altura em que lhe foi diagnosticada a doença e em que rodou o seu último filme,"Another You",que Pryor lutava contra a doença, embora o seu corpo debilitado pelo excessivo consumo de álcool e drogas se entregasse progressivamente.
Aurora só para alguns.
O Sol não nasce para todos. À frente do sol desta manhã vejo torres de apartamentos que foram construídas em cima de terrenos comprados com os nossos impostos e com infra-estruturas igualmente pagas pelos contribuintes.
Pergunto: Quem é que vive nestas casas que são uma espécie de habitação social para uma classe média? De quem são os carros estacionados no parque? Tudo isso pertence à tal classe média, a única que tem acesso ao dinheiro barato para compra de casa própria construída com os impostos de nós todos, mas que passa a vida a queixar-se do Estado. Podem dizer-me que são coisas do passado. Direi que não, direi que o sistema tal como está agora é tão ou mais injusto do que era no tempo em que estas torres foram construídas e vendidas. Num sistema bancário, todo ele protegido pelo Estado em nome da regulação do endividamento das famílias, protege-se quem tem em detrimento de quem precisa. Muitas vezes, são os que menos acessos têm ao crédito que melhores intenções têm em relação ao cumprimento das suas obrigações. Pagam rendas por aluguer de casa a agiotas, quase sempre superiores ao que seria a mensalidade do empréstimo recusado. Se este é o Estado social que quereis, então estamos conversados.
9 de dezembro de 2005
8 de dezembro de 2005
Estado laico mas nem por isso
7 de dezembro de 2005
É hoje ...
O filho-da-puta
6 de dezembro de 2005
"Merecemos politicos melhores"
No Outono da minha vida só me faltava ouvir mais essa.
Só me apetece dizer que este Sr. Director Regional sabe bem do que fala porque fala do que está nos livros. Contudo, não tem a mínima noção do que é que custa ser empresário em Ilhas como as nossas governadas por políticos com baixa formação na área empresarial e de baixa formação cívica bem como de fraca estrutura psicológica para serem governantes. Enquanto ter lucros e ganhar dinheiro for olhado com desconfiança pelos governantes nem a Região nem o País vão a lado algum. Esta Região (governo) não merece os empresários que tem. Por isso, há cada vez menos gente a querer investir e a querer criar o seu próprio posto de trabalho. Todos os dias, todos rigorosamente, sai uma nova legislação a criar burocracia para as empresas. Não me venham falar da necessidade dos empresários inovarem quando a administração pública, nacional e regional, é obsoleta, cheira e mofo e é incapaz de agilizar procedimentos.
5 de dezembro de 2005
Cartelização?
Aviso
4 de dezembro de 2005
A retoma da estratégia
Hoje há 25 anos
3 de dezembro de 2005
Gestor do ano?
Factos 11 e o erro que beneficiou o BE
Foram precisos quase dois meses para que a noticia viesse a público. Imaginem se fosse ao contrário, o "cagaçal" que já não teriam feito os "anacletos".
Está tudo na factos nº 11, a única revista de grande informação publicada nos Açores.
Já nas bancas.
1 de dezembro de 2005
Valha-nos isso
30 de novembro de 2005
Morreu há 70 anos
Olho o Tejo, e de tal arte
Que me esquece olhar olhando,
E súbito isto me bate
De encontro ao devaneando -
O que é sério, e correr?
O que é está-lo eu a ver?
Sinto de repente pouco,
Vácuo, o momento, o lugar.
Tudo de repente é oco -
Mesmo o meu estar a pensar.
Tudo - eu e o mundo em redor -
Fica mais que exterior.
Perde tudo o ser, ficar,
E do pensar se me some.
Fico sem poder ligar
Ser, idéia, alma de nome
A mim, à terra e aos céus...
E súbito encontro Deus.
Fernando António Nogueira de Pessoa
Defesa do consumidor
Que impere o bom senso
"Línguinhas de prata"!
Não...
27 de novembro de 2005
Genial...
quantos problemas tem Portugal?
Assim de repente, consigo lembrar-me de uns 10 milhões
Companheira
Já aqui escrevi sobre esta minha vela que me acompanha há cerca de 25 anos. Está definitivamente colada num canto da minha secretária e os seus pingos já quase chegam ao soalho. Vinte e cinco anos de uma relação de intimidade, essa é a companheira de todas as solidões, a inspiradora de formas e conteúdos ,a cúmplice da minhas cogitações.
26 de novembro de 2005
Novos conceitos de economia.
25 de novembro de 2005
Um post à laia de comentário
O André Bradford lançou a pergunta: Quanto é que ganha Berta Cabral?
