Chegamos ao final deste 2008 todos um pouco mais pobres do que em 2007. Consta que até os ricos estão menos ricos. Embora, para estes últimos o Estado tenha encontrado no fundo do saco dos impostos cobrados aos que mais empobreceram os fundos necessários para assegurar os rendimentos dos poucos que enriqueceram e se aforraram. Na verdade, neste país de fingimentos e espertezas saloias, nos últimos anos, décadas, os únicos que melhoraram os seus pecúlios foram os funcionários superiores do Estado, os administradores de empresas públicas e algumas sanguessugas de algumas empresas privadas. São estes altos quadros os grandes aforradores e “jogadores” de dinheiro nos fundos de investimento, certificados de aforro e tradicionais depósitos a prazo. São os cabecilhas do chamado “bloco central de interesses” que mantêm o aforro a níveis acima da média. Foi por isso, só por isso, que o Estado interveio nos bancos BPN e BPP. Não houve, não há, nem está por inventar mais ponderosa razão para não deixar falir a instituições de crédito que se encontram em dificuldades.
No estado do faz de conta a que Portugal chegou, são os mais pobres, os trabalhadores por conta de outrem, os quadros médios e os indiferenciados do Estado e das Autarquias e IPSS, os pequenos e médios empresários e os trabalhadores independentes sem vinculo de estabilidade que estão a pagar, com os seus impostos directos e indirectos, a manutenção das regalias e dos rendimentos dos mais ricos.
Se isto não é o colapso do sistema, vou ali e já venho.
No estado do faz de conta a que Portugal chegou, são os mais pobres, os trabalhadores por conta de outrem, os quadros médios e os indiferenciados do Estado e das Autarquias e IPSS, os pequenos e médios empresários e os trabalhadores independentes sem vinculo de estabilidade que estão a pagar, com os seus impostos directos e indirectos, a manutenção das regalias e dos rendimentos dos mais ricos.
Se isto não é o colapso do sistema, vou ali e já venho.
Nota em 2011.01.31
A intervenção no BPN já vai em 5 mil milhões de euros e segundo alguns entendidos vai chegar mesmo aos 8 mil milhões. Para além da incompetência do Ministro, haverá alguma outra justificação para uma intervenção destas a não ser o facto dos depositantes serem o Estado (segurança social) e gente grada do regime?
2 comentários:
Um post 5*****.
Revisitanto esse post de 31/12/2008
e bem assim fazendo uma análise ao que se passou desde essa data até hoje, não esquecendo toda uma década ou duas sob o signo do «bloco central de interesses», não será dificil compreender como é que chegámos a este lodaçal.
Deste lodaçal não podemos excluir os partidos do centrão, o Sócrates, o Cavaco, os deputados e toda uma rede de gestores e altos dignatários do regime.
Todos eles têm culpas do cartório. E todos eles deviam ser julgados, pelo menos politicamente.
Em qualquer país decente do mundo, o escândalo financeiro/politico/empresarial/rede montada para extorquir dinheiro no BPN, seria o suficiente para fazer cair de pôdre e sem apelação todo o regime, como aconteceu na Itália com as trafulhices e golpes financeiros no Banco Ambrosiano com lojas maçónicas, máfias e partidos do regime à mistura.
Enquanto muita gente contemporiza com os cortes de salários, de abonos de famílias e do encerramento do acesso a serviços públicos básicos, os nossos eleitores e contribuintes estão quietinhos da silva e vão continuar a pagar este grande roubo.
DE facto POrtugal não tem um provedor, nem dos contribuintes, nem do Povo.
Cavaco Silva apresentou-se agora, depois de estar caladinho durante 5 anos, como o provedor do Povo, mas a verdade é que ele também é parte do problema.
Tal como na Tunísia, no Egipto, na Grécia e noutras paragens, este regime tem que cair.
O mais depressa possível!
Fogo onde está o teu email? Quero enviar-te convites. O proximo é já quinta-feira,às 20.30h, lançamento Viva México de Alexandra Lucas Coelho, na livraria SolMar.
Helena
Enviar um comentário