18 de dezembro de 2009
17 de dezembro de 2009
16 de dezembro de 2009
Medida 2 em 1
Alguns desses profissionais, porque os há, dirão e cheios de razão, que fazem o seu papel bem feito, os seus colegas das redacções é que não estão para trabalhar e bebem o que lhes põem no cálice, com o sal e a pimenta qb. Concordo, mesmo assim continuo a achar que não fazem, neste momento, qualquer falta ao país real, talvez façam ao regime, mas esse está já moribundo, nem sabe o que faz, por onde faz e por onde devia fazer.
14 de dezembro de 2009
A actualidade ao fim de mais de um século
(...)
28. O operário que receber um salário suficiente para ocorrer com desafogo às suas necessidades e às da sua família, se for prudente, seguirá o conselho que parece dar-lhe a própria natureza: aplicar-se-á a ser parcimonioso e agirá de forma que, com. prudentes economias, vá juntando um pequeno pecúlio, que lhe permita chegar um dia a adquirir um modesto património. Já vimos que a presente questão não podia receber solução verdadeiramente eficaz, se se não começasse por estabelecer como princípio fundamental a inviolabilidade da propriedade particular. Importa, pois, que as leis favoreçam o espírito de propriedade, o reanimem e desenvolvam, tanto quanto possível, entre as massas populares.
Uma vez obtido, este resultado seria a fonte dos mais preciosos benefícios, e em primeiro lugar duma repartição dos bens certamente mais equitativa. A violência das revoluções políticas dividiu o corpo social em duas classes e cavou entre elas um imenso abismo. Dum lado, a omnipotência na opulência: uma facção que, senhora absoluta da indústria e do comércio, desvia o curso das riquezas e faz correr para o seu lado todos os mananciais; facção que aliás tem na sua mão mais dum motor da administração pública. Do outro, a fraqueza na indigência: uma multidão com a alma dilacerada, sempre pronta para a desordem. Ah, estimule-se a industriosa actividade do povo com a perspectiva da sua participação na prosperidade do solo, e ver-se-á nivelar pouco a pouco o abismo que separa a opulência da miséria, o operar-se a aproximação das duas classes. Demais, a terra produzirá tudo em maior abundância, pois o homem é assim feito: o pensamento de que trabalha em terreno que é seu redobra o seu ardor e a sua aplicação. Chega a pôr todo o seu amor numa terra que ele mesmo cultivou, que lhe promete a si e aos seus não só o estritamente necessário, mas ainda uma certa fartura. Não há quem não descubra sem esforço os efeitos desta duplicação da actividade sobre a fecundidade da terra e sobre a riqueza das nações. A terceira utilidade será a suspensão do movimento de emigração; ninguém, com efeito, quereria trocar por uma região estrangeira a sua pátria e a sua terra natal, se nesta encontrasse os meios de levar uma vida mais tolerável.
Mas uma condição indispensável para que todas estas vantagens se convertam em realidades, é que a propriedade particular não seja esgotada por um excesso de encargos e de impostos. Não é das leis humanas, mas da natureza, que emana o direito de propriedade individual; a autoridade pública não o pode pois abolir; o que ela pode é regular-lhe o uso e conciliá-lo com o bem comum. É por isso que ela age contra a justiça e contra a humanidade quando, sob o nome de impostos, sobrecarrega desmedidamente os bens dos particulares.
(...)
Sobre os nacionalismos...
12 de dezembro de 2009
11 de dezembro de 2009
O blogue feito dos blogues...
10 de dezembro de 2009
Obamania...
Este regresso à teoria da “Guerra Justa” é, na verdade, em quase nada diferente do conceito de “Guerra Preventiva” de W. Bush.
Washington, seja quem for o inquilino da Casa Branca, vive permanentemente num estado que já chamei de realismo intrínseco. Tal como nos explica Hans Morgenthau no seu Politics Among Nations, o realismo político, não olha a questões da moral e da ética na ordem interna dos estados quando estão em causa os seus interesses na ordem externa. Citando Morgenthau, “Political realism refuses to identify the moral aspirations of a particular nation with the moral laws that govern the universe”.
Aqueles que, na europa e resto do mundo, cuidaram que a politica externa dos EUA ia ser diferente com Obama, estavam, como aqui foi referido a tempo, redondamente enganados.
8 de dezembro de 2009
E se aprendessem português? versão 2.
Neste caso e contexto, deveria escrever-se consideraram-no vingativo e considerá-lo mediático.
7 de dezembro de 2009
Manhãs de Outono.
5 de dezembro de 2009
Sinais dos tempos.
4 de dezembro de 2009
Desemprego, é tudo uma questão de fé.
É mesmo de fé que precisamos, só e nada mais.
3 de dezembro de 2009
Para os ministros das finanças é uma maçada.
Sir Winston Spencer Churchil na Câmara dos Comuns em 11 de Novembro de 1947
1 de dezembro de 2009
No último 1º de Dezembro
Os monárquicos andaram o dia todo com azia e não foi por causa do jantar dos conjurados de ontem.
30 de novembro de 2009
29 de novembro de 2009
A causa das coisas, quem adivinha.
28 de novembro de 2009
Completando o post anterior.
Pois agora, metem-se as mãos o mais que se pode que a pata está sempre na poça.
Não sou de esquerda, nem estou lá perto. Mas, estou perto da justiça, um valor que não tem ideologias. O sentido de justiça é um dos atributos que mais aprecio nos Homens.
Pode ver o programa, na integra, aqui.
27 de novembro de 2009
Por este século dentro.
Freitas, Vamberto, A ilha em frente:Textos do Cerco e da Fuga, Edições Salamandra, 1999.
Foi do fim-de-século e é maleita desta primeira década do novo século. Mais, está para durar. O regime está a ruir e a gente continua estranhamente alienada. O ruido silencioso que vem não se sabe de onde mas de toda a parte, é ensurdecedor. A gente caminha “com a cabeça entre as orelhas” mas sem fazer uso dela porque para isso não tem tempo, não é esse o seu desejo tampouco. A gente, mal tem tempo para pensar como vai dar de comer aos filhos amanhã, comprar os remédios hoje ou pagar a conta da luz que venceu ontem. A gente está alienada e bovinizada. Isso interessa a quem se governa fingindo que nos governa.
