31 de agosto de 2007
30 de agosto de 2007
Factos são Factos
Não era assim que eles diziam há cerca de 3 anos.
Apesar do IVA ser 30% mais baixo nos Açores, na maioria dos produtos.
Gráficos retirados do Números e Números, um blogue criado e mantido por um jornalista que se dá ao trabalho.
Gráficos retirados do Números e Números, um blogue criado e mantido por um jornalista que se dá ao trabalho.
Não me parece que seja uma questão de excesso de procura, como diz o Rafael Cota, que está a provocar essa discrepância. Mas antes um problema estrutural que está relacionado com a politica de transportes de mercadorias de e apara a Região bem como à cabotagem. O altíssimo custo do transporte, acrescido das percas e danos encarece o produto final. A esses factores, pode juntar-se ainda, a baixa produtividade de alguns trabalhadores mal remunerados, o excesso de trabalhadores por empresa e a desadequação das politicas empresariais. Em algumas Ilhas e Concelhos mais periféricos, a falta de mercado e o fraco poder de compra do pouco mercado existente, também condiciona a elaboração de preços finais já que, os custos fixos das empresas têm que ser diluídos no baixo volume de vendas sendo que a única defesa do empresário é vender menos mas mais caro a quem pode comprar.
Atenção ao fenómeno “china town”, confesso que ainda não consegui avaliar o efeito das chamadas “lojas chinesas” na economia das nossas Ilhas mais pequenas. Contudo, estando há cerca de 6 meses a viver entre a Horta e Vila do Porto, dá para perceber que esse tipo de comércio está a absorver bastantes recursos. Não sendo xenófobo, e mesmo sendo bastante liberal no que à economia diz respeito, parece-me importante que exista uma fiscalização rigorosa e apertada, por parte da Inspecção Regional das Actividades Económicas a esses e a todos os comerciantes e industriais.
Numa coisa estamos de acordo, “quem sofre são as classes sociais mais baixas, o pequeno comércio e o comércio de produtos não essenciais.”
28 de agosto de 2007
O regresso do Verão
27 de agosto de 2007
Aí está uma boa explicação.
Este facto, por si só, explica porque razão a economia açoriana tem tido, nos últimos anos, um comportamento melhor em relação ao todo nacional e em especial em relação ao norte do país, onde, os distritos de Bragança e Vila Real aparecem como os mais envelhecidos. Não é preciso buscar muitos mais motivos nem razões de ordem governativa, pelo contrário, um dos factores que mais pesa na economia é o demográfico. Seria interessante estudar estes números Ilha a Ilha e até concelho a concelho.
26 de agosto de 2007
25 de agosto de 2007
Dois anos com ele.
Foto http://www.genuinomadruga.com/
Dizer que vou estar os próximos dois anos com o Genuino, é redundante, eu estou há mais de 15 anos com ele. Trabalhamos juntos, foi meu chefe, quase patrão durante alguns anos, na nossa relação patrão empregado, nunca me tratou senão por companheiro. Há diferenças entre os pequenos e os Grandes Homens.
Hoje, ambos ligados ao mar e à pesca, é num pequeno apartamento junto à sua residência da Praia do Almoxarife que faço o meu “poiso” no Faial.
Este Blogue vai acompanhar, ao longo dos próximos dois anos, a viagem de circunavegação em veleiro solitário, com passagem pelo Cabo Horn, protagonizada pelo Sr. Comendador Genuíno Alexandre Goulart Madruga.
A largada, da Freguesia de São João, na Ilha do Pico, está prevista para as 14h30m do dia de hoje, com rota traçada até Cabo Verde e depois Florianópolis, onde lhe espera uma grande recepção e uma festa de arromba.
Bem hajas Companheiro.
24 de agosto de 2007
Éticamente reprovável.
