15 de novembro de 2005

Crescimento quase nulo

O Banco de Portugal reviu em baixa o crescimento da economia. Claro que não podem ser imputadas culpas a um governo com pouco mais de 10 meses de governação. Quem o fizer está a entrar num registo de demagogia pura e crua.
Contudo, deveremos olhar para este indicador com muitas cautelas. Não será essa obsessão pelo défice, que dura desde 2002, que está a retrair os investidores, nomeadamente o pequeno e médio investidor? Obviamente que sim. Numa economia ainda demasiado dependente do Estado, quando este aperta o cinto a economia tem que ressentir-se forçosamente. O Estado não tem que apertar o pescoço aos portugueses tem que emagrecer ele mesmo, na sua despesa corrente, para poder libertar capital para investimento. Tal como as medidas tomadas para combater o défice, essas que aponto também estão nos livros simplesmente são muito mais difíceis de aplicar e mexem com o bolso de quem se cruza nos corredores do poder diariamente. Por isso?

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