8 de novembro de 2010

E julguei que já tinha visto tudo.

Eu sei que não sou o melhor utilizador do idioma de Camões. Nem sequer sou bom no uso que faço do Português. Porém, há coisas que não se admitem e que saltam à vista mesmo de um leigo como eu. Por exemplo, li hoje num documento feito por um licenciado em vias de ser Mestre em regime “bolonhês” a seguinte frase: Quando tive na Ilha Graciosa pude constatar que havia por lá muitos burros cinzentos . O uso da primeira pessoa do singular no pretérito perfeito do verbo ter, no lugar do mesmo tempo verbal mas do verbo estar é um erro inadmissível.
No mesmo paper li ainda uma coisa mais grave que até se admite na linguagem oral por via do costume mas que é totalmente inadmissível na linguagem escrita ao nível académico. A páginas tantas o autor escrevia: Os graciosenses forem muito simpáticos com a nossa equipa. Ora, o uso do verbo ir conjugado na terceira pessoa do plural do futuro do conjuntivo é completamente errado e deveria estar o mesmo verbo conjugado na terceira pessoa do plural do pretérito perfeito do indicativo.
Sei que, no meu caso, é preciso ter muito desplante para corrigir seja quem for, sou um exemplo dos que dá mais valor ao conteúdo do que à forma. Sei também que não sei usar a pontuação e em especial as virgulas. No entanto, há coisas que ultrapassam o razoável.

1 comentário:

Anónimo disse...

A Graciosa deve ter tido um efeito atómico sobre esse futuro mestre! Eu sou de lá e sei do que "fá-lo"! lol Fábio Mendes

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