30 de setembro de 2004
Também tive um Sonho
Depois do Francisco ter publicado no Entramula o sonho Mariense dele, aqui fica o meu sonho/cantinho na Ilha de Gonçalo Velho.
Ainda o Ambiente e as Lagoas
Os comentários ao meu "post" anterior suscitaram-me este texto que por ser um pouco longo publico sob esta forma.
Caro Guilherme
Obrigado por meter retirado da sua lista de culpados.
Acrescento:
Os Micaelenses, são talvez, dos Açorianos, as mãos acomodados, os menos reivindicativos e os que, por terem mais horas dedicadas ao trabalho, mais acções demonstram em vez de palavras. Ao longo dos tempos, São Miguel foi a Ilha quer menos influência sofreu do exterior. Não tivemos Americanos nem Ingleses nem Franceses, nem companhias do Cabo Submarino.
Isso tornou os Micaelenses mais embrutecidos mas também mais auto-suficientes.
Por isso, quando algum micaelense mais influente reclama das autoridades ou até mesmo dos seus pares mais regalias e mais investimento para a Ilha, é tido, nas restantes Ilhas do arquipélago, como um perigoso bairrista e centralista. São problemas culturais que não vamos conseguir ultrapassar enquanto tivermos o sistema de governo e de eleição que temos, sistema este que permite níveis de poder muito diferentes entre as Ilhas.
Por outro lado, enquanto se nomearem pessoas para cargos de grande responsabilidade só pelo facto de viverem aqui ou ali. Enquanto for a lógica da distribuição territorial a definir quem ocupa que cargo, continuaremos no mau caminho. Isto era o que eu esperava se tivesse mudado em 1996, por isso me desiludi tanto com o meu Partido e com o Partido Socialista.
Exemplo:
Vai ser investido mais dinheiro na recuperação do farol dos chapelinhos do que em qualquer das lagoas de São Miguel. Isso não é bairrismo, é uma constatação de facto.
Porque razão o GRA não fez um esforço para classificar a bacia das Sete Cidades património Mundial? Eu respondo: Porque o Senhor Secretário está na Horta e vê o Pico todos os dias mas só vem a São Miguel a congressos, conferências e ao Conselho de Governo. O Sr. Secretário precisa de andar de "jeep" e pé pelas nossas Ilhas todas, para as conhecer. Eu até acho que o nosso Secretário do Ambiente deve ser alguém que conheça muito bem as Nove Ilhas dos Açores, por dentro e por fora, desde o mais bonito dos lugares até ao mais entranhado pardieiro. Nunca uma ave de arribação que encontrou nos açores um oásis onde se instalar com todas as mordomias.
Com a agravante da pessoa em causa ser incompetente e arrogante.
Caro Guilherme
Obrigado por meter retirado da sua lista de culpados.
Acrescento:
Os Micaelenses, são talvez, dos Açorianos, as mãos acomodados, os menos reivindicativos e os que, por terem mais horas dedicadas ao trabalho, mais acções demonstram em vez de palavras. Ao longo dos tempos, São Miguel foi a Ilha quer menos influência sofreu do exterior. Não tivemos Americanos nem Ingleses nem Franceses, nem companhias do Cabo Submarino.
Isso tornou os Micaelenses mais embrutecidos mas também mais auto-suficientes.
Por isso, quando algum micaelense mais influente reclama das autoridades ou até mesmo dos seus pares mais regalias e mais investimento para a Ilha, é tido, nas restantes Ilhas do arquipélago, como um perigoso bairrista e centralista. São problemas culturais que não vamos conseguir ultrapassar enquanto tivermos o sistema de governo e de eleição que temos, sistema este que permite níveis de poder muito diferentes entre as Ilhas.
Por outro lado, enquanto se nomearem pessoas para cargos de grande responsabilidade só pelo facto de viverem aqui ou ali. Enquanto for a lógica da distribuição territorial a definir quem ocupa que cargo, continuaremos no mau caminho. Isto era o que eu esperava se tivesse mudado em 1996, por isso me desiludi tanto com o meu Partido e com o Partido Socialista.
Exemplo:
Vai ser investido mais dinheiro na recuperação do farol dos chapelinhos do que em qualquer das lagoas de São Miguel. Isso não é bairrismo, é uma constatação de facto.
Porque razão o GRA não fez um esforço para classificar a bacia das Sete Cidades património Mundial? Eu respondo: Porque o Senhor Secretário está na Horta e vê o Pico todos os dias mas só vem a São Miguel a congressos, conferências e ao Conselho de Governo. O Sr. Secretário precisa de andar de "jeep" e pé pelas nossas Ilhas todas, para as conhecer. Eu até acho que o nosso Secretário do Ambiente deve ser alguém que conheça muito bem as Nove Ilhas dos Açores, por dentro e por fora, desde o mais bonito dos lugares até ao mais entranhado pardieiro. Nunca uma ave de arribação que encontrou nos açores um oásis onde se instalar com todas as mordomias.
Com a agravante da pessoa em causa ser incompetente e arrogante.
29 de setembro de 2004
Tapar o Sol com uma peneira
O Governo açoriano anunciou hoje o investimento de um milhão de euros na construção de um desvio parcial à vala condutora dos efluentes gerados nas Sete Cidades, ilha de S. Miguel.
A freguesia das Sete cidades, localiza-se nas margens da lagoa com o mesmo nome, um dos "ex-líbris" da maior ilha açoriana que enfrenta problemas de degradação devido ao seu excessivo enriquecimento em nutrientes.
Da iniciativa da secretaria regional do Ambiente, o empreendimento hoje lançado a concurso público tem um prazo de execução de cerca de um ano.
Enquanto o nosso povo não der lições aos nossos governantes levaremos com estas soluções demagógicas apresentadas em período de campanha eleitoral por quem levou 8 (oito) anos a nada fazer pelas Lagoas de São Miguel, além de estudos e mais estudos. Este problema não se resolve com soluções desta insipiência que, em vez de atacarem as causas, apenas minimizam as consequências. Pois alevá.
A freguesia das Sete cidades, localiza-se nas margens da lagoa com o mesmo nome, um dos "ex-líbris" da maior ilha açoriana que enfrenta problemas de degradação devido ao seu excessivo enriquecimento em nutrientes.
Da iniciativa da secretaria regional do Ambiente, o empreendimento hoje lançado a concurso público tem um prazo de execução de cerca de um ano.
Enquanto o nosso povo não der lições aos nossos governantes levaremos com estas soluções demagógicas apresentadas em período de campanha eleitoral por quem levou 8 (oito) anos a nada fazer pelas Lagoas de São Miguel, além de estudos e mais estudos. Este problema não se resolve com soluções desta insipiência que, em vez de atacarem as causas, apenas minimizam as consequências. Pois alevá.
28 de setembro de 2004
Rabo de Peixe
Desci a rua do Porto, ao meu lado, Aquilino Busto, um Asturenho, nado e criado há 60 anos em Cudillero, um "pueblo" pesqueiro perto da Avilez.
Coduzia com muita precaução e Aquilino mirava tudo em redor. Afinal fora ele que me pediu para visitar Rabo de Peixe. Dissera-lhe Manolim um outro de Cudillero que é mestre do seu barco, que por ali havia muitos marinheiros, pescadores e muita vida ligada à pesca. Tentando não atropelar as chinelas do Senhor António que estava sentado á soleira com as ditas meio metro mais à frente. Desviando-me das crianças meias nuas e descalças a correr de um lado para o outro sem olharem para baixo ou para cima, na sua liberdade, pobre, muito pobre, sem esperança. Mas liberdade. Ao final da Rua do Porto um arruamento novo, totalmente novo, mais "ancho", com duas vias totalmente tomadas por um par de Homens e um emaranhado de cabos e fios de nylon. Estavam desembaraçando aparelho tomando a via pública. Os carros desviavam-se por cima de um passeio ainda por pavimentar convenientemente. Aqulino mirava tudo incrédulo. Tudo lhe fazia espanto, os ranchos de rapazes pequenos, descalços, as mulheres de preto forrado e de lenço na cabeça, as raparigas sentadas à soleira quando era hora de estar a preparar o Jantar, as Jovens por todo o lado sentados ou deitados "grunhindo" uma espécie de dialecto do mar.
Falamos com pescadores. Sobre as suas artes de pesca e o modo de vida.
-Esta es una tierra de marineros e pescadores. Se siente in el aire. Aquí hay mucho potencial, pero, Nuno están en la edad de la piedra! - Disse-me Aquilino.
Corei, mas anui. Afinal tinha razão. Até ali tinha traduzido para o Plácido (um pescador de Rabo de Peixe) quase tudo o que Aquilino tinha dito, aquela frase não traduzi literalmente. Mas apeteceu-me. Claro que o meu convidado não falava do Paleolítico mas as suas palavras eram certas.
Saímos dali e fomos até à Ribeira Grande onde a humanidade já terá chegado ao neolítico.
Senti um sonido saído do seu bolso. Era o telemóvel
- Si aurora, estoy aquí con Nuno estuvimos en un pueblo pesquero. Aurora, tienes que venir aquí a ver como vive esta gente. Es increíble. Viven como se vivía en Cudillero en el tiempo de Franco.
Coduzia com muita precaução e Aquilino mirava tudo em redor. Afinal fora ele que me pediu para visitar Rabo de Peixe. Dissera-lhe Manolim um outro de Cudillero que é mestre do seu barco, que por ali havia muitos marinheiros, pescadores e muita vida ligada à pesca. Tentando não atropelar as chinelas do Senhor António que estava sentado á soleira com as ditas meio metro mais à frente. Desviando-me das crianças meias nuas e descalças a correr de um lado para o outro sem olharem para baixo ou para cima, na sua liberdade, pobre, muito pobre, sem esperança. Mas liberdade. Ao final da Rua do Porto um arruamento novo, totalmente novo, mais "ancho", com duas vias totalmente tomadas por um par de Homens e um emaranhado de cabos e fios de nylon. Estavam desembaraçando aparelho tomando a via pública. Os carros desviavam-se por cima de um passeio ainda por pavimentar convenientemente. Aqulino mirava tudo incrédulo. Tudo lhe fazia espanto, os ranchos de rapazes pequenos, descalços, as mulheres de preto forrado e de lenço na cabeça, as raparigas sentadas à soleira quando era hora de estar a preparar o Jantar, as Jovens por todo o lado sentados ou deitados "grunhindo" uma espécie de dialecto do mar.
Falamos com pescadores. Sobre as suas artes de pesca e o modo de vida.
-Esta es una tierra de marineros e pescadores. Se siente in el aire. Aquí hay mucho potencial, pero, Nuno están en la edad de la piedra! - Disse-me Aquilino.
Corei, mas anui. Afinal tinha razão. Até ali tinha traduzido para o Plácido (um pescador de Rabo de Peixe) quase tudo o que Aquilino tinha dito, aquela frase não traduzi literalmente. Mas apeteceu-me. Claro que o meu convidado não falava do Paleolítico mas as suas palavras eram certas.
Saímos dali e fomos até à Ribeira Grande onde a humanidade já terá chegado ao neolítico.
Senti um sonido saído do seu bolso. Era o telemóvel
- Si aurora, estoy aquí con Nuno estuvimos en un pueblo pesquero. Aurora, tienes que venir aquí a ver como vive esta gente. Es increíble. Viven como se vivía en Cudillero en el tiempo de Franco.
27 de setembro de 2004
Na mão de Deus
Estou na janela do escritório, o dia de trabalho foi longo e sem muito tempo para andar pela blogosfera. Dei uma saltada aos do costume. O João, no seu Professorices tem um novo texto sobre Antero. Olhei para traz. Por entre as folhas dos plátanos indiciando a chegada do Outono, vi a matrona estátua de Madre Teresa da Anunciada. Ao lado dela dois bancos de Jardim. Num deles Antero pôs termo à vida.
Na mão de Deus
Na mão de Deus, na sua mão direita,
Descansou afinal meu coração.
Do palácio encantado da ilusão
Desci a passo e passo a escada estreita.
