16 de dezembro de 2009

Medida 2 em 1

Despedir todos, todos mesmo, os assessores de imprensa e de imagem do Governo Central, dos Governos das Regiões Autónomas e das Câmaras Municipais. Além de combater o deficit orçamental, constitui uma medida de verdade política, retirando da cena os fazedores de noticias e pintores a cores do negrume que por aí está e ainda virá.
Alguns desses profissionais, porque os há, dirão e cheios de razão, que fazem o seu papel bem feito, os seus colegas das redacções é que não estão para trabalhar e bebem o que lhes põem no cálice, com o sal e a pimenta qb. Concordo, mesmo assim continuo a achar que não fazem, neste momento, qualquer falta ao país real, talvez façam ao regime, mas esse está já moribundo, nem sabe o que faz, por onde faz e por onde devia fazer.

14 de dezembro de 2009

A actualidade ao fim de mais de um século

Há dias deixei aqui um desafio para que os leitores identificassem um texto que, na verdade, não passava de um excerto da encíclica «Rerum Novarum» do Papa Leão XIII e publicada a 15 de Maio de 1891. Mais de um século depois, o texto continua tão actual que até assusta.

(...)
A economia como meio de conciliação das classes

28. O operário que receber um salário suficiente para ocorrer com desafogo às suas necessidades e às da sua família, se for prudente, seguirá o conselho que parece dar-lhe a própria natureza: aplicar-se-á a ser parcimonioso e agirá de forma que, com. prudentes economias, vá juntando um pequeno pecúlio, que lhe permita chegar um dia a adquirir um modesto património. Já vimos que a presente questão não podia receber solução verdadeiramente eficaz, se se não começasse por estabelecer como princípio fundamental a inviolabilidade da propriedade particular. Importa, pois, que as leis favoreçam o espírito de propriedade, o reanimem e desenvolvam, tanto quanto possível, entre as massas populares.

Uma vez obtido, este resultado seria a fonte dos mais preciosos benefícios, e em primeiro lugar duma repartição dos bens certamente mais equitativa. A violência das revoluções políticas dividiu o corpo social em duas classes e cavou entre elas um imenso abismo. Dum lado, a omnipotência na opulência: uma facção que, senhora absoluta da indústria e do comércio, desvia o curso das riquezas e faz correr para o seu lado todos os mananciais; facção que aliás tem na sua mão mais dum motor da administração pública. Do outro, a fraqueza na indigência: uma multidão com a alma dilacerada, sempre pronta para a desordem. Ah, estimule-se a industriosa actividade do povo com a perspectiva da sua participação na prosperidade do solo, e ver-se-á nivelar pouco a pouco o abismo que separa a opulência da miséria, o operar-se a aproximação das duas classes. Demais, a terra produzirá tudo em maior abundância, pois o homem é assim feito: o pensamento de que trabalha em terreno que é seu redobra o seu ardor e a sua aplicação. Chega a pôr todo o seu amor numa terra que ele mesmo cultivou, que lhe promete a si e aos seus não só o estritamente necessário, mas ainda uma certa fartura. Não há quem não descubra sem esforço os efeitos desta duplicação da actividade sobre a fecundidade da terra e sobre a riqueza das nações. A terceira utilidade será a suspensão do movimento de emigração; ninguém, com efeito, quereria trocar por uma região estrangeira a sua pátria e a sua terra natal, se nesta encontrasse os meios de levar uma vida mais tolerável.

Mas uma condição indispensável para que todas estas vantagens se convertam em realidades, é que a propriedade particular não seja esgotada por um excesso de encargos e de impostos. Não é das leis humanas, mas da natureza, que emana o direito de propriedade individual; a autoridade pública não o pode pois abolir; o que ela pode é regular-lhe o uso e conciliá-lo com o bem comum. É por isso que ela age contra a justiça e contra a humanidade quando, sob o nome de impostos, sobrecarrega desmedidamente os bens dos particulares.
(...)

Sobre os nacionalismos...

... estamos esclarecidos, apenas 27% dos catalães se dignaram votar numa consulta popular sobre a independência daquela região Espanhola. Por cá seria diferente. Não sei. Por cá, diferente mesmo é a empenho cívico de organizar uma consulta desta natureza. Talvez, um dia, Portugal o faça, como forma de calar, definitivamente, a boca a quem a pede.

10 de dezembro de 2009

Obamania...

Eu acho que já vi este filme. Na altura, a imprensa internacional e nacional não o pintava de cor-de-rosa como agora o faz.
Este regresso à teoria da “Guerra Justa” é, na verdade, em quase nada diferente do conceito de “Guerra Preventiva” de W. Bush.
Washington, seja quem for o inquilino da Casa Branca, vive permanentemente num estado que já chamei de realismo intrínseco. Tal como nos explica Hans Morgenthau no seu Politics Among Nations, o realismo político, não olha a questões da moral e da ética na ordem interna dos estados quando estão em causa os seus interesses na ordem externa. Citando Morgenthau, “Political realism refuses to identify the moral aspirations of a particular nation with the moral laws that govern the universe”.
Aqueles que, na europa e resto do mundo, cuidaram que a politica externa dos EUA ia ser diferente com Obama, estavam, como aqui foi referido a tempo, redondamente enganados.

8 de dezembro de 2009

E se aprendessem português? versão 2.

Lendo um post do Paralelo 37 (já agora o paralelo que atravessa os Açores é o paralelo38, nome de um programa de rádio da extinta SPAL já com alguns anos) deparei-me com estas duas pérolas do mau uso da língua de Camões: "Consideraram-lhe vingativo" e "Considerar-lhe mediático" são erros gravíssimos para quem andou a fazer um estágio no programa Estagiar L o que pressupõe ter estudado num estabelecimento de ensino superior. Um pouquinho mais de atenção nas leituras não fazia mal algum, ensina a escrever. Erros recorrentes e sistemáticos não são gralhas nem erros de ortografia, são falta de cultura humanística, o que verdadeiramente dá dimensão aos intelectuais. Muito mal vai o ensino nesta pobre e decadente Região.
Neste caso e contexto, deveria escrever-se consideraram-no vingativo e considerá-lo mediático.
Já agora, não me venham com a cantilena de que também dou erros e escrevo com gralhas, eu assumo-o, mas há coisas que não são nem dislexias nem gralhas, são falta de cultura mesmo.

7 de dezembro de 2009

Copenhaga 2009


Ou "é preciso mudar alguma coisa para que tudo fique na mesma".

Manhãs de Outono.

Alvorada
Neste Outono frio e invernoso ainda não foi possível fotografar manhãs tipicas do Outono Açoriano. Não que as não tenha havido, eu é que nunca cheguei a tempo.

5 de dezembro de 2009

Sinais dos tempos.

Um "gaijo"na capa da playboy, uma revista para vender aos muitos Miguel Vale de Almeida que se multiplicam pelo país fora. Há modas piores, mas também há modas bastante melhores.

4 de dezembro de 2009

Desemprego, é tudo uma questão de fé.

Nos Açores, em apenas um mês, a taxa de desemprego aumentou 12%. Acrescente-se a esse número a quantidade de pequenos prestadores de serviços, trabalhadores independentes e micro empresas (1 a 2 trabalhadores famílias que construíram o seu posto de trabalho, o seu emprego) que estão sem lucros há mais de ano e meio, e temos o retrato de uma Região à beira do colapso financeiro. Sim porque do ponto de vista económico nem se pode falar em colapso, é mesmo de morte que se tem que falar. Para a morte, na economia como nas outras coisas, não há remédio, apenas há a esperança da ressurreição.
É mesmo de fé que precisamos, só e nada mais.

1 de dezembro de 2009

No último 1º de Dezembro


Os monárquicos andaram o dia todo com azia e não foi por causa do jantar dos conjurados de ontem.

30 de novembro de 2009

29 de novembro de 2009

A causa das coisas, quem adivinha.

(...) Em todo o caso, estamos persuadidos, e todos concordam nisto, de que é necessário, com medidas prontas e eficazes, vir em auxílio dos homens das classes inferiores, atendendo a que eles estão, pela maior parte, numa situação de infortúnio e de miséria imerecida. O século passado destruiu, sem as substituir por coisa alguma, as corporações antigas, que eram para eles uma protecção; os princípios e o sentimento religioso desapareceram das leis e das instituições públicas, e assim, pouco a pouco, os trabalhadores, isolados e sem defesa, têm-se visto, com o decorrer do tempo, entregues à mercê de senhores desumanos e à cobiça duma concorrência desenfreada. A usura voraz veio agravar ainda mais o mal. Condenada muitas vezes pelo julgamento da Igreja, não tem deixado de ser praticada sob outra forma por homens ávidos de ganância, e de insaciável ambição. A tudo isto deve acrescentar-se o monopólio do trabalho e dos papéis de crédito, que se tornaram o quinhão dum pequeno número de ricos e de opulentos, que impõem assim um jugo quase servil à imensa multidão dos proletários.(...)
Saberá alguém dizer de quando e de quem é este trecho de prosa tão actual?

28 de novembro de 2009

Completando o post anterior.

Há dias, entrevistado no programa “Câmara Clara” da RTP 2:, pela fantástica Paula Moura Pinheiro, Luís Sepúlveda falava da sua geração, a de 1968, com a carga política toda que esse ano mítico possa ter. A certa altura o entrevistado assume terem feito asneiras que em castelhano se diz “meter la pata” e diz: “nosotros seguramente metemos la pata pero nunca metemos las manos”.
Pois agora, metem-se as mãos o mais que se pode que a pata está sempre na poça.


Não sou de esquerda, nem estou lá perto. Mas, estou perto da justiça, um valor que não tem ideologias. O sentido de justiça é um dos atributos que mais aprecio nos Homens.


Pode ver o programa, na integra, aqui.