26 de novembro de 2009
Nepotismo.
Tenho pena que Ávila tenha caído nesta fraqueza, tenho em grande consideração o grande patriarca do “clã” Ávila das Lajes do Pico bem como tenho pelo Rui Pedro com quem debati muitas vezes no Parlamento e pelo José Gabriel que conheci já não sei há quanto. Não havia necessidade."Um Pai envergonha dez filhos, dez filhos não envergonham um Pai".
E se aprendessem português?
O erro que abaixo realço com um negrito da minha responsabilidade, é gravíssimo e não pode passar sem ser alvitrado.
De reforma em reforma, de ministro em ministro de avaliação em avaliação, assim vai o ensino em Portugal.
-----Mensagem original-----
De: tunideos [mailto:tunideos@alunos.uac.pt]
Enviada: quinta-feira, 26 de Novembro de 2009 16:00
Para: Associação Académica
Assunto: Fwd: 15º Aniversário dos Tunídeos
É com prazer que os Tunídeos convidam-lhe para a comemoração do seu 15º
Aniversário que se irá realizar no dia 28 de Novembro no Bar do PI pelas 23h.
25 de novembro de 2009
Miss landmine
No Beiça, hoje pela fresca
A contra-revolução esquecida.
Passam, este ano, 10 anos sobre a morte do “Sonhador Pragmático”. Na verdade, é ao papel desempenhado por Ernesto Melo Antunes no seio do chamado grupo dos nove que se deve a teorização do contra-golpe militar que, liderado por Ramalho Eanes com o apoio de Jaime Neves e dos seus Comandos, havia de libertar Portugal da tendência de esquerda radical do MFA que pretendia fazer do país uma "Cuba da Europa".
A Imprensa diária de referência em Portugal, pelo menos nas suas edições on-line (únicas a que aqui nos Açores temos acesso a esta hora da manhã), nada diz sobre a efeméride. Até a depressão de uma macaca africana merece honras de primeira página no Diário de Notícias, o JN prefere gastar o seu espaço mais nobre com uma notícia sobre a vacinação de pais natais (sempre escrevi o plural de Pai Natal/pais natal) com a vacina da mais recente obsessão da humanidade, a gripe H1N1. O Público tem quase as mesmas notícias dque tinha ontem.
Sobre o 25 de Novembro, nem uma nota de fundo de página..
Parafraseando Rousseau, a utilização que (o Povo) faz dos escassos momentos de liberdade de que goza mostra bem que merece perdê-los
23 de novembro de 2009
Finalmente.
Desta feita, com um programa do jornalista Rui Goulart, que se diz:
Começa já depois de amanhã, e é de estar atento.
O que dizem os outros.
Naqueles tempos, em Barcelona, também havia muita gente que não queria que a Catedral da Sagrada Família fosse construída. Chamavam-lhe uma aberração arquitectónica.
Rodrigo Moita de Deus no 31 D'Armada
O secretário de Estado da Justiça João Correia tem a noção de que ao dizer isto ‘Há uma estranha coincidência entre os ritmos eleitoral e de investigação’. está a da defender esta tese: A interferência do PGR nas eleições legislativas de 27-9-2009 Noutros tempos não muito distantes ou seja mais ou menos antes de José Sócrates se tornar primeiro-ministro se algum membro de um governo dissesse isto caía o Carmo e a Trindade. Agora não só é banal como se engole em seco e já se sabe que depois da banca, da imprensa e dos empresários chegou a vez da Justiça dobrar a espinha.
19 de novembro de 2009
18 de novembro de 2009
Amanhã na Universidade dos Açores
9:00 Sessão de abertura pelo Magnífico Reitor da Universidade
dos Açores
9:30 Conferência Inaugural
Preside: Gabriela Castro
Percursos da mundividência
naturalista nos Açores
José Luís Brandão da Luz
10:00 Painel de Comunicações
Preside – Magda Costa Carvalho
História ou Geografia – Eis a Questão
António Machado Pires
Espaços e encontros insulares
na diáspora açoriana no Canadá
Irene Blayer
Açorianidade em auto-revisitação
– ou virando o disco para tocar o mesmo
Onésimo T. de Almeida
An Exonome Artist
João de Brito
11:00 Debate
11:15 Intervalo
11:30 Mesa Redonda
Açorianidade: identidade e autonomia
Moderador: Carlos Amaral
Carlos Cordeiro
Filomena Ferreira
Rui de Sousa Martins
José Nuno da Câmara Pereira
Daniel Oliveira
12:30 Pausa para Almoço
14:30 Painel de Comunicações
Preside – Susana Costa
Percursos Migratórios Afectivos:
Ser-se Açoriano na América e Como
Francisco Cota Fagundes
(Título a designar)
Vamberto Freitas
O movimento associativo religioso e laico
na perspectiva da identidade açórica.
Tentativa de abordagem
Fernanda Enes
Açorianidade: metáfora de cultura?
Berta Miúdo
Ecocrítica e os Açores
Victor K Mendes
15:30 Debate
15:45 Intervalo
16:00 Mesa Redonda
Açorianidade: sentidos e simbologia
Moderador: Rui Sampaio
Isabel Albergaria
Chrys Chrystello
Margarida Machado
Gabriela Funk
Susana Serpa Silva
17:00 Conferência de Encerramento
Preside: Gabriela Castro
O próximo e o longínquo:
a vivência na Açorianidade
Michel Renaud
17:30 Debate
17:40 Momento Musical
17 de novembro de 2009
Leitura indispensável.
José Antonio Marina, é um dos mais interessantes filósofos contemporâneos que desenvolveu uma teoria filosófica da inteligência desde a origem neurológica até aos mais profundos e abstractos caminhos da ética.