Como as flores mortais, com que se enfeita
A ignorância infantil, despojo vão,
Depus do ideal e da paixão
A forma transitória e imperfeita.
Como criança em lôbrega jornada,
Que a mãe leva no colo agasalhada
E atravessa, sorrindo vagamente,
Selvas mares, areias do deserto?
Dorme o teu sono, coração liberto,
Dorme na mão de Deus Eternamente!
Antero de Quental
Na mão de Deus
Na mão de Deus, na sua mão direita,
Descansou afinal meu coração.
Do palácio encantado da ilusão
Desci a passo e passo a escada estreita.
Como as flores mortais, com que se enfeita
A ignorância infantil, despojo vão,
Depus do ideal e da paixão
A forma transitória e imperfeita.
Como criança em lôbrega jornada,
Que a mãe leva no colo agasalhada
E atravessa, sorrindo vagamente,
Selvas mares, areias do deserto?
Dorme o teu sono, coração liberto,
Dorme na mão de Deus Eternamente!
Antero de Quental
Ai mudam mudam
O líder virtual do Partido (virtual) da Nova Democracia, eclipsou-se. Fez juz a um slogan de campanha por ele utilizado há uns anos.
Ai mudam mudam, a começar por ti, Manel.
Ai mudam mudam, a começar por ti, Manel.
26 de setembro de 2004
Está tudo doido
O haloscan até inventa nomes, o blogspot umas vezes deixa postar, outras, nem por isso. Será o princípio do fim dos servidores gratuitos? Será desta que vamos ter que puxar os cordões à bolsa.
Clube Desportivo Santa Clara 0 Desportivo das Aves 2
Clube Desportivo Santa Clara 0 Desportivo das Aves 2
Quatro jogos, quatro derrotas. Até já tenho pena do José Carlos Pacheco.
Nós não precisamos de um treinador e de uma direcção. Precisamos de uma equipa.
Onde estão os senhores politicos que andavam pelo estádio quando o CDSC estava na 1ª divisão?
Bem sei, são politicos do campeonato do Inatel.
Merecemos politicos melhores.
Quatro jogos, quatro derrotas. Até já tenho pena do José Carlos Pacheco.
Nós não precisamos de um treinador e de uma direcção. Precisamos de uma equipa.
Onde estão os senhores politicos que andavam pelo estádio quando o CDSC estava na 1ª divisão?
Bem sei, são politicos do campeonato do Inatel.
Merecemos politicos melhores.
25 de setembro de 2004
Merecemos melhor
José Sócrates foi, como se esperava, o vencedor da eleição directa do Secretário-geral do PS. Mais uma vitória do populismo, do discurso fácil, da imagem de menino de coro sem decoro, de públicas virtudes e privados defeitos. O tal Homem que disse há dias "Tenho uma obra feita. Tive uma presença na comunicação social, na RTP, durante um ano e meio, que foi positiva para o PS." Será o líder da oposição . Será mais um caso para dizer. Merecemos políticos melhores.
Pico da Vara
1105 Metros acima do nível médio das águas do mar, ergue-se a mais alta montanha da Ilha de São Miguel. O Pico da Vara. Habitat natural do Priôlo. Ave de pequenas dimensões que apenas existe na zona do conjunto montanhoso constituindo pela Serra da Tronqueira, entre o pico Bartolomeu, o Pico da Vara e ainda o Planalto dos Graminhais. O mesmo conjunto é também lugar privilegiado para o desenvolvimento de espécies da flora endémica dos Açores, algumas mesmo raras como o Azevinho e a Ginja do mato.
Daqui a pouco vamos tentar a subida ao Pico da Vara, se o tempo ajudar.
24 de setembro de 2004
Aos meus espaços
O meu Blog é o meu mais recente espaço. É verdade, este começou por ser um espaço só meu. Além de mim, que aqui postava o que de mais recente ocorria aos meus pensamentos, pouco mais de meia dúzia de pessoas, mais chegadas, vinham aqui.
Depois alguém se encarregou de o divulgar e perdi o controlo dos meus visitantes.
Um dos marcos mais importantes do meu blog foi quando decidi colocar o espaço para comentários. Não me lembro quando foi. Mas sei que nesse dia o meu blog passou a ser uma espécie de fórum. Uns dias mais outros dias menos.
O meu blog é um dos meus espaços. Um daqueles que não me importo de partilhar com toda a gente.
Há dias, postei uma fotografia da minha secretária da casa das Furnas com a minha velha Royal e o meu último PC portátil. O Ezequiel, que é amigo de longa data, achou que eu precisava de um carpinteiro, que precisava de mais espaço.
Caro Ezequiel. Aqui o blogger baratinha também sabe cortar umas tábuas e pregar uns pregos. Provas? Queres provas? Ora toma!
Este é o espaço do blogger. Onde ele escreve, lê um artigo na Nature, um livro de Saramago ou os sonetos de Antero. O blogger também vê televisão e até vê novelas da TVI. Imagina.
Estas prateleiras, estantes e estas secretárias que vês, foi o blogger Baratinha que as fez. O blogger Baratinha a única coisa que não sabe fazer é aquela que mais gosta. Escrever. De uma coisa podem ter a certeza, vou escrever tanto, tanto que um dia saberei fazê-lo. Nesse dia mostro tudo. Tudo o que escrevi em segredo na esperança de estar bem escrito. Aqui no meu cantinho, rodeado das minhas recordações, dos meus sonhos, dos meus livros.
Depois alguém se encarregou de o divulgar e perdi o controlo dos meus visitantes.
Um dos marcos mais importantes do meu blog foi quando decidi colocar o espaço para comentários. Não me lembro quando foi. Mas sei que nesse dia o meu blog passou a ser uma espécie de fórum. Uns dias mais outros dias menos.
O meu blog é um dos meus espaços. Um daqueles que não me importo de partilhar com toda a gente.
Há dias, postei uma fotografia da minha secretária da casa das Furnas com a minha velha Royal e o meu último PC portátil. O Ezequiel, que é amigo de longa data, achou que eu precisava de um carpinteiro, que precisava de mais espaço.
Caro Ezequiel. Aqui o blogger baratinha também sabe cortar umas tábuas e pregar uns pregos. Provas? Queres provas? Ora toma!
Este é o espaço do blogger. Onde ele escreve, lê um artigo na Nature, um livro de Saramago ou os sonetos de Antero. O blogger também vê televisão e até vê novelas da TVI. Imagina.
Estas prateleiras, estantes e estas secretárias que vês, foi o blogger Baratinha que as fez. O blogger Baratinha a única coisa que não sabe fazer é aquela que mais gosta. Escrever. De uma coisa podem ter a certeza, vou escrever tanto, tanto que um dia saberei fazê-lo. Nesse dia mostro tudo. Tudo o que escrevi em segredo na esperança de estar bem escrito. Aqui no meu cantinho, rodeado das minhas recordações, dos meus sonhos, dos meus livros.
Fundo da demagogia
Fundo de Coesão garantirá crescimento harmonioso dos Açores
Garantir mais investimento público para as ilhas mais pequenas é a pretensão de Carlos César ao anunciar a criação de um Fundo de Coesão.
Esta é a mais nova criação demagógica do Presidente do Governo Regional dos Açores em campanha eleitoral. Um fundo de coesão para garantir o "desenvolvimento harmonioso da Região". Em, primeiro lugar, este conceito, já roçado, gasto, roto mesmo, lançado nos Açores nos tempos áureos da governação Amaralista, não só não fazia sentido no tempo como ainda mais deixou de fazer sentido hoje. Não será o próprio orçamento regional uma espécie de fundo de coesão? Não será o sistema eleitoral uma espécie de garante deste fundo de coesão?
Atenção! Atenção eleitores das Ilhas maiores, estes Senhores querem levar o dinheirinho todo para as Ilhas mais pequenas, onde o mercado não é capaz de gerar investimento privado. Atenção Senhores eleitores de São Miguel e Terceira, preparem-se para quatro anos de mais miséria, sem estradas, sem portos, sem reparações de grande vulto. Este Governo prepara-se para, se ganhar as eleições, abandonar São Miguel e a Terceira.
As nossas Ilhas são como um comboio, têm uma locomotiva e mais oito carruagens, umas mais leves do que outras, umas mais modernas do que outras. Se insistirmos nesta idiotice de investir predominantemente nas carruagens, elas vão ficando cada vez mais luxuosas, mais pesadas e vamos indirectamente enfraquecendo a locomotiva. Isto é o que tem sido feito nos últimos 30 anos e não fora a iniciativa privada, em São Miguel, mercê do mercado existente, a fazer qualquer coisa de novo e estaríamos quase no ponto em que estávamos nos primeiros anos da década de 90 do século passado. Era bom saber, talvez o André B. e o Guilherme Marinho possam ajudar, qual o investimento público, per capita efectuado em cada Ilhas dos Açores nos últimos anos. Era bom saber, a evolução do PIB per capita em cada uma das Ilhas onde este investimento foi mais elevado, para concluirmos finalmente onde e quando se deve investir. Eu suspeito que sei a resposta mas como não tenho a certeza não me adianto.
Garantir mais investimento público para as ilhas mais pequenas é a pretensão de Carlos César ao anunciar a criação de um Fundo de Coesão.
Esta é a mais nova criação demagógica do Presidente do Governo Regional dos Açores em campanha eleitoral. Um fundo de coesão para garantir o "desenvolvimento harmonioso da Região". Em, primeiro lugar, este conceito, já roçado, gasto, roto mesmo, lançado nos Açores nos tempos áureos da governação Amaralista, não só não fazia sentido no tempo como ainda mais deixou de fazer sentido hoje. Não será o próprio orçamento regional uma espécie de fundo de coesão? Não será o sistema eleitoral uma espécie de garante deste fundo de coesão?
Atenção! Atenção eleitores das Ilhas maiores, estes Senhores querem levar o dinheirinho todo para as Ilhas mais pequenas, onde o mercado não é capaz de gerar investimento privado. Atenção Senhores eleitores de São Miguel e Terceira, preparem-se para quatro anos de mais miséria, sem estradas, sem portos, sem reparações de grande vulto. Este Governo prepara-se para, se ganhar as eleições, abandonar São Miguel e a Terceira.
As nossas Ilhas são como um comboio, têm uma locomotiva e mais oito carruagens, umas mais leves do que outras, umas mais modernas do que outras. Se insistirmos nesta idiotice de investir predominantemente nas carruagens, elas vão ficando cada vez mais luxuosas, mais pesadas e vamos indirectamente enfraquecendo a locomotiva. Isto é o que tem sido feito nos últimos 30 anos e não fora a iniciativa privada, em São Miguel, mercê do mercado existente, a fazer qualquer coisa de novo e estaríamos quase no ponto em que estávamos nos primeiros anos da década de 90 do século passado. Era bom saber, talvez o André B. e o Guilherme Marinho possam ajudar, qual o investimento público, per capita efectuado em cada Ilhas dos Açores nos últimos anos. Era bom saber, a evolução do PIB per capita em cada uma das Ilhas onde este investimento foi mais elevado, para concluirmos finalmente onde e quando se deve investir. Eu suspeito que sei a resposta mas como não tenho a certeza não me adianto.
23 de setembro de 2004
Momentos culturais
O maior pasquim da aldeia escreve na primeira página que Lá Féria é o único encenador que não recebe subsídios do governo. Em bom "açorianês" dir-se-ia "tai asno". Mesmo por detrás da fotografia da primeira página está um logo tipo do GRA, como principal patrocinador do espectáculo que Lá Féria vai levar à cena este fim-de-semana em Ponta Delgada.
Esta diarreia de programas semanais no Teatro Micaelense, pagos por nós todos, pelos nossos impostos é uma autêntica pouca-vergonha. Não que não merecêssemos um Teatro recuperado e espectáculos todas as semanas. Não. O que merecíamos era que os nossos políticos tivessem vergonha na cara e que fizessem coisas dessas durante todo o ano e não apenas em vésperas de eleições. Não sei quanto custará o musical Amália no teatro Micaelense e quanto custaram os outros dois espectáculos. Por acaso até gostava de saber quanto vai custar o cartaz dos últimos dias. Só por curiosidade e para avaliar em quanto os meus impostos estão a contribuir para a promoção da imagem da Secretaria da Economia e do Governo Regional dos Açores.