27 de novembro de 2009

Por este século dentro.

Deve ser mal de fim-de-século, este andar à deriva, sem ideias, sem projectos, sem ideologia, sem a noção de sociedade, sem a definição confortante do bem e do mal. Há no ar por toda a parte uma estranheza alienatória, um ruído selvagem de contornos indefinidos mas palpavelmente presente.

Freitas, Vamberto, A ilha em frente:Textos do Cerco e da Fuga, Edições Salamandra, 1999.

Foi do fim-de-século e é maleita desta primeira década do novo século. Mais, está para durar. O regime está a ruir e a gente continua estranhamente alienada. O ruido silencioso que vem não se sabe de onde mas de toda a parte, é ensurdecedor. A gente caminha “com a cabeça entre as orelhas” mas sem fazer uso dela porque para isso não tem tempo, não é esse o seu desejo tampouco. A gente, mal tem tempo para pensar como vai dar de comer aos filhos amanhã, comprar os remédios hoje ou pagar a conta da luz que venceu ontem. A gente está alienada e bovinizada. Isso interessa a quem se governa fingindo que nos governa.

26 de novembro de 2009

Nepotismo.


Não serviram de exemplo Sara Santos e Rui Melo como aqui referi e que perderam nas urnas também por causa do favorecimento de familiares directos em cargos de nomeação? Agora chegou a vez da Povoação. Carlos Ávila nomeou o Filho André Ávila para a administração da Povoinveste, empresa municipal que tem como core business a construção de habitação pata fins sociais.
Tenho pena que Ávila tenha caído nesta fraqueza, tenho em grande consideração o grande patriarca do “clã” Ávila das Lajes do Pico bem como tenho pelo Rui Pedro com quem debati muitas vezes no Parlamento e pelo José Gabriel que conheci já não sei há quanto. Não havia necessidade."Um Pai envergonha dez filhos, dez filhos não envergonham um Pai".
O nepotismo, por aqui, passa sem qualquer referência na imprensa, o Jornal Açoriano Oriental de onde retirei a fotografia que ilustra este post, não fez qualquer referência ao facto do Dr. André Ávila, na foto à direita, ser filho de quem o nomeou, Carlos Ávila ao centro da mesma foto. Pois claro, afinal este também é um jornal do amigo Joaquim, amigo do Vara e do Sócrates claro, que eu cá não ando com gente dessa, não vá o diabo achar que lhes tenho afinidades.

E se aprendessem português?

Muita pandeireta e cavaquinho e pouco tino.
Hoje recebi na minha caixa de correio da Universidade um e-mail com um convite dos Tunídeos (Tuna da Universidade dos Açores). Por mais informal que o uso do correio electrónico seja, o mau uso da forma e o péssimo uso da língua de Camões são imperdoáveis no seio de uma Universidade, mesmo que vindo do corpo discente.
O erro que abaixo realço com um negrito da minha responsabilidade, é gravíssimo e não pode passar sem ser alvitrado.
De reforma em reforma, de ministro em ministro de avaliação em avaliação, assim vai o ensino em Portugal.


-----Mensagem original-----
De: tunideos [mailto:tunideos@alunos.uac.pt]
Enviada: quinta-feira, 26 de Novembro de 2009 16:00
Para: Associação Académica
Assunto: Fwd: 15º Aniversário dos Tunídeos‏

É com prazer que os Tunídeos convidam-lhe para a comemoração do seu 15º
Aniversário que se irá realizar no dia 28 de Novembro no Bar do PI pelas 23h.

Darwin está na moda...

... e eu começo a sentir-me como uma tartaruga das Galápagos.

25 de novembro de 2009

Miss landmine

Depende do invólucro.

A Administração do Sr. Bush não quis assinar a convenção para a proibição das minas terrestres. Sacrista dum raio. A do Sr. Obama também não. Coitado, ele lá terá tido as suas razões…

No Beiça, hoje pela fresca

A contra-revolução esquecida.

Imprensa e instituições deixam passar o 25 de Novembro sem qualquer referência. Valha-nos a blogosfera.
Passam, este ano, 10 anos sobre a morte do “Sonhador Pragmático”. Na verdade, é ao papel desempenhado por Ernesto Melo Antunes no seio do chamado grupo dos nove que se deve a teorização do contra-golpe militar que, liderado por Ramalho Eanes com o apoio de Jaime Neves e dos seus Comandos, havia de libertar Portugal da tendência de esquerda radical do MFA que pretendia fazer do país uma "Cuba da Europa".
A Imprensa diária de referência em Portugal, pelo menos nas suas edições on-line (únicas a que aqui nos Açores temos acesso a esta hora da manhã), nada diz sobre a efeméride. Até a depressão de uma macaca africana merece honras de primeira página no Diário de Notícias, o JN prefere gastar o seu espaço mais nobre com uma notícia sobre a vacinação de pais natais (sempre escrevi o plural de Pai Natal/pais natal) com a vacina da mais recente obsessão da humanidade, a gripe H1N1. O Público tem quase as mesmas notícias dque tinha ontem.
Sobre o 25 de Novembro, nem uma nota de fundo de página..
Parafraseando Rousseau, a utilização que (o Povo) faz dos escassos momentos de liberdade de que goza mostra bem que merece perdê-los

23 de novembro de 2009

Uma luta de nós todos.



Finalmente.

Já não era sem tempo. Saúdo, assim, o regresso da opinião, livre e apartidária, à RTP-Açores, passados que são quase 4 anos do fim do "língua afiada" um programa sobre o qual ainda hoje, muita gente, me interpela na rua.
Desta feita, com um programa do jornalista Rui Goulart, que se diz:
Adenda: Programa, afinal não vai para o ar hoje porque o apresentador está com sintomas da H1N1.
Já agora, que seria o primeiro convidado?

O que dizem os outros.

sobre a Igreja Caravela
Naqueles tempos, em Barcelona, também havia muita gente que não queria que a Catedral da Sagrada Família fosse construída. Chamavam-lhe uma aberração arquitectónica.

Rodrigo Moita de Deus no 31 D'Armada


Os senhores que se seguem

O secretário de Estado da Justiça João Correia tem a noção de que ao dizer isto
‘Há uma estranha coincidência entre os ritmos eleitoral e de investigação’. está a da defender esta tese: A interferência do PGR nas eleições legislativas de 27-9-2009 Noutros tempos não muito distantes ou seja mais ou menos antes de José Sócrates se tornar primeiro-ministro se algum membro de um governo dissesse isto caía o Carmo e a Trindade. Agora não só é banal como se engole em seco e já se sabe que depois da banca, da imprensa e dos empresários chegou a vez da Justiça dobrar a espinha.

18 de novembro de 2009

Amanhã na Universidade dos Açores



9:00 Sessão de abertura pelo Magnífico Reitor da Universidade
dos Açores

9:30 Conferência Inaugural
Preside: Gabriela Castro
Percursos da mundividência
naturalista nos Açores
José Luís Brandão da Luz

10:00 Painel de Comunicações
Preside – Magda Costa Carvalho
História ou Geografia – Eis a Questão
António Machado Pires

Espaços e encontros insulares
na diáspora açoriana no Canadá
Irene Blayer

Açorianidade em auto-revisitação
– ou virando o disco para tocar o mesmo
Onésimo T. de Almeida

An Exonome Artist
João de Brito

11:00 Debate
11:15 Intervalo

11:30 Mesa Redonda
Açorianidade: identidade e autonomia
Moderador: Carlos Amaral
Carlos Cordeiro
Filomena Ferreira
Rui de Sousa Martins
José Nuno da Câmara Pereira
Daniel Oliveira

12:30 Pausa para Almoço


14:30 Painel de Comunicações
Preside – Susana Costa
Percursos Migratórios Afectivos:
Ser-se Açoriano na América e Como
Francisco Cota Fagundes

(Título a designar)
Vamberto Freitas

O movimento associativo religioso e laico
na perspectiva da identidade açórica.
Tentativa de abordagem
Fernanda Enes

Açorianidade: metáfora de cultura?
Berta Miúdo

Ecocrítica e os Açores
Victor K Mendes

15:30 Debate
15:45 Intervalo

16:00 Mesa Redonda
Açorianidade: sentidos e simbologia
Moderador: Rui Sampaio
Isabel Albergaria
Chrys Chrystello
Margarida Machado
Gabriela Funk
Susana Serpa Silva

17:00 Conferência de Encerramento
Preside: Gabriela Castro

O próximo e o longínquo:
a vivência na Açorianidade
Michel Renaud

17:30 Debate
17:40 Momento Musical

17 de novembro de 2009

Leitura indispensável.


Embora não ande com muito tempo para leituras livres, as obrigatórias são mais do que muitas, este "A Paixão do Poder" de José Antonio Marina, não sendo obrigatório torna-se indispensável.
José Antonio Marina, é um dos mais interessantes filósofos contemporâneos que desenvolveu uma teoria filosófica da inteligência desde a origem neurológica até aos mais profundos e abstractos caminhos da ética.
“A Paixão do Poder” é, à semelhança de outras obras do autor, uma demonstração de que a filosofia não é uma ciência inatingível fora da esfera dos seus estudiosos.
Numa livraria perto de si.

13 de novembro de 2009

Serei apenas eu que vou com o passo certo?


A nova Ministra da educação Isabel Alçada, disse ontem em entrevista a Judite Sousa que na próxima semana haverá novidade no que ao sistema de avaliação dos professores e estatuto da carreira docente concerne. Disse também que essas propostas serão dadas a conhecer em “primeira mão” aos sindicatos e aos professores em geral.
Talvez fosse bom lembrar a Senhora Ministra que governar não é como escrever estórias para criancinhas.
Em Portugal, por enquanto, vivemos um estado de direito democrático com separação de poderes (cof.cof.cof.) onde o poder legislativo cabe, em primeiro lugar à Assembleia da República, não às corporações.
Até à invenção de uma nova forma de governo e de organização constitucional corporativa, Portugal vive, constitucionalmente uma democracia representativa de iniciativa parlamentar.
É sempre bom lembrar isso aos detentores de cargos públicos, já que, à maioria dos cidadãos, isso importa pouco, pelo menos até que lhes faça falta no pão de cada dia para a boca dos filhos. Liberdade não enche barriga, mas enche a alma.