“A Paixão do Poder” é, à semelhança de outras obras do autor, uma demonstração de que a filosofia não é uma ciência inatingível fora da esfera dos seus estudiosos.
13 de novembro de 2009
Serei apenas eu que vou com o passo certo?
A nova Ministra da educação Isabel Alçada, disse ontem em entrevista a Judite Sousa que na próxima semana haverá novidade no que ao sistema de avaliação dos professores e estatuto da carreira docente concerne. Disse também que essas propostas serão dadas a conhecer em “primeira mão” aos sindicatos e aos professores em geral.
Talvez fosse bom lembrar a Senhora Ministra que governar não é como escrever estórias para criancinhas.
Em Portugal, por enquanto, vivemos um estado de direito democrático com separação de poderes (cof.cof.cof.) onde o poder legislativo cabe, em primeiro lugar à Assembleia da República, não às corporações.
Até à invenção de uma nova forma de governo e de organização constitucional corporativa, Portugal vive, constitucionalmente uma democracia representativa de iniciativa parlamentar.
É sempre bom lembrar isso aos detentores de cargos públicos, já que, à maioria dos cidadãos, isso importa pouco, pelo menos até que lhes faça falta no pão de cada dia para a boca dos filhos. Liberdade não enche barriga, mas enche a alma.
12 de novembro de 2009
Mais uma facada no regime.
O direito processual - adjectivo - existe para (é o meio de transporte para) chegar a uma coisa chamada verdade material. A forma é justiça mas não esgota a justiça. Isto aprende-se até no bar da faculdade de direito. A intercepção, vulgo escuta, é um meio de prova mas não é a prova. Isto é, não serve sozinha. Em 2007, o regime (PS, PSD, CDS, ou seja, os arquinhos e o balão do regime) decidiu "blindar" o PR, o presidente da AR e o 1º ministro quanto ao modo de usar as intercepções por causa de um processo concreto. O que revela uma extraordinária "técnica legislativa" que nem nos wc da faculdade de direito se aprende. É, porém, a interpretação dessa "blindagem" que divide o dr. Noronha e o dr. Monteiro. Não é a verdade material. E, muito menos, um sucateiro com uma boa agenda telefónica.
11 de novembro de 2009
Carta Aberta ao Primeiro-ministro
Autor: João Miguel Tavares
Embora no momento em que escrevo estas linhas não sejam ainda claros todos os contornos das suas amigáveis conversas, parece-me desde já evidente que este caso só pode estar baseado num enorme mal-entendido, provocado pelo facto de o senhor ter a infelicidade de estar para as trapalhadas como o pólen para as abelhas - há aí uma química azarada que não se explica. Os meses passam, as legislaturas sucedem-se, os primos revezam-se e o senhor engenheiro continua a ser alvo de campanhas negras, cabalas, urdiduras e toda a espécie de maldades que podem ser orquestradas contra um primeiro-ministro. Nem um mineiro de carvão tem tanto negrume à sua volta. Depois da licenciatura na Independente, depois dos projectos de engenharia da Guarda, depois do apartamento da Rua Braamcamp, depois do processo Cova da Beira, depois do caso Freeport, eis que a “Face Oculta”, essa investigação com nome de bar de alterne, tinha de vir incomodar uma pessoa tão ocupada. Jesus Cristo nas mãos dos romanos foi mais poupado do que o senhor engenheiro tem sido pela joint venture investigação criminal/comunicação social. Uma infâmia.
Mas eu não tenho a menor dúvida, senhor engenheiro, de que vossa excelência é uma pessoa tão impoluta como as águas do Tejo, tirando aquela parte onde desagua o Trancão. E não duvido por um momento que aquilo que mais deseja é o bem do Pais. É isso que Portugal teima em não perceber: quando uma pessoa quer o melhor para o País e está simultaneamente convencida de que ela própria é a melhor coisa que o País tem, é natural que haja um certo entusiasmo na resolução de problemas, incluindo um ou outro que possa sair fora da sua alçada. Desde quando o excesso de voluntarismo é pecado? Mas eu estou consigo, caro senhor engenheiro. E, com alguma sorte, o procurador-geral da República também.
10 de novembro de 2009
Só podia ser mesmo de esquerda.
9 de novembro de 2009
Olha que não parece....
8 de novembro de 2009
Quem foi que pediu uma Glasnost?
Notícia da LUSA com base no comunicado do PCP sobre os 20 anos da queda do Muro de Berlim, via o Arrastão.
7 de novembro de 2009
Limitação de mandatos
Como disse aqui, há algum tempo, sou totalmente contra a lei de limitação de mandatos porquanto entendo que é uma lei antidemocrática e que passa um atestado de menoridade aos cidadãos. Nesta mesma linha de pensamento, também não aceito a lei da paridade (os resultados estão bem à vista, menos deputadas, menos autarcas, menos Directoras regionais). Mas, não é por causa dos resultados, é por causa do princípio e dos argumentos.
A democracia, tal como a conhecemos, é um sistema de governo de iguais para iguais. Então, se é de iguais para iguais, limitar a escolha, pelos iguais, do acesso de um igual a um cargo de poder, é coarctar a liberdade de escolha dos iguais e fazer de um igual um menos igual.
Na verdade, o que essa preocupação reflecte é: Por parte do PSD uma enorme descrença na possibilidade da sua líder vencer Carlos Cesar; Por parte do PS uma escandalosa crença de que o PS sem Cesar não será coisa alguma.
Afinal quase concordo com a lei, não estamos entre iguais mas entre um iluminado e uma manada de animais domésticos na perspectiva Aristotélica.
6 de novembro de 2009
O debate à volta da falta dele
Esta questão que, fico ainda na duvida se é de relevante importância ou se, pelo contrário, é uma minudência, é mais um exemplo de como a Europa nos está a ser imposta e de que forma depois de imposta ela se aceita sem reacção.
Primeiro, é bom de saber o que são imposições e restrições ao acesso à informação “necessárias, proporcionais e apropriadas a uma sociedade democrática”. E, depois, é preciso saber se essa legislação europeia saída de um directório e não de um parlamento, não atropela Direitos Liberdades Garantias consagrados em diplomas constitucionais de alguns dos Estados Membros.