Não ponho em causa as obras de recuperação do Teatro Micaelense, nem ponho em causa a competência das pessoas ligadas à Sociedade Anónima que irá gerir aquele espaço.
O que me preocupa neste processo do Teatro Micaelense é que, a megalomania de alguns políticos, aliada à passividade de uma elite que prefere ficar calada desde que se faça qualquer coisa que lhes sirva as manias, teve como resultado um imóvel e uma empresa da área da cultura e do turismo que, só para fazer face às despesas correntes terá que gerar uma receita quinhentos mil euros. Não tardará, as paredes começarão a ficar velhas, as cadeiras roçadas, os corredores esfolados, as lâmpadas fundidas, as portas inchadas, e tudo isso é necessário reparar. Muito subsidio vai ter que existir!
Tanto dinheiro concentrado na mesma mão não levará mais cultura a mais Açorianos. Ao invés, este dinheiro distribuído por muitos dos pequenos agentes culturais e empresários da cultura espalhados pela Região, dariam para que, houve todas as semanas, em todos os concelhos, um momento de cultura.
Receber subsídios é o "modus vivendi" dos Portugueses, directa ou indirectamente. Somos "subsídiodependentes". Para se receber subsídios, não é necessário candidatar-se e fazê-lo directamente. Muitos de nós recebemos subsídios sem darmos conta disso e ainda somos mal-agradecidos.
Os Açorianos que viajam na Sata, na Açorline, compram gasolina ou gasóleo, são subsidiados. Os Açorianos que vão ao Teatro, são subsidiados. Todos estes subsídios são, porém, pagos por nós, pelos nossos impostos.
Esta diarreia de programas semanais no Teatro Micaelense, pagos por nós todos, pelos nossos impostos é uma autêntica pouca-vergonha. Não que não merecêssemos um Teatro recuperado e espectáculos todas as semanas. Não. O que merecíamos era que os nossos políticos tivessem vergonha na cara e que fizessem coisas dessas durante todo o ano e não apenas em vésperas de eleições. Não sei quanto custará o musical Amália no teatro Micaelense e quanto custaram os outros dois espectáculos. Por acaso até gostava de saber quanto vai custar o cartaz dos últimos dias. Só por curiosidade e para avaliar em quanto os meus impostos estão a contribuir para a promoção da imagem da Secretaria da Economia e do Governo Regional dos Açores.
Não ponho em causa as obras de recuperação do Teatro Micaelense, nem ponho em causa a competência das pessoas ligadas à Sociedade Anónima que irá gerir aquele espaço.
O que me preocupa neste processo do Teatro Micaelense é que, a megalomania de alguns políticos, aliada à passividade de uma elite que prefere ficar calada desde que se faça qualquer coisa que lhes sirva as manias, teve como resultado um imóvel e uma empresa da área da cultura e do turismo que, só para fazer face às despesas correntes terá que gerar uma receita quinhentos mil euros. Não tardará, as paredes começarão a ficar velhas, as cadeiras roçadas, os corredores esfolados, as lâmpadas fundidas, as portas inchadas, e tudo isso é necessário reparar. Muito subsidio vai ter que existir!
Tanto dinheiro concentrado na mesma mão não levará mais cultura a mais Açorianos. Ao invés, este dinheiro distribuído por muitos dos pequenos agentes culturais e empresários da cultura espalhados pela Região, dariam para que, houve todas as semanas, em todos os concelhos, um momento de cultura.
Receber subsídios é o "modus vivendi" dos Portugueses, directa ou indirectamente. Somos "subsídiodependentes". Para se receber subsídios, não é necessário candidatar-se e fazê-lo directamente. Muitos de nós recebemos subsídios sem darmos conta disso e ainda somos mal-agradecidos.
Os Açorianos que viajam na Sata, na Açorline, compram gasolina ou gasóleo, são subsidiados. Os Açorianos que vão ao Teatro, são subsidiados. Todos estes subsídios são, porém, pagos por nós, pelos nossos impostos.
22 de setembro de 2004
Ainda o sistema eleitoral para a RAA
Dando seguimento à discussão ontem lançada aqui, recebi do Manuel Moniz, a proposta de alteração do Sistema Eleitoral para os Açores, apresentada pelo MPT a quando da apresentação da lista de candidatos por São Miguel. Embora não esteja totalmente de acordo com a mesma, ela aproxima-se de níveis de equidade e representatividade muito interessantes, sem recorrer ao aumento do número de deputados (nasce um novo fantasma) mas diminuindo o nº de deputados das Ilhas mais pequenas em favor das duas maiores (morre um fantasma).
Na Minha modesta opinião, a proposta elabora num erro de base que, certamente, aquele Movimento pretenderia ver corrigido em sede de revisão constitucional.
Vejamos. Não é possível, constitucionalmente, a existência de círculos uninominais, logo a Ilha do Corvo tem que ter pelo menos dois deputados. Alem disso, o Pico com três concelhos, três círculos, teria que ter 6 deputados, as Flores e São Jorge com 2 concelhos, logo dois círculos teriam que ter 4 deputados.
A redução do número de deputados a eleger nas ilhas mais pequenas, passado de 3 para dois o número de deputados a eleger, reduz significativamente a possibilidade das forças mais pequenas, (muitas vezes as ideologicamente mais bem definidas e que não pertencem a este grande centrão em que se transformaram os partidos do arco do poder) de elegerem representantes.
A aplicação do método de Hont, provoca a criação de bolsas de votos sobrantes de significativo montante. Só a título de exemplo, no sistema actual, ficam por utilizar, em São Miguel; cerca de 3000 votos úteis, o que é suficiente para eleger 3 deputados em Santa Maria ou na Graciosa. Dai que eu defenda ou o aumento do número de deputados por São Miguel e Terceira ou a criação de um 10º círculo eleitoral Regional que aproveitaria todos os votos sobrantes de todos os círculos.
Bem sei que o aumento do número de deputados parece uma aleivosia, quando se discute tanto o custo do Parlamento e das subvenções dos deputados. Reduzam-se os custos com tanto disparate que se faz e aumente-se a representatividade do Povo no sistema democrático. Nada há de mais justo do que isso.
No que concerne à eleição directa do Presidente do Governo, nada tenho a opor. Contudo, sou um parlamentarista puro e como tal tudo o que seja retirar poderes aos parlamentos cria-me alguns anticorpos. Porém, admito, que o sentido natural dos acontecimentos vai pela eleição directa do Presidente do GRA.
Proposta do MPT (parte)
"O MPT - PARTIDO DA TERRA propõe um sistema de círculos mistos de ilha e concelho, e uma dupla votação para o Governo e para a Assembleia Regional, em que os candidatos deverão ser eleitos individualmente, não sendo obrigatória a candidatura por partidos.
Deverá votar-se para o Presidente do Governo e para os Deputados individualmente"...
..."A base de cálculo para o número de deputados ao nível do arquipélago deverá ser ligeiramente alterada, reflectindo a população existente em cada ilha, embora salvaguardando o peso das diversas unidades territoriais, tão fundamentais para a unidade açoriana.
É proposto o seguinte quadro de deputados:
No interior das ilhas que têm mais de um concelho, o número de deputados deverá ser dividido por cada concelho, de acordo com o respectivo peso populacional. No caso de S. Miguel, propõe-se que Ponta Delgada tenha 12 deputados, a Ribeira Grande 6, Lagoa 3, Vila Franca do Campo 2, Povoação 1 e Nordeste 1.
Os deputados eleitos por cada concelho deverão constituir um elo de articulação entre: os seus concelhos e a Região; entre as autarquias, o Governo e a Assembleia Regional; e entre os diversos órgãos de poder e a sociedade civil. Para o conseguir, deverá ser aberta uma delegação da Assembleia Regional em cada concelho, onde os deputados deverão trabalhar, receber a população e interagir com as diversas forças vivas, participando assim activamente no desenvolvimento local.
Para além do seu papel ao nível concelhio, os deputados deverão funcionar no âmbito das estratégias desenvolvimento globais de cada ilha, assim como ao nível das estratégias de âmbito regional."
Na Minha modesta opinião, a proposta elabora num erro de base que, certamente, aquele Movimento pretenderia ver corrigido em sede de revisão constitucional.
Vejamos. Não é possível, constitucionalmente, a existência de círculos uninominais, logo a Ilha do Corvo tem que ter pelo menos dois deputados. Alem disso, o Pico com três concelhos, três círculos, teria que ter 6 deputados, as Flores e São Jorge com 2 concelhos, logo dois círculos teriam que ter 4 deputados.
A redução do número de deputados a eleger nas ilhas mais pequenas, passado de 3 para dois o número de deputados a eleger, reduz significativamente a possibilidade das forças mais pequenas, (muitas vezes as ideologicamente mais bem definidas e que não pertencem a este grande centrão em que se transformaram os partidos do arco do poder) de elegerem representantes.
A aplicação do método de Hont, provoca a criação de bolsas de votos sobrantes de significativo montante. Só a título de exemplo, no sistema actual, ficam por utilizar, em São Miguel; cerca de 3000 votos úteis, o que é suficiente para eleger 3 deputados em Santa Maria ou na Graciosa. Dai que eu defenda ou o aumento do número de deputados por São Miguel e Terceira ou a criação de um 10º círculo eleitoral Regional que aproveitaria todos os votos sobrantes de todos os círculos.
Bem sei que o aumento do número de deputados parece uma aleivosia, quando se discute tanto o custo do Parlamento e das subvenções dos deputados. Reduzam-se os custos com tanto disparate que se faz e aumente-se a representatividade do Povo no sistema democrático. Nada há de mais justo do que isso.
No que concerne à eleição directa do Presidente do Governo, nada tenho a opor. Contudo, sou um parlamentarista puro e como tal tudo o que seja retirar poderes aos parlamentos cria-me alguns anticorpos. Porém, admito, que o sentido natural dos acontecimentos vai pela eleição directa do Presidente do GRA.
Proposta do MPT (parte)
"O MPT - PARTIDO DA TERRA propõe um sistema de círculos mistos de ilha e concelho, e uma dupla votação para o Governo e para a Assembleia Regional, em que os candidatos deverão ser eleitos individualmente, não sendo obrigatória a candidatura por partidos.
Deverá votar-se para o Presidente do Governo e para os Deputados individualmente"...
..."A base de cálculo para o número de deputados ao nível do arquipélago deverá ser ligeiramente alterada, reflectindo a população existente em cada ilha, embora salvaguardando o peso das diversas unidades territoriais, tão fundamentais para a unidade açoriana.
É proposto o seguinte quadro de deputados:
No interior das ilhas que têm mais de um concelho, o número de deputados deverá ser dividido por cada concelho, de acordo com o respectivo peso populacional. No caso de S. Miguel, propõe-se que Ponta Delgada tenha 12 deputados, a Ribeira Grande 6, Lagoa 3, Vila Franca do Campo 2, Povoação 1 e Nordeste 1.
Os deputados eleitos por cada concelho deverão constituir um elo de articulação entre: os seus concelhos e a Região; entre as autarquias, o Governo e a Assembleia Regional; e entre os diversos órgãos de poder e a sociedade civil. Para o conseguir, deverá ser aberta uma delegação da Assembleia Regional em cada concelho, onde os deputados deverão trabalhar, receber a população e interagir com as diversas forças vivas, participando assim activamente no desenvolvimento local.
Para além do seu papel ao nível concelhio, os deputados deverão funcionar no âmbito das estratégias desenvolvimento globais de cada ilha, assim como ao nível das estratégias de âmbito regional."
