6 de dezembro de 2010

Cesar 1 Cavaco 0

Carlos César acusa Cavaco de "dividir os portugueses" e tem toda a razão. Carlos Cesar está, porém, a dividir os Açorianos em duas classes  bem diferentes,  os filhos da mãe e os filhos da outra, sendo que os filhos da outra é que pagam para manter as regalias dos filhos da mãe. Como sempre foi.
No fundo ninguém está preocupado com o estado do Estado, mas sim com o estado dos votos. César vai bem na frente nessa guerra, mesmo que perca a batalha e seja proibido de compensar os funcionários, já ganhou os votos e as simpatias desse rebanho. Cesar poderá sempre dizer que queria aplicar a medida mas os centralistas não deixaram, os portugueses não quizeram pagar.
Na arte da guerra, a isto chama-se "dividir para reinar" e neste caso será dividir para "republicanar" que essa gente não tem nível para outra coisa.

11 comentários:

Anónimo disse...

Bom, Cesar está a ganhar em termos de votos.Ainda há quem diga que o povo é sábio; o povo é mas é estúpido como uma bota da tropa- qual é o povo que, depois de ver os resultados de uma política mãos largas persiste no mesmo erro?!Ora digam lá...

Anónimo disse...

Faltou acrescentar que se trata de uma medida de grande estratégia- talvez só comparável à habilidade na deslocação de tropas de uma famosa batalha napoleónica.

É certo.É certo.

Anónimo disse...

quiZerem!!!! nem sabes escrever...és do tipo "eles forem e vierem e nada trouxerem"... tristeza franciscana...

Cãotribuinte disse...

Estou basicamente de acordo com o teor do post.

Neste novo «affaire açoriano» há duas considerações que devem ser feitas:

1ª - No plano interno: a medida compensatória aprovada para os funcionários públicos regionais que auferem entre 1.500 e 2.000 euros é discutível e susceptível de provocar injustiças relativas em relação a outros cidadãos residentes na Região.

Acho que nesta conjuntura severa de crise económico-financeira, o segmento salarial abrangido por esta medida, não é, nem de perto nem de longe, dos mais atingidos.

Se um casal de funcionários públicos regionais ( e há muitos!) neste segmento auferir 2.000/mês cada, ao fim do mês serão 4.000/mês que entram em casa, e durante o mês de férias serão 8.000, assim como no mês de Natal.

Se estes «trabalhadores» estiverem em crise, imaginem aqueles que auferem pouco mais do que o ordenado mínimo regional, ou pior, aqueles que estão desempregados ou que têm grandes famílias.

Acho que as verbas consignadas a essa «compensação salarial» deviam ser redireccionadas para apoios não-financeiros e específicos a familias carenciadas e numerosas;

2º - No plano externo, Carlos César
fez um golpe de mestre ao desmascarar a grande hipocrisia que atravessa toda a classe politica nacional que permite e avaliza uma boa «catrefada» de «excepções» aos cortes mas que diaboliza este pequeno «affaire açoriano».

Novamente ficou patenteado o ódio que Cavaco Silva nutre pelos Açores e pelos Açorianos.

O homem que é conhecido por não comentar nada, nem que caia um avião no Palácio de Belém, apressou-se, a partir dos confins do Atlântico Sul, no Mar del Plata, a pronunciar-se sobre esta prerrogativa ao alcance da Região Autónoma.

Carlos César marcou pontos ao denunciar que Cavaco Silva divide os portugueses e que anda à caça do voto.

Por seu lado, o Sócrates engoliu em seco mais esta «cesariana», pois ele próprio é o autor de muitas excepções, inclusivé aquelas que aplica retroactivamente impostos sobre as empresas e pessoas singulares, enquanto isenta os milionários dividendos extraordinários da majestática e imperial PT, que já tinha sido beneficiada pela isenção de tributação das mais-valias pela venda da brasileira «Vivo».

Quanto a esta matéria que atinge a «igualdade» consagrada constituicionalmente, não ouvimos nem lemos nenhuma declaração do actual PR.

Não resta dúvidas que Carlos César já decretou as regras e as condições para a sua inevitável reeleição...

Cãotribuinte disse...

No inquérito localizado no canto superior deste blogue, o Dr. Barasta deve acrescentar mais uma hipótese: o «Dr.Carlos César»...

K2ou3 disse...

Meu caro Cãotribuinte,
Concordo co "quase tudo" o que disseste, e bastante mais havia a dizer.
Mas atrevo-me a sugerir uma pequena correcção:
Cavaco e Silva gosta, e bastante e bem, dos Açoreanos. Somente não gosta da "catreva" e forróbódós.
Uma pequena prova, passou por cá este ano em férias, e ainda trouxe a familia.

Cãotribuinte disse...

Cavaco Silva, como politico profissional que é, agendou o ano passado uma visita de férias aos Açores.

Marketing eleitoral.

Puro e duro.

Anónimo disse...

Caro Cãotribuinte

Quanto ao plano externo, estou de acordo- tratou-se de um "golpe de mestre" de uma genealidade quase "einteineana"- para quem critica " violas e brasileiras", estamos conversados.

Pelos vistos também não deve considerar , por exemplo os professores, como trabalhadores, a não ser com aspas.É claro que , neste aspecto, tal visão é sectária, mas pega bem, tal como pega bem instituir medidas pão e circo- o povo é sábio!

Trata-se de uma medida discutível.Sem dúvida.

E é um pouco, embora neste aspecto muito menos, como alguém definiu Socrates- forte com os fracos e fraco com os fortes.

Por outro lado, Cesar sempre se defez em elogios ao primeiro ministro.Todavia, à medida que se aproximam as eleições presidenciais e regionais, vemos o mesmo a ocupar grande parte do telejornal regional e a apoiar tudo o que seja comunicação social, " a bem do povo e da nação"...

Neste país de regras e muitas excepções, ofende-se quase todos os cidadãos, com medidas pouco equitativas e que provocam um sentimento de profundo desalento já que ninguém adere convictamente a esta palhaçada que traz grandes desigualdades sociais...

Anónimo disse...

E também traz a vantagem de lá acharem que, afinal, andam é a mandar dinheiro a mais para os Açores... Pois nem sabemos o que já fazer com ele...

("sabemos" não são todos ; são eles...)

Edgardo

Anónimo disse...

Caro Edgardo

É pena é não trazer a vantagem toda.Com efeito, eles deviam dar a independencia aos Açores e à Madeira- assim ficavam com a vantagem toda- não nos davam nada-ahahaha!

Anónimo disse...

E a pobre da Drª Berta como é que se posiciona nesta novela mexicana?

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