Aquilo que este novo documento, “Tratado que estabelece uma Constituição para a Europa”, travestido de Tratado de Lisboa nos oferece, não é aceitável para as velhas e lastradas democracias parlamentares. Na realidade, estamos perante uma substituição do parlamentarismo por um novo sistema, perigoso que concentra a grande maioria do poder legislativo no poder executivo constituído por dois directórios que não são eleitos mas escolhidos por uma espécie de iluminados, reduzindo a cinzas o principio fundamental da separação de poderes. Isso, na cabeça dos Ingleses, é inaceitável, tal como devia ser nas nossas cabeças. Contudo falta fazer o debate e falta explanar aos nossos iguais que é isto que está em cima da mesa e que é esse o problema fulcral que cria relutâncias aos súbditos de Sua Majestade a Rainha de Inglaterra. Todo o resto é folclore.
6 anos de :Ilhas.
5 de novembro de 2009
Mais do mesmo até ao fundo.
Vai ser mesmo preciso bater no fundo para que alguém se lembre que só mudando os métodos se mudam os resultados, nessa altura será tarde para despertar a sociedade civil, já estaremos sob a tutela de um qualquer ditador.
Citarei, a esse respeito, novamente, Rousseau no seu Contrato Social, “O povo de Inglaterra considera-se livre, mas está redondamente enganado: só é livre durante as eleições parlamentares. Mal os deputados são eleitos, a escravatura passa a vigorar e o povo fica reduzido a nada . A utilização que faz dos escassos momentos de liberdade de que goza mostra bem que merece perdê-los”.
4 de novembro de 2009
Frase do dia.
O processo de porreirização em curso e o movimento dos descasados.
A ler, na íntegra e obrigatoriamente, mais este excelente post do Professor José Adelino Maltez no seu mais do que obrigatório - para qualquer cidadão e por maioria de razão para os aprendizes de politólogos, - Sobre o Tempo que Passa.
2 de novembro de 2009
Poesia Ingénua.
Viagem espectacular
Este passeio aos Açores
Com hortenses de encantar
Bem bonitas as flores
Saímos de manhãzinha
Toda a gente madrugou
Foi o meu baptismo de voo
Subi aquela escadinha
E depois já sentadinha
Eu comecei a rezar
Meu coração a apertar
Lá fui naquele avião
Viagem espectacular
Lá chegamos à Terceira
uma ilha maravilhosa
Era um sonho cor-de-rosa
Que eu tinha desde solteira
Com companheiros à maneira
Foram todos uns amores
Fiquei a dever favores
Pois foi tudo muito querido
Ajudando o meu marido
Neste passeio aos Açores
Chegamos ao Pico à tardinha
Ao nome não era alheia
Pois chamam à minha aldeia
Esse nome, por gracinha
Vimos as curraletas e a vinha
E continuando a passear
As vaquinhas a pastar
Viam-se por todos os lados
E aqueles grandes valados
Com hortenses de encantar
Depois S. Jorge e o Faial
A seguir Ponta Delgada
Uma princesa encantada
S. Miguel a capital
O cozido tradicional
Seus magníficos sabores
Fomos visitar uns senhores
Uns amigos cá da terra
A nossa visita encerra
Bem bonitas as flores
Maria do Monte
1 de novembro de 2009
O regime, fiel defunto?
31 de outubro de 2009
O regresso de Marcelo.
Porém, também me parece claro que, sempre que a mesma água passa a segunda vez debaixo da mesma ponte, já vem cheirando a lodo.
30 de outubro de 2009
Um erro a desvanecer-se
O problema é que essas pessoas e mais uma boa maquia de seus iguais, militam no partido errado. São conservadores, católicos, ou pelo menos cristãos e defendem teorias do Estado mínimo entre o liberalismo e o neo-liberalismo. Essa gente, afinal, está no PSD por um equívoco, o que tratando-se de gente culta e inteligente, assusta. O PSD é, na verdade, um partido socialista, proletário e estaticista, na forma, no conteúdo e nas bases. Essa é que é essa.
Corrupção
28 de outubro de 2009
27 de outubro de 2009
Das Autonomias à Autonomia e à Independência.
Quinta-feira, 29 de Outubro
Salão Nobre da Câmara Municipal de Ponta Delgada – 21h 00m
- Conferência de Abertura:
Avelino de Freitas de Meneses, O Governo dos Açores: das autonomias do passado à autonomia do presente
Sexta-feira, 30 de Outubro
Anfiteatro C, Universidade dos Açores – 9h 30m – 12h 30m
- Vítor Ruas, Modelos de política autonómica na Antiguidade
- Pedro Cardim, Os representantes das cidades ultramarinas nas Cortes de Portugal da época moderna
- Debate
Coffee break
- José Damião Rodrigues, História de um motim: Nordeste, 1758
- Ricardo Madruga da Costa, Finanças municipais de Angra entre 1800-1805: coexistência de jurisdições e conflitualidade com o capitão-general
- Debate
14h 30m -18h 30m
- Arlindo Caldeira, Elite local, poder municipal e conflitualidade social e política na ilha de São Tomé nos séculos XVI a XVIII
- Teresa Lacerda, Os “discursos” da Insurreição Pernambucana
- Jelmer Vos, Portugal e o Reino do Congo, 1860-1913. Uma tragédia inevitável?