Na minha prespectiva ganha mal, ganha mesmo muito mal. Talvez por isso essa ânsia de procurar subterfúgios para ganhar mais. Eu não entro nessa onda demagógica sobre os ordenados dos políticos. Estes, os políticos, ou são bem pagos ou então não passamos de presidentas de coroação em vestido Azul cuecas.
Finalmente Livres!
24 de novembro de 2005
"Aviões já, SCUT depois..."
As opções pela nova frota é que não me parecem muito apropriadas para quem pretende um crescimento e melhoria desse tipo de transporte. Na verdade, quer o ATR da nova geração 500 produzido pela consórcio ALENIA e EADS, e não pela Airbus como foi noticiado, quer o Dash da Bombardier, não são aviões muito diferentes dos actuais ATP.
O ATR 72-500 na sua versão 68 ou 72 passageiros continua a ter um défice no espaço de carga que não pode ir além dos 10,6 m3 com limitação de peso máximo à descolagem na ordem das 22 toneladas. O Dash na sua versão para 68 passageiros tem um limite de 14m3 de carga, um pouco melhor, com um Maximum take-off weight de 28 toneladas, logo com maior disponibilidade de carga e bagagem.
ATR 72/500 da Alitalia
Contudo, o Dash vem equipado com motores menos económicos já que o motor PW 150 que o equipa tem mais potência do que o PW 127F que equipa o ATR, ambos são da geração dos chamados motores ecológicos (green motors).
Dash da companhia aérea FLYBE
Os dois são aviões de asa alta o que é desaconselhado para voos sobre o mar já que o seu poder de flutuação é menor.
As duas aeronaves têm a seu favor o facto de estarem equipadas com motores canadenses PW (Pratt & Witney), fabricante que motoriza os actuais ATP. Isso deverá constituir uma vantagem.
23 de novembro de 2005
Como já vai sendo costumeiro...
22 de novembro de 2005
2anos2
Trapalhadas
Depois das trapalhadas, com o Fundo Social Europeu, os hemofílicos de Évora, o Alumínio, as derrapagens orçamentais do Centro Cultural de Belém, o ZéZé Beleza, o Melancia e Macau, que levaram Cavaco Silva a sair do Governo e abandonar Portugal, foi o pântano de trapalhadas em que nos mergulhou o Eng. Guterres ea sua tralha.
Num ápice apareceu e fugiu par a Comissão Europeia o Zé Manel, não, não é o taxista do Benfica é ou outro o Cherne Barroso que nos deixou o Calimero Lopes na incubadora.
Eis que na esperança da trapalhada se esfumar, os Portugueses deram uma reforçada confiança ao Eng. da co-incineração. Tudo parecia ir bem até que no debate do orçamento de estado as trapalhadas começam a aparecer. Se a intuição da altura me levou a acreditar que quem mentia era César, passadas 24 horas já não tinha dúvidas que a mentira vinha do Primeiro Ministro. Que feio, um Primeiro Ministro mentir à Assembleia da Republica e consequentemente a todos os Portugueses.Hoje o Primeiro-ministro de Portugal aparece de novo envolvido num episódio do disse que disse e que não disse. Já não há intuição que lhe valha, agora não tenho dúvidas que é o Secretário Geral do Partido Socialista e Primeiro-ministro quem mente.
21 de novembro de 2005
Orelhas "moucas".
Deveria aqui dizer que é uma maçada estar à frente no tempo, mas não o vou dizer, vou mesmo dizer que é uma grande Porra estar á frente no tempo. Deixa-me fulo ter razão antes do tempo.
Estávamos no final da legislatura 1996/2000, César já sabia que no final daquele ano teria uma maioria absoluta, as coisas corriam de feição. Mesmo assim, no cumprimento das funções que me foram confiadas, apresentei em 18 de Janeiro de 2000, na Assembleia Legislativa Regional dos Açores, um requerimento sobre essa questão, prevendo já um futuro agente poluente. A resposta tardou mas sempre chegou ao plenário em 12 de Abril. O documento de resposta não está, infelizmente, disponível on-line, mas dizia o então Secretário Regional do Ambiente, Dr. Ricardo Rodrigues, que a Secretaria da tutela estava atenta ao assunto. Já lá vão quase 6 anos e muitas mais reportagens vamos ter que ver para que uma solução seja encontrada. Escusado será falar dos interesses existentes entre Ricardo Rodrigues, a Associação Agrícola e a Cooperativa União Agrícola, o primeiro agente económico a comercializar esses produtos em sacos sintéticos e a quem não dava jeito nenhum mudar para o papel.
20 de novembro de 2005
Unidos para nos tramar
18 de novembro de 2005
Democracia corporativa? Não obrigado!