21 de setembro de 2004
"Ditadura" da minoria
Com cerca de 100 mil eleitores, 53 por cento dos inscritos nos Açores, a ilha de São Miguel vai eleger nas regionais de 17 de Outubro apenas 19 dos 52 deputados da Assembleia Regional
Um sistema eleitoral mal concebido e mal organizado, sem ter em conta o valor dos votos de todos os Açorianos, sobre o qual, todos os partidos anunciam projectos de alteração, mas ninguém quer mexer. Permite uma das maiores injustiças da eleição dos mais altos representantes do Povo no poder político.
O sistema eleitoral, para a eleição de deputados à Assembleia Legislativa Regional dos Açores, só pode ser mais justo, aumentando o número de deputados, mas como isso é um discurso pouco eleitoralista, e que aumenta a probabilidade de eleição de deputados dos partidos com menor expressão eleitoral, ninguém o quer fazer.
Ora, aumentar a representatividade e o leque ideológico é o que de melhor poderia acontecer a um parlamento em crise de identidade e de confiança dos cidadãos. Assisti no actual sistema é fazer mais do mesmo. Logo os resultados são mais do mesmo.
Um sistema eleitoral mal concebido e mal organizado, sem ter em conta o valor dos votos de todos os Açorianos, sobre o qual, todos os partidos anunciam projectos de alteração, mas ninguém quer mexer. Permite uma das maiores injustiças da eleição dos mais altos representantes do Povo no poder político.
O sistema eleitoral, para a eleição de deputados à Assembleia Legislativa Regional dos Açores, só pode ser mais justo, aumentando o número de deputados, mas como isso é um discurso pouco eleitoralista, e que aumenta a probabilidade de eleição de deputados dos partidos com menor expressão eleitoral, ninguém o quer fazer.
Ora, aumentar a representatividade e o leque ideológico é o que de melhor poderia acontecer a um parlamento em crise de identidade e de confiança dos cidadãos. Assisti no actual sistema é fazer mais do mesmo. Logo os resultados são mais do mesmo.
20 de setembro de 2004
Hoje há um ano
A Ana deu início a este Indispensável Blog. Com a participação do indispensável do Pai, tornaram-se os dois Indispensáveis de visitar diariamente.
Votos de muitos e bons anos de indispensáveis textos.
Votos de muitos e bons anos de indispensáveis textos.
18 de setembro de 2004
Saudosismos
O Sábado não foi de grande produção para o Blog. Depois de estar 3 dias longe da família, foi com elas que passei o dia de hoje. Como é bom, sem previsões, sem programa preparado, acabei nas Furnas. Não dormíamos aqui há dois anos. Parece que foi ontem. Revi a minha velha Royal, a primeira máquina de escrever que tive, portátil, com uma caixa de madeira forrada a um tecido preto, a caixa, linda, o caruncho comeu, resta-me aquela que foi a minha companheira de muitos anos. Deu-ma o meu Avô Barata, na altura disse-me, trata bem desta máquina, olha que tem mais de quarenta anos de África e vinte de Açores. Hoje não faço uso dela, prefiro o Toshiba Satellite com ligação GPRS, ADSL, Analógica, o que quiserem, mas sempre com uma ligação esteja eu onde estiver.
17 de setembro de 2004
"Pliteca à reginal"
CC: Queixinhas, queixinhas, ena ena!!...
VC: Quem diz é que é cala a boca jacaré!!!
CC: ..e quem repete mais é......
VC: Hellooooooooo!
CC: Tu és mesmo dahhhhhhhhhh!
VC: Quem diz é que é cala a boca jacaré!!!
CC: ..e quem repete mais é......
VC: Hellooooooooo!
CC: Tu és mesmo dahhhhhhhhhh!
16 de setembro de 2004
Media-esfera, Blogosfera e Atmosfera
A não perder este artigo de Pacheco Pereira no Público de hoje sobre a Blogosfera
Nem de propósito
Mais um grande investimento inaugurado ontem na Graciosa, Ilha onde é importante ganhar votos para inverter a actual xadrez politico-partidário.
A PRONICOL inaugurou uma nova unidade fabril na Ilha Graciosa, com apoios da EU e do GRA. É mais uma fábrica para produzir mais do mesmo, ou seja em nada vai revolucionar o sector na Ilha, antes pelo contrário vai criar falsas expectativas nos produtores locais.
O queijo da Graciosa tem pouca saída no mercado regional, conquistando apenas um minúsculo nicho desse mesmo em São Miguel e na Terceira. Por isso mesmo, a Pronicol tentou por várias vezes fechar a sua unidade na Graciosa ou entrega-la à cooperativa e associação de agricultores locais. Tive a honra de assistir a um destes actos de chantagem perpetrado pelo administrador Dr. Mancebo Soares. Alguns senhores deputados que faziam parte da Comissão de Economia do Parlamento dos Açores na legislatura 1996/2000 devem estar lembrados desse episódio caricato.
A fábrica, necessitava, de facto, de ser modernizada e ampliada. Disso não tenho dúvidas. Certo é que, agora, com o dinheirinho de nós todos lá posto, vai passar a dar lucros e o Dr. Mancebo Soares não a quererá entregar aos locais.
O que mais me impressionou na noticia foi a crueldade dos números e a forma como foram anunciados pelo Presidente do Governo, comparando os dados de 1999 com os de 2003 como se tivesse havido um crescimento exponencial e qualitativo do sector na Ilha branca.
Ora vejamos: De 1999 a 2003 apareceram mais 62 explorações pecuárias na ilha Graciosa e o nº de vacas leiteiras aumentou em 145 efectivos ou seja, duas vacas por exploração. A média de nº de vacas leiteiras por exploração em 1999 era de 3 (três- o extenso é para que não pareça gralha), em 2003 continua na mesma média.
Sem olhar ao ridículo destes números, apresentados a seco, sem as contas feitas para que parecessem muito importantes, há a acrescer o seguinte: Para atingir a capacidade máxima de produção da nova fábrica basta que a média anual se fixe na ordem dos 4461 litros de leite por vaca. Este número está muito aquém das médias conseguidas em outras ilhas dos Açores onde os 8000 litros vaca/ano começam já a ser uma realidade. Isto quer dizer que havendo melhoramento genético na Graciosa, em pouco tempo, ou se faz uma fábrica nova ou se reduz o efectivo para metade ou se pagam mais subsídios para deitar o leite aos porcos.
Uma Ilha como a Graciosa não tem, claramente vocação para a produção de leite e seus derivados. Há por isso que investir em culturas alternativas e que até já foram testadas com resultados muito interessantes.
Onde andou este ano a afamada meloa da Graciosa? foi substituída pela de Santa Maria?
Porque não se produz Uva de mesa em vez de abandonar os vinhedos à cultura da silva?
Perguntas que ficam sem resposta e que provavelmente a não terão tão cedo.
Dir-me-ão que não há mão-de-obra. Pois que se importe,do leste da UE, pode até ser que melhore a genética humana na Ilha.
A PRONICOL inaugurou uma nova unidade fabril na Ilha Graciosa, com apoios da EU e do GRA. É mais uma fábrica para produzir mais do mesmo, ou seja em nada vai revolucionar o sector na Ilha, antes pelo contrário vai criar falsas expectativas nos produtores locais.
O queijo da Graciosa tem pouca saída no mercado regional, conquistando apenas um minúsculo nicho desse mesmo em São Miguel e na Terceira. Por isso mesmo, a Pronicol tentou por várias vezes fechar a sua unidade na Graciosa ou entrega-la à cooperativa e associação de agricultores locais. Tive a honra de assistir a um destes actos de chantagem perpetrado pelo administrador Dr. Mancebo Soares. Alguns senhores deputados que faziam parte da Comissão de Economia do Parlamento dos Açores na legislatura 1996/2000 devem estar lembrados desse episódio caricato.
A fábrica, necessitava, de facto, de ser modernizada e ampliada. Disso não tenho dúvidas. Certo é que, agora, com o dinheirinho de nós todos lá posto, vai passar a dar lucros e o Dr. Mancebo Soares não a quererá entregar aos locais.
O que mais me impressionou na noticia foi a crueldade dos números e a forma como foram anunciados pelo Presidente do Governo, comparando os dados de 1999 com os de 2003 como se tivesse havido um crescimento exponencial e qualitativo do sector na Ilha branca.
Ora vejamos: De 1999 a 2003 apareceram mais 62 explorações pecuárias na ilha Graciosa e o nº de vacas leiteiras aumentou em 145 efectivos ou seja, duas vacas por exploração. A média de nº de vacas leiteiras por exploração em 1999 era de 3 (três- o extenso é para que não pareça gralha), em 2003 continua na mesma média.
Sem olhar ao ridículo destes números, apresentados a seco, sem as contas feitas para que parecessem muito importantes, há a acrescer o seguinte: Para atingir a capacidade máxima de produção da nova fábrica basta que a média anual se fixe na ordem dos 4461 litros de leite por vaca. Este número está muito aquém das médias conseguidas em outras ilhas dos Açores onde os 8000 litros vaca/ano começam já a ser uma realidade. Isto quer dizer que havendo melhoramento genético na Graciosa, em pouco tempo, ou se faz uma fábrica nova ou se reduz o efectivo para metade ou se pagam mais subsídios para deitar o leite aos porcos.
Uma Ilha como a Graciosa não tem, claramente vocação para a produção de leite e seus derivados. Há por isso que investir em culturas alternativas e que até já foram testadas com resultados muito interessantes.
Onde andou este ano a afamada meloa da Graciosa? foi substituída pela de Santa Maria?
Porque não se produz Uva de mesa em vez de abandonar os vinhedos à cultura da silva?
Perguntas que ficam sem resposta e que provavelmente a não terão tão cedo.
Dir-me-ão que não há mão-de-obra. Pois que se importe,do leste da UE, pode até ser que melhore a genética humana na Ilha.
15 de setembro de 2004
Agricultura subvencionada 3
Conclusões
Falar em diversificar a produção e a transformação, sem explicar os meios e as formas, pode parecer algo leviano e facilitista. Importa portanto, em jeito de conclusões especificar como, quem, quando e de que forma se pode fazer esta revolução no sector agrícola regional. Sim porque na Agricultura, como noutros sectores, é de uma verdadeira revolução que necessitamos.
Em primeiro lugar cabe aos produtores efectuarem a tal diversificação, a par de uma boa dose de especialização em culturas inovadoras. Para tal cabe ao Estado, neste caso, à Região, através dos serviços competentes, bem como á Universidade dos Açores através dos seus pólos de investigação, promoverem a criação de campos de experimentação de novas culturas. Á semelhança do que foi feito há anos no então chamado cento de Bovinicultura de Ponta Delgada e nos campos de experimentação da lagoa do Congro, São Gonçalo e Santana, bem como criar outros campos noutras Ilhas. Estes campos, inexplicavelmente, foram transformados em explorações a cargo das diversas organizações de produtores que deles tiram rendimentos para fazer face á suas despesas correntes. Ou seja, são uma forma indirecta do GRA subvencionar as Associações para pagamento daquelas despesas que incluem, como todos sabemos e de quando em vez é noticia, gastos supérfluos significativos.
A par da experimentação e chegado o momento da aplicação no terreno, é importante a reabilitação, em termos modernos, de um serviço de extensão rural, dotado dos técnicos e meios necessários ao acompanhamento dos produtores, nas várias fases da produção. Sementeiras, plantios tratamentos fito-sanitários e colheita. Enfim uma espécie de formação permanente e no local, com efeitos práticos.
Mais do que um sistema de subvenções que colmate a perda de rendimento, a agricultura Açoriana necessita urgentemente de um sistema de incentivos, mesmo que de base regional, para a modernização e inovação.
Na fileira do leite, foram efectuados, muito recentemente, grandes investimentos, comparticipados pela União Europeia e pelo Estado Membro com uma comparticipação da Região, em diversas unidades industriais e em diversas ilhas dos Açores com especial incidência para a Ilha de São Miguel. Contudo este investimento, na nossa opinião, destinou-se a unidades que vão produzir mais do mesmo. Ou seja não houve uma significativa alteração dos produtos finais, apenas uma modernização dos métodos de produção e um optimização dos recursos humanos e energéticos. Já não é mau.