"Duarte Ponte deverá ser o presidente da Sata quando sair do Governo em 2008." Nem Duarte Ponte nem a sua Directora Regional dos Transportes poderão vir a ser administradores da SATA. Seria éticamente e não sei se legalmente, reprovável que os governantes viessem a ocupar o lugar de administradores em empresas que tutelaram directamente. Aconteceu já, mas isso foi no tempo do Natalino Viveiros. Vamos voltar a esse tempo? Estamos voltando a esse tempo? Diz que sim.
Há sempre um fundo de verdade...
O ex-assessor de imprensa de Cesar não saiu para ir ocupar o lugar de director de Informação da RTP-A, Mas o ex-Director de Informação da RTP-A foi ocupar o lugar de assessor de imprensa de Cesar.
Porque será que não me admiro nada.
Mas será que o Secretário da Economia tem opções estratégicas? Ou terá apenas teimosias estratégicas? Na verdade, a Secretaria da Economia só não errou naqueles sectores onde estava tudo feito ou onde os caminhos não tinham opções. Realce para o caso da energia, em especial para a eficiência energética e energias renováveis e para a convergência do tarifário. No Turismo, também se pode falar de algum sucesso, mas, indiscutivelmente, ligado muito mais ao empreendedorismo dos empresários Micaelenses do que às estratégias do Governo que, neste particular, tem ido muito mais a reboque do que a rebocar.De resto, onde foi preciso inovar e empreender, estamos perante uma sucessão de equívocos e atrasos. Começou logo em 1996 com o caso dos terrenos do Calhau e futuro Hotel Marina Atlântico. Uma anulação absurda por imposição de maus políticos e maus empresários amigos do governo levou a um atraso de anos. Mais tarde levou à demissão de José Monjardino da Liderança do CDS-PP que apoiara Ponte nessas decisões. Nesse rol, pode-se colocar o concurso para o abastecimento de fuelóleo e o parque de combustíveis da Praia da Vitória, processos que remontam a 1997.
O Jogo é mais um exemplo onde Ponte, num Governo liderado por César, deitou a mão e correu ou melhor, ainda não correu, como se sabe, com atrasos que apenas se explicam pela incompetência do Governo e do grupo adjudicatário..
O transporte marítimo de passageiros faz parte do anedotário regional. O transporte marítimo de mercadorias faz parte da conta diária dos Açorianos na mercearia (pagam e não sabem que o pagam).
Os portos e cais de cruzeiros, sem utilidade como o de Vila do Porto(também pagos na conta da mercearia), são elefantes brancos indisfarçáveis e dinheiro mal gasto ao bolso de quem paga impostos. A privatização da Verdegolfe foi o fiasco que se sabe com concursos desertos e adjudicação por negociação directa ruinosa para a Região.
O Jogo é mais um exemplo onde Ponte, num Governo liderado por César, deitou a mão e correu ou melhor, ainda não correu, como se sabe, com atrasos que apenas se explicam pela incompetência do Governo e do grupo adjudicatário..
O transporte marítimo de passageiros faz parte do anedotário regional. O transporte marítimo de mercadorias faz parte da conta diária dos Açorianos na mercearia (pagam e não sabem que o pagam).
Os portos e cais de cruzeiros, sem utilidade como o de Vila do Porto(também pagos na conta da mercearia), são elefantes brancos indisfarçáveis e dinheiro mal gasto ao bolso de quem paga impostos. A privatização da Verdegolfe foi o fiasco que se sabe com concursos desertos e adjudicação por negociação directa ruinosa para a Região.
Para finalizar, citarei esse meu grande amigo e socialista de coração Pedro Arruda, "mereciamos políticos melhores" e acrescentarei que merecemos cidadãos sem antolhos.
23 de agosto de 2007
22 de agosto de 2007
Esta gente não se "enxerga" mesmo!
Comparar, ou tentar comparar a importância do Museu Guggenhein de Bilbau às Portas do Mar é ter perdido a total noção do ridiculo. Obra do secretariado da propaganda do Governo regional dos Açores, passada a revista e distribuida a todos os assinantes do Açoriano Oriental. Américo Viveiros ao pé destes senhores (minuscula não é gralha)era um Senhor (maiúscula também não é gralha). Mas, mais ridiculo ainda é o Pedro Gomes escrever sobre isso.
