Foto DN oneline
No país dos cortes no abono de família dos mais pobres e da contenção dos gastos com a saúde, o mesmo estado social vai gastar dinheiro com um Kit gratuito para a inalação de drogas (cocaína) numa medida (dizem eles) de luta contra a sida. A notícia está no DN e foi lida via 31 D'Armada.
5 comentários:
Boa medida- os rapazes precisam de ferramentas em condições.
Até o cãotribuinte estaria de acordo que todas as pessoas devem ser detentoras dos meios de produção
Caro Barata
A noticia se calhar não é totalmente de acordo com a verdade, mas seja como for todas as medidas de prevenção da sida são bem vindas e se "calhar mais baratas do que o combate da doença, o problema da droga não pode ser visto na perspectiva restrita da repressão policial, penso que as visões mais liberais têm tido melhores resultados do que as exclusivamente repressivas.
Qualquer que seja o ângulo de analise o correcto(e que ainda não foi feito) é um debate sem tabus sobre o problema da droga e as formas de a prevenir e combater.
Açor
Antes de Portugal nascer já se fez milhões de debates àcerca do tema em centenas de países.
O que lhe posso ensinar é que, verificando o índice de consumo entre os países permissivos e os não permissivos, a médio prazo não se verificam diferenças significativas.Todavia, é moralmente injusto não penalizar, visto estar aqui em questão o comércio.
Claro que devem haver campanhas.E deve facilitar-se o uso do preservativo.Agora, pagar para comprar preservativos? Bom, que sairá mais barato, sim.O mesmo para todas as ferramentas para consumo de drogas.Todavia, não deixa de causar perplexidade a atitude de tanta facilidade para umas coisas e pouca ou menos para quem trabalha.Para quem segue valores e se levanta de sol a sol para " tocar a vida para a frente"
A questão é mesmo essa que o anónimo anterior colocou. Vivemos um momento da história da humanidade em que só tem regalias quem anda fora das regras.
Gringo
Caros anónimos, na minha opinião o debate a fazer é mesmo sem tabus colocando todas as hipóteses em discussão, desde a liberalização total, até a restrição total, passando pelas formas de tratamento, os negócios que elas encerram e mesmo a droga legal, etc.
Este debate que eu saiba nunca foi feito em Portugal e mesmo noutros países o tema esbarra com interesses...
O assunto tem que ser analisado a montante e a jusante do consumo e todos sabemos que existem interesses em salvaguardarem produtores de droga em detrimento de outros, e é sabido que por interesses internacionais as policias do meio são neutralizadas muitas vezes perante a palavra que os traficantes e produtores A ou B são amigos.
Não é difícil entender que um negocio de tal envergadura tem interesses poderosos que não querem que a droga ilegal possa ser entendida em certos casos como um remédio e o consumidor como um doente.
Seja como for a situação das doenças epidérmicas obrigou os governos a terem uma visão mais preventiva e quando se investe na prevenção não é só o consumo que se evita é também a doença e as situações de marginalidade a ela associados.
Com a prevenção também mais facilmente se tem o controle na situação e na estatística do problema e talvez seja fundamental conhecer a dimensão do problema para o melhor combater.
Neste combate não há certezas absolutas, tem é que haver vontade absoluta de combater o flagelo e nisso não há dinheiro mal empregue.
Açor
Enviar um comentário