3 de agosto de 2004

Demita-se o Povo. Já!

Os incêndios Florestais são o único tema batido e debatido na imprensa nacional, ano após ano, durante os consecutivos verões.
Tema recorrente, parece um flagelo sem solução. Quantos mais meios mais fogos, a fazer jus ao velho ditado popular "quantos mais gatos mais ratos". Na verdade, os meios de prevenção e combate aos incêndios florestais foram altamente reforçados desde o ano passado para este ano. Talvez por isso mesmo, muito embora tenham existido incêndios graves, este ano as coisas vão indo melhor. Também não admira, cada vez há menos área para arder.
De nada serve pedir a cabeça do coordenador nacional dos bombeiros, do Secretário de Estrado das Florestas, do Ministro da Administração Interna.
O Combate aos fogos florestais é uma questão nacional, em que a prevenção é a única arma eficaz. As grandes causas dos fogos florestais são a falta de consciência cívica de um povo habituado ao paternalismo do Estado; A falta de consciência ambiental de um Povo que vive alienado entre as Igrejas e os Centros Comerciais; Um povo que vive como a cigarra e desdenha da formiga e que quando lhe bate a desgraça à porta, não se lembra que atirou já dezenas de beatas de cigarro pela janela do automóvel, deixou dezenas de garrafas na beira do pinhal, sujou e não limpou as lenhas de entre o mato onde andou à procura de não sabe bem do quê. A culpa não é só do calor, do vento e do ministro. A culpa é nossa e deviamos nos envergonhar por isso.

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