11 de novembro de 2009

Carta Aberta ao Primeiro-ministro

Carta aberta ao primeiro-ministro José Sócrates

Autor: João Miguel Tavares
Excelentíssimo senhor primeiro-ministro: Sensibilizado com o que tudo indica ser mais uma triste confusão envolvendo o senhor e o seu grande amigo Armando Vara, venho desde já solidarizar-me com a sua pessoa, vítima de uma nova e terrível injustiça. Quererem agora pô-lo numa telenovela - perdoe-me o neologismo - digna do horário nobre da TVI é mais um sintoma do atraso a que chegámos e da falta de atenção das pessoas para as palavras que tão sabiamente proferiu aquando do último congresso do PS:”Em democracia, quem governa é quem o povo escolhe, e não um qualquer director de jornal ou uma qualquer estação de televisão.” O senhor acabou de ser reeleito, o tal director de jornal já se foi embora, a referida estação de televisão mudou de gerência, e mesmo assim continuam a importuná-lo. Que vergonha.
Embora no momento em que escrevo estas linhas não sejam ainda claros todos os contornos das suas amigáveis conversas, parece-me desde já evidente que este caso só pode estar baseado num enorme mal-entendido, provocado pelo facto de o senhor ter a infelicidade de estar para as trapalhadas como o pólen para as abelhas - há aí uma química azarada que não se explica. Os meses passam, as legislaturas sucedem-se, os primos revezam-se e o senhor engenheiro continua a ser alvo de campanhas negras, cabalas, urdiduras e toda a espécie de maldades que podem ser orquestradas contra um primeiro-ministro. Nem um mineiro de carvão tem tanto negrume à sua volta. Depois da licenciatura na Independente, depois dos projectos de engenharia da Guarda, depois do apartamento da Rua Braamcamp, depois do processo Cova da Beira, depois do caso Freeport, eis que a “Face Oculta”, essa investigação com nome de bar de alterne, tinha de vir incomodar uma pessoa tão ocupada. Jesus Cristo nas mãos dos romanos foi mais poupado do que o senhor engenheiro tem sido pela joint venture investigação criminal/comunicação social. Uma infâmia.
Mas eu não tenho a menor dúvida, senhor engenheiro, de que vossa excelência é uma pessoa tão impoluta como as águas do Tejo, tirando aquela parte onde desagua o Trancão. E não duvido por um momento que aquilo que mais deseja é o bem do Pais. É isso que Portugal teima em não perceber: quando uma pessoa quer o melhor para o País e está simultaneamente convencida de que ela própria é a melhor coisa que o País tem, é natural que haja um certo entusiasmo na resolução de problemas, incluindo um ou outro que possa sair fora da sua alçada. Desde quando o excesso de voluntarismo é pecado? Mas eu estou consigo, caro senhor engenheiro. E, com alguma sorte, o procurador-geral da República também.
Atentamente, JMT.
Via 31 da Armada com chamada de atenção no Blasfémias.

10 de novembro de 2009

Já agora...

... uma pergunta.
Quando Tabucchi escreve "Mulher de Porto Pim" é um escritor açoriano?

Só podia ser mesmo de esquerda.

Eu sei que ando atrasado alguns dias. Contudo não posso deixar de me referir a esta pérola do Alexandre Pascoal.
Caríssimo Alexandre, é precisamente por causa dessas prespectivas maniqueistas que a cultura Açoriana está no lastimável estado em que está. Talvez, se assim o entendes, é precisamente por ser de esquerda que essa política, ao longo dos anos, deu o deplorável resultado que deu. Politicas culturais socialistas e paternalistas no tempo dos governos do PSD e do comunismo católico do Dr. Mota Amaral, politicas igualmente socialistas e paternalistas no tempo do socialismo agnóstico de Cesar & Ciª ldª
Já agora, essas bolsas que enalteces, são de um miserabilismo tal que até mete nojo. Gostava bem de ver se fosse uma medida de outro partido e tu fosses ainda um simples promotor cultural. O que não dirias, para além do que escreverias.
Por mim não havia nem bolsas nem sequer subsidios. A criação artistica e cultural tem que, de uma vez por todas, deixar de ser um negócio, uma espécie de RSI para intelectuais.
Criar, seja nas artes plásticas, na música ou na literatura é um processo egoista e tem que continuar a ser, sob pena da virmos a assistir a uma globalização da cultura.
Ao contrário do que a maioria dos pseudo cosmopolitas que vós (pseuso intelectuais de erquerda) sois, Eu acho que deve haver uma música açoriana, uma literatura açoriana, uma pintura açoriana e que isto não seja uma espécie de segunda edição da visão neo-darwinista de Vitorino Nemésio. Não é a Ilha a lava e a gaivota que determinam a minha escrita, sou eu que o faço, sem determinismos históricos ou geográficos mas sem renegar a origem do meu saber. Sem peias, sem subsidios, livre de ser e pensar, livre de expressar o meu sentir.

8 de novembro de 2009

Quem foi que pediu uma Glasnost?

«O Partido Comunista Português considera que 20 anos após a queda do Muro de Berlim “o mundo está hoje mais injusto, mais desigual, mais perigoso e menos democrático” e que aumentou a “opressão e exploração dos povos – a começar por muitos dos ex-países socialistas, com a regressão de direitos laborais, a privatização de funções do Estado, com a ofensiva contra direitos e liberdades historicamente alcançados”.»
Notícia da LUSA com base no comunicado do PCP sobre os 20 anos da queda do Muro de Berlim, via o Arrastão.

7 de novembro de 2009

Limitação de mandatos


Este Senhor, Franklin Delano Roosevelt , foi a primeiro a suscitar a questão da limitação de mandatos na modernidade, originando a 22ª emenda e foi o único Presidente dos EUA a ser eleito para mais do que dois mandatos, 4 no caso. Já Aristólteles no seu Tratado de Política havia aflorado a questão da alternância do poder.
Como disse aqui, há algum tempo, sou totalmente contra a lei de limitação de mandatos porquanto entendo que é uma lei antidemocrática e que passa um atestado de menoridade aos cidadãos. Nesta mesma linha de pensamento, também não aceito a lei da paridade (os resultados estão bem à vista, menos deputadas, menos autarcas, menos Directoras regionais). Mas, não é por causa dos resultados, é por causa do princípio e dos argumentos.
A democracia, tal como a conhecemos, é um sistema de governo de iguais para iguais. Então, se é de iguais para iguais, limitar a escolha, pelos iguais, do acesso de um igual a um cargo de poder, é coarctar a liberdade de escolha dos iguais e fazer de um igual um menos igual.
Obviamente, este debate ressuscitou por causa das declarações de Cesar a abrir a possibilidade de um novo mandato e as recentes dúvidas levantadas por Jorge Miranda (dúvidas que residem apenas no espirito da lei, entenda-se) sobre essa possibilidade. Por mim, tanto se me dá como se me deu que Cesar seja candidato em 2012, os iguais que escolham, eu sempre direi que, sendo igual, não tenho culpa, não votei nem voto Carlos Cesar. Porém, parece-me despropositada a preocupação quer de socialistas quer de social-democratas sobre esta questão.
Na verdade, o que essa preocupação reflecte é: Por parte do PSD uma enorme descrença na possibilidade da sua líder vencer Carlos Cesar; Por parte do PS uma escandalosa crença de que o PS sem Cesar não será coisa alguma.
Afinal quase concordo com a lei, não estamos entre iguais mas entre um iluminado e uma manada de animais domésticos na perspectiva Aristotélica.

6 de novembro de 2009

O debate à volta da falta dele

Voltam a estar na ordem do dia questões relacionadas com a falta de liberdade do cidadão europeu ( se é que existe uma Cidadania Europeia) por causa das restrições de acesso à Internet que a Comissão tentou impor e que, o Conselho e a comissão parlamentar que representa (será que representa?) o Parlamento Europeu, decidiram aceitar desde que, “ só poderão ser impostas se forem necessárias, proporcionais e apropriadas a uma sociedade democrática”.
Esta questão que, fico ainda na duvida se é de relevante importância ou se, pelo contrário, é uma minudência, é mais um exemplo de como a Europa nos está a ser imposta e de que forma depois de imposta ela se aceita sem reacção.
Primeiro, é bom de saber o que são imposições e restrições ao acesso à informação “necessárias, proporcionais e apropriadas a uma sociedade democrática”. E, depois, é preciso saber se essa legislação europeia saída de um directório e não de um parlamento, não atropela Direitos Liberdades Garantias consagrados em diplomas constitucionais de alguns dos Estados Membros.
Segundo o Jornal Público, "Com a decisão checa da passada terça-feira, removendo o último obstáculo legal à entrada em vigor do novo tratado europeu, Cameron fez o que disse que faria. Anunciou a sua desistência do referendo, mas prometeu um conjunto de medidas destinadas a colmatar os seus efeitos e a impedir novas transferências de soberania para Bruxelas. Contava com isso apaziguar a ala mais nacionalista dos conservadores e dar um sinal positivo aos parceiros europeus. O tiro não está a sair-lhe tão certeiro como desejaria. Nem acalmou os tories, nem parece ter conseguido tranquilizar as capitais europeias.
Numa entrevista ao diário londrino The Guardian, Pierre Lellouche, braço-direito do Presidente Sarkozy para a política europeia e o mais "anglófilo" dos políticos franceses, classificou de "autista" a teimosia antieuropeia dos conservadores britânicos. "É muito triste ver a Grã-Bretanha, tão importante na Europa, afastar-se do resto da UE e desaparecer dos ecrãs dos radares."
O que, os mais euro-entusiastas se têm esquecido, neste domínio, é que os Ingleses, Tories ou Trabalhistas, não são euro-sépticos porque sim. Na verdade, o cerne da questão reside no facto dos Ingleses viverem numa "lastrada" democracia parlamentar imanada de um direito consuetudinário e serem muito ciosos das suas liberdades individuais. Uns e outros, Conservadores ou Trabalhistas, são de matriz liberal e parlamentaristas puros.
Aquilo que este novo documento, “Tratado que estabelece uma Constituição para a Europa”, travestido de Tratado de Lisboa nos oferece, não é aceitável para as velhas e lastradas democracias parlamentares. Na realidade, estamos perante uma substituição do parlamentarismo por um novo sistema, perigoso que concentra a grande maioria do poder legislativo no poder executivo constituído por dois directórios que não são eleitos mas escolhidos por uma espécie de iluminados, reduzindo a cinzas o principio fundamental da separação de poderes. Isso, na cabeça dos Ingleses, é inaceitável, tal como devia ser nas nossas cabeças. Contudo falta fazer o debate e falta explanar aos nossos iguais que é isto que está em cima da mesa e que é esse o problema fulcral que cria relutâncias aos súbditos de Sua Majestade a Rainha de Inglaterra. Todo o resto é folclore.

