Não sou dessa direita mesquinha e conspirativa, incapaz de fazer oposição externa e que, por isso, se entretêm na guerrilha interna. Mas também não sou dessa outra que de estrondosa em estrondosa derrota vai assobiando para o ar como se se pudesse fazer politica numa espécie de limbo. As direitas, portuguesa e açoriana, carecem de líderes que as congreguem, que arregimentem as suas tropas.
Durante dez anos, Cavaco Silva tentou ser esse líder da direita portuguesa. Terá convencido os mais distraídos, não me convenceu a mim. Por detrás da uma atmosfera de rigor e de obra em curso, escondiam-se centenas de trapalhadas que mais tarde vieram a revelar-se erros estratégicos colossais.
Uma gestão social-democrata pura, assente no aumento do estado social e a manter a economia aquecida com base em grandes obras públicas e regimes monopolistas do estado em sectores estratégicos levaram o país ao túnel em que se encontra hoje. Parecendo um liberal convicto, Cavaco governou o país sem qualquer tipo de liberalismo. As reprivatizações foram encaradas não como uma forma de devolver a economia aos cidadãos mas sim do estado arrecadar riqueza para investir em obras de regime. A abertura de novos negócios à iniciativa privada, como foi o caso da televisão, assentaram em jeitos aos amigos, primeiro ao amigo da imprensa depois ao amigo clero.
A verdade porém é que muita gente da área da direita liberal, ainda hoje, se revê em Cavaco Silva.
À falta de um candidato das verdadeiras direitas portuguesas, votarei no poeta Manuel Alegre. Esse, ao menos, encara a politica com romantismo e sentido de servir, eu não a encaro de outra forma.
Durante dez anos, Cavaco Silva tentou ser esse líder da direita portuguesa. Terá convencido os mais distraídos, não me convenceu a mim. Por detrás da uma atmosfera de rigor e de obra em curso, escondiam-se centenas de trapalhadas que mais tarde vieram a revelar-se erros estratégicos colossais.
Uma gestão social-democrata pura, assente no aumento do estado social e a manter a economia aquecida com base em grandes obras públicas e regimes monopolistas do estado em sectores estratégicos levaram o país ao túnel em que se encontra hoje. Parecendo um liberal convicto, Cavaco governou o país sem qualquer tipo de liberalismo. As reprivatizações foram encaradas não como uma forma de devolver a economia aos cidadãos mas sim do estado arrecadar riqueza para investir em obras de regime. A abertura de novos negócios à iniciativa privada, como foi o caso da televisão, assentaram em jeitos aos amigos, primeiro ao amigo da imprensa depois ao amigo clero.
A verdade porém é que muita gente da área da direita liberal, ainda hoje, se revê em Cavaco Silva.
À falta de um candidato das verdadeiras direitas portuguesas, votarei no poeta Manuel Alegre. Esse, ao menos, encara a politica com romantismo e sentido de servir, eu não a encaro de outra forma.
Bem sei que os amiguinhos de Mário Soares andam irritadiços, dizem que Alegre apenas se candidatou para ir contra a sua candidatura, aceito. Mas não foi Soares que apresentou a sua candidatura contra Cavaco? Se é legítimo Soares tentar evitar o passeio de Cavaco pelas Presidenciais, não é igualmente ou mais legitimo ainda, Manuel Alegre tentar travar a arrogância de um Mário Soares que se julga dono da liberdade e da democracia?
Alegre uma coisa já conseguiu. Tal como Soares em 1985, Alegre conseguiu arregimentar apoios nessa tal direita liberal e ao centro, Soares perdeu-os.
Sái mais uma sondagem por favor!
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