O que se pode dizer sobre os dias que correm, é que o socialismo agnóstico, aburguesando e apropriando-se do essencial do natal, transformou o nascimento de Jesus Cristo Rei dos Judeus na festa da hipocrisia e do sms. Convém, por isso, lembrar os mais esquecidos que nós comunidades cristãs, hoje comemoramos o nascimento de Cristo o Salvador.
«….61 por cento dos 2,2 mil milhões de euros [de ajudas aprovadas em 2009 pelo Governo para combater os efeitos da crise internacional em Portugal], foram para a banca, 36 por cento para as empresas e um por cento para o apoio ao emprego.»(p)
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é este o estado social que temos e que Sócrates e o seu manga de alpaca Teixeira dos Santos tem sustentando.Uma notícia destas seria capa num país onde a imprensa fosse livre. Ou onde os cidadãos se interessassem em saber porque pagam, para quê e quem beneficia do seu dinheiro. Mas a bovinidade geral leva a que se aceite que se torrem milhões em benefício de quem andou a fazer asneiras e que devia ter sofrido as consequências no seu património (como qualquer cidadão) mas que viram tal evitado por decisão de Teixeira dos Santos/Sócrates que foram a correr tirar mais dinheiro aos portugueses para ajudar os amigos. É este o estado social : roubar a quem trabalha para dar a parasitas.
O Deputado Regional do CDS/PP, Pedro Medina, absteve-se na votação da reconfirmação da remuneração complementar, hoje no Parlamento dos Açores, violando assim a disciplina de voto (“carneirismo” anti-democrático). Segundo o site da Rádio Atlântida esse episódio,poderá chegar ao Conselho de Jurisdição Nacional, revelou hoje fonte do partido.
A respeito da remuneração compensatória e da sua tremenda injustiça social apetece-me apenas citar Torga numa pequena passagem do seu diário nº XVI, escrito em Coimbra há 20 anos. “…A hora é dos felizes que, acomodados no conforto de qualquer manjedoira, nem sequer têm má consciência da sua má consciência.”
É óbvio que o facto do PSD não querer tirar do texto constitucional a frase “caminhar para o socialismo”a mim não me surpreende embora me entristeça. Eu costumo dizer aos meus amigos do PSD que são de direita e que falam como se fossem de direita, que eles estão no partido errado. Por vezes acredito que, de facto, o PSD é um partido mais à direita do que o PS, por outras fico com a sensação de que tinha toda a razão quando nos anos 80 e 90 do século passado dizia que o regime do PSD nos Açores e na república era uma espécie de comunismo católico do Dr. Mota Amaral e do Professor Cavaco.
Na verdade, a única evolução foi no sentido das privatizações de alguns serviços mas sempre em regimes de monopólio e com acções douradas. Além disso essas privatizações não foram feitas por crença política mas por necessidade orçamental.
Leia-se, obrigatoriamente o seguinte texto do Duarte Calvão no Corta-fitas.
Não resisti a publicar aqui e na integra o último post do Rui Rocha no Delito de Opinião.
Um estudo que acaba de ser divulgado revela que 314.000 portugueses com idades compreendidas entre 15 e 30 anos não têm qualquer actividade. Nem estudam, nem trabalham. A, assim chamada, geração nem-nem não é um fenómeno exclusivo de Portugal. Um pouco por todo o Mundo tem sido identificada a mesma realidade. Tipicamente, esta é uma geração potencialmente melhor preparada do que as que a precederam e, aparentemente, muito segura de si. São, todavia, presa fácil da degradação do mercado laboral e não conseguem encontrar uma saída airosa, nem combater este estado de coisas. Os sociólogos identificam uma característica muito comum neste grupo: a inexistência de qualquer projecto de vida. As manifestações mais evidentes são a apatia e a indolência. O que os trouxe até aqui? Um ambiente familiar extremamente tolerante, um sistema educativo permissivo e desajustado das necessidades do mercado de trabalho e um contexto geral de facilitismo e de bem-estar que hoje sabemos ser insustentável. A Teresa, há dias, trouxe-nos aquiuma das justificações para que vagas disponíveis não sejam preenchidas: os baixos salários. É uma das faces do problema. A outra diz-nos que, para um grupo mais ou menos numeroso, é muito mais confortável viver à custa dos pais. Os salários são de miséria? É verdade. Mas, não são uma sentença perpétua. E não será também uma miséria passar o dia a jogar wii e a colocar mensagens idiotas no mural do Facebook? Esta gente tem de saber o seguinte:
- as gerações anteriores estão absolutamente instaladas e não vão prescindir dos direitos adquiridos. Solidariedade inter-geracional? Bah!