As Assembleias da república e regionais são uma espécie de bombo em que todos entendem bater. Fica bem bater nos deputados, nos adjuntos, na instituição, mas esquecem-se que essa é a casa dos representantes legítimos do Povo e o garante único do funcionamento da democracia. O parlamento é a democracia, é o reflexo de um Povo, o espelho de uma Nação. Ao bater-lhe estamos a bater em nós próprios, e a quebrar o espelho em que nos vamos ver distorcidos. O texto abaixo é do Rodrigo Moita de Deus que o publicou no Acidental e pode ser uma boa achega para a reflexão sobre o papel que a corporações estão a ter em Portugal.
16 de novembro de 2005
Atenção é Hoje às 21h20m, hora dos Açores
Adivinha
Bem a propósito
É preciso enterrar el-rei Sebastião
é preciso dizer a toda a gente
que o Desejado já não pode vir.
É preciso quebrar na ideia e na canção
a guitarra fantástica e doente
que alguém trouxe de Alcácer Quibir.
Eu digo que está morto.
Deixai em paz el-rei Sebastião
deixai-o no desastre e na loucura.
Sem precisarmos de sair do porto
temos aqui à mão
a terra da aventura.
Vós que trazeis por dentro
de cada gesto
uma cansada humilhação
deixai falar na nossa voz a voz do vento
cantai em tom de grito e de protesto
matai dentro de vós el-rei Sebastião.
Quem vai tocar a rebate
os sinos de Portugal?
Poeta: é tempo de um punhal
por dentro da canção.
Que é preciso bater em quem nos bate
é preciso enterrar el-rei Sebastião.
Manuel Alegre, O canto e as armas
Da direita liberal a Manuel Alegre
Durante dez anos, Cavaco Silva tentou ser esse líder da direita portuguesa. Terá convencido os mais distraídos, não me convenceu a mim. Por detrás da uma atmosfera de rigor e de obra em curso, escondiam-se centenas de trapalhadas que mais tarde vieram a revelar-se erros estratégicos colossais.
Uma gestão social-democrata pura, assente no aumento do estado social e a manter a economia aquecida com base em grandes obras públicas e regimes monopolistas do estado em sectores estratégicos levaram o país ao túnel em que se encontra hoje. Parecendo um liberal convicto, Cavaco governou o país sem qualquer tipo de liberalismo. As reprivatizações foram encaradas não como uma forma de devolver a economia aos cidadãos mas sim do estado arrecadar riqueza para investir em obras de regime. A abertura de novos negócios à iniciativa privada, como foi o caso da televisão, assentaram em jeitos aos amigos, primeiro ao amigo da imprensa depois ao amigo clero.
A verdade porém é que muita gente da área da direita liberal, ainda hoje, se revê em Cavaco Silva.
À falta de um candidato das verdadeiras direitas portuguesas, votarei no poeta Manuel Alegre. Esse, ao menos, encara a politica com romantismo e sentido de servir, eu não a encaro de outra forma.
15 de novembro de 2005
Segunda sessão
Crescimento quase nulo
Contudo, deveremos olhar para este indicador com muitas cautelas. Não será essa obsessão pelo défice, que dura desde 2002, que está a retrair os investidores, nomeadamente o pequeno e médio investidor? Obviamente que sim. Numa economia ainda demasiado dependente do Estado, quando este aperta o cinto a economia tem que ressentir-se forçosamente. O Estado não tem que apertar o pescoço aos portugueses tem que emagrecer ele mesmo, na sua despesa corrente, para poder libertar capital para investimento. Tal como as medidas tomadas para combater o défice, essas que aponto também estão nos livros simplesmente são muito mais difíceis de aplicar e mexem com o bolso de quem se cruza nos corredores do poder diariamente. Por isso?
Presidente mas não líder
O PSD-Açores vai ter um novo Presidente mas continuará sem um líder!
SA
Eles não devem nada a ninguém mas também entenderam criar uma Sociedade Anónima de estrutura accionista devidamente identificada. O Nuno Mendes e o Rui Lucas são os primeiros investidores. Boa sorte e boas "postas".
14 de novembro de 2005
13 de novembro de 2005
Dire Straits
Mais daqui a pouco na RTP 1 Dire Straits on the night. Mark Knopler and friends , a não perder, uma das melhores bandas de sempre.
Dire Straits on the night é um disco de 1992, com Musica de Mark Knopfler e produção de Mark Knopfler, Guy Fletcher e Neil Dorfsman .
O album encerra os temas Calling Elvis; Walk of life; Heavy fuel; Romeo and Juliet; Private investigations; Your Latest trick; On every street; You and your friend; Money for nothing (Mark Knopfler e Sting); Brothers in arms.