- Debate
Coffee break
- Paulo Miguel Rodrigues, Da Autonomia na Madeira: uma proposta de reapreciação da sua génese e desenvolvimento durante a primeira metade do século XIX
- Margarida Vaz do Rego Machado, Urbano de Mendonça Dias e as Autonomias
- Susana Goulart Costa e Wellington Nascimento, A Autonomia no Museu: divagações sobre uma proposta museológica
- Debate
Sábado, 31 de Outubro
Anfiteatro C, Universidade dos Açores – 9h 30m – 10h 30m
- Carlos Cordeiro, Da proclamação da República à instauração do Estado Novo: Regionalismo e Autonomia na imprensa açoriana
- Susana Serpa Silva, A autonomia no discurso das primeiras gerações republicanas dos Açores. Breve contributo
- Debate
11h 00m – 13h 00m
- Debate / mesa-redonda: O novo Estatuto dos Açores e o futuro da Autonomia
Moderadora: Carmo Rodeia (jornalista)
Intervenientes:
- Jorge Miranda (Universidade de Lisboa)
- Carlos Amaral (Universidade dos Açores)
- Ricardo Rodrigues (Assembleia da República)
26 de outubro de 2009
22 de outubro de 2009
Coisas que importa saber...
Fotografia SAPO.PT
Quem é que vai ser o/a novo/a Director/a Regional da Cultura?
Quando é que vai haver governo?
21 de outubro de 2009
INCOMPETÊNCIA
20 de outubro de 2009
O Lugar de Baco.
Conheço o Rui Teixeira quase desde que tenho a noção da minha própria existência. Companheiro, amigo, partilhamos uma paixão, os cavalos. No meio equestre, marialva, o vinho tinto e as castanhas estão sempre presentes.
Há 17 anos que me tornei abstémio, quase fui um fundamentalista anti álcool, mas nem por isso deixei de apreciar conversar e ouvir quem aprecia os vinhos e a gastronomia. Há caçadores, pescadores, enólogos e aqueles que gostam de falar com eles, é nessa última classe que me incluo. Quando recebo em casa amigos gosto de lhes proporcionar uma “boa pinga”, recorro assim aos amigos que sabem da poda e estão em cima do acontecimento.
Depois do +Lapas do Paulo Pacheco, aqui vos trago este O Lugar de Baco, do Rui Ribeiro Teixeira que, sendo um enólogo amador, mete toda a sua paixão e empenho o que nos traz garantias de qualidade nas escolhas e boas pistas para as nossas idas ao mercado em dia de festa.
Parabéns ao Rui e votos de muitas visitas ao blogue.
Depois do Isaltino...já acredito em tudo.
Foto Público online
19 de outubro de 2009
Eleição do “lambe botas” do ano 2009
Uma iniciativa do O Sono Luso
São elegíveis figuras mais ou menos públicas, maiores de 18 anos, e não reconhecidas como portadores de cartão de militância PS. Esta figura deverá ter dado apoio mais ou menos directo ao governo PS e utilizado os meios ao seu dispor (jornais, internet, pombos-correio, etc.) que permitam inequivocamente entender o apoio a José Sócrates.
O Povo é que sabe.
Nossa Senhora de Fátima ilumine Paulo Portas.
Ao contrario de alguns “think thankers”, próximos de Portas que vêem com olhos benévolos uma aproximação do CDS ao PSD ou pior, ao PPD/PSD (distingam-se os partidos), eu penso e julgo pensar como a maioria do eleitorado0 do CDS, que a última frase do post do Paulo é bem mais interessante para o partido do Largo do Caldas, do que uma coligação ou acordo com o saco de gatos em que se transformou o partido da São Caetano à Lapa.
O CDS não tem que ser muleta de ninguém, muito menos de um PSD que uns dias é liberal a seguir defende o estatismo, no outro social-democrata, mais tarde é conservador para depois ser socialista. O PSD é, na verdade, um partido de matriz ideológica socialista, construído no pós 25 de Abril com inspiração nos países social-democratas do Norte da Europa, não é, por isso, um partido de direita.
A direita, ou as direitas se quisermos seguir o raciocino de Jaime Nogueira Pinto, em Portugal, é protagonizada, única e simplesmente, pelo CDS e por Paulo Portas. Ponto. Agora chegamos aos dois dígitos amanhã as duas dezenas depois os 30% que nos permitam ser poder sem ser muleta de seja quem for.
Neste sentido, ao CDS, só interessa uma coisa, caríssimo Paulo, que o PSD continue de líder em líder, passo a passo até à derrota final.
18 de outubro de 2009
17 de outubro de 2009
Escolha ética.
Seguindo a máxima popular de que a verdade vem sempre ao de cima e que, tal como nos filmes, os vilões acabam sempre por perder, sigo tranquilo à espera de que o “peru tenha o seu natal”.
Infelizmente, nem sempre tenho tido razão. Mas, nem por isso deixo de decidir e de fazer as minhas escolhas éticas.
A esse respeito, vale a pena ler o Miguel Soares de Albergaria no seu O nó do problema ocidental, especialmente este post que a linhas tantas reza: (...) Assim são as escolhas: umas levam a uns resultados, outras levam a outros, no fim nunca tudo se dissolve como se a escolha afinal fosse só aparente! Daí a necessidade da ética - a disciplina que visa assinalar os valores que orientam as escolhas cujos resultados se revelam em geral os melhores; ainda que para lá chegar a médio prazo seja preciso pagar um preço a curto prazo.(...)
16 de outubro de 2009
Sexta Feira Nem Que Chova
São oito menos cinco
Já piquei o cartão
Para começar o dia
Entro na oficina
São oito menos cinco
De mais uma bela matina
Ao toque da sirene
Ponho as mãos no aço
Saltam as limalhas
Ficam no cachaço
Ao toque da sirene
Marco o meu compasso
A manhã vai lenta
Do meio-dia nem sinais
Tenho a boca amarga
Com o sabor dos metais
A manhã vai lenta
E as horas duram mais
Vou fumar um cigarro
Até ao w.c.
Sabe-me pela vida
E sempre dá alento
Vou fumar um cigarro
Aproveito e queimo o tempo
O que vale é sexta-feira
Depois é dia de alcova
Cuidado com a soneira
Cuidado com a escova
O que vale é sexta - feira
Sexta - feira nem que chova
Vou indo devagar
Não ligo a louvores
Não me vou esfolar
Também não sou um sorna
Mas para a obra acabar
Há tempo até à reforma.
Nem de propósito.
15 de outubro de 2009
Quem quer um chocolate regina?
O regime no seu melhor.
