17 de março de 2007

Uma viagem sem final previsto ou uma história maritima para um Congresso.

Entramos neste navio certos de que apanharíamos pela frente uma forte tempestade, reforçamos o casco, dobramos as velas, dobramos as doses de biscoito e água. Sem medo e com muita determinação entramos na borrasca sabendo que, do outro lado, estava um Adamastor. “À volta da nau rodou três vezes”, bradou, gritou e vergou perante a vontade férrea de um bom punhado de marinheiros destemidos sob o comando do seu timoneiro.
Estávamos no meio da tempestade, o comandante tinha mais em que pensar para não perder o leme, a marinhagem estava inquieta e nada como um velho lobo-do-mar para acalmar e aconselhar as gentes. Não podia abandonar os meus companheiros. Finalmente, o navio entrou em águas calmas e deixei de fazer quartos na ponte. Para trás ficam o escorbuto as cólicas a fome, para a frente um longo oceano para navegar.

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