É à meia noite e quinze minutos no canal de serviço público.
O Parque da Cidade
Viver no centro da cidade foi uma opção da qual não me arrependo. Além de muitas outras vantagens, não tenho que pagar o jardineiro para ter o prazer de desfrutar de um espaço como este. O Jardim de António Borges, está como nunca, um lugar aprazível, onde a família se pode reunir numa manhã de Domingo. Enquanto as crianças se divertem nas "arredouças" perco-me pelas suas veredas e recantos de máquina fotográfica em punho tentando captar aqui e ali o momento do dia. O jardim está vazio, dois guardas, duas crianças, duas mães e dois turistas nórdicos. É caso para dizer, merecíamos cidadãos melhores.
12 de novembro de 2005
Pelas entranhas da Ilha
Trilho na encosta do Pico da Barrosa
O dia de hoje foi passado no interior da Ilha, entre a Vila da Lagoa e a Serra de Água de Pau. Na companhia de velhos e novos amigos e com a natureza por perto. Desde o Pico da Mariana até à nascente da encosta da Barrosa, com regresso pelo trilho da adutora, seguindo os aquedutos e o emaranhado de conteiras e silvados, cá chegamos e registamos alguns momentos, daqueles que não se mostram aos turistas.
Aqueduto
11 de novembro de 2005
Vale a pena ler isto
10 de novembro de 2005
Pinóquio e a Borboleta Mágica
Quem nos estará a enganar, O Primeiro-ministro? Ou o Presidente da Governo regional dos Açores? Nesse último caso, o Grilo Falante, já veio a terreiro dizer que o Senhor Presidente do Governo, não tem por hábito faltar à verdade aos Açorianos. Esperemos o desenrolar dos acontecimentos mas que isso vai ter que ser muito bem explicado, ai isso vai.
9 de novembro de 2005
Porque hoje é Quarta-feira
Já se sabe! Hoje vamos falar de Costa Neves, dos conceitos de autonomia de Jorge Sampaio, das relações financeiras de cabeceira entre César e Sócrates, do serviço público de televisão e dos recentes acontecimentos em França na perspectiva das suas implicações na Região. Sim eu não disse Açores mas escrevi Região, essa entidade conceptual que, segundo Medeiros Ferreira, serve de argumento para nos afirmarmos e nos "fazermos representar nas mais altas instituições da União Europeia".
Para ver e comentar aqui no sempre vosso Foguetabraze, o blog mais desinibido dos Açores e arredores.
8 de novembro de 2005
Mujahedines Franceses V
Mujahedines Franceses IV
Caríssimo Ezequiel, certamente leste o meu post na diagonal, incomodou-te aquela questão da genética e então desatas a chamar-me nomes como d Le Pen, Häider e outros epítetos que não me cabem nem sequer de longe. Que a questão é racial, acho que já ninguém tem dúvidas, que tem motivações religiosas com espirito de contra-cruzada, também acho que ninguém duvida. Contudo vejo que em relação à questão genética todos se alarmam, se indignam, se refugiam no mais elementar dos humanismos porque não a querem aceitar. Desculpa que te diga mas o teu exercício foi demagógico e como sabes tenho um defeito que tu também assumes ter, ambos dizemos o que nos vai na alma.
Tenho pena que te tenhas despedido do foguetabraze, de ando aliás já andavas bem arredio, espero que voltes que eu cá não vivo de ressentimentos nem me deixo agastar por coisa tão pequena, terias de me ofender muito mesmo para eu não te perdoar, Amigo.
Caríssimo ToZé.
As diferenças genéticas, nos animais e por força de razão nos Homens, são, do ponto de vista cientifico, inquestionáveis. Não me digas que acreditas no Pai Natal? Embora não existam estudos muito divulgados, existem vários trabalhos publicados em revistas da especialidade, na Nature, por exemplo, sobre este assunto.
Alguns negros poderosos, nos Estados Unidos, chegaram a encomendar a universidades e laboratórios de genética, estudos sobre as suas origens. Um desses estudos, publicado na Nature precisamente (ando à procura dele para te enviar), aponta para o facto de a grande maioria dos negros que foram escravos para a América do norte, serem escolhidos entre os melhores das suas tribos, os mais fortes, os mais sagazes, até entre os que davam mais luta, porque seriam submetidos a uma viagem de navio muito rigorosa e a condições muito adversas que os negreiros não arriscavam transportar Homens debilitados. Essa condição física, genética como sabes, fez do Negro norte americano um ser mais lutador e mais trabalhador do que outros noutras paragens, dai também a sua perseverança na luta pela emancipação.