Triste sina ter nascido português.
Pobre país que anda a discutir as declarações mais ou mesnos felizes, mais ou menos verdadeiras de uma estrela da TV brasileira. Até nos blogues de referênci o tema é debatido. Pbre país que, até na direcção do abismo, te arrastas.
Antes que me esqueça.
Também na Vila, foi a democracia que venceu o nepotismo e o caciquismo. Também na Vila, o golpe foi de misericórdia.
Importa, no entanto, ressalvar duas situações:
Em Vila do Porto, a principal vítima foi a Presidente da Câmara Dr. Nélia Figueiredo. Contudo, não era ela o cacique nem era ela a autora moral e material dos nepotismos, diga-se em abono da verdade.
Em Vila Franca, pelo contrário, o cacique mor era o Presidente da Câmara Rui Melo.
Em Santa Maria, a derrota foi, essencialmente dos caciques locias, do Governo Regional, de José Contente e de Carlos César. Na Vila Franca a derrota foi, essencialmente de Rui Melo.
14 de outubro de 2009
Até alguns socialistas aplaudiram a derrota do PS.
Post Scriptum: Para bom entendedor meia palavra basta.
13 de outubro de 2009
Pelo cano.
Já muito leigo havia alvitrado esse erro estratégico.
Já aqui afirmei muitas vezes mas nunca é demais e para memória futura (essa é a grande vantagem do blogue) voltar a frisar. Esta não é uma crise de confiança nem uma simples crise financeira seguida de recessão económica como foi a 1929. Esta é, antes de mais, uma crise de regime e estamos em 2009. Keynes morreu, Hayek também.
O muro de Berlim caiu há 20 anos e o socialismo morreu com ele.
Insistir no estado todo poderoso, no proteccionismo e na regulação é atirar o Estado para o cano do esgoto. Portugal está prestes a entrar em insolvência, as despesas com as prestações sociais (subsidio de desemprego e RSI) sobem enquanto que a receita fiscal baixa sem que os governantes tomem medidas fiscais de reanimação da economia.
As empresas atrasam-se, cada vez mais nos seus compromissos. O desemprego aumenta exponencialmente, paralelamente cresce o pequeno e o grande crime (afinal toda a gente precisa de comer), a revolta instala-se (veja-se o episódio de ontem em Rabo-de-Peixe) o desconforto manifesta-se, a desconfiança anda à vontade entre nós. O Homem, aos poucos, vai se animalizando, é o regresso ao estado natureza.
Em breve não haverá dinheiro para pagar aos funcionários públicos e as prestações sociais.
Esse dia é o primeiro dia da guerra civil.
Há coisas que o Povo não perdoa.
Há coisas que o Povo não perdoa e os partidos políticos (parte desse Povo mas às vezes alheios) também não deviam perdoar. Sara Santos, nomeou o marido Chefe de gabinete da Câmara das Lajes do Pico. Perdeu as eleições. Rui Melo, nomeou o filho para a administração da empresa que gere a Açor Arena em Vila Franca do Campo. Perdeu as eleições. Isto por cá, até se perdoa a inoperância e a incompetência, ( em Santa Maria durou anos) o que não se perdoa é a desonestidade, seja ela material ou intelectual.
12 de outubro de 2009
Elementar Justiça.
Estou, desde a noite de 27 de Setembro, para escrever sobre a estrondosa subida do CDS nas eleições legislativas. Esse texto que, anda aos trambolhões na minha cabeça, torna-se ainda mais premente depois do resultado das autárquicas. Contudo, não quero precipitar-me pois não quero correr o risco de ser injusto nem com Portas nem com Artur Lima, os dois indiscutíveis obreiros, nacional e regional, dessas vitórias.
E porque não?
Afinal seria só voltar com a palavra atrás mais uma vez, a terceira vez, mais precisamente.
Curiosidades da Ilha do Sol.
Carlos Rodrigues, nos últimos anos, tem passado mais tempo na Ribeira Grande e em Ponta Delgada onde desenvolve intensa actividade empresarial, do que em Vila do Porto.
Santos da Casa não fazem milagres?
11 de outubro de 2009
Interessa responder.
Importa saber se o PS aguenta a Câmara da Horta, com ou sem CDU?
Importa saber por quantos ganhará a Drª Berta Cabral em Ponta Delgada?
Conseguirá o PS aguentar o "ridiculo" resultado de há 4 anos ou ainda perderá mais?
Importa saber, depois de ter perdido 14000 votos nas europeias e 11000 nas legislativas, quantos votos vai perder Cesar nas Autárquicas?
Eu, como voto na Ribeira Grande, não serei tido nem achado nessas "guerras" mas se fosse, sei bem em quem não votaria, nem que o Islão me obrigasse.
Parabéns Carlos Rodrigues.
Parabéns ao PS Açores
Ao PSD, importa fazer um alvitre. Cuidem os caciques locais que o Povo acordou. Ninguém é dono de ninguém nem, muito menos é dono dos votos ou da consciência.
10 de outubro de 2009
Ao cuidado da CNE
9 de outubro de 2009
opinião insuspeitamente assumida.
This is ridiculous -- embarrassing, even. I admire President Obama. I like President Obama. I voted for President Obama. But the peace prize? This is supposed to be for doing, not being -- and it’s no disrespect to the president to suggest he hasn’t done much yet. Certainly not enough to justify the peace prize. (...)
Ruth Marcus no The Washington Post
Nobel que não interessa nada.
A atribuição do Nobel da Paz a Barack Obama é, no mínimo, precipitada. Admito que “in a near future” Obama venha a desempenhar um papel importante na construção da Paz mundial, afinal sou um crente na Humanidade e na construção de uma paz democrática na perspectiva “wilsoniana” da mesma. No entanto, as provas dadas pela administração Obama ainda não foram suficientes para garantir esse desígnio. Desde logo, pelo reforço do esforço de Guerra no Afeganistão e o recente episódio aqui relatado sobre o envolvimento do líder Tibetano e o Presidente da República (capitalista selvagem) Popular da China. A ver vamos.