6 anos de :Ilhas.

Foi há seis anos com um Post do Pedro Arruda que, entretando os deixou, que começou o :Ilhas.
Parabéns aos resistentes João Nuno Almeida e Sousa, Alexandre Pascoal e Carlos Rodrigues. Venham mais 6 e mais escribas ou, pelo menos, mais escritos.
PS: Faltou-me mencionar a Olímpia Granada. Peço desculpa á Senhora da casa.

5 de novembro de 2009

Mais do mesmo até ao fundo.

Do debate parlamentar de hoje que, fui ouvindo ao “bochechos” nas rádios, além do ar pouco elevado com que Sócrates (de novo arrogante) se dirige aos Deputados, ressalta a insistência nas grandes obras públicas e na manutenção do Estado-social tal como o conhecemos.
Vai ser mesmo preciso bater no fundo para que alguém se lembre que só mudando os métodos se mudam os resultados, nessa altura será tarde para despertar a sociedade civil, já estaremos sob a tutela de um qualquer ditador.
Citarei, a esse respeito, novamente, Rousseau no seu Contrato Social, “O povo de Inglaterra considera-se livre, mas está redondamente enganado: só é livre durante as eleições parlamentares. Mal os deputados são eleitos, a escravatura passa a vigorar e o povo fica reduzido a nada . A utilização que faz dos escassos momentos de liberdade de que goza mostra bem que merece perdê-los”.

4 de novembro de 2009

Frase do dia.

A Beiça: “Portugal tem um ministro na rota do empobrecimento mas com indicadores do caraças”

O processo de porreirização em curso e o movimento dos descasados.

Sem tempo para leituras que não sejam as que a empreitada académica a que me propus me obriga. E com menos tempo ainda para escrevinhar, tenho-me ficado pelos meus blogues de preferência.
A ler, na íntegra e obrigatoriamente, mais este excelente post do Professor José Adelino Maltez no seu mais do que obrigatório - para qualquer cidadão e por maioria de razão para os aprendizes de politólogos, - Sobre o Tempo que Passa.

2 de novembro de 2009

Poesia Ingénua.

Açores

Viagem espectacular
Este passeio aos Açores
Com hortenses de encantar
Bem bonitas as flores

Saímos de manhãzinha
Toda a gente madrugou
Foi o meu baptismo de voo
Subi aquela escadinha
E depois já sentadinha
Eu comecei a rezar
Meu coração a apertar
Lá fui naquele avião
Viagem espectacular

Lá chegamos à Terceira
uma ilha maravilhosa
Era um sonho cor-de-rosa
Que eu tinha desde solteira
Com companheiros à maneira
Foram todos uns amores
Fiquei a dever favores
Pois foi tudo muito querido
Ajudando o meu marido
Neste passeio aos Açores

Chegamos ao Pico à tardinha
Ao nome não era alheia
Pois chamam à minha aldeia
Esse nome, por gracinha
Vimos as curraletas e a vinha
E continuando a passear
As vaquinhas a pastar
Viam-se por todos os lados
E aqueles grandes valados
Com hortenses de encantar

Depois S. Jorge e o Faial
A seguir Ponta Delgada
Uma princesa encantada
S. Miguel a capital
O cozido tradicional
Seus magníficos sabores
Fomos visitar uns senhores
Uns amigos cá da terra
A nossa visita encerra
Bem bonitas as flores

Maria do Monte
(Uma septuagenária que se auto classifica de repentista, de Ferreira do Alentejo, mulher e mãe de agricultores, visitou por uma vez os Açores, há algum tempo, e ainda hoje diz de memória estes versos).

1 de novembro de 2009

O regime, fiel defunto?

O regime está cheio de gente sem histórias para contar e com estórias que não podem ser contadas.
Um regime assim, é um regime moribundo.

31 de outubro de 2009

O regresso de Marcelo.

Em política, a mesma água passa muitas vezes debaixo da mesma ponte, parece-me uma verdade insofismável.
Porém, também me parece claro que, sempre que a mesma água passa a segunda vez debaixo da mesma ponte, já vem cheirando a lodo.

30 de outubro de 2009

Um erro a desvanecer-se

Eu também gosto de poucas pessoas e gosto do João Gonçalves que gosta do Paulo Rangel e do Pedro Santana Lopes. Por isso eu também gosto do Paulo Rangel e do Pedro Santana Lopes a quem a historiografia portuguesa haverá de fazer justiça sobre o que o “traliteirismo” socialista provocou não só à sua carreira politica como ao País.
O problema é que essas pessoas e mais uma boa maquia de seus iguais, militam no partido errado. São conservadores, católicos, ou pelo menos cristãos e defendem teorias do Estado mínimo entre o liberalismo e o neo-liberalismo. Essa gente, afinal, está no PSD por um equívoco, o que tratando-se de gente culta e inteligente, assusta. O PSD é, na verdade, um partido socialista, proletário e estaticista, na forma, no conteúdo e nas bases. Essa é que é essa.

Corrupção



Corrupção: acordem, acordem! E recordem...
O resultados conhecidos da operação face oculta são inequívocos e a abstenção comentarista dos políticos, como ainda ontem foi demonstrado pelo formal oposicionista José Luís Arnaut, permitem que esse vazio seja ocupado pelos grandes jornalistas de investigação que ainda temos. Seria uma boa oportunidade para o novo ministro da justiça mostrar que voltou a haver ministro no sector.
O tipo de corrupção que marca Portugal e grande parte dos países da nossa área não consegue ser detectado pelas melhores polícias. A parte visível do "iceberg", isto é, passível de provas, é bem mais ínfima do que as profundezas tentaculares de uma cultura laxista que nos entorpece. O combate é árduo, mas vale a pena e todas as forças políticas, morais e económicas não podem continuar a afastar-se do povo.
(...)
Leitura integral obrigatória do Professor José Adelino Maltez, hoje do incontornável Sobre o Tempo que Passa.

27 de outubro de 2009

Das Autonomias à Autonomia e à Independência.

Colóquio “Das Autonomias à Autonomia e à Independência: o Atlântico político entre os séculos XV e XXI”, que se realiza nos próximos dias 29 a 31 de Outubro, na Câmara Municipal de Ponta Delgada e na Universidade dos Açores
PROGRAMA

Quinta-feira, 29 de Outubro
Salão Nobre da Câmara Municipal de Ponta Delgada – 21h 00m
- Conferência de Abertura:
Avelino de Freitas de Meneses, O Governo dos Açores: das autonomias do passado à autonomia do presente


Sexta-feira, 30 de Outubro
Anfiteatro C, Universidade dos Açores – 9h 30m – 12h 30m
- ­­Vítor Ruas, Modelos de política autonómica na Antiguidade
- Pedro Cardim, Os representantes das cidades ultramarinas nas Cortes de Portugal da época moderna
- Debate

Coffee break

- José Damião Rodrigues, História de um motim: Nordeste, 1758
- Ricardo Madruga da Costa, Finanças municipais de Angra entre 1800-1805: coexistência de jurisdições e conflitualidade com o capitão-general
- Debate

14h 30m -18h 30m
- Arlindo Caldeira, Elite local, poder municipal e conflitualidade social e política na ilha de São Tomé nos séculos XVI a XVIII
- Teresa Lacerda, Os “discursos” da Insurreição Pernambucana
- Jelmer Vos, Portugal e o Reino do Congo, 1860-1913. Uma tragédia inevitável?
- Debate

Coffee break
- Paulo Miguel Rodrigues, Da Autonomia na Madeira: uma proposta de reapreciação da sua génese e desenvolvimento durante a primeira metade do século XIX
- Margarida Vaz do Rego Machado, Urbano de Mendonça Dias e as Autonomias
- Susana Goulart Costa e Wellington Nascimento, A Autonomia no Museu: divagações sobre uma proposta museológica
- Debate

Sábado, 31 de Outubro
Anfiteatro C, Universidade dos Açores – 9h 30m – 10h 30m
- Carlos Cordeiro, Da proclamação da República à instauração do Estado Novo: Regionalismo e Autonomia na imprensa açoriana
- Susana Serpa Silva, A autonomia no discurso das primeiras gerações republicanas dos Açores. Breve contributo
- Debate

11h 00m – 13h 00m
- Debate / mesa-redonda: O novo Estatuto dos Açores e o futuro da Autonomia
Moderadora: Carmo Rodeia (jornalista)
Intervenientes:
- Jorge Miranda (Universidade de Lisboa)
- Carlos Amaral (Universidade dos Açores)
- Ricardo Rodrigues (Assembleia da República)

22 de outubro de 2009

Coisas que importa saber...