O mesmo código genético que condiciona a cor da pele, dos olhos, a robustez dos ossos, a fragilidade do coração, o formato do nariz e das unhas dos pés, condiciona o tamanho e o ordenamento dos neurónios, dos nervos e dos tendões. Dirás que os meus estão desalinhados, já sei. Mas permite-me dizer-te que já estou habituado a que me digam isso, talvez por ter a ousadia de pensar e de o fazer não só sobre o que se passa à minha volta como sobre o que se passa no resto do mundo. O meu umbigo é muito pequenino e feio para me enfeitiçar.Isso não explica tudo. Claro que existem comunidades excluídas, onde nem por razões religiosas, nem por razões culturais nem genéticas a violência é uma constante, podemos ir aqui perto aos bairros degradados das nossas vilas e cidades fazer estudos rápidos. Embora aí, também a questão religiosa seja causadora de enormes letargias, esse seria outro debate. E também é claro que a solução para esses caso não passa por mudar a religião e a genética, muito menos pela simples repressão. Passa fundamentalmente pela educação e cultura, ou seja, como disse há dois post atras, educando sempre, reprimindo quando é preciso e responsabilizando quanto baste.
7 de novembro de 2005
Mujahedines Franceses III
Mujahedines Franceses II
Não ToZé! Não me venhas com esses romantismos. São essas atitudes que nos levam a esses becos sem saída (principalmente as da tua última frase inacabada e desistente de lutar). Não! Este é um assunto que interessa e muito. Interessa porque é de vária ordem. É racial, é religioso, é cultural e é genético. Caro ToZé, os portugueses nos anos 60 viviam escravizados e excluídos socialmente nos arredores de Paris. Não tinham assistência na doença, segurança social, subsídio de desemprego, rendimento mínimo e casas de alvenaria dadas pelo estado social, como têm os africanos de agora. Fundaram os bidonville e ajudaram a fazer da França o que ela é hoje e são reconhecidos por isso. Poderia dizer-te, demagogicamente, que a culpa é do estado social, como não hesitaram alguns em dizer que a culpa do que aconteceu em New Orleans era do Estado Mínimo. Não, não o direi, a culpa, nestes casos é dos próprios excluídos que mesmo excluídos vivem melhor nos guetos da Europa Social e da América Liberal do que nos seus países de origem. Não podemos continuar a culpar-nos pelas escolhas de estilo de vida que algumas populações negras, principalmente as muçulmanas, fazem para si próprias. Tomemos como exemplo os emigrantes asiáticos. Também eles são excluídos, também eles começam a sua vida nos guetos das grandes cidades europeias e americanas. Contudo, rapidamente pela força do trabalho, da inovação, do entrosamento se tornam em comerciantes, agricultores e industriais de enorme sucesso, os seus filhos estudam, integram-se e chegam a ocupar o poder. Repito a questão é racial, cultural, religiosa e genética e não é procurando culpados que se resolve, é educando sempre, reprimindo quando é preciso e responsabilizando quanto baste.
Esse é um debate que pode dar pano para mangas, espero não morra em dois ou três comentários como tem acontecido sempre que se debatem coisas sérias aqui no sempre vosso Foguetabraze. Disponham à vontade da caixa de comentários, é grátis.
Já aqui disse...
Depois de ouvir a entrevista de Manuel Alegre a Constança Cunha e Sá na TVI, agora há pouco, diria que estou muito mais próximo de Alegre do que do voto em branco do Saramago.
Factos 10
6 de novembro de 2005
Deficientes mentais? Só pode!
Numa tarde de Domingo soalheiro, alguns motards optaram pelas esplanadas da cidade em vez de fazerem rolar os seus motociclos pelas estradas da Ilha. Essa atitude já é costumeira, tal como o é o facto de estacionarem a suas máquinas barulhentas nos lugares destinados aos deficientes. Fazem-no com razão. Quem não tem cartão de deficiente e estaciona nos lugares a eles destinados, é deficiente. Mental, certamente, mas deficiente, deviam tira-lhe a carta de condução.
P.Scriptum: Pouco importante será o facto de na esplanada estar muito bem sentado um Juiz, julgo que também ele motard.
Mujahedines Franceses
Serviço público de televisão III
Se é fácil definir quais as obrigações de serviço público segundo as lógicas da informação, assentes nos princípios básicos da ética jornalística, já no que concerne às lógicas de programação as opções pelos conteúdos são mais polémicas e logo mais difíceis de definir.
