15 de novembro de 2004

Um PSD diferente

Segui com especial desatenção o congresso nacional do PSD que decorreu em Barcelos este fim-de-semana. Foi a primeira vez que não estive colado às televisões para seguir os debates internos do PSD. Segui-o pelas rádios, sem entusiasmo, sem novidades. Havia algumas coisas que eu admirava naquele partido, a imprevisibilidade dos seus congressos, a combatividade dos congressistas, os resultados, o sentido de serviço do seu colectivo.
Os congressos do PSD já não são o que eram, tudo se tronou mais previsível, o debate esmoreceu, quem traz ideias novas não é reconhecido, tornou-se um partido de pensamento único. O congresso do PSD deixou de ser um lugar de debate para ser um sitio onde o direcção nacional do PSD vem apresentar a estratégia que já está decidida. As bases dizem, desdizem, andam de roda e mais de roda mas no final, o que interessa é validar a estratégia que já foi decidida nos directórios da São Caetano à Lapa em consonância com o Largo do Caldas.
Uma nota final para a eleição de Vítor Cruz para uma das vice-presidências do PSD, um prémio pelos resultados obtidos há uma mês? Um presságio de que o delfim de Mota Amaral poderá, incompreensivelmente, recandidatar-se á presidência do PSD-Açores, o qual nunca conseguirá liderar? Ou trilhar uma nova carreira política na república? A ver vamos.

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