Bem visto
Depois das vitórias, da "Empresa na Hora", da "Casa na Hora", a derrota dos Helicópteros "fora de horas". A velha arte do Estado português de "chatear" toda a gente: Os senhores notários, pela rapidez, os heróicos bombeiros, pela demora.
Um texto do Dionísio de Sousa, o Filósofo da Vila de São Sebastião, o último filósofo da Terceira.
Um texto do Dionísio de Sousa, o Filósofo da Vila de São Sebastião, o último filósofo da Terceira.
21 de agosto de 2007
Há 3 anos no Fôguetabraze
Entre um e outro fdp
O filho da puta é uma variedade da espécie humana bem portuguesa. Quando eu era moço pequeno, o fdp era só o cavalinho do Inglês. Acreditem que era a única vês que se ouvia um palavrão lá em casa, era quando se falava do Cavalinho do Inglês que havia sido baptizado de Filho de Puta porque o seu tratador era um português emigrado em Londres que, de quando em vez, se desagradado com as tropelias da besta, chamava à mesma esse nome feio. Mais tarde aprendi a lidar e a ter que conviver com os verdadeiros FsDP. O que a vida nos ensina. Hoje tive uma dessas experiências desagradáveis com um desses fdp numa versão Açores Rosa. Também os há em versão Açores Laranja, Azul, Vermelho. Há de todas as cores e para todos os gostos. O fdp "açórico" é uma espécie em larga proliferação. Fica situado entre o fdp salazarento e cheirando a mofo do Alberto Pimenta (Discurso Sobre O Filho da Puta) e o novo fdp, desempoeirado e sofisticado do Pedro Mexia(Grande reportagem de 25 de Julho). O fdp "açórico" não tem, nem a classe de um nem a modernidade do outro.É um ronha, uma espécie de ruralidade polida e com estudos académicos, enxertada em esperteza saloia sem cultura. Uma espécie de falsa modéstia militante enxertada em arrogância disfarçada. O fdp "açórico" é um "self made boy" que ainda não percebeu que mudando o partido do poder passa a ser um self made merda.
O filho da puta é uma variedade da espécie humana bem portuguesa. Quando eu era moço pequeno, o fdp era só o cavalinho do Inglês. Acreditem que era a única vês que se ouvia um palavrão lá em casa, era quando se falava do Cavalinho do Inglês que havia sido baptizado de Filho de Puta porque o seu tratador era um português emigrado em Londres que, de quando em vez, se desagradado com as tropelias da besta, chamava à mesma esse nome feio. Mais tarde aprendi a lidar e a ter que conviver com os verdadeiros FsDP. O que a vida nos ensina. Hoje tive uma dessas experiências desagradáveis com um desses fdp numa versão Açores Rosa. Também os há em versão Açores Laranja, Azul, Vermelho. Há de todas as cores e para todos os gostos. O fdp "açórico" é uma espécie em larga proliferação. Fica situado entre o fdp salazarento e cheirando a mofo do Alberto Pimenta (Discurso Sobre O Filho da Puta) e o novo fdp, desempoeirado e sofisticado do Pedro Mexia(Grande reportagem de 25 de Julho). O fdp "açórico" não tem, nem a classe de um nem a modernidade do outro.É um ronha, uma espécie de ruralidade polida e com estudos académicos, enxertada em esperteza saloia sem cultura. Uma espécie de falsa modéstia militante enxertada em arrogância disfarçada. O fdp "açórico" é um "self made boy" que ainda não percebeu que mudando o partido do poder passa a ser um self made merda.
As férias dos Advogados, no Blasfémias.
(...)O governo, infelizmente, «comprou» uma guerra com as corporações judiciárias por ter «tirado» apenas 15 dias de férias a advogados e magistrados. Melhor seria que tivesse extendido de uma vez por todas ao sistema judicial o princípio subjacente a qualquer outro serviço público: o de que o mesmo nunca encerra. A «guerra» seria a mesma, a fundamentação mais coerente, o sistema teria de ser melhor organizado e gerido e o serviço público seria, como deve ser, permanentemente assegurado.