A abertura ao mercado do espectro televisivo veio, segundo José Rebelo, "tornar mais veementes as responsabilidades do estado" em termos de programação no serviço público de televisão. Dai a necessidade de se debater com o maior número possível de instituições, das mais diversas áreas da população, das artes, dos ofícios, do desporto, enfim da chamada sociedade civil, por forma a se encontrar um "espaço público critico e exigente". Ainda segundo José Rebelo, a lógica economicista da televisão estatal aponta para a redução de custos a toda a força. Essa lógica levará a uma "redução de conteúdos e consequentemente a uma redução de serviço público". Ainda segundo José Rebelo, é importante, em serviço público, "divertir, mas fazê-lo com inteligência". Fundamental é encontrar um equilibro na dicotomia, Interesse público e interesse do público. E se na primeira se podem optar por "soluções e conteúdos mais vanguardistas", na segunda presidem os critérios das audiometrias.
Para Sara Pereira da Universidade do Minho que nos falou de programação para crianças, além de existir pouca programação para infantis e juvenis, há pouco cuidado com os conteúdos. Segundo aquela investigadora, "o sector privado quebra as mais elementares regras da ética em televisão". Cabe ao serviço público, por isso, atender às "diferentes realidades socioculturais e à pluralidade de experiências de vida". Deve assim, promover uma educação para o consumo dos media.
Maria Emilia Brederode Santos, programadora educativa, falou-nos da componente formativa e educacional da televisão e de como a escolha de conteúdos pode contribuir decisivamente para a educação e formação dos telespectadores. Para tal era necessário saber que necessidade educativas existem e definir os novos públicos alvo.
O estado de incultura geral que, reconhecidamente, existe hoje no país passa obrigatoriamente pela televisão. Esta, a televisão, tem um papel importantíssimo na formação de crianças e jovens de classes sociais que não têm possibilidades de dar aos seus filhos mais do que a escola pública dá. Ou seja, há uma enorme faixa da população estudantil que não tem possibilidades de pagar actividades extra curriculares e que não pode contar com a ajuda da família já que esta é, muitas vezes, mais ignorante e iletrada do que o próprio aluno. Segunda a conferencista, a diferença entre os meninos das classes mais favorecidas e os outros está precisamente nos tempos livres e não na escola. Ou seja, a escola é praticamente igual para todos mas depois da escola há os meninos que têm apoio da família, ocupação com actividades culturais, musica, dança, ou desportivas, e há os meninos que depois da escola têm a rua e a televisão como actividade de ocupação dos tempos livres. É para esses que a escolha dos conteúdos em televisão pode fazer a diferença.
Seria de esperar mais jornalistas na plateia, mais profissionais de televisão, mais fazedores de opinião dos que proliferam nos media regionais, mais gente ligada aos partidos políticos, mais cidadãos livres, exigentes e irrequietos. Felizmente, não estavam representadas as corporações, começo a ficar aliviado quando não aparecem. Se as elites nesses dias, preferem aproveitar o sol, as compras e as conversas de café em vez de participarem no debate das questões a que todos dizem respeito, estamos conversados. Assim, estamos a demitirmo-nos das nossas obrigações e direitos de cidadania. Estranho é que sejam essas elites, ultrapassadas por demissão das suas obrigações enquanto tal que vêm, recorrentemente, criticar a ascensão de novos grupos de pensadores. A sociedade açoriana vive, de facto uma enorme revolução, ontem fiquei com essa certeza, discutem-se mais abertamente os temas sem os costumeiros receios e traumas de sermos pequenos. Contudo, como disse Conceição Garcia na abertura da sessão da tarde, estavam "poucos mas os melhores", até porque os melhores são sempre os que querem estar.
Dois anos :ILHAS
Nestes dois últimos anos, o Alexandre Pascoal, o Carlos Guilherme Riley, o João Nuno Almeida e Sousa, o Pedro de Mendoza, o Vitor Marques e o ToZé enquanto lá esteve, fizeram um dos melhores blogs portugueses, quer na forma quer nos conteúdos.
Parabéns aos rapazes do :ILHAS.
5 de novembro de 2005
Serviço público de televisão II
Lógicas da Informação
O debate começa a ser cada vez mais difícil de controlar pelos moderadores. A plateia não estava tão composta como ontem à noite, não havia "cãs grandes" como oradores. De qualquer modo deixem-me referir três notas breves sobre as intervenções desta manhã.
Paulo Simões lembrou a necessidade de se definir o conceito de serviço público de televisão nas lógicas da informação, para além do que está plasmado no decreto lei que o define. É a eterna questão da interpretação do espírito da lei e a ténue diferença entre as questões de facto e as questões de direito. Na opinião da Director do Açoriano Oriental, a "RTP-A, ao invés do passado ainda recente, tem aberto o seu sinal a espaços de opinião diversificados " e isso é bom.