... sobre o novo Governo da República.

Fotografia SAPO.PT

Quem é que vai ser o/a novo/a Director/a Regional da Cultura?

Quando é que vai haver governo?

O Governo desta choldra a que alguns teimam a chamar Portugal, regressou da sua silly season directamente par a campanha eleitoral das autárquicas. Digamos que para lá de 2 meses que não temos governo. Fez falta? Nenhuma.
Post Scriptum: "Governa melhor quem governa menos".

21 de outubro de 2009

INCOMPETÊNCIA

Já lá vão 3 anos deste quadro comunitário de apoios e no que concerne ao programa PRORURAL estamos com 0% de execução. Nunca, em nenhum quadro comun itário de apoio, a Região foi tão incompetente na análise, aprovação e execução de projectos como agora. Nunca.
Foi inventada uma nova estrutura, criada uma Direcção Regional para o efeito (ou terá sido para empregar os amigos e formar clientelas políticas?), foram descartados os serviços do IFAP e a experiência dos seus técnicos e o resultado é esta vergonha nacional.
Onde param as Corporações que as não ouço? Deviam estar brandando permanetemente, ficam-se por uns meros "latidos" institucionais. Vão podres as coisas nesta amostra de região governada por politicos de terceira categoria.
Post Scriptum: "Governa melhor quem governa menos".

20 de outubro de 2009

O Lugar de Baco.



Conheço o Rui Teixeira quase desde que tenho a noção da minha própria existência. Companheiro, amigo, partilhamos uma paixão, os cavalos. No meio equestre, marialva, o vinho tinto e as castanhas estão sempre presentes.
Há 17 anos que me tornei abstémio, quase fui um fundamentalista anti álcool, mas nem por isso deixei de apreciar conversar e ouvir quem aprecia os vinhos e a gastronomia. Há caçadores, pescadores, enólogos e aqueles que gostam de falar com eles, é nessa última classe que me incluo. Quando recebo em casa amigos gosto de lhes proporcionar uma “boa pinga”, recorro assim aos amigos que sabem da poda e estão em cima do acontecimento.
Depois do +Lapas do Paulo Pacheco, aqui vos trago este O Lugar de Baco, do Rui Ribeiro Teixeira que, sendo um enólogo amador, mete toda a sua paixão e empenho o que nos traz garantias de qualidade nas escolhas e boas pistas para as nossas idas ao mercado em dia de festa.
Parabéns ao Rui e votos de muitas visitas ao blogue.

Depois do Isaltino...já acredito em tudo.


Foto Público online

Segundo o jornal Público de hoje que cita ao Jornal Nacional da TVI, aquela estação de televisão divulgou a existência de um fax trocado entre administradores do Freeport, no qual é feita uma referência explícita a um suborno de dois milhões de libras (três milhões e duzentos mil euros). A linhas tantas pode ler-se: “Os efeitos dos acontecimentos do fim-de-semana, com os revezes sofridos pelo PS, nomeadamente nas eleições autárquicas, incluindo Lisboa, e a demissão do Governo de Guterres significam que Sócrates deixou de ser Ministro do Ambiente e que vai haver um compasso de espera de quatro ou cinco meses até que for eleito um novo Governo e nomeado um novo Ministro”, escreve Payne a Rick Dattani, que, por sua vez, reenvia o texto para um outro administrador, Jonathan Rawnsley.

19 de outubro de 2009

Eleição do “lambe botas” do ano 2009


Uma iniciativa do O Sono Luso
São elegíveis figuras mais ou menos públicas, maiores de 18 anos, e não reconhecidas como portadores de cartão de militância PS. Esta figura deverá ter dado apoio mais ou menos directo ao governo PS e utilizado os meios ao seu dispor (jornais, internet, pombos-correio, etc.) que permitam inequivocamente entender o apoio a José Sócrates.

O Povo é que sabe.

Eu bem vos digo que o Povo é sábio. Demora, há vezes em que demora muito tempo, a perceber o que é a "boa e a má moeda" mas chega sempre lá.

Nossa Senhora de Fátima ilumine Paulo Portas.

Nem me parecia uma ideia do Paulo Pinto de Mascarenhas. Mas, “pois alevá”. Vejo que numa certa direita que gostou de passar pelo poder, resiste uma nostalgia do salamaleque.
Ao contrario de alguns “think thankers”, próximos de Portas que vêem com olhos benévolos uma aproximação do CDS ao PSD ou pior, ao PPD/PSD (distingam-se os partidos), eu penso e julgo pensar como a maioria do eleitorado0 do CDS, que a última frase do post do Paulo é bem mais interessante para o partido do Largo do Caldas, do que uma coligação ou acordo com o saco de gatos em que se transformou o partido da São Caetano à Lapa.
O CDS não tem que ser muleta de ninguém, muito menos de um PSD que uns dias é liberal a seguir defende o estatismo, no outro social-democrata, mais tarde é conservador para depois ser socialista. O PSD é, na verdade, um partido de matriz ideológica socialista, construído no pós 25 de Abril com inspiração nos países social-democratas do Norte da Europa, não é, por isso, um partido de direita.
A direita, ou as direitas se quisermos seguir o raciocino de Jaime Nogueira Pinto, em Portugal, é protagonizada, única e simplesmente, pelo CDS e por Paulo Portas. Ponto. Agora chegamos aos dois dígitos amanhã as duas dezenas depois os 30% que nos permitam ser poder sem ser muleta de seja quem for.
Neste sentido, ao CDS, só interessa uma coisa, caríssimo Paulo, que o PSD continue de líder em líder, passo a passo até à derrota final.

18 de outubro de 2009

17 de outubro de 2009

Escolha ética.

Tenho andado, nos últimos dias, embrenhado em livros e apontamentos que me relacionem a ética com o exercício do poder. Na minha mais pura ingenuidade, poder é uma sucessão de escolhas e, escolhas em poder, são uma sucessão de decisões baseadas em valores éticos e morais. Obviamente não sou assim tão ingênio para acreditar que do outro lado vou encontrar alguém que pensa da mesma forma do que eu. Mas, contudo, tenho esse vício de forma de partir do principio, que me parece bom, de que toda a gente tem boas intenções (tenho me enganado tanto).
Seguindo a máxima popular de que a verdade vem sempre ao de cima e que, tal como nos filmes, os vilões acabam sempre por perder, sigo tranquilo à espera de que o “peru tenha o seu natal”.
Infelizmente, nem sempre tenho tido razão. Mas, nem por isso deixo de decidir e de fazer as minhas escolhas éticas.
A esse respeito, vale a pena ler o Miguel Soares de Albergaria no seu O nó do problema ocidental, especialmente este post que a linhas tantas reza: (...) Assim são as escolhas: umas levam a uns resultados, outras levam a outros, no fim nunca tudo se dissolve como se a escolha afinal fosse só aparente! Daí a necessidade da ética - a disciplina que visa assinalar os valores que orientam as escolhas cujos resultados se revelam em geral os melhores; ainda que para lá chegar a médio prazo seja preciso pagar um preço a curto prazo.(...)

16 de outubro de 2009

Na selva?

Sexta Feira Nem Que Chova

Carlos Tê / Rui Veloso


São oito menos cinco
Já piquei o cartão
Para começar o dia
Entro na oficina
São oito menos cinco
De mais uma bela matina

Ao toque da sirene
Ponho as mãos no aço
Saltam as limalhas
Ficam no cachaço
Ao toque da sirene
Marco o meu compasso

A manhã vai lenta
Do meio-dia nem sinais
Tenho a boca amarga
Com o sabor dos metais
A manhã vai lenta
E as horas duram mais

Vou fumar um cigarro
Até ao w.c.
Sabe-me pela vida
E sempre dá alento
Vou fumar um cigarro
Aproveito e queimo o tempo

O que vale é sexta-feira
Depois é dia de alcova
Cuidado com a soneira
Cuidado com a escova
O que vale é sexta - feira
Sexta - feira nem que chova

Vou indo devagar
Não ligo a louvores
Não me vou esfolar
Também não sou um sorna
Mas para a obra acabar
Há tempo até à reforma.

Pelo beicinho.

Mais um excelente post de um excelente blogger que dá pelo nome de Fernando Freitas.

Nem de propósito.

Um post do Professor José Adelino Maltez no seu incontornável Sobre o tempo que passa.

15 de outubro de 2009

Quem quer um chocolate regina?

Se o resultado em eleições autárquicas fosse indicador de fim de ciclo ou de liderança enfraquecida ou até de fim de liderança como por aí se exige a Berta Cabral, Cesar só tinha estado no Governo 1 ano. Na verdade, Carlos Cesar perdeu as autárquicas de 1997 em toda a linha, voltou a perder em 2001 e em 2005. Dá-se um chocolate Regina a quem indicar um líder regional que tenha averbado tantas derrotas eleitorais como Carlos Cesar averbou até hoje.

O regime no seu melhor.

FotoDN oneline
O regime, em crise, insiste nas suas venerandas figuras para o continuar a dirigir. De consenso em consenso até ao fundo do abismo. O regime é aquilo que o seu povo entende que ele seja. O regime é o espelho do Povo. E o resultado para os efeitos do que esse mesmo Povo deseja? Será o que o regime prepara? Já todos, Povo, sabemos que não mas continuamos a assobiar para o lado. Todos não, haverá sempre irredutíveis que teimarão em pensar e repensar o regime. Que mais não seja para gozo próprio. Vai-se lá entender este Povo e este regime.