8 de outubro de 2009
Nobel que interessam.
Herta Müller, de quem nunca li uma única palavra, foi a vencedora do Nobel da literatura. Perdi, estou já habituado a perder nessa coisa das escolhas da Academia Sueca.
A minha aposta ia para Claudio Magris e o seu Danúbio, vencedor do Prémio Príncipe das Astúrias das Artes em 2004, um Livro classificado como literatura de viagens mas carregado de reflexões e coisas que nos atormentam nos dias que correm.
7 de outubro de 2009
Realismo Político
O encontro entre Barack Obama e Dalai Lama foi adiado para depois da reunião do chefe da Casa Branca com o Presidente chinês, Hu Jintao, esse democrata.
O mundo inteiro, o mundo que se acha o único civilizado e que depositou as suas esperanças em Barack Obama, deve estar, agora, muito desiludido com o líder norte americano.
Eu já não me desiludo. Não me chego a iludir.
A Real Politik de Kissinger, volta a estar na ordem do dia. De Tucídides aos nossos dias, da Guerra do Peloponeso à tomada de Bagdad.
Em relações internacionais não há lugar a ideologias nem a utopias, é a chamada “real politik” que conta. Os valores éticos e morais do ambiente interno não condicionam o comportamento dos estados em ambiente externo. A única coisa que condiciona as relações entre os Estados são os interesses desses mesmos Estados.
Quem insiste em não perceber isto, então não percebe nada de política.
6 de outubro de 2009
Com o mal dos outros posso eu bem.
Leio o artigo até ao fim. Valentina, desiludida com o seu Povo acaba concluindo que os Italianos, ou pelo menos uma boa maquia deles, “por causa da sua desconfiança em relação ao corrupto e ineficiente Estado” aceitam algumas propostas e “mudanças propostas pela máfia nas suas comunidades” chegando mesmo a criticar os esforços de alguns funcionários na luta pelo desmantelamento das redes criminosas.
Cabe ao Estado, aos seus agentes, imprimir um ritmo crescente de confiança nas instituições por forma a que o cidadão se sinta seguro e protegido para além daquilo que ele próprio pode fazer por si a pela sua família.
Adepto que sou da velha máxima liberal de que “governa melhor quem governa menos” reservo, no entanto, para o Estado a função de combate ao crime seja ele grande, pequeno, violento ou pacifico, do colarinho branco o do colarinho verde (novo conceito de crime ambiental). Caso contrário, caímos na anarquia da justiça popular, risco que corremos já há bastante tempo.
Ora, cabe no entanto ao cidadão, no pleno exercício dos seus direitos cívicos escolher quem nos governa. Essa escolha deve recair, em primeiro lugar sobre quem nos dê garantias de honestidade. Não entendo por isso que, candidatos ao desempenho de cargos públicos indiciados por crimes ou com condenações a penas efectivas de prisão, recolham a maioria dos votos dos seus concidadãos.
Vem esta minha reflexão a propósito das sondagens que por aí pululam sobre o resultado de Isaltino Morais em Oeiras.
Tal como a Itália “retratada” por Pasquali, Portugal caminha para o precipício, para o abismo talvez? Oeiras é, segundo um estudo publicado recentemente, o Concelho de Portugal com maior percentagem de licenciados, presumir-se-ia, gente culta. Qual falácia. Gente esperta, talvez. Esperta mas saloia, mais saloia do que aquela que num passado ainda recente aclamou Salazar e Carmona.
A passividade dos Portugueses em relação às questões éticas e morais no exercício de cargos públicos é tão grave quanto é a passividade dos Italianos em relação à Máfia. A diferença é que a nossa “Máfia” ainda se submete a votos e, por isso, temos a possibilidade de a banir e arredar do poder decisório.
Então, porque não o fazemos?
Já não há condições.
Cavaco Silva, na minha modesta opinião, nunca teve condições para ser Presidente da República e, só o foi, porque Sócrates insistiu na “baboseirada” de se opor a Manuel Alegre apoiando uma candidatura requentada de Mário Soares.
Agora, quase findo o mandato e depois de ter tropeçado nos seus próprios pés, Cavaco perdeu as poucas condições que tinha para uma recandidatura. A não ser que o Povo Português, a tal Nação, esteja num estado de “bovinidade” tal que não se tenha ainda apercebido quem é o verdadeiro Cavaco, bem retratado na expressão que percorreu hoje a blogosfera escrita em português, de lés a lés e que abaixo transcrevo.
José Vitor Malheiros no Público
5 de outubro de 2009
Horta e Angra do Heroísmo.
Os debates com os candidatos a autarcas que a RTP-Açores, a bom tempo, se lembrou de nos presentear, têm desempenhado o papel de nos reavivar a memória sobre a qualidade, ou falta dela, dos nossos políticos.
Desde a pobreza de ideias, ao mau gosto no vestir e na escolha das gravatas até á boçalidade. De tudo um pouco se tem visto por esses Açores fora.
Espero, ansioso e por razões diferentes, dois desses debates. Horta e Angra do Heroísmo.
Horta porque há muito que acho que, embora hábil, João Castro não tem estrutura moral e intelectual para pôr a mais central das cidades Açorianas no lugar onde já esteve e merece estar no panorama geopolítico e geoestratégico.
Angra do Heroísmo, porque acredito que o CDS pode fazer história. Artur Lima foi corajoso ao concorrer a Angra, dando assim, o mote para que outros dirigentes se chegassem à frente. Artur Lima é um bom candidato e uma escolha muito forte mas pertence a um partido que apenas consegue 10% dos votos, precisa chegar aos 30% o que não será fácil. Contudo, conta com a ponderável dos candidatos do PS e PSD serem abaixo do nível desejado para uma Autarquia como a da Cidade Património da Humanidade.
A ver vamos, já só falta uma semana, aproximadamente.
4 de outubro de 2009
3 de outubro de 2009
Está tudo inventado.