É verdade que não existe indústria sem produtores como também é verdade que não existem produtores se não existir uma indústria competitiva capaz de pagar mais pelo melhor produto.
No caso da indústria transformadora, é importante a avaliação que se faz dos investimentos a subsidiar. Continuar a investir para fazer mais do mesmo, não é certamente o caminho.
Cabe à indústria e á sua associação de produtores (ANIL) promover a inovação. Cabe ao GRA, à Universidade e ao Inova, desenvolverem investigação que possa dar respostas às questões do mercado.
A título de exemplo. Quem é que não gosta de um papo-seco com queijo de São Jorge? Só quem não gosta de queijo, provavelmente. Contudo, o queijo de São Jorge ou outro qualquer Tipo Ilha, para ser vendido em Sandwiches, tem o problema de ser complicado aplicar um método de fatiar eficaz. Não caberia à Universidade ou ao Inova estudar uma solução técnica para tornar o queijo de São Jorge fácil de fatiar? Hoje, todos sabemos que, o chamado fatiado é um dos produtos mais procurados nas grandes superfícies de todo o mundo.
Continuar no caminho que vamos, preocupados com as sucessivas reformas da PAC e fazendo o mesmo que os nossos parceiros comunitários fazem, vamos ir, cada vez mais, no sentido de sermos mais um importador do que um exportador. E com uma balança de transacções, há anos deficitária, vamos no sentido de sermos ainda mais pobres.
Nota: Estes três textos, foram um resumo e um compilação da minha intervenção, feita de improviso, no XI Congresso da Agricultura dos Açores, onde participei a convite da Federação Agrícola dos Açores e que se realizou na Cidade da Horta nos passados dias 2,3,e 4 de Abril.
Na altura o meu querido leitor Carlos Falcão Afonso desafiou-me a publicar a mesma. Como a havia feito de improviso, sem querer deixar o Carlos sem a preciosa informação, entendi resumir os textos a partir de uma gravação que gentilmente me cederam.
Falar em diversificar a produção e a transformação, sem explicar os meios e as formas, pode parecer algo leviano e facilitista. Importa portanto, em jeito de conclusões especificar como, quem, quando e de que forma se pode fazer esta revolução no sector agrícola regional. Sim porque na Agricultura, como noutros sectores, é de uma verdadeira revolução que necessitamos.
Em primeiro lugar cabe aos produtores efectuarem a tal diversificação, a par de uma boa dose de especialização em culturas inovadoras. Para tal cabe ao Estado, neste caso, à Região, através dos serviços competentes, bem como á Universidade dos Açores através dos seus pólos de investigação, promoverem a criação de campos de experimentação de novas culturas. Á semelhança do que foi feito há anos no então chamado cento de Bovinicultura de Ponta Delgada e nos campos de experimentação da lagoa do Congro, São Gonçalo e Santana, bem como criar outros campos noutras Ilhas. Estes campos, inexplicavelmente, foram transformados em explorações a cargo das diversas organizações de produtores que deles tiram rendimentos para fazer face á suas despesas correntes. Ou seja, são uma forma indirecta do GRA subvencionar as Associações para pagamento daquelas despesas que incluem, como todos sabemos e de quando em vez é noticia, gastos supérfluos significativos.
A par da experimentação e chegado o momento da aplicação no terreno, é importante a reabilitação, em termos modernos, de um serviço de extensão rural, dotado dos técnicos e meios necessários ao acompanhamento dos produtores, nas várias fases da produção. Sementeiras, plantios tratamentos fito-sanitários e colheita. Enfim uma espécie de formação permanente e no local, com efeitos práticos.
Mais do que um sistema de subvenções que colmate a perda de rendimento, a agricultura Açoriana necessita urgentemente de um sistema de incentivos, mesmo que de base regional, para a modernização e inovação.
Na fileira do leite, foram efectuados, muito recentemente, grandes investimentos, comparticipados pela União Europeia e pelo Estado Membro com uma comparticipação da Região, em diversas unidades industriais e em diversas ilhas dos Açores com especial incidência para a Ilha de São Miguel. Contudo este investimento, na nossa opinião, destinou-se a unidades que vão produzir mais do mesmo. Ou seja não houve uma significativa alteração dos produtos finais, apenas uma modernização dos métodos de produção e um optimização dos recursos humanos e energéticos. Já não é mau.
É verdade que não existe indústria sem produtores como também é verdade que não existem produtores se não existir uma indústria competitiva capaz de pagar mais pelo melhor produto.
No caso da indústria transformadora, é importante a avaliação que se faz dos investimentos a subsidiar. Continuar a investir para fazer mais do mesmo, não é certamente o caminho.
Cabe à indústria e á sua associação de produtores (ANIL) promover a inovação. Cabe ao GRA, à Universidade e ao Inova, desenvolverem investigação que possa dar respostas às questões do mercado.
A título de exemplo. Quem é que não gosta de um papo-seco com queijo de São Jorge? Só quem não gosta de queijo, provavelmente. Contudo, o queijo de São Jorge ou outro qualquer Tipo Ilha, para ser vendido em Sandwiches, tem o problema de ser complicado aplicar um método de fatiar eficaz. Não caberia à Universidade ou ao Inova estudar uma solução técnica para tornar o queijo de São Jorge fácil de fatiar? Hoje, todos sabemos que, o chamado fatiado é um dos produtos mais procurados nas grandes superfícies de todo o mundo.
Continuar no caminho que vamos, preocupados com as sucessivas reformas da PAC e fazendo o mesmo que os nossos parceiros comunitários fazem, vamos ir, cada vez mais, no sentido de sermos mais um importador do que um exportador. E com uma balança de transacções, há anos deficitária, vamos no sentido de sermos ainda mais pobres.
Nota: Estes três textos, foram um resumo e um compilação da minha intervenção, feita de improviso, no XI Congresso da Agricultura dos Açores, onde participei a convite da Federação Agrícola dos Açores e que se realizou na Cidade da Horta nos passados dias 2,3,e 4 de Abril.
Na altura o meu querido leitor Carlos Falcão Afonso desafiou-me a publicar a mesma. Como a havia feito de improviso, sem querer deixar o Carlos sem a preciosa informação, entendi resumir os textos a partir de uma gravação que gentilmente me cederam.
14 de setembro de 2004
Repor a verdade não fica mal a ninguém
Uma mentira repetida muitas vezes consegue atingir o estatuto de verdade. É um lugar comum mas é a pura, esta sim, verdade.
Segundo um desmentido publicado no Açoriano Oriental de hoje, (que tive o cuidado de confirmar junto de gente muitíssimo bem informada) o Falcon que transportou o Presidente do PSD aos Açores não era da Força Aérea Portuguesa mas sim de uma empresa privada, pertencente ao "major da bola".
Conclui-se, assim que houve má fé da parte de gente que tinha obrigação de estar mais bem informada do que eu, quando andaram a apregoar aos sete ventos que o dito "Jatinho" era um avião da FAP. Fico à espera das devidas assumpções de erro.
Segundo um desmentido publicado no Açoriano Oriental de hoje, (que tive o cuidado de confirmar junto de gente muitíssimo bem informada) o Falcon que transportou o Presidente do PSD aos Açores não era da Força Aérea Portuguesa mas sim de uma empresa privada, pertencente ao "major da bola".
Conclui-se, assim que houve má fé da parte de gente que tinha obrigação de estar mais bem informada do que eu, quando andaram a apregoar aos sete ventos que o dito "Jatinho" era um avião da FAP. Fico à espera das devidas assumpções de erro.
Agricultura subvencionada 2
Este segundo texto de uma trilogia sobre a Agricultura e as soluções que preconizo para o sector mais importante da economia regional, debruça-se sobre as soluções para o sector agro-pecuário. Tal como já foi dito no primeiro artigo, ontem, defendo a diversificação e a inovação como via escapatória para o buraco em que se encontra a Agricultura Regional.
Por mais que não se goste, por mais que se não queira, a globalização é um facto incontornável desde o chamado Uruguai Round.
Por mais que se lute para inverter esta realidade, ela não me parece alterável, pelo menos, nos próximos 30 anos.
Em fim de ciclo da monocultura da vaca e com os Açores ainda a dar passos pouco seguros na construção de um novo ciclo económico, o do turismo, urge encontrar soluções para o sector que emprega, ainda, a maioria da população activa dos Açores. Numas Ilhas mais do que noutras.
Na pecuária preconizo duas intervenções de fundo uma, para a fileira do leite, onde é fundamental investir no fomento da diversificação dos produtos. Outra, na fileira da carne, onde se deve apostar na introdução de variedades de gado de produção de carne e ainda na valorização dos subprodutos, o chamado quinto quarto.
Na Fileira do leite tem-se investido a montante e a jusante sem qualquer sentido estratégico ou quando a estratégia existiu foi a errada. Primeiro foi o investimento cego no aumento da produção de leite em quantidade, esquecendo que através de um melhoramento genético adequado se pode obter leite com qualidades impares para a produção de queijo, leite comum ou iogurtes para o auto-consumo das ilhas e para conquistar mercados de excelência. Para isso, é urgente investir na investigação na área das biotecnologias nomeadamente na genética da vaca leiteira. Já se fazem, felizmente, algumas coisas nesta área no pólo de Angra da UA.
A jusante, na indústria transformadora, importa inovar nos produtos e fabricar queijos, leites e derivados, com carisma local e de alto valor acrescentado. Neste momento o maior produtor de lacticínios dos Açores, é líder no mercado nacional graças à marca Terra Nostra. Embora "Natural dos Açores", o Terra Nostra é um queijo do tipo Flamengo, incaracterístico que muito embora tenha uma boa textura e sabor, só lidera o mercado graças a uma enorme campanha de marketing. A única aliás, feita ao nível nacional e até internacional sobre um produto Açoriano, graças à Fromageries Bell que usou e bem o facto do futebolista Paleta gozar de grande aceitação em França. Também nesta área, a do marketing, importa investir bastante. Os resultados estão à vista.
Faz todo o sentido que uma Região com as especificidades da nossa, num quadro de mercado à escala global, invista em pequenas produções de grande valor acrescentado, já que não temos dimensão para produzir à escala sequer do nosso país. Por isso mesmo, não faz qualquer sentido que o único produto com características únicas das nossas Ilhas seja um queijo (São Jorge) que é vendido ao kg. Os produtos de grande valor acrescentado são vendidos à grama.
Na fileira da carne as questões são mais complexas. Em primeiro lugar é necessário termos noção de que, com excepção para o Pico e Santa Maria, a produção de carne é um suplemento da fileira do leite. Dai a necessidade de investir na genética ou na importação, para que a fileira da carne seja engrossada com raças de produção da mesma por excelência
Além disso, e em segundo lugar, é necessário ter a noção que, com o crescimento do turismo vão ser necessárias muitas mais toneladas de carne para abastecer o mercado sazonal ou flutuante como se o queira classificar. Contudo, todos sabemos que este tipo de mercado apenas consome carne das peças chamadas nobres (a não ser os Suecos que comem hamburgers no Burger King) logo há que fazer o aproveitamento conveniente das restantes peças e do chamado 5º quarto, farinhas, ossos e peles.
Por mais que não se goste, por mais que se não queira, a globalização é um facto incontornável desde o chamado Uruguai Round.
Por mais que se lute para inverter esta realidade, ela não me parece alterável, pelo menos, nos próximos 30 anos.
Em fim de ciclo da monocultura da vaca e com os Açores ainda a dar passos pouco seguros na construção de um novo ciclo económico, o do turismo, urge encontrar soluções para o sector que emprega, ainda, a maioria da população activa dos Açores. Numas Ilhas mais do que noutras.
Na pecuária preconizo duas intervenções de fundo uma, para a fileira do leite, onde é fundamental investir no fomento da diversificação dos produtos. Outra, na fileira da carne, onde se deve apostar na introdução de variedades de gado de produção de carne e ainda na valorização dos subprodutos, o chamado quinto quarto.