Triste sina ter nascido português.



Pobre país que anda a discutir as declarações mais ou mesnos felizes, mais ou menos verdadeiras de uma estrela da TV brasileira. Até nos blogues de referênci o tema é debatido. Pbre país que, até na direcção do abismo, te arrastas.

Antes que me esqueça.

A vitória do Partido Socialista em Vila Franca do Campo soube-me quase tão bem como a sua derrota em Vila do Porto.
Também na Vila, foi a democracia que venceu o nepotismo e o caciquismo. Também na Vila, o golpe foi de misericórdia.
Importa, no entanto, ressalvar duas situações:
Em Vila do Porto, a principal vítima foi a Presidente da Câmara Dr. Nélia Figueiredo. Contudo, não era ela o cacique nem era ela a autora moral e material dos nepotismos, diga-se em abono da verdade.
Em Vila Franca, pelo contrário, o cacique mor era o Presidente da Câmara Rui Melo.
Em Santa Maria, a derrota foi, essencialmente dos caciques locias, do Governo Regional, de José Contente e de Carlos César. Na Vila Franca a derrota foi, essencialmente de Rui Melo.

14 de outubro de 2009

Até alguns socialistas aplaudiram a derrota do PS.

Águas calmas
Por aqui, nesta Ilha de Gonçalo Velho, respira-se liberdade. O caciquismo levou o golpe de misericórdia, valha-nos Santa Maria Madalena. Recolham-se SFF.

Post Scriptum: Para bom entendedor meia palavra basta.

13 de outubro de 2009

Pelo cano.

Não é preciso vir o Professor Hernâni Lopes dizer que é um grande disparate, no momento presente, o investimento no TGV, e baseado em grandes obras públicas.
Já muito leigo havia alvitrado esse erro estratégico.
Já aqui afirmei muitas vezes mas nunca é demais e para memória futura (essa é a grande vantagem do blogue) voltar a frisar. Esta não é uma crise de confiança nem uma simples crise financeira seguida de recessão económica como foi a 1929. Esta é, antes de mais, uma crise de regime e estamos em 2009. Keynes morreu, Hayek também.
O muro de Berlim caiu há 20 anos e o socialismo morreu com ele.
Insistir no estado todo poderoso, no proteccionismo e na regulação é atirar o Estado para o cano do esgoto. Portugal está prestes a entrar em insolvência, as despesas com as prestações sociais (subsidio de desemprego e RSI) sobem enquanto que a receita fiscal baixa sem que os governantes tomem medidas fiscais de reanimação da economia.
As empresas atrasam-se, cada vez mais nos seus compromissos. O desemprego aumenta exponencialmente, paralelamente cresce o pequeno e o grande crime (afinal toda a gente precisa de comer), a revolta instala-se (veja-se o episódio de ontem em Rabo-de-Peixe) o desconforto manifesta-se, a desconfiança anda à vontade entre nós. O Homem, aos poucos, vai se animalizando, é o regresso ao estado natureza.
Em breve não haverá dinheiro para pagar aos funcionários públicos e as prestações sociais.
Esse dia é o primeiro dia da guerra civil.

Há coisas que o Povo não perdoa.

Pelo menos aqui é assim, em Oeiras e em Gondomar nem por isso.
Há coisas que o Povo não perdoa e os partidos políticos (parte desse Povo mas às vezes alheios) também não deviam perdoar. Sara Santos, nomeou o marido Chefe de gabinete da Câmara das Lajes do Pico. Perdeu as eleições. Rui Melo, nomeou o filho para a administração da empresa que gere a Açor Arena em Vila Franca do Campo. Perdeu as eleições. Isto por cá, até se perdoa a inoperância e a incompetência, ( em Santa Maria durou anos) o que não se perdoa é a desonestidade, seja ela material ou intelectual.
“Diz-me com quem andas e dir-te-ei quem és”, Berta Cabral que atente neste dito popular. Não basta ter carisma, ser sério e competente, é preciso escolher as companhias certas. O cheiro a bafio “amaralista” que incensa a sede do PSD-Açores, não é bom conselheiro. Todos nós, Açorianos da esquerda à direita com passagem pelo grande “centrão” admiramos e respeitamos o Dr. Mota Amaral pela sua entrega e dedicação à causa autonómica e ao desenvolvimento dos Açores. Reconhecemo-lo, respeitamo-lo. Contudo, mesmo muitos dos que sempre o fizeram, já não votam nele. O recurso sistemático à figura de Mota Amaral para encabeçar a lista do PSD à Assembleia da República foi um erro capital para o PSD, Berta Cabral foi recorrente nesse erro. A solução estava mesmo ali ao pé, Duarte Freitas, acabado de sair de Bruxelas por artes de paridade, enquadrava-se lindamente no lugar. Dir-me-ão que Mota Amaral não queria ir-se embora. Paciência, ou como se diz na minha terra, ele que se amanhasse.
Berta Cabral também perdeu Votos em Ponta Delgada para uma lista de um inenarrável Paulo Casaca. Na verdade, basta olhar à volta da lista e apoios de Berta Cabral e os arrepios de espinha logo se fazem sentir. Outra vez o recurso aos bafientos do costume, gente que antes de chegar a velho já o é, gente que se julga gente mas que nunca o será. Gente sem estrutura ética e moral para desempenhar cargos públicos ou sequer de chefia.
A renovação não pode nem deve ser pura retórica, tem que ser efectiva, clara, inequívoca, de entre os melhores e para os melhores. César está a fazer isso ao PS-Açores, contra a vontade de muitos dos históricos, é verdade, com a resistência dos que sempre foram socialistas, também é verdade, mas, com um resultado que está à vista e que apenas fica manchado pelo “incidente” do desempenho eleitoral nas europeias de Junho passado.
O discurso de vitória envergonhado na noite de Domingo, é um bom exemplo de maus conselhos que Berta Cabral terá recebido nos bastidores da sede do PSD. A sua obrigação era assumir a derrota do PSD, salvaguardando sempre, para uma parte do discurso, a sua vitória pessoal em Ponta Delgada, sem dúvida, é-lhe devida e é justa, mas assumindo a derrota do Partido a nível regional e lembrando que também Cesar já tinha perdido muitas eleições autárquicas e europeias e não se tinha demitido dos cargos de Presidente do PS-Açores e Presidente do Governo regional. Essa honestidade intelectual ser-lhe-ia reconhecida. O discurso da vitória não.
A justa e fantástica vitória em Vila do Porto não apaga a duríssima realidade, antes a pôe em evidência, em Santa Maria houve renovação e envolvimento da população, coisa que faltou na maioria das candidaturas.
Saiba Berta Cabral varrer e arrumar a casa, (tem dois anos para o fazer) e 2012 será uma possibilidade, não o fazendo, já e agora, 2012 não passará de uma luzinha ténue no fundo de um túnel de ilusões. Infelizmente.

12 de outubro de 2009

Elementar Justiça.


Estou, desde a noite de 27 de Setembro, para escrever sobre a estrondosa subida do CDS nas eleições legislativas. Esse texto que, anda aos trambolhões na minha cabeça, torna-se ainda mais premente depois do resultado das autárquicas. Contudo, não quero precipitar-me pois não quero correr o risco de ser injusto nem com Portas nem com Artur Lima, os dois indiscutíveis obreiros, nacional e regional, dessas vitórias.

Piadinha de ocasião.

O BANIF vai ter um novo chefe dos extratos de conta.

Um pormaior.

Hoje ninguém me disse que a culpa era do CDS.

E porque não?

Carlos César admite recandidatar-se ao Governo Regional.
Afinal seria só voltar com a palavra atrás mais uma vez, a terceira vez, mais precisamente.

Curiosidades da Ilha do Sol.

Carlos Rodrigues (400) é o 3º Terceirense candidato à Autarquia de Vila do Porto e o segundo a conseguir ser eleito.
Carlos Rodrigues, nos últimos anos, tem passado mais tempo na Ribeira Grande e em Ponta Delgada onde desenvolve intensa actividade empresarial, do que em Vila do Porto.

Santos da Casa não fazem milagres?

11 de outubro de 2009

Interessa responder.

Porque interessava aqui saber, intressa agora responder às peguntas que deixei no ar a 28 de Setembro.

Importa saber se o PS aguenta a Câmara da Horta, com ou sem CDU?
Aguentou e sem CDU
Importa saber por quantos ganhará a Drª Berta Cabral em Ponta Delgada?
Ganhou por menos do que há 4 anos
Conseguirá o PS aguentar o "ridiculo" resultado de há 4 anos ou ainda perderá mais?
Não só aguentou, como recuperou e bastante
Importa saber, depois de ter perdido 14000 votos nas europeias e 11000 nas legislativas, quantos votos vai perder Cesar nas Autárquicas?
Não perdeu nenhum e recuperou bastantes
Eu, como voto na Ribeira Grande, não serei tido nem achado nessas "guerras" mas se fosse, sei bem em quem não votaria, nem que o Islão me obrigasse.
Votei e não foi no vencedor.

Piada de ocasião

Havia 400 razões para votar PSD em Vila do Porto.

Parabéns Carlos Rodrigues.

Se eu votasse em Santa Maria, terias o meu voto como muito bem sabes. A vitória do PSD em Vila do Porto é muito importante e não é uma vitória do PSD apenas, é em primeiro lugar do Carlos Rodrigues (400) e de uma equipa jovem, dinâmica, eclética e multi-color no sentido partidário. Santa Maria ganhou hoje um novo alento, saibam os marienses tomar este resultado não como um patamar de chegada mas como um ponto de partida para uma nova atitute de luta pela Ilha, pelas suas gentes, pelas suas ambições, pelas suas aspirações e pelo devir de um tempo melhor.