Para o Pedro Bicudo, a informação é o coração da RTP-A e do serviço público, serviço público esse que é "o fermento da cidadania". Reforçou a ideia lançada ontem pela jornalista Teresa Tomé, de se criar a figura do provedor do espectador. Confesso que não sou grande adepto da ideia. As figuras providenciais, na minha opinião, criam mais letargias do que fermentos. A nossa, ainda deslastrada, democracia não precisa de mais provedores, precisa de mais cidadãos irrequietos. Segundo José Manuel Portugal, urge definir e demarcar a fronteira entre a informação e a ficção, alertando para os perigos da "neotelevisão" e do excessivo poder que as televisões adquiriram nos últimos anos. "O público consome escândalos desde que Caim matou Abel".
Serviço público de televisão I
Ao contrário do que havia acontecido na tarde, onde os intervenientes não tiveram o peso de encher a sala mas regalaram os presentes com polémicas e questões bastante pertinentes sobre o serviço público de televisão.
Para salientar só as questões mais importantes, refiro a intervenção de uma Jovem Professora da Universidade do Minho, Helena Sousa. Fez uma resenha histórica da criação da televisão em Portugal e salientou a falta de independência da televisão pública em relação ao poder politico ao longo dos tempos. Apelou a uma maior participação cívica, salientando a bonomia das intenções do ex-Ministro Morais Sarmento em relação à 2: que não resultou para além do papel. Na verdade, a 2:, ao contrário do que se pretendia, não é feita pela chamada sociedade civil, pois são sempre os mesmos protagonistas e os mesmos conteúdos. Deixou ainda algumas perguntas no ar, "terá a sociedade civil pedido um canal de televisão?" "Quem, dessa sociedade civil, foi convidado a participar?" E ainda "quem tem condições para aceitar esse convite caso exista"?
Ficamos, ainda, sem saber que mecanismos podem garantir a isenção da RTP.
Tolentino Nóbrega, falou do serviço público de televisão na Madeira onde é tido pelo Governo "não como o órgão de informação regional mas como um órgão de propaganda", aqui nos Açores, cada vez é menos assim, felizmente.
Já José Grave da RTP-A, relembrou o papel que a televisão teve na consolidação da identidade açoriana e do reforço da ideia de região arquipelágica. Foi a primeira vez que ouvi alguém falar da importância estratégica da televisão nos Açores, não só como meio de divulgação das questões regionais pela totalidade das Ilhas mas também como meio de projecção dos Açores no Mundo.
Em meu entender, não nos devemos quedar pela satisfação de sermos capazes de nos conhecermos melhor uns aos outros por meio da RTP-A. Devemos mostrar ao mundo a nossa cultura e que somos capazes de discutir aqui, o que se passa em Tóquio, Nova Iorque ou no Irão. Mais do que nos fazermos ouvir a nós próprios, importa fazer os outros nos escutarem e aprenderem a nos respeitar pelo que pensamos.
É urgente que as decisões sobre o que é e não é serviço público de televisão saiam da esfera do poder politico, sem que se permita aos governos lavarem as suas mãos no que concerne ás responsabilidades do Estado na garantia do serviço público.
Do painel da noite, Vasco Cordeiro foi quem conseguiu ir mais longe, deixando uma réstia de esperança. Pela sua voz saiu a confirmação de que o Governo regional não pretende a tutela da RTP-A. No entender daquele Governante, "cabe ao Estado assegurar o serviço público de televisão nos Açores".
Acho essa estratégia perigosa para a nossa autonomia mas percebo que o Governo do PS não queira ficar com o ónus de pretender dominar financeiramente a RTP-A, evitando assim, suspeições quanto ao seu controlo no que diz respeito aos conteúdos.
Pessoalmente, como nacionalista açoriano, entendo que a nação açores, tal como a Catalunha, o País Basco ou a Galiza, devia ter a sua televisão. Com a entrada dos canais generalistas regionais em sinal aberto para toda a região, a TV dos Açores terá que assegurar a sua emissão com mais produção regional, esse pode ser o caminho da sua independência face à casa mãe. Falta assegurar o financiamento. Aguardo pelo dia de amanhã (hoje) mais debate e mais conclusões.
4 de novembro de 2005
É preciso ter lata
Tempo ganho, tempo perdido
História da minha vida II
Tomás Vieira, o serralheiro mecânico que trabalhou para a NASA, conta, mais logo, em discurso directo, a história da sua vida.
Para ver o comentar aqui no seu FOGUETABRAZE.
3 de novembro de 2005
A solução esperada
Espera-se, portanto que a SATA elabore um novo concurso para a sua sede social e que não incorra nos mesmos erros deste agora anulado. Principalmente, não seja feito à medida deste o daquele, não vá o diabo tecê-las e aparecer alguém para "atramoçar" a negociata.