- é provável que os pais não possam continuar a sustentá-los;
- o Estado não vai poder sustentá-los;
- o esforço e o trabalho não são uma vergonha. Qual o santo que terá dito a certa gente que é 'cool' não estudar e fazer disso bandeira no bar da escola, ao qual se chega arrastando os pés, de braços caídos e com as calças a cair pelas pernas abaixo? Essas cuecas são Tommy? Uma coisa te digo, Tiago Filipe: a Andreia Paula, sim aquela dos olhos verdes de quem não tiras os olhos, cansa-se facilmente de morcões. Põe lá as costas direitas e o passo firme!
- com todas as críticas que se possam fazer o estupor do país tem algumas coisas boas. A educação é quase de graça. Aproveitem. É das poucas coisas grátis que a vida vos vai dar. Lembram-se do vosso Avô? Pois, combateu na guerra colonial. A vossa avó criou cinco filhos quase sozinha. A vossa mãe passou fome. E o vosso Pai trabalhou numa empresa metalúrgica, com pouco salário e nenhuns direitos. Vidas um bocadinho mais difíceis, não? E deram-lhes a volta.
- as novas oportunidades não valem nada. Se não podem trabalhar, estudem. Mas, estudem coisas sérias. O mercado laboral não é estúpido e sabe distinguir.
- um emprego conquista-se. Mandem currículos, dirijam-se a empresas, batam às portas. Mandaram mil candidaturas? Mandem mais dez. Todos os dias. Não conseguem emprego? Façam voluntariado. Dar é receber. Nem que seja experiência e contactos.
- o que aí vem é pesado. É importante que cada um faça a sua parte para, depois, ter legitimidade para reclamar. O teu pai vive do rendimento mínimo? Tu não o vais ter!
Não tomo a parte pelo todo. Todos os dias me cruzo com gente jovem de enorme valor. Mas, o dado sociológico é que a parte está a a crescer. Em direcção a lugar nenhum.
O Governo vai ajudar as empresas a flexibilizarem os despedimentos.
As empresas vão pagar mais um imposto indirecto sob a forma de fundo.
Portugal, é um caso perdido e a retórica das 50 medidas inócuas não acalma nem mercados nem os nossos parceiros europeus. Somos cada vez mais o fundo do poço.
O estado da Região de hoje pode muito bem ser o debate que falta fazer neste inicio de século sobre as relações do Estado com a Região. Os neo-independentistas e os neo-autonomistas, renascidos qual Fénix das cinzas da crise, com licença de politólogos da subsidiariedade tirada nos pacotes da “farinha amparo.” Um programa a não perder e onde, sinceramente, preferia ficar de fora e “cagar sentença” depois do fecho da emissão.
Por causa da compensação remuneratória a Região fica sem orçamento para 2011 aprovado uma vez que, segundo o Diário de Notícias oneline, o "Representante da República para os Açores, José António Mesquita, vetou hoje politicamente o Orçamento Regional para 2011, onde se inclui a norma que cria a remuneração compensatória para os funcionários públicos da administração publica regional".
Take all your overgrown infants away somewhere
And build them a home, a little place of their own.
The Fletcher Memorial
Home for Incurable Tyrants and Kings.
And they can appear to themselves every day
On closed circuit T.V.
To make sure they're still real.
It's the only connection they feel.
"Ladies and gentlemen, please welcome, Reagan and Haig,
Mr. Begin and friend, Mrs. Thatcher, and Paisly,
"Hello Maggie!"
Mr. Brezhnev and party.
"Scusi dov'è il bar?"
The ghost of McCarthy,
The memories of Nixon.
"Who's the bald chap?"
"Good-bye!"
And now, adding colour, a group of anonymous latin-
American meat packing glitterati.
Did they expect us to treat them with any respect?
They can polish their medals and sharpen their
Smiles, and amuse themselves playing games for awhile.
Boom boom, bang bang, lie down you're dead.
Safe in the permanent gaze of a cold glass eye
With their favorite toys
They'll be good girls and boys
In the Fletcher Memorial Home for colonial
Wasters of life and limb.
Is everyone in?
Are you having a nice time?
Now the final solution can be applied.
Todos os dias 4 de Dezembro desde a morte de Sá Carneiro e Amaro da Costa, alguém se lembra daquela coisa da AD que misturou monárquicos, Social-democratas e Democratas cristãos e que acabou por dar certo porque durou pouco.
Na verdade, não fora a prematura morte de Sá carneiro e, provavelmente, a AD tinha sido um fiasco igual à coligação Barroso/Portas, Portas/Santana, isso para não falar do famigerado governo do Bloco Central que reuniu a nata da nata da elite portuguesa e que nem por isso levou o País ao bom caminho. Ao invés, levou-nos a 10 anos de “boliqueinismo”.