Parabéns ao PS Açores

O PS é o grande vencedor das Autárquicas nos Açores.
Ao PSD, importa fazer um alvitre. Cuidem os caciques locais que o Povo acordou. Ninguém é dono de ninguém nem, muito menos é dono dos votos ou da consciência.

10 de outubro de 2009

Ao cuidado da CNE

Alguma esquerda que, pior do que maniqueísta acha acima da lei e que pode fazer o que não pode simplesmente porque sim, resolveu esquecer a lei e não cumpriu o dia de reflexão. Aqui, aqui e aqui com a agravante de se tratar de um aprendiz de jurista e de chico-esperto por ter usado o fuso horário como alibi. Por mim tanto se me dá como se me deu, mas costumo medir a dimensão ética e moral das pessoas por estas pequenas coisas. A escola de Cesar fez pupilos. Bons pupilos. Da CNE espera-se que averigúe e sancione os prevaricadores, ao tribunal exige-se um tratamento diferente do que recebeu o Sr. Presidente do Governo.

9 de outubro de 2009

opinião insuspeitamente assumida.

“Mom!” my 12-year-old yelled from the kitchen. “President Obama won the Nobel Peace Prize!” I told her she had to be mistaken.
This is ridiculous -- embarrassing, even. I admire President Obama. I like President Obama. I voted for President Obama. But the peace prize? This is supposed to be for doing, not being -- and it’s no disrespect to the president to suggest he hasn’t done much yet. Certainly not enough to justify the peace prize.
(...)

Ruth Marcus no The Washington Post

Nobel que não interessa nada.

Ao longo da história da Academia Norueguesa, o Nobel da Paz tem sido, provavelmente, o prémio que maior polémica tem suscitado. Basta lembrar Arafat. Talvez, seja esse mesmo o propósito da academia. Contudo, as idiossincrasias da “real politik” não explicam tudo.
A atribuição do Nobel da Paz a Barack Obama é, no mínimo, precipitada. Admito que “in a near future” Obama venha a desempenhar um papel importante na construção da Paz mundial, afinal sou um crente na Humanidade e na construção de uma paz democrática na perspectiva “wilsoniana” da mesma. No entanto, as provas dadas pela administração Obama ainda não foram suficientes para garantir esse desígnio. Desde logo, pelo reforço do esforço de Guerra no Afeganistão e o recente episódio aqui relatado sobre o envolvimento do líder Tibetano e o Presidente da República (capitalista selvagem) Popular da China. A ver vamos.

8 de outubro de 2009

Nobel que interessam.


Herta Müller, de quem nunca li uma única palavra, foi a vencedora do Nobel da literatura. Perdi, estou já habituado a perder nessa coisa das escolhas da Academia Sueca.
A minha aposta ia para Claudio Magris e o seu Danúbio, vencedor do Prémio Príncipe das Astúrias das Artes em 2004, um Livro classificado como literatura de viagens mas carregado de reflexões e coisas que nos atormentam nos dias que correm.
Confesso, dou quase nenhuma importância à atribuição dos prémios Nobel, cada vez ligo menos. Contudo, é sempre com alguma ânsiedade que espero pelo Nobel da literatura e p+elo Nobel da medicina.

7 de outubro de 2009

Realismo Político

Bush, o "malvado" a 17 de Outubro de 2007 agaciou o líder Tibetano com a Congressional Gold Medal e instigou Paquim a receber o Monge Tibetano.
Agora, o bonzinho do Obama, adiou receber o líder espiritual Tibetano.
O encontro entre Barack Obama e Dalai Lama foi adiado para depois da reunião do chefe da Casa Branca com o Presidente chinês, Hu Jintao, esse democrata.

O mundo inteiro, o mundo que se acha o único civilizado e que depositou as suas esperanças em Barack Obama, deve estar, agora, muito desiludido com o líder norte americano.
Eu já não me desiludo. Não me chego a iludir.
A Real Politik de Kissinger, volta a estar na ordem do dia. De Tucídides aos nossos dias, da Guerra do Peloponeso à tomada de Bagdad.
Em relações internacionais não há lugar a ideologias nem a utopias, é a chamada “real politik” que conta. Os valores éticos e morais do ambiente interno não condicionam o comportamento dos estados em ambiente externo. A única coisa que condiciona as relações entre os Estados são os interesses desses mesmos Estados.
Quem insiste em não perceber isto, então não percebe nada de política.

Pobre cidade de Angra do Heroísmo.

Sem herois, sem baía de pitratas sem comércio das indias e cm gente dessa nos seus mandos. Pobre de ti que foste, de todas, a mais cidade das cidades das nossas Ilhas.

6 de outubro de 2009

Com o mal dos outros posso eu bem.

Valentina Pasquali, uma Italiana de nascimento, residente nos Estados Unidos da América onde é repórter do Washington Prism, escreve no nº 10 da revista Foreign Policy o seguinte: A Itália está transformar-se num Estado falhado da Europa Ocidental, mas será que os Italianos estão preocupados com a forma como a máfia está infiltrada em todo o lado?
Leio o artigo até ao fim. Valentina, desiludida com o seu Povo acaba concluindo que os Italianos, ou pelo menos uma boa maquia deles, “por causa da sua desconfiança em relação ao corrupto e ineficiente Estado” aceitam algumas propostas e “mudanças propostas pela máfia nas suas comunidades” chegando mesmo a criticar os esforços de alguns funcionários na luta pelo desmantelamento das redes criminosas.
Cabe ao Estado, aos seus agentes, imprimir um ritmo crescente de confiança nas instituições por forma a que o cidadão se sinta seguro e protegido para além daquilo que ele próprio pode fazer por si a pela sua família.
Adepto que sou da velha máxima liberal de que “governa melhor quem governa menos” reservo, no entanto, para o Estado a função de combate ao crime seja ele grande, pequeno, violento ou pacifico, do colarinho branco o do colarinho verde (novo conceito de crime ambiental). Caso contrário, caímos na anarquia da justiça popular, risco que corremos já há bastante tempo.
Ora, cabe no entanto ao cidadão, no pleno exercício dos seus direitos cívicos escolher quem nos governa. Essa escolha deve recair, em primeiro lugar sobre quem nos dê garantias de honestidade. Não entendo por isso que, candidatos ao desempenho de cargos públicos indiciados por crimes ou com condenações a penas efectivas de prisão, recolham a maioria dos votos dos seus concidadãos.
Vem esta minha reflexão a propósito das sondagens que por aí pululam sobre o resultado de Isaltino Morais em Oeiras.
Tal como a Itália “retratada” por Pasquali, Portugal caminha para o precipício, para o abismo talvez? Oeiras é, segundo um estudo publicado recentemente, o Concelho de Portugal com maior percentagem de licenciados, presumir-se-ia, gente culta. Qual falácia. Gente esperta, talvez. Esperta mas saloia, mais saloia do que aquela que num passado ainda recente aclamou Salazar e Carmona.
A passividade dos Portugueses em relação às questões éticas e morais no exercício de cargos públicos é tão grave quanto é a passividade dos Italianos em relação à Máfia. A diferença é que a nossa “Máfia” ainda se submete a votos e, por isso, temos a possibilidade de a banir e arredar do poder decisório.
Então, porque não o fazemos?

Já não há condições.

Se quiserem saber a minha opinião sobre o Professor Cavaco Silva, basta fazerem uma busca neste V. blogue. Por isso, não é, para mim, novidade alguma o que se está a passar entre o Presidente da República, as Instituições e entre elas a mais importante das Instituições, a Nação.
Cavaco Silva, na minha modesta opinião, nunca teve condições para ser Presidente da República e, só o foi, porque Sócrates insistiu na “baboseirada” de se opor a Manuel Alegre apoiando uma candidatura requentada de Mário Soares.
Agora, quase findo o mandato e depois de ter tropeçado nos seus próprios pés, Cavaco perdeu as poucas condições que tinha para uma recandidatura. A não ser que o Povo Português, a tal Nação, esteja num estado de “bovinidade” tal que não se tenha ainda apercebido quem é o verdadeiro Cavaco, bem retratado na expressão que percorreu hoje a blogosfera escrita em português, de lés a lés e que abaixo transcrevo.
"Cavaco Silva parece bafejado pelos deuses: conseguiu criar uma imagem de rigor por ser hirto, uma imagem de seriedade política por não ter sentido de humor e uma imagem de prudência por se exprimir com o laconismo de um jogador de futebol."

José Vitor Malheiros no Público

5 de outubro de 2009

Horta e Angra do Heroísmo.

Paços de Conselho-Horta-Faial-Açores
Os debates com os candidatos a autarcas que a RTP-Açores, a bom tempo, se lembrou de nos presentear, têm desempenhado o papel de nos reavivar a memória sobre a qualidade, ou falta dela, dos nossos políticos.
Desde a pobreza de ideias, ao mau gosto no vestir e na escolha das gravatas até á boçalidade. De tudo um pouco se tem visto por esses Açores fora.
Espero, ansioso e por razões diferentes, dois desses debates. Horta e Angra do Heroísmo.
Horta porque há muito que acho que, embora hábil, João Castro não tem estrutura moral e intelectual para pôr a mais central das cidades Açorianas no lugar onde já esteve e merece estar no panorama geopolítico e geoestratégico.
Fachadas em Angra do Heroismo

Angra do Heroísmo, porque acredito que o CDS pode fazer história. Artur Lima foi corajoso ao concorrer a Angra, dando assim, o mote para que outros dirigentes se chegassem à frente. Artur Lima é um bom candidato e uma escolha muito forte mas pertence a um partido que apenas consegue 10% dos votos, precisa chegar aos 30% o que não será fácil. Contudo, conta com a ponderável dos candidatos do PS e PSD serem abaixo do nível desejado para uma Autarquia como a da Cidade Património da Humanidade.
A ver vamos, já só falta uma semana, aproximadamente.