Na Fileira do leite tem-se investido a montante e a jusante sem qualquer sentido estratégico ou quando a estratégia existiu foi a errada. Primeiro foi o investimento cego no aumento da produção de leite em quantidade, esquecendo que através de um melhoramento genético adequado se pode obter leite com qualidades impares para a produção de queijo, leite comum ou iogurtes para o auto-consumo das ilhas e para conquistar mercados de excelência. Para isso, é urgente investir na investigação na área das biotecnologias nomeadamente na genética da vaca leiteira. Já se fazem, felizmente, algumas coisas nesta área no pólo de Angra da UA.
A jusante, na indústria transformadora, importa inovar nos produtos e fabricar queijos, leites e derivados, com carisma local e de alto valor acrescentado. Neste momento o maior produtor de lacticínios dos Açores, é líder no mercado nacional graças à marca Terra Nostra. Embora "Natural dos Açores", o Terra Nostra é um queijo do tipo Flamengo, incaracterístico que muito embora tenha uma boa textura e sabor, só lidera o mercado graças a uma enorme campanha de marketing. A única aliás, feita ao nível nacional e até internacional sobre um produto Açoriano, graças à Fromageries Bell que usou e bem o facto do futebolista Paleta gozar de grande aceitação em França. Também nesta área, a do marketing, importa investir bastante. Os resultados estão à vista.
Faz todo o sentido que uma Região com as especificidades da nossa, num quadro de mercado à escala global, invista em pequenas produções de grande valor acrescentado, já que não temos dimensão para produzir à escala sequer do nosso país. Por isso mesmo, não faz qualquer sentido que o único produto com características únicas das nossas Ilhas seja um queijo (São Jorge) que é vendido ao kg. Os produtos de grande valor acrescentado são vendidos à grama.
Na fileira da carne as questões são mais complexas. Em primeiro lugar é necessário termos noção de que, com excepção para o Pico e Santa Maria, a produção de carne é um suplemento da fileira do leite. Dai a necessidade de investir na genética ou na importação, para que a fileira da carne seja engrossada com raças de produção da mesma por excelência
Além disso, e em segundo lugar, é necessário ter a noção que, com o crescimento do turismo vão ser necessárias muitas mais toneladas de carne para abastecer o mercado sazonal ou flutuante como se o queira classificar. Contudo, todos sabemos que este tipo de mercado apenas consome carne das peças chamadas nobres (a não ser os Suecos que comem hamburgers no Burger King) logo há que fazer o aproveitamento conveniente das restantes peças e do chamado 5º quarto, farinhas, ossos e peles.
Gestão caseira
O que o Senhor Ministro das Finanças nos veio dizer hoje, não foi novidade. Quem não sabe que Economia e Fianças são questões de Bom senso? Quem o não tem.
O gasto supérfluo, o gastar acima da receita traz, a curto prazo, muito curto mesmo, dissabores desnecessários.
Para cada povo existe, como para os individuos, uma conta de Deve e Haver, que nos dá o quilate das suas prosperidades, e por onde, cedo, até para os maiores impérios, os pródromos da decadência se denunciam.
Com respeito a Portugal, não será sem interesse indagar por que preço pagou as suas glórias.
J. Lúcio de Azevedo-Épocas de Portugal Económico-Livraria Clássica editora
1928
O gasto supérfluo, o gastar acima da receita traz, a curto prazo, muito curto mesmo, dissabores desnecessários.
Para cada povo existe, como para os individuos, uma conta de Deve e Haver, que nos dá o quilate das suas prosperidades, e por onde, cedo, até para os maiores impérios, os pródromos da decadência se denunciam.
Com respeito a Portugal, não será sem interesse indagar por que preço pagou as suas glórias.
J. Lúcio de Azevedo-Épocas de Portugal Económico-Livraria Clássica editora
1928
13 de setembro de 2004
Agricultura subvencionada 1
Vem este texto a propósito da intenção mostrada por Carlos César em reabri o dossier das quotas leiteiras, intenção essa que também já foi manifestada pelos partidos da coligação, nomeadamente no decorrer da campanha para as últimas eleições europeias.
Falar de quota leiteira e de soluções financeiras para a fileira do Leite é como falar da moléstia da laranja do Sec. XVIII ou seja, malhar em ferro frio. Falo assim, com a autoridade de quem é produtor agrícola e que já fui de leite. Descendo de uma família de agricultores, modestos mas inovadores. Meu Bisavô, Manuel Bento de Sousa, natural e residente enquanto vida teve na Freguesia da Maia na costa norte da Ilha de São Miguel, foi um dos maiores impulsionadores das culturas do Tabaco e do Chá na nossa Ilha. Segundo Manuel Jacinto Andrade foi Manuel Bento de Sousa quem introduziu a cultura do tabaco na Ilha, tendo sido fundador da extinta Fábrica de Tabacos da Maia.
A Inovação e a ânsia de experimentar coisas novas corre-me nas veias. Não posso assistir impávido e sereno a este comodismo da grande massa anónima dos agricultores Açorianos que pretendem continuar a produzir vacas de leite e a constantemente queixarem-se de que aquilo já não dá para por o pão na mesa dos filhos.
A estes digo: Inovem, cultivem outras coisas, tentem outras soluções, diversifiquem, extensifiquem, reduzam os custos.
Se no séc. XVIII, existisse uma União Europeia com a sua Política Agrícola Comum, provavelmente, viveríamos todos, dos subsídios à perca de rendimento dos Laranjais tomados pela moléstia.
Podem perguntar-me, diversificar com quê? Em que área? Com que culturas? Basta ir a uma grande superfície comercial ou assistir à abertura dos contentores frigoríficos que todas as semanas chegam a São Miguel para perceber o que temos que tentar produzir. Vou só exemplificar alguns produtos horto-fruticolas que importamos e que se podem facilmente produzir na Região sem grandes tecnologias e sem grandes conhecimentos técnicos. Eles são: Maçãs, uva de mesa, pimentos, tomate, meloas e melões, manga, papaia, capuchos, nêsperas (importam-se "mocnas" de Espanha meus senhores), cenouras, bananas e outras com menos significado como o gengibre ou os espargos e as beringelas.
De todas estas produções possíveis, só as maçãs representam uma quota importantíssima das nossas importações. Existem já alguns produtores com resultados muito interessantes na Ilha Terceira, com maçã Starking, em Santa Maria com meloa Harlen King e Gália e em São Miguel com melancias Sugarbaby. Contudo, costumo dizer que a fome aguça o engenho e como vão sempre aparecendo soluções financeiras subvencionais para colmatar as sucessivas crises na lavoura, nunca se desperta no produtor um incentivo à mudança de estratégias. Fazer do mesmo e mais forte só pode trazer resultados iguais e cada vez mais fortes.
Falar de quota leiteira e de soluções financeiras para a fileira do Leite é como falar da moléstia da laranja do Sec. XVIII ou seja, malhar em ferro frio. Falo assim, com a autoridade de quem é produtor agrícola e que já fui de leite. Descendo de uma família de agricultores, modestos mas inovadores. Meu Bisavô, Manuel Bento de Sousa, natural e residente enquanto vida teve na Freguesia da Maia na costa norte da Ilha de São Miguel, foi um dos maiores impulsionadores das culturas do Tabaco e do Chá na nossa Ilha. Segundo Manuel Jacinto Andrade foi Manuel Bento de Sousa quem introduziu a cultura do tabaco na Ilha, tendo sido fundador da extinta Fábrica de Tabacos da Maia.
A Inovação e a ânsia de experimentar coisas novas corre-me nas veias. Não posso assistir impávido e sereno a este comodismo da grande massa anónima dos agricultores Açorianos que pretendem continuar a produzir vacas de leite e a constantemente queixarem-se de que aquilo já não dá para por o pão na mesa dos filhos.
A estes digo: Inovem, cultivem outras coisas, tentem outras soluções, diversifiquem, extensifiquem, reduzam os custos.
Se no séc. XVIII, existisse uma União Europeia com a sua Política Agrícola Comum, provavelmente, viveríamos todos, dos subsídios à perca de rendimento dos Laranjais tomados pela moléstia.
Podem perguntar-me, diversificar com quê? Em que área? Com que culturas? Basta ir a uma grande superfície comercial ou assistir à abertura dos contentores frigoríficos que todas as semanas chegam a São Miguel para perceber o que temos que tentar produzir. Vou só exemplificar alguns produtos horto-fruticolas que importamos e que se podem facilmente produzir na Região sem grandes tecnologias e sem grandes conhecimentos técnicos. Eles são: Maçãs, uva de mesa, pimentos, tomate, meloas e melões, manga, papaia, capuchos, nêsperas (importam-se "mocnas" de Espanha meus senhores), cenouras, bananas e outras com menos significado como o gengibre ou os espargos e as beringelas.
De todas estas produções possíveis, só as maçãs representam uma quota importantíssima das nossas importações. Existem já alguns produtores com resultados muito interessantes na Ilha Terceira, com maçã Starking, em Santa Maria com meloa Harlen King e Gália e em São Miguel com melancias Sugarbaby. Contudo, costumo dizer que a fome aguça o engenho e como vão sempre aparecendo soluções financeiras subvencionais para colmatar as sucessivas crises na lavoura, nunca se desperta no produtor um incentivo à mudança de estratégias. Fazer do mesmo e mais forte só pode trazer resultados iguais e cada vez mais fortes.
12 de setembro de 2004
11 de setembro de 2004
10 de setembro de 2004
Hoje há um ano.
Quase sempre não concordo com eles. O Daniel chega a arrepiar-me as unhas dos pés. Mas volto lá. Todos os dias há um ano que é assim.
Parabéns aos Barnabés.
Parabéns aos Barnabés.
Navegar na rede
Já naveguei bastante, perdi horas em bordos para este e para oeste em busca do vento que me levava ao caminho certo para uma qualquer Índia imaginária. Rumo a coisa nenhuma ou ao destino que fosse, pelos sete mares e por outros nunca "dantes navegados", lentamente, de vaga morta em vaga morta, fiz quartos de leme, fui mostrengo e Neptuno, Bojador e Preste João nos impérios do Google ou do Yahoo.
Hoje não navego na rede. Faço surf na rede. Surfar na rede é escolher a praia certa, chegar, deitar a toalha e a prancha, vestir o fato. Deitar de barriga na prancha e ir calmamente remando com as mãos mar fora em busca do lugar certo. È preciso saber onde é o lugar certo. Depois? Depois esperar ali sem pressas nem formigueiros que apareça a onda boa.
E eis senão, quando menos esperamos, lá vem ela, perfeita. Colocamo-nos em posição usamos as palmas das mãos freneticamente como remos e apanhamo-la. Vamos na onda, em pé, soberanos, guinada para um lado, guinada para o outro até ao golpe final. Sentimos o gosto do seu sal na boca os grãos de areia finos entre os dentes. Todas as ondas têm um sabor diferente. E voltamos e repetimos até mais não podermos. E voltamos sempre às mesmas praias onde sabemos que haverão ondas de sabores diferentes.
Hoje não navego na rede. Faço surf na rede. Surfar na rede é escolher a praia certa, chegar, deitar a toalha e a prancha, vestir o fato. Deitar de barriga na prancha e ir calmamente remando com as mãos mar fora em busca do lugar certo. È preciso saber onde é o lugar certo. Depois? Depois esperar ali sem pressas nem formigueiros que apareça a onda boa.
E eis senão, quando menos esperamos, lá vem ela, perfeita. Colocamo-nos em posição usamos as palmas das mãos freneticamente como remos e apanhamo-la. Vamos na onda, em pé, soberanos, guinada para um lado, guinada para o outro até ao golpe final. Sentimos o gosto do seu sal na boca os grãos de areia finos entre os dentes. Todas as ondas têm um sabor diferente. E voltamos e repetimos até mais não podermos. E voltamos sempre às mesmas praias onde sabemos que haverão ondas de sabores diferentes.
