23 de maio de 2006

Moribundo não significa morto.Mas,

A fuga de Paulo Gusmão e a doença de Alvarino Pinheiro, lançaram o CDS dos Açores na maior crise de dirigismo que alguma vez este partido conheceu.
Que eu me lembre, pelo menos desde 1993, e parece-me que há mais tempo ainda, esta foi a primeira vez que as estruturas do CDS nos Açores não conseguiram fazer-se representar nos órgãos nacionais do partido eleitos em Congresso. Resta-nos o consolo das inerências.
Nos últimos anos, o CDS (julgo que todos os outros partidos) teve como principal instrumento de trabalho e de projecção desse trabalho, o grupo e representação parlamentares. Hoje, com um deputado com agenda limitada à sua Ilha e à área da saúde, com a passagem á reforma de Renato Moura, um verdadeiro mouro de trabalho, o CDS viu completamente reduzida a nada a sua visibilidade pública.
Dentro de 15 dias o CDS de São Miguel irá eleger a sua Comissão Política de Ilha. Dessas eleições sairá a direcção que irá disputar as eleições regionais de 2008. A Ilha maior dos Açores tem a vantagem de facilitar a eleição de deputados dos partidos mais pequenos já que a percentagem de votos necessária é bem menor do que a exigida na segunda Ilha que é a Terceira onde são precisos cerca de 10% dos votos para eleger um deputado.
Cabe, por isso, à Comissão Política de Ilha com o apoio da Comissão Política Regional que sairá do próximo Congresso Regional, articular uma política de intervenção pública e de participação cívica que permita a afirmação dos seus principais políticos e putativos candidatos a deputados.
O CDS já prestou demasiados bons serviços aos Açores para desaparecer do panorama político regional por incapacidade de agir de reagir. A mais de dois anos de eleições, é agora o tempo certo para se operarem as devidas revoluções internas.

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