20 de agosto de 2007
Olha lá...
Já agora, podem começar pelo Parlamento, ali pela fila da frente, depois é só levar a eito sff.
Vamos para o ciclo da Erva.
A economia Açoriana foi, até há bem pouco tempo, acente no sector primário, nomeadamente a agricultura e feita de ciclos, quase sempre, monoculturais. Do Trigo que susteve a crise frumentária do norte de África, da Laranja que fez as delicias dos Ingleses e as fortunas que ainda hoje existem, mais recentemente, da Vaca, com os prós e os contras que teve e tem e ninguém quer discutir, nem mesmo os agricultores.
foto DN online
Segundo o Diário de Noticias , (embora isso seja coisa conhecida há muito), "A cannabis plantada na ilha do Pico, Açores, está entre as melhores da Europa, de acordo com a classificação de sites holandeses especialistas no tema."
foto DN online
Segundo o Diário de Noticias , (embora isso seja coisa conhecida há muito), "A cannabis plantada na ilha do Pico, Açores, está entre as melhores da Europa, de acordo com a classificação de sites holandeses especialistas no tema."
Com um potencial económico desta natureza, não se percebe que o Partido Socialista nos Açores partido que na república tem defendido a legalização das drogas ditas leves, não faça mais força e mais debate sobre este tema.
Vamos legalizar a cannabis e produzir em força. O meu Avô sempre me disse que o Pico era a Ilha do futuro, depois do vinho a ganza.
Vamos legalizar a cannabis e produzir em força. O meu Avô sempre me disse que o Pico era a Ilha do futuro, depois do vinho a ganza.
E, cuidado com o balão, Cannabis from Pico Island, seja responsável, fume com moderação, mas fume.
Camacho, solo, non es bastante.
Foto TSF online
Não chega mudar de treinador, faltam jogadores a esta equipa. Faltam, pelo menos 3 na frente e meio campo.
Pedestrianismo em Stª Maria
O pedestrianismo é uma actividade em grande expansão. O turista pedestrianista percorre longas distância em busca de um lugar, uma especificidade, uma paisagem estranha, um monumento natural ou até mesmo uma paisagem humanizadas esdruxula. Nos últimos anos, devido ao trabalho efectuado pela Associação Amigos dos Açores, em São Miguel, é comum encontrar gente nos mais remotos lugares, caminhando, observando, fotografando.
A Ecoteca de Vila do Porto tem promovido, durante este mês de Agosto, um série de passeios, por trilhos recomendados e não só, à volta da Ilha. O objectivo é dar a conhecer a flora e fauna das nossas Ilhas e, penso eu, acima de tudo sensibilizar as pessoas para as questões ambientais. Eis um trabalho que importa realçar, acarinhar, incentivar. Esse trabalho é coordenado por uma técnica de animação social que, ao que me foi dado saber, estudou bastante as matérias relacionadas com o meio ambiente, a avifauna e a flora endémica e ornamental. Conto juntar-me a eles na próxima Sexta-feira para mais um passeio. Desta feita foi escolhida a Zona Figueiral/Prainha. Penso que terá inicio no Monumento Natural Regional da Pedreira do Campo, onde podem ser observadas algumas formações rochosas em forma de almofada e fosseis marinhos a mais de 100 m de altitude. Mais abaixo passaremos pelas Grutas da Cal, grutas esculpidas na montanha de onde era retirada pedra para um forno de cal ali construído. Seguiremos pela linha da costa sul da Ilha, abaixo do Pico do Facho, até à Prainha, perto já da Paria Formosa. È uma zona de pastagem natural onde podem ser encontradas algumas plantas endémicas, principalmente Faias que nesta altura estão carregadas de bagas. Aqui chamam-lhes Fainhos no Nordeste chamamos-lhes Amoras de Faia. As daqui são grandes e excepcionalmente doces.