Sugere-se ao Conselho de Administração da SATA que adquira um terreno nas imediações do aeroporto de Ponta Delgada e lance um concurso público para a concepção do seu edifício sede, abandonando a anterior solução, pouco ortodoxa, de lançar a concurso para a aquisição, concepção e execução do mesmo, coisa que só aqui e neste caso foi vista alguma vez.
Assim, não só é séria como o parece, a mulher de César.
Solidários mas pouco.
Na grande maioria dessas instituições, existe um excesso de voluntarismo inexplicável. Elas, essas instituições, são, na sua grande maioria, ninhos de caciquismo. As IPSS, são na sua maioria, instituições de utilidade pública, servindo para o governo transferir verbas, ao abrigo desse estatuto, que depois são utilizadas na compra de consciências e consequentes votos. Ou as IPSS são, de facto, Particulares e de Solidariedade, ou tornam-se extensões da secretaria dos assuntos sociais geridas sem o rigor das finanças públicas e fugindo, assim, ao controlo mesmo que inconsequente do Tribunal de Contas.
As residências assistidas e os lares de idosos, são hoje e foram sempre, um negócio altamente rentável e não meros estabelecimentos de solidariedade social. Se assim é, deixe-se o mercado funcionar e acabe-se com a hipocrizia de os chamar de instituições de solidariedade social.
Candidato contra Cavaco.
2 de novembro de 2005
Um "teaser" que vai ser costume
1 de novembro de 2005
Há 250 anos...
31 de outubro de 2005
Haja pachorra!!!!
Cristóvão de Aguiar - 40 anos
A Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra homenageou Cristóvão de Aguiar por completar 40 anos de obra literária.
O Livro, dirigido e coordenado por Ana Paula Arnaut, colige grande parte da crítica e opinião publicadas em Portugal sobre a obra do escritor Açoriano ao longo dos tempos. O Foguetabraze não escapou e lá está a páginas 255 o texto aqui publicado em 21 de Junho de 2004 e que agora se republica.
Cristóvão de Aguiar
No último mês fui "Um Grito em chamas " na "Nova relação de Bordo". Fui "Passageiro em trânsito" entre a trilogia de "Raiz comovida". Nada de recensões, nada de sinopses, nada dessas presunções e literatices que não sei fazer.
Fui, um visitante da Açorianidade.
Se o conceito nasceu com Vitorino Nemésio, certamente tem em Cristóvão de Aguiar um continuador. Com a excepção para "Passageiro em Trânsito", onde há uma clara alteração do estilo, as restantes obras são belíssimos exemplos de critica dos costumes das nossas Ilhas e das nossas gentes, gentes que fizeram e fazem a nação Açores.
Nelas, nas obras de Cristóvão de Aguiar, com destaque para o primeiro de raiz comovida, está tudo no seu lugar, consigo imaginar o luzir dos instrumentos da "Musica Nova", o cheiro da terra das estufas, daquela fatia de pão com manteiga de vaca que ficou por comer, dos "charrinhos" fritos, do mar das Calhetas. Vi como que real a "branquidão" das ajudantes do Dr. Alemão, ali à rua do Contador onde na minha infância passei várias vezes ao dia nas minhas deslocações entre a casa de meus pais e a escola. Já não havia o Dr. Alemão. Estavam lá, a deambular pelo jardim os Cães do Sr. Gilberto Nóbrega, dois lindos Lobos da Alsácia sempre pendurados na varanda. Cães de verdade, não dos cães do "Passageiro em trânsito" ."Que canelas pensais vós mordiscar, ó cães literatos, sem possuirdes a dentição completa?"
29 de outubro de 2005
Dúvida desfeita
28 de outubro de 2005
HISTÓRIA DA MINHA VIDA
Alberto Costa, até hoje Presidente da Câmara Municipal de Vila do Porto e apartir de amanhã Deputado Regional, será o seu primeiro convidado. Não perca e não deixe de comentar aqui no seu Foguetabraze aquilo que entender sobre o programa e sobre a história de vida de Alberto Costa, um amigo de Fidel Castro e Jimmy Carter.
A dúvida
27 de outubro de 2005
A bem da saúde da democracia ...
26 de outubro de 2005
Primeiro programa
25 de outubro de 2005
Ainda a Lotaçor e a Segurança Social
Mesmo admitindo que o processo burocrático seja complicado e que as folhas não estejam correctas, isso não impede a falta do pagamento, há sempre tempo para enviar folhas rectificativas. Além disso, só um ignorante total no assunto é que acredita que exista uma dívida sem folhas entregues. E se o problema é das folhas, porque razão o governo teve que transferir à pressa estes 750 mil euros agora? Será o fruto da venda das acções da Cofaco por cerca de um quinto do valor da sua compra?
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