5 de novembro de 2005

Serviço público de televisão II


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Lógicas da Informação

O debate começa a ser cada vez mais difícil de controlar pelos moderadores. A plateia não estava tão composta como ontem à noite, não havia "cãs grandes" como oradores. De qualquer modo deixem-me referir três notas breves sobre as intervenções desta manhã.
Paulo Simões lembrou a necessidade de se definir o conceito de serviço público de televisão nas lógicas da informação, para além do que está plasmado no decreto lei que o define. É a eterna questão da interpretação do espírito da lei e a ténue diferença entre as questões de facto e as questões de direito. Na opinião da Director do Açoriano Oriental, a "RTP-A, ao invés do passado ainda recente, tem aberto o seu sinal a espaços de opinião diversificados " e isso é bom.
Para o Pedro Bicudo, a informação é o coração da RTP-A e do serviço público, serviço público esse que é "o fermento da cidadania". Reforçou a ideia lançada ontem pela jornalista Teresa Tomé, de se criar a figura do provedor do espectador. Confesso que não sou grande adepto da ideia. As figuras providenciais, na minha opinião, criam mais letargias do que fermentos. A nossa, ainda deslastrada, democracia não precisa de mais provedores, precisa de mais cidadãos irrequietos. Segundo José Manuel Portugal, urge definir e demarcar a fronteira entre a informação e a ficção, alertando para os perigos da "neotelevisão" e do excessivo poder que as televisões adquiriram nos últimos anos. "O público consome escândalos desde que Caim matou Abel".

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