Agora voltaram os líderes do PSD e do CDS a falar da coisa, numa espécie de esperança de que seja desta que vai resultar. Essa gente nunca ouviu aquela historio do “ nunca voltes ao lugar onde já foste feliz”? E já que estou numa de lugares-comuns, essa gente também nunca leu Gandhi e aquela célebre frase sobre a história que diz assim: “ Se queremos progredir não devemos repetir a história mas fazer uma nova história”?
Pronto, eu sei, são dois lugares-comuns. Mas, bolas, pensem só um bocadinho nisso se fazem favor.
So, so you think you can tell
Heaven from Hell,
Blue skys from pain.
Can you tell a green field
From a cold steel rail?
A smile from a veil?
Do you think you can tell?
And did they get you to trade
Your heros for ghosts?
Hot ashes for trees?
Hot air for a cool breeze?
Cold comfort for change?
And did you exchange
A walk on part in the war
For a lead role in a cage?
How I wish, how I wish you were here.
We're just two lost souls
Swimming in a fish bowl,
Year after year,
Running over the same old ground.
What have we found?
The same old fears.
Wish you were here.
O caso Vale de Almeida é mais um daqueles casos que pouco ou nada dignificam a instituição parlamentar e a política em geral.
Menos ainda abona –se é que há abono possível - à comunidade gay/lésbica a que o Professor Miguel Vale de Almeida pertence e defende com as unhas roídas e os dentes ralos.
Nada impende que os políticos eleitos representantes da nação tenham uma agenda pessoal. Nada obsta a que essa agenda seja de cariz sexual de género ou religiosa, para com a sua freguesia o bairro, o clube dos amigo de Apolo ou simplesmente para comer a secretária boa do grupo parlamentar. Importa no entanto que essa agenda pessoal não se sobreponha aos mais altos desígnios da nação para e pela qual o eleito tem que trabalhar e é por isso que é eleito por escrutínio secreto e universal e não escolhido paritariamente.
Ao demitir-se ao fim de um ano de mandato por entender que está cumprido o seu desígnio (a defesa dos direitos da “paneleiragem”, permitam-me a boçalidade por ser um direito que me assiste), o Deputado da nação, não só reduz os interesses nacionais a esse facto como se revela portador de um enorme “umbiguismo”. Espero bem que, de futuro” e ao ir a votos, a nação se lembre bem deste caso, mais um do tipo “limiano” a conspurcar as já pouco límpidas águas da política à portuguesa.
Em 10 de Dezembro de 1948, três anos depois do fim do Holocausto e da segunda grande guerra e com Stalin procedendo a sucessivas purgas dos seus opositores (hoje há quem defenda que foram mais de 20 milhões de execuções), foi adoptada pela Organização das nações Unidas, a Declaração Universal dos Direitos do Homem, provavelmente uma das datas mais marcantes no que à promoção dos direitos humanos concerne.
Embora existam antecedentes e episódios que remontam a quinhentos anos antes de Cristo como é o caso do Cilindro de Ciro, mais uma vez o Novo Mundo marca a históriado pensamento sobre a liberdade e o respeito pelos direitos dos cidadãos. Na verdade, a história da Declaração Universal dos Direitos do Homem de 48 do século XX, começou com a Declaração dos Direitos (dos Cidadãos) da Virgínia a 12 de Junho de 1776 e que é reforçada pela redacção de Thomas Jefferson na Declaração de Independência dos Estados Unidos da América, a 4 de Julho do mesmo ano.
Por influência da Revolução Americana a Assembleia Nacional Constituinte da França Revolucionária, aprova, no ano 89 do mesmo século a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, em cujo artigo primeiro se pode ler: “Os homens nascem e são livres e iguais em direitos. As distinções sociais só podem fundamentar-se na utilidade comum”.
Comemorar essa data é porém, ainda, um simples acto de fé. O Homem, único animal capaz de usar a razão, continua como dizia Hobbes a não ser grande coisa e a usar essa razão não como meio de concórdia mas, ao invés, como instrumento de discórdia e até desordem.
Em 1998 a Assembleia da República, aprovou uma resolução que institui o dia 10 de Dezembro como Dia Nacional dos Direitos Humanos.
Post scriptum: Este texto continua em novas entradas.