O texto do meu post de ontem (onde não referi o autor propositadamente) que, reflecte a realidade actual em quase todas senão todas as democracias parlamentares, foi escrito por Rousseau, no seu “contrato social”, trazido aos escaparates no terceiro quartel do século XVIII. Está, de facto, tudo inventado e nada mudou. As liberdades são outras, exercidas também de forma e circunstância diferentes. Mas, também a peias e as correntes são outras. Contudo, essas, não deixaram de existir.
2 de outubro de 2009
Um texto sobre eleições. Reflexões.
30 de setembro de 2009
Quanto vale um pau-de-canela?
Quem tenha seguindo com atenção o que por aqui tenho escrito acerca do Sr. Silva de Boliqueime, certamente se recordará do epíteto “pau-de-canela” com que tenho brindado o “homem da regisconta”, oco como um pau-de-canela. Haverá melhor adjectivação?
Preocupa-me que uma certa direita, letrada, culta, política, seja capaz de votar e apoiar um tecnocrata arrogante- que em tempos desprezou a política- para desempenhar funções políticas.
Na verdade, Cavaco não pertence ao mundo da verdadeira direita conservadora no que é bom e liberal no que é preciso, é um parolo com tiques autoritários e um pensamento enviesado que julga-se capaz de ser o que não é, ou de mostrar ser diferente do que realmente é. Manipulado e manipulável como sempre foi por Dias Loureiro, Isaltino Morais, Duarte Lima e por mais uma boa mão cheia de nomes que nos recordarão, certamente os telejornais de outro e deste tempo, Cavaco não passou de uma marioneta ao serviço de uma cáfila que se juntou ao PSD para se servir do Estado.
A chamada direita parola, impreparada para a política, que, assentou a sua imagem nas verdades absolutas da tecnocracia em vez de o fazer no campo das ideias políticas, começa agora a ser mais parecida com o que sempre foi. Ou como alguém escreveu por estes dias, “afinal a boa moeda vale tanto como a má moeda, cerca de 30%”, por enquanto.
29 de setembro de 2009
Atiraram a toalha ao chão?
Essa gente anda a tentar vender às bocas pequena e grande, que votar na Drª Berta Cabral para a Câmara de Ponta Delgada é a mesma coisa que escolher José Bolieiro para Presidente. Ou seja, são tão bons políticos que, tal como a generalidade do Povo Açoriano, já dão como garantida a vitória de Berta Cabral nas Regionais de 2012. Cada um sabe as linhas com que se cose.
Ainda a respeito de culpas.
Um dos piores erros dos derrotados é desvalorizar a vitória dos que ganham. É uma espécie de bálsamo para atenuar a frustração da derrota. Vejo por aí muito boa gente a dizer que o PS não ganhou porque perdeu deputados para todos os partidos. Relembro: em democracia ganha quem tem mais votos! O PS é o vencedor destas eleições. O problema é que podia e devia tê-las perdido! E sejamos frontais: tal só não aconteceu porque, com muita pena minha, o PSD foi profundamente incompetente…
Foi incompetente quando não soube aproveitar a dinâmica de vitória criada pelo resultado das eleições europeias;
Foi incompetente quando não apresentou uma verdadeira renovação nas listas de candidatos a deputados;
Foi incompetente quando apresentou um programa dúbio, pouco claro e sem medidas verdadeiramente reformadoras;
Foi incompetente quando não aproveitou o interessante e inovador trabalho realizado pelo Instituto Francisco Sá Carneiro e o Gabinete de Estudos do partido;
Foi incompetente quando assentou a sua estratégia na ideia de que “em Portugal não se ganham eleições, perdem-se”;
Foi incompetente ao desprezar o valor da imagem e energia mediática no Século XXI;
Foi incompetente quando se asfixiou na história da asfixia democrática que nenhum interesse tem para a resolução dos muitos problemas do país;
Enfim, foi um partido sério, mas incompetente nos momentos decisivos…
Tenho estima e admiração por algumas das pessoas que vêm conduzindo o PSD. Penso que Manuela Ferreira Leite foi fundamental para estancar a degradação de recursos humanos que minava o PSD de Menezes. No entanto, o PSD fez muito pouco para ganhar estas eleições. Parecia uma equipa de futebol a jogar para o empate. E, quando se joga para empatar, normalmente perde-se…
28 de setembro de 2009
Vocês (CDS) é que tiveram culpa...
O que interessa saber.
27 de setembro de 2009
Grande CDS, grande Felix Rodrigues.
João Jardim é que sabia.
Deve ter sido por causa da crise internacional.
25 de setembro de 2009
Voto útil?
Eu voto em pessoas conjugadas com partidos. Por isso, voto no CDS e no Felix Rodrigues. Mas, também me faziam falta mais uns votozinhos tal como fazem falta ao Paulo Gusmão. Só espero que ele, tal como eu, acabe votando no CDS.
Está a fazer falta bater no fundo.
Além disso, a aliança com José Sócrates, ambos artistas do “Chico-espertismo”, ambos alimentados da esperteza saloia. Isso mesmo se prova remontando ao tempo em que agora primeiro-ministro assinava projectos de qualidade rasca (duvidosa nem um pouco) feitos por um colega igualmente rasca como ele. Ou com um regresso à forma como Louçã venceu dentro do então PSR pregando à Frei Tomaz, com ou sem PPR que isso não me interessa.
O poder, exercido de forma mais ou menos democrática ou mais ou menos totalitária, não só corrompe como esclarece alguns dos populismos e põe a claro as demagogias das oposições irresponsáveis. Aliás, foi isso que aconteceu com Sócrates, tanta demagogia à volta dos impostos e depois foi um tal aumenta-los.
O Pais precisa, urgentemente, bater no fundo. Portugal vive, mais do que uma crise económica e financeira, uma crise de valores, uma crise de regime. Só batendo no fundo o regime se imolará e das cinzas renascerá, qual fenix, uma nova ordem que resgatará Portugal.
Não há caminho mais rápido para bater no fundo do que uma governo de José Sócrates, se for com o Louçã tanto melhor, depois de 2013 não haverá mais mitos nem mais regime.
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