9 de setembro de 2004
Dura lex sed lex
45 dias. 45 dias sem poder conduzir o meu 520i, 45 dias sem sentar o traseiro na minha Bandit 1200, 45 dias a andar ao lado da minha mulher, a travar na antepara da frente do lugar do morto antes dela, a olhar para traz antes dela engrenar a marcha à "ré". 45 dias a dar tácticas e palpites. 45 dias por ter pisado por um segundo e ao de leve um risco contínuo. Bem feito.
O engraçado da história é ter sido causada por uma carroça daquelas puxadas a cavalo, já raras, na mais importante via de comunicação dos Açores. A estrada que liga Ponta Delgada à Ribeira Grande. Sim é a via de comunicação mais importante dos Açores.
Porquê?!
Julgavam os pacientes leitores que era a SATA, a Açorline, a Transinsular ou a RTP-a (de agonia)? Não. Não são estas as vias de comunicação mais importantes dos Açores. Para V. informação, naquela estrada, estreita, cheia de cruzamentos e entroncamentos perigosos. Sim, naquela estrada que deve ser a única na Europa que depois de uma obra de fundo ficou mais estreita, com menos zonas de ultrapassagem e muitíssimo mais perigosa, passam mais pessoas, mais mercadorias, mais agentes económicos do que em todas as outras estradas e auto-estradas de terra mar e ar dos Açores. Por isso, concordo com Carlos César e com Victor Cruz. Um diz que vai criar um fundo de coesão Regional, o Outro vai apostar no batido e esbatido argumento do desenvolvimento harmonioso da Região. E eu fico à espera. Sim fico à espera que a minha Ilha receba, finalmente, os investimentos públicos a que tem direito.
O engraçado da história é ter sido causada por uma carroça daquelas puxadas a cavalo, já raras, na mais importante via de comunicação dos Açores. A estrada que liga Ponta Delgada à Ribeira Grande. Sim é a via de comunicação mais importante dos Açores.
Porquê?!
Julgavam os pacientes leitores que era a SATA, a Açorline, a Transinsular ou a RTP-a (de agonia)? Não. Não são estas as vias de comunicação mais importantes dos Açores. Para V. informação, naquela estrada, estreita, cheia de cruzamentos e entroncamentos perigosos. Sim, naquela estrada que deve ser a única na Europa que depois de uma obra de fundo ficou mais estreita, com menos zonas de ultrapassagem e muitíssimo mais perigosa, passam mais pessoas, mais mercadorias, mais agentes económicos do que em todas as outras estradas e auto-estradas de terra mar e ar dos Açores. Por isso, concordo com Carlos César e com Victor Cruz. Um diz que vai criar um fundo de coesão Regional, o Outro vai apostar no batido e esbatido argumento do desenvolvimento harmonioso da Região. E eu fico à espera. Sim fico à espera que a minha Ilha receba, finalmente, os investimentos públicos a que tem direito.
8 de setembro de 2004
País ridículo
Um Ministro
Uma corveta
Uma chalupa
Uma Rebeca
Um Trotskista
Tudo em catadupa
Um referendo
Dez usurpadores
Quinze demagogos
Vinte Jornalistas
Trinta páginas de Jornal vendidas
Quarenta horas de televisão
Um povo feliz, chorando "podriz".
Uma corveta
Uma chalupa
Uma Rebeca
Um Trotskista
Tudo em catadupa
Um referendo
Dez usurpadores
Quinze demagogos
Vinte Jornalistas
Trinta páginas de Jornal vendidas
Quarenta horas de televisão
Um povo feliz, chorando "podriz".
7 de setembro de 2004
20% menos
Luís Nazaré em defesa da causa deles, mostra-se indignado com as declarações do cabeça de lista por São Miguel às eleições legislativas Regionais dos Açores, nomeadamente no concernente à anunciada baixa das tarifas da SATA em 20%.
"o candidato PSD a chefe do governo dos Açores, anunciou pomposamente que, caso fosse eleito, baixaria as tarifas aéreas inter-ilhas em vinte por cento. Nem mais nem menos. Pouco lhe importa a situação financeira da SATA, as regras básicas de funcionamento das empresas, a disciplina orçamental, pública e privada, ou outras questões "menores", totalmente ausentes das preocupações do populismo e da demagogia".
Já antes de Luís Nazaré eu tinha lido noutro blog ou jornal nacional a mesma referência e indignação. Confesso que o assunto não me inspirou por se tratar de período pré-eleitoral. Enfim bocas de rapazes em campanha eleitoral onde há sempre lugar a alguma demagogia e populismo, atente-se às mais recentes acusações de César sobre alegadas queixas anónimas feitas a Bruxelas. Antes, dos comícios, esperávamos mensagens e ideias. Agora ouvem-se acusações sobre denúncias anónimas ou anúncios populistas e demagógicos que não são devidamente explicados.
Eu concordo com o Luís Nazaré. Eu sei que o "arroto" de Victor Cruz não passou de um acto populista e demagógico. Mas eu, que sofro na pele, ou melhor no bolso com o preço das passagens inter ilhas, vou explicar ao Victor Cruz e ao Luís Nazaré, do alto da minha insignificância, porque razões se devem baixar as tarifas inter ilhas e com que contrapartida orçamental. Sem demagogias e sem populismos.
Para já fiquem a saber que se esta medida estivesse em vigor só durante o mês de Agosto último eu tinha poupado 104,90 euros, o que dá para comer muitos bifes no Aliança, muitas doses de chicharros no Avião e até uma lagostinha nos Prazeres da Maia, hábitos burgueses dos quais não abdico. Parece pouco mas para uma pequena e média empresa como a minha, é nessas pequenas coisas que reside a diferença entre o lucro e o prejuízo.
Do ponto de vista da política económica da Região, em meu entender, não faz sentido exigir da República preços mais baratos no transporte de passageiros entre os Açores e o Continente, fomentando assim, a ida dos Açorianos a Lisboa gastar dinheiro em hotéis, restaurantes e centros comerciais.
Economicamente, no meu fraco entender, muito fraco mesmo, faz mais sentido facilitar a mobilidade dos Açorianos entre as suas próprias Ilhas, fazendo assim, circular o dinheiro entre nós.
Durante séculos exportamos o que de melhor tínhamos, mão-de-obra e dinheiro. Exportamos mão-de-obra para os mais diversos países onde ajudamos os autóctones a desenvolverem as suas economias, exportamos capitais porque poupamos e entregamos as nossas economias aos bancos com sede em Lisboa que os aplicaram no desenvolvimento da economia do rectângulo. Ficamos sempre com as migalhas. Este é para mim o argumento de ordem económica para que se reduzam as tarifas de passageiros inter ilhas ao invés de vivermos obcecados com as tarifas de e para o continente.
Na perspectiva do equilíbrio orçamental, também é fácil encontrar uma solução, basta aumentar as tarifas de e para o continente, reduzindo as respectivas indemnizações compensatórias, permitindo que a verba então disponibilizada passe a ser dirigida para indemnizações da mesma ordem mas pagas à Sata-AirAçores em vez de serem pagas à Sata-Internacional. A haver qualquer tipo de fomento ao transporte aéreo entre o Continente e os Açores (sei que isto é contra todas as regras da campanha eleitoral), ele devia ser pago aos continentais que pretendam vir aos Açores, para que os mesmos venham pagar Hotéis, restaurantes táxis e o que mais entenderem pagar. Se eu mandasse, até os horários da SATA eram feitos no sentido de obrigar os continentais a pernoitarem nos Açores para fomentar o seu consumo nas nossas Ilhas. Da maneira que estão feitos, os caixeiros-viajantes chegam de manhã com as malas cheias de bugigangas e vão no voo da noite com as mesmas malas cheias de dinheiro. É por isso que o tal senhor de Boliqueime não se importava de pagar passagens baratas.
Nunca os políticos, os jornalistas, os fazedores de opinião e os economistas do poder e do contra-poder nos Açores, acharam estranham a benevolência da República para com as Regiões Autónomas no caso das indemnizações compensatórias para o transporte aéreo. Mas quando a esmola é grande o pobre desconfia e por isso, sempre tive em relação a este assunto que, como podem constatar, me é caro, uma postura muito critica. Foi Cavaco Silva, um dos melhores macro economistas do nosso país, o principal impulsionador da medida. Arranjou-se assim, uma maneira airosa de, em nome da ultra periferia e da coesão Nacional, contornar as directivas comunitárias de então e injectar dinheiro na TAP-Air Portugal, companhia que, à época, efectuava o serviço público. Além disso, em 1986, a banca com balcões abertos nos Açores tinha cerca de 2,240 mil milhões de contos em depósitos a prazo e os diferentes ministros da economia e o próprio Cavaco Silva promoveram a redução das tarifas entre os Açores e o Continente para estimular nos Açorianos o gosto pelo consumo e fazer assim circular esse dinheiro que estava tradicionalmente aforrado. Facto é que a partir do final dos anos oitenta começou a ser moda ir às compras a Lisboa.
"o candidato PSD a chefe do governo dos Açores, anunciou pomposamente que, caso fosse eleito, baixaria as tarifas aéreas inter-ilhas em vinte por cento. Nem mais nem menos. Pouco lhe importa a situação financeira da SATA, as regras básicas de funcionamento das empresas, a disciplina orçamental, pública e privada, ou outras questões "menores", totalmente ausentes das preocupações do populismo e da demagogia".
Já antes de Luís Nazaré eu tinha lido noutro blog ou jornal nacional a mesma referência e indignação. Confesso que o assunto não me inspirou por se tratar de período pré-eleitoral. Enfim bocas de rapazes em campanha eleitoral onde há sempre lugar a alguma demagogia e populismo, atente-se às mais recentes acusações de César sobre alegadas queixas anónimas feitas a Bruxelas. Antes, dos comícios, esperávamos mensagens e ideias. Agora ouvem-se acusações sobre denúncias anónimas ou anúncios populistas e demagógicos que não são devidamente explicados.
Eu concordo com o Luís Nazaré. Eu sei que o "arroto" de Victor Cruz não passou de um acto populista e demagógico. Mas eu, que sofro na pele, ou melhor no bolso com o preço das passagens inter ilhas, vou explicar ao Victor Cruz e ao Luís Nazaré, do alto da minha insignificância, porque razões se devem baixar as tarifas inter ilhas e com que contrapartida orçamental. Sem demagogias e sem populismos.
Para já fiquem a saber que se esta medida estivesse em vigor só durante o mês de Agosto último eu tinha poupado 104,90 euros, o que dá para comer muitos bifes no Aliança, muitas doses de chicharros no Avião e até uma lagostinha nos Prazeres da Maia, hábitos burgueses dos quais não abdico. Parece pouco mas para uma pequena e média empresa como a minha, é nessas pequenas coisas que reside a diferença entre o lucro e o prejuízo.
Do ponto de vista da política económica da Região, em meu entender, não faz sentido exigir da República preços mais baratos no transporte de passageiros entre os Açores e o Continente, fomentando assim, a ida dos Açorianos a Lisboa gastar dinheiro em hotéis, restaurantes e centros comerciais.
Economicamente, no meu fraco entender, muito fraco mesmo, faz mais sentido facilitar a mobilidade dos Açorianos entre as suas próprias Ilhas, fazendo assim, circular o dinheiro entre nós.
Durante séculos exportamos o que de melhor tínhamos, mão-de-obra e dinheiro. Exportamos mão-de-obra para os mais diversos países onde ajudamos os autóctones a desenvolverem as suas economias, exportamos capitais porque poupamos e entregamos as nossas economias aos bancos com sede em Lisboa que os aplicaram no desenvolvimento da economia do rectângulo. Ficamos sempre com as migalhas. Este é para mim o argumento de ordem económica para que se reduzam as tarifas de passageiros inter ilhas ao invés de vivermos obcecados com as tarifas de e para o continente.