Post scriptum 2: Afinal, se calhar, até não continua, estou a ver que não vale a pena.
para facilitar a tarefa da Junta de Freguesia no envio da declaraçao aqui segue o mail para onde devem enviar os dados após a transferencia , convem que insiram o nome o contribuinte morada contacto e montante. solidariosfajazinha@sapo.pt
Carlos César acusa Cavaco de "dividir os portugueses" e tem toda a razão. Carlos Cesar está, porém, a dividir os Açorianos em duas classes bem diferentes, os filhos da mãe e os filhos da outra, sendo que os filhos da outra é que pagam para manter as regalias dos filhos da mãe. Como sempre foi.
No fundo ninguém está preocupado com o estado do Estado, mas sim com o estado dos votos. César vai bem na frente nessa guerra, mesmo que perca a batalha e seja proibido de compensar os funcionários, já ganhou os votos e as simpatias desse rebanho. Cesar poderá sempre dizer que queria aplicar a medida mas os centralistas não deixaram, os portugueses não quizeram pagar.
Na arte da guerra, a isto chama-se "dividir para reinar" e neste caso será dividir para "republicanar" que essa gente não tem nível para outra coisa.
No país dos cortes no abono de família dos mais pobres e da contenção dos gastos com a saúde, o mesmo estado social vai gastar dinheiro com um Kit gratuito para a inalação de drogas (cocaína) numa medida (dizem eles) de luta contra a sida. A notícia está no DN e foi lida via 31 D'Armada.
Eu tinha 14 para 15 anos e já andava nessa coisa dos partidos. Nisso pode dizer-se que sou pré-jurássico o que é o mesmo que dizer que o meu tempo político passou ou que não chegou sequer a ser tempo.
A minha prodigiosa memória, que umas vezes me ajuda outras me atormenta, não me deixa, porém, esquecer que muitos dos que mais tarde se juntaram e se foram juntando para fazer coro em busca do “tacho” perdido que hoje são a “nata “de uma leite azedo de velho, na altura estavam mais preocupados com os berlindes e com os piões, só quando acabaram os estudos e era preciso arranjar emprego se lembraram de exercer a cidadania e se sentiram importantes para a polis.
Passava pouco das seis da tarde nos Açores, estava na sede do então PPD Açores, na Rua de Santa Luzia que era simultaneamente a sede de Campanha do General Soares Carneiro. Era o dia do encerramento da campanha e esperava-se uma enchente na Praça do Pedro IV (Rossio), por parte dos apoiantes do General Eanes. A RTP-A ia adiantando pormenores que nessa altura não havia lugar a directos. Estavam presente o Dr. Jaime Cabral (meu querido amigo) Director de Campanha, O Sr. João Vasco Paiva (Deus o tenha), a D. Zizi e a Maria João sua filha. Nem mais viva alma.
O Dr. Mota Amaral não se havia empenhado na campanha de Soares Carneiro, fez mesmo uma declaração televisiva muito infeliz sobre o assunto e a mensagem que passava, à boca pequena, é que ele estava empenhado na reeleição do General Ramalho Eanes. Foi o meu primeiro embate com a hipocrisia e a ética na política (esse assunto nunca mais deixou de me atormentar).
Dali a instantes corria a notícia de que o avião em que seguiam Sá Carneiro, Primeiro-ministro e Amaro da Costa, Ministro da Defesa e respectivas companheira e mulher bem como a comitiva, se havia despenhado não havendo sobreviventes.
Um balde de água fria caiu em cima de todos nós, perdera-se toda a esperança na eleição de Soares carneiro e o País órfão de um Primeiro-ministro carismático cairia numa profunda crise política. A sede do PSD encheu-se nas horas que se seguiram, eu desapareci.
Na segunda-feira seguinte juntei-me a um grupo de rapazes uns mais velhos outros mais novos e fechamos o Liceu (escola secundária Antero de Quental) em sinal de luto. Dali seguimos para a Escola (Escola secundária Domingos Rebelo) e fizemos o mesmo. Foi a nossa forma de manifestar o pesar pela morte prematura de uma figura do Estado na qual toda uma geração depositava enormes esperanças.
Já foi lançado e já estava nas bancas e na minha mesa-de-cabeceira. É uma interessante embora romanceada história de um Homem que tentou, como tantos outros, mudar um pouco os destinos desta santa terrinha. Deu, como não podia deixar de ser, “com os burros na água” mas deixou um legado que mais nenhuma figura foi capaz de deixar.
O título da obra não me parece muito correcto, Os Cantos, não deveria ser Os Canto? Lá estou eu armado em purista da língua portuguesa quando nem as vírgulas sei colocar. Pois Alevá!
Morreu hoje levado de vencido pela doença o antigo Ministro das Finanças e economista Ernâni Lopes. Um nome incontornável entre aqueles que teimam em pensar Portugal e para ele encontrar soluções, mesmo que isso signifique pregar no deserto.