O Último Rei.

3 de outubro de 2009

Está tudo inventado.

No âmbito da filosofia política, está, de facto, tudo inventado.
O texto do meu post de ontem (onde não referi o autor propositadamente) que, reflecte a realidade actual em quase todas senão todas as democracias parlamentares, foi escrito por Rousseau, no seu “contrato social”, trazido aos escaparates no terceiro quartel do século XVIII. Está, de facto, tudo inventado e nada mudou. As liberdades são outras, exercidas também de forma e circunstância diferentes. Mas, também a peias e as correntes são outras. Contudo, essas, não deixaram de existir.

2 de outubro de 2009

Um texto sobre eleições. Reflexões.

“O povo de (...) considera-se livre, mas está redondamente enganado: só é livre durante as eleições parlamentares. Mal os deputados são eleitos, a escravatura passa a vigorar e o povo fica reduzido a nada . A utilização que faz dos escassos momentos de liberdade de que goza mostra bem que merece perdê-los”.

30 de setembro de 2009

Quanto vale um pau-de-canela?

Alguma blogosfera e muita opinião publicada espanta-se, hoje, com a vacuidade da comunicação do Presidente da República de ontem. Pois, eu, não me espanto nem um bocadinho.
Quem tenha seguindo com atenção o que por aqui tenho escrito acerca do Sr. Silva de Boliqueime, certamente se recordará do epíteto “pau-de-canela” com que tenho brindado o “homem da regisconta”, oco como um pau-de-canela. Haverá melhor adjectivação?
Preocupa-me que uma certa direita, letrada, culta, política, seja capaz de votar e apoiar um tecnocrata arrogante- que em tempos desprezou a política- para desempenhar funções políticas.
Na verdade, Cavaco não pertence ao mundo da verdadeira direita conservadora no que é bom e liberal no que é preciso, é um parolo com tiques autoritários e um pensamento enviesado que julga-se capaz de ser o que não é, ou de mostrar ser diferente do que realmente é. Manipulado e manipulável como sempre foi por Dias Loureiro, Isaltino Morais, Duarte Lima e por mais uma boa mão cheia de nomes que nos recordarão, certamente os telejornais de outro e deste tempo, Cavaco não passou de uma marioneta ao serviço de uma cáfila que se juntou ao PSD para se servir do Estado.
A chamada direita parola, impreparada para a política, que, assentou a sua imagem nas verdades absolutas da tecnocracia em vez de o fazer no campo das ideias políticas, começa agora a ser mais parecida com o que sempre foi. Ou como alguém escreveu por estes dias, “afinal a boa moeda vale tanto como a má moeda, cerca de 30%”, por enquanto.

29 de setembro de 2009

Atiraram a toalha ao chão?

Andam por aí uns aprendizes de políticos que se cruzam nos corredores do PS e do Governo com Carlos Cesar mas que com ele nada aprendem, ele, Cesar, provavelmente nem sequer liga peva a essa gentinha.
Essa gente anda a tentar vender às bocas pequena e grande, que votar na Drª Berta Cabral para a Câmara de Ponta Delgada é a mesma coisa que escolher José Bolieiro para Presidente. Ou seja, são tão bons políticos que, tal como a generalidade do Povo Açoriano, já dão como garantida a vitória de Berta Cabral nas Regionais de 2012. Cada um sabe as linhas com que se cose.

Ainda a respeito de culpas.

No seguimento do meu post de ontem e porque ainda nutro alguma consideração por alguns social-democratas açorianos e porque o meu primo JNAS merece uma achega para ver se ajuda a Drª Berta Cabral a não cometer, nas regionais de 2012, os mesmos erros que MFL cometeu agora, vai um texto do Francisco Proença de Carvalho que, só agora descobri no 31 D'Armada.
Não vale a pena tapar o sol com a peneira
Um dos piores erros dos derrotados é desvalorizar a vitória dos que ganham. É uma espécie de bálsamo para atenuar a frustração da derrota. Vejo por aí muito boa gente a dizer que o PS não ganhou porque perdeu deputados para todos os partidos. Relembro: em democracia ganha quem tem mais votos! O PS é o vencedor destas eleições. O problema é que podia e devia tê-las perdido! E sejamos frontais: tal só não aconteceu porque, com muita pena minha, o PSD foi profundamente incompetente…
Foi incompetente quando não soube aproveitar a dinâmica de vitória criada pelo resultado das eleições europeias;
Foi incompetente quando não apresentou uma verdadeira renovação nas listas de candidatos a deputados;
Foi incompetente quando apresentou um programa dúbio, pouco claro e sem medidas verdadeiramente reformadoras;
Foi incompetente quando não aproveitou o interessante e inovador trabalho realizado pelo Instituto Francisco Sá Carneiro e o Gabinete de Estudos do partido;
Foi incompetente quando assentou a sua estratégia na ideia de que “em Portugal não se ganham eleições, perdem-se”;
Foi incompetente ao desprezar o valor da imagem e energia mediática no Século XXI;
Foi incompetente quando se asfixiou na história da asfixia democrática que nenhum interesse tem para a resolução dos muitos problemas do país;
Enfim, foi um partido sério, mas incompetente nos momentos decisivos…
Tenho estima e admiração por algumas das pessoas que vêm conduzindo o PSD. Penso que Manuela Ferreira Leite foi fundamental para estancar a degradação de recursos humanos que minava o PSD de Menezes. No entanto, o PSD fez muito pouco para ganhar estas eleições. Parecia uma equipa de futebol a jogar para o empate. E, quando se joga para empatar, normalmente perde-se…

28 de setembro de 2009

Vocês (CDS) é que tiveram culpa...

... foi a frase que mais ouvi hoje ao longo do dia por parte de muitos Social-democratas. Era só o que mais faltava. Um “gaijo” faz o seu trabalho e ainda tem culpa dos outros não terem feito o seu.
Muitos militantes do PSD que são mais à direita, nutrem pelo CDS um ódio visceral incompreensível. Afinal, eles é que estão no partido errado.

Private entry

Freedom it’s our biggest active .

O que interessa saber.

Daqui a 15 dias vamos outra vez a votos.
Importa saber se o PS aguenta a Câmara da Horta, com ou sem CDU.
Importa saber por quantos ganhará a Drª Berta Cabral em Ponta Delgada?
Conseguirá o PS aguentar o "ridiculo" resultado de há 4 anos ou ainda perderá mais?
Importa saber, depois de ter perdido 14000 votos nas europeias e 11000 nas legislativas, quantos votos vai perder Cesar nas Autárquicas?
Eu, como voto na Ribeira Grande, não serei tido nem achado nessas "guerras" mas se fosse, sei bem em quem não votaria, nem que o Islão me obrigasse.

27 de setembro de 2009

Falta apurar apenas uma Freguesia e...

... Felix Rodrigues não será eleito.

Faltam apurar 5 Freguesias e...

... Felix Rodrigues continua eleito.

Grande CDS, grande Felix Rodrigues.

Com as Freguesias até agora apuradas, o CDS meteria, pela primeira vez, um Deputado pelos Açores.

João Jardim é que sabia.

Essa "canalha" o mais que conseguiu foi fazer com que a esquerda radical chegasse ao governo.

Direita afunda-se.

O País vai com ela.

Deve ter sido por causa da crise internacional.

A Chanceler Merkel venceu a eleições na Alemanha com uma confortável maioria que lhe permitirá formar governo com os Liberais. Quem bem que é ser Alemão.

25 de setembro de 2009

Voto útil?


Eu voto em pessoas conjugadas com partidos. Por isso, voto no CDS e no Felix Rodrigues. Mas, também me faziam falta mais uns votozinhos tal como fazem falta ao Paulo Gusmão. Só espero que ele, tal como eu, acabe votando no CDS.

Está a fazer falta bater no fundo.

O país precisa de uma coligação do PS com o BE como de pão para a boca. Embora uma coligação da esquerda moderna do grande“centrão” com a esquerda radical trotskista não seja nem de longe a minha escolha (tenho essa coisa umas vezes convicta outras costumeira de votar no CDS), não tenho dúvidas de que uma coligação da esquerda radical e caviar de Francisco Louçã, com a esquerda caviar moderada e Armani de José Sócrates, é o que de melhor poderia acontecer ao País neste momento. Eu explico: A entrada do BE no leque dos partidos chamados do arco da governabilidade, fará cair o mito maniqueísta em que Francisco Louçã alicerçou o edifício imagético que demorou quase 12 anos a construir. Assim foi com o Zé que fazia falta e já não faz.
Além disso, a aliança com José Sócrates, ambos artistas do “Chico-espertismo”, ambos alimentados da esperteza saloia. Isso mesmo se prova remontando ao tempo em que agora primeiro-ministro assinava projectos de qualidade rasca (duvidosa nem um pouco) feitos por um colega igualmente rasca como ele. Ou com um regresso à forma como Louçã venceu dentro do então PSR pregando à Frei Tomaz, com ou sem PPR que isso não me interessa.
O poder, exercido de forma mais ou menos democrática ou mais ou menos totalitária, não só corrompe como esclarece alguns dos populismos e põe a claro as demagogias das oposições irresponsáveis. Aliás, foi isso que aconteceu com Sócrates, tanta demagogia à volta dos impostos e depois foi um tal aumenta-los.
O Pais precisa, urgentemente, bater no fundo. Portugal vive, mais do que uma crise económica e financeira, uma crise de valores, uma crise de regime. Só batendo no fundo o regime se imolará e das cinzas renascerá, qual fenix, uma nova ordem que resgatará Portugal.
Não há caminho mais rápido para bater no fundo do que uma governo de José Sócrates, se for com o Louçã tanto melhor, depois de 2013 não haverá mais mitos nem mais regime.

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