Na perspectiva do equilíbrio orçamental, também é fácil encontrar uma solução, basta aumentar as tarifas de e para o continente, reduzindo as respectivas indemnizações compensatórias, permitindo que a verba então disponibilizada passe a ser dirigida para indemnizações da mesma ordem mas pagas à Sata-AirAçores em vez de serem pagas à Sata-Internacional. A haver qualquer tipo de fomento ao transporte aéreo entre o Continente e os Açores (sei que isto é contra todas as regras da campanha eleitoral), ele devia ser pago aos continentais que pretendam vir aos Açores, para que os mesmos venham pagar Hotéis, restaurantes táxis e o que mais entenderem pagar. Se eu mandasse, até os horários da SATA eram feitos no sentido de obrigar os continentais a pernoitarem nos Açores para fomentar o seu consumo nas nossas Ilhas. Da maneira que estão feitos, os caixeiros-viajantes chegam de manhã com as malas cheias de bugigangas e vão no voo da noite com as mesmas malas cheias de dinheiro. É por isso que o tal senhor de Boliqueime não se importava de pagar passagens baratas.
Nunca os políticos, os jornalistas, os fazedores de opinião e os economistas do poder e do contra-poder nos Açores, acharam estranham a benevolência da República para com as Regiões Autónomas no caso das indemnizações compensatórias para o transporte aéreo. Mas quando a esmola é grande o pobre desconfia e por isso, sempre tive em relação a este assunto que, como podem constatar, me é caro, uma postura muito critica. Foi Cavaco Silva, um dos melhores macro economistas do nosso país, o principal impulsionador da medida. Arranjou-se assim, uma maneira airosa de, em nome da ultra periferia e da coesão Nacional, contornar as directivas comunitárias de então e injectar dinheiro na TAP-Air Portugal, companhia que, à época, efectuava o serviço público. Além disso, em 1986, a banca com balcões abertos nos Açores tinha cerca de 2,240 mil milhões de contos em depósitos a prazo e os diferentes ministros da economia e o próprio Cavaco Silva promoveram a redução das tarifas entre os Açores e o Continente para estimular nos Açorianos o gosto pelo consumo e fazer assim circular esse dinheiro que estava tradicionalmente aforrado. Facto é que a partir do final dos anos oitenta começou a ser moda ir às compras a Lisboa.
6 de setembro de 2004
Faial da Terra
O último fin-de-semana de Agosto, passei-o totalmente na recôndita e isolada Freguesia do Concelho da Povoação chamada Faial da Terra. Das velhas Myrica faya nem rasto. Busquei entre incensos e conteiras e silvados aquelas folhinhas singelas e recortadas de onde saem, nesta altura do ano, cachos de amoras pretas que, se doces, são uma delicia. Quase ninguém come amoras de Faia, eu gosto muito do seu sabor da sensação de arrocho que dão na boca, de ficar com os dentes cheios de grainhas. Eu gosto porque nasci e cresci a comer amoras de faia e uva da serra. Da serra da Tronqueira.
Embora seja hoje um empresário ligado aos assuntos do mar, é a serra e o seu interior que me dão a tranquilidade que procuro quando saio do escritório Sexta-feira à hora que for.
Naquele último fim-de-semana de Agosto percorri vagarosamente as inúmeras veredas que nos levam por cerca de 6 km. Entre a Freguesia do Faial da terra, o Salto do Prego e o Sanguinho.
No Salto do Prego encontrei rolos de madeira abandonados, certamente a montante e que a ribeira trouxe. Continua-se a não limpar as ribeiras que um dia enchem e entopem e rebentam e levam tudo o que encontram pela frente. Ao invés estão os senhores do ambiente preocupados em preservar a Freguesia autorizando a construção de um aldeamento turístico junto ao mar e na abandonada aldeia do Sanguinho. Nesta última, já foram investidos, nos últimos anos, largos milhares de euros e pouco ou nada mudou. Limparam as silvas e limparam as casas dos restos de madeira dos soalhos e telhados apodrecidos. Têm mantido as ladeiras limpas e plantaram umas macieiras e uns pereiros "porqui por li".
Salto do Prego-Faial da Terra-São Miguel-Açores
Que a água da ribeira os leve a eles e aos que como eles olham as árvores em vez da floresta. Onde andam as organizações ambientalistas que em outros tempos pediam a demissão de Secretários Regionais (e bem) só porque a ceifeira das Sete Cidades tinha estado parada mais do que cinco dias consecutivos?
O Faial da Terra é hoje um sítio muito agradável para se estar, onde está preservado um certo equilíbrio agro-silvo-pastoril e onde a mão humana ainda não destruiu muito, tendo construído, mal e porcamente, bastante. Urge manter esse equilíbrio sob pena de se perder totalmente o seu encanto.
Embora seja hoje um empresário ligado aos assuntos do mar, é a serra e o seu interior que me dão a tranquilidade que procuro quando saio do escritório Sexta-feira à hora que for.
Naquele último fim-de-semana de Agosto percorri vagarosamente as inúmeras veredas que nos levam por cerca de 6 km. Entre a Freguesia do Faial da terra, o Salto do Prego e o Sanguinho.
No Salto do Prego encontrei rolos de madeira abandonados, certamente a montante e que a ribeira trouxe. Continua-se a não limpar as ribeiras que um dia enchem e entopem e rebentam e levam tudo o que encontram pela frente. Ao invés estão os senhores do ambiente preocupados em preservar a Freguesia autorizando a construção de um aldeamento turístico junto ao mar e na abandonada aldeia do Sanguinho. Nesta última, já foram investidos, nos últimos anos, largos milhares de euros e pouco ou nada mudou. Limparam as silvas e limparam as casas dos restos de madeira dos soalhos e telhados apodrecidos. Têm mantido as ladeiras limpas e plantaram umas macieiras e uns pereiros "porqui por li".
Salto do Prego-Faial da Terra-São Miguel-Açores
Que a água da ribeira os leve a eles e aos que como eles olham as árvores em vez da floresta. Onde andam as organizações ambientalistas que em outros tempos pediam a demissão de Secretários Regionais (e bem) só porque a ceifeira das Sete Cidades tinha estado parada mais do que cinco dias consecutivos?
O Faial da Terra é hoje um sítio muito agradável para se estar, onde está preservado um certo equilíbrio agro-silvo-pastoril e onde a mão humana ainda não destruiu muito, tendo construído, mal e porcamente, bastante. Urge manter esse equilíbrio sob pena de se perder totalmente o seu encanto.
Resistências
Excitações do António João que vale a pena lerem
"O orçamento regional paga quase tudo desde que se saiba gerir o tempo político. O silêncio. A homenagem. O obséquio."
"Até o catolicismo local se adapta a tudo. Hoje são socialistas. Ontem eram de direita. Por um telhado de igreja ?"
"Os métodos de propaganda: na página de um folheto a cara do Santo Cristo dos Milagres, na outra página, a do candidato."
"O orçamento regional paga quase tudo desde que se saiba gerir o tempo político. O silêncio. A homenagem. O obséquio."
"Até o catolicismo local se adapta a tudo. Hoje são socialistas. Ontem eram de direita. Por um telhado de igreja ?"
"Os métodos de propaganda: na página de um folheto a cara do Santo Cristo dos Milagres, na outra página, a do candidato."
4 de setembro de 2004
"À Mulher de César..."
"À Mulher de César não basta ser séria tem de parecê-lo".
A fazer fé na notícia do Independente e nas inúmeras páginas do Jornal Oficial da Região Autónoma dos Açores, estamos perante uma das maiores vergonhas que a Autonomia, e a auto intitulada Nova Autonomia nos trouxeram.
Mesmo não pondo em causa a competência da pessoa em questão, há que ter o bom-senso de evitar situações como esta, ao Presidente do Governo Regional dos Açores exigia-se maior desprendimento e maior clareza na nomeação e requisição da sua mulher para lugares públicos.
É pena que alguma comunicação social da Região, nomeadamente o Expresso das Nove que era useiro em transcrever as nomeações do tempo do Dr. Mota Amaral, tenha, agora que se transformou em órgão oficial do PS e do Governo, deixado de ler o Jornal Oficial. Foi preciso um Jornal nacional pegar no assunto para que a imprensa regional acordasse.
A fazer fé na notícia do Independente e nas inúmeras páginas do Jornal Oficial da Região Autónoma dos Açores, estamos perante uma das maiores vergonhas que a Autonomia, e a auto intitulada Nova Autonomia nos trouxeram.
Mesmo não pondo em causa a competência da pessoa em questão, há que ter o bom-senso de evitar situações como esta, ao Presidente do Governo Regional dos Açores exigia-se maior desprendimento e maior clareza na nomeação e requisição da sua mulher para lugares públicos.
É pena que alguma comunicação social da Região, nomeadamente o Expresso das Nove que era useiro em transcrever as nomeações do tempo do Dr. Mota Amaral, tenha, agora que se transformou em órgão oficial do PS e do Governo, deixado de ler o Jornal Oficial. Foi preciso um Jornal nacional pegar no assunto para que a imprensa regional acordasse.
3 de setembro de 2004
Coitadinhos dos Suecos...
Os meus impostos servirem para o Sr. Carlos César e o Sr. Sérgio Ávila oferecerem viagens aos velhinhos da Terceira em ano de eleições regionais, além de me irritar como democrata e zeloso cidadão preocupado com as finanças públicas, repugna-me pelo despudor com que dois cabeças de lista às eleições usam o erário público para fazerem campanha partidária.
Mas bem pior do que isso, é o Sr. Sérgio Ávila e o Sr. César (este último indirectamente) usarem os meus impostos para pagar as férias dos suecos que ganham mais do que eu, têm melhor segurança social do que eu, menos desemprego do que eu, menor défice orçamental do que eu, viajarem à borla entre duas Ilhas dos Açores. Está tudo louco ou é mesmo falta de noção de como se promovem Ilhas como os Açores.
Cara Mariana, bem sei que não gostas que eu diga que vendemos os Açores como as prostitutas de 5 euros que andam de roda do I.S.Técnico. Contudo, neste caso não estamos a vender os Açores como destino turístico, estamos a oferecer e todos sabemos que o que é dado, é sempre desdenhado.
Mas bem pior do que isso, é o Sr. Sérgio Ávila e o Sr. César (este último indirectamente) usarem os meus impostos para pagar as férias dos suecos que ganham mais do que eu, têm melhor segurança social do que eu, menos desemprego do que eu, menor défice orçamental do que eu, viajarem à borla entre duas Ilhas dos Açores. Está tudo louco ou é mesmo falta de noção de como se promovem Ilhas como os Açores.
Cara Mariana, bem sei que não gostas que eu diga que vendemos os Açores como as prostitutas de 5 euros que andam de roda do I.S.Técnico. Contudo, neste caso não estamos a vender os Açores como destino turístico, estamos a oferecer e todos sabemos que o que é dado, é sempre desdenhado.
O Sisma dos independentes
Eu não gosto de independentes.(ponto)
Na política os independentes são pessoas que não têm convicções ou que estão à espera de ver para que lado é que a coisa vai virar para logo se colarem.
Os independentes são perniciosos, comodistas, gelatinosos potenciais compráveis.
Ser independente, em politica, é assumir uma total passividade sobre o que nos rodeia e nos destina. Ao invés, pertencer e colaborar com um partido político é querer participar e viver preocupado com o dia-a-dia do nosso povo.
Eu não gosto de independentes e não entendo a obsessão que, todos, os partidos políticos têm em colocar independentes nas suas listas e fazer disso cartaz. É mais ou menos como quem diz: No nosso partido somos todos incapazes. Como tal, recorremos a independentes.
Na política os independentes são pessoas que não têm convicções ou que estão à espera de ver para que lado é que a coisa vai virar para logo se colarem.
Os independentes são perniciosos, comodistas, gelatinosos potenciais compráveis.
Ser independente, em politica, é assumir uma total passividade sobre o que nos rodeia e nos destina. Ao invés, pertencer e colaborar com um partido político é querer participar e viver preocupado com o dia-a-dia do nosso povo.
Eu não gosto de independentes e não entendo a obsessão que, todos, os partidos políticos têm em colocar independentes nas suas listas e fazer disso cartaz. É mais ou menos como quem diz: No nosso partido somos todos incapazes. Como tal, recorremos a independentes.
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