18 de agosto de 2007
De que serve legislar e fechar os olhos à lei?
Na Reserva Natural da Baía de São Lourenço, passam-se coisas que a gente nem acredita. Este post da Moranguita foi o indutor para o que vos escrevo hoje.
Eu acho muito bem que se façam “raves” e festas ao ar livre e concertos e festivais e essas coisas todas que animam a malta e até contribuem para a economia das nossas Ilhas. Contudo, há coisas que não fazem sentido. Por exemplo uma “rave”, concerto de DJ’s ou lá o que é que se pode chamar ao que aconteceu esta noite na Reserva Natural da Baía de São Lourenço. Começaram a passar música, ou seja a fazer barulho, por volta das 23horas e acho que eram já 7horas da manhã quando se calaram. Ora, não faz qualquer sentido fazer coisas destas em São Lourenço. Por diversas razões entre as quais passo a enumerar:
1ª Trata-se de uma Reserva Natural e lugar de nidificação das mais importantes espécies da avifauna marinha dos Açores como o Cagarro e o Garajau rosado;
2ª Trata-se de um lugar onde, por tradição, quem para cá vem em férias fá-lo em busca de sossego e não de barulho, mesmo que seja barulho cultural;
3ª O lugar não tem condições para receber gente de fora, já que não tem estacionamento (fazem a festa num dos poucos parques), instalações balneárias, recolha de lixo entre outras coisas que seriam exigíveis para que uma festa desta natureza se realizasse num lugar com as características de reserva natural.
Ironia das ironias, o festival Baía do Rock (coisa mais mal parida) é da responsabilidade de uma associação denominada Círculo de Amigos de São Lourenço. Quais amigos qual carapuça.
Espero bem que, a Senhora Secretária Regional do Ambiente e do Mar(que faz parte de um Governo com enormes preocupações ambientais ao ponto de estar preocupado com o impacte ambiental de um parque de estacionamento subterrâneo a ser construído numa zona de aterro com cerca de 60 anos), através do Serviço de ambiente da Ilha de Santa Maria e da, eficiente, Ecoteca de Vila do Porto, tome as devidas precauções para que estas festas não se repitam, é que isto já vai em três anos seguidos (sempre autênticos fracassos) e se a coisa se prolonga daqui a dias é tradição e lá se vai o sossego da Reserva Natural da Baía de São Lourenço e sabe-se lá o que mais vai logo a seguir.
1ª Trata-se de uma Reserva Natural e lugar de nidificação das mais importantes espécies da avifauna marinha dos Açores como o Cagarro e o Garajau rosado;
2ª Trata-se de um lugar onde, por tradição, quem para cá vem em férias fá-lo em busca de sossego e não de barulho, mesmo que seja barulho cultural;
3ª O lugar não tem condições para receber gente de fora, já que não tem estacionamento (fazem a festa num dos poucos parques), instalações balneárias, recolha de lixo entre outras coisas que seriam exigíveis para que uma festa desta natureza se realizasse num lugar com as características de reserva natural.
Ironia das ironias, o festival Baía do Rock (coisa mais mal parida) é da responsabilidade de uma associação denominada Círculo de Amigos de São Lourenço. Quais amigos qual carapuça.
Espero bem que, a Senhora Secretária Regional do Ambiente e do Mar(que faz parte de um Governo com enormes preocupações ambientais ao ponto de estar preocupado com o impacte ambiental de um parque de estacionamento subterrâneo a ser construído numa zona de aterro com cerca de 60 anos), através do Serviço de ambiente da Ilha de Santa Maria e da, eficiente, Ecoteca de Vila do Porto, tome as devidas precauções para que estas festas não se repitam, é que isto já vai em três anos seguidos (sempre autênticos fracassos) e se a coisa se prolonga daqui a dias é tradição e lá se vai o sossego da Reserva Natural da Baía de São Lourenço e sabe-se lá o que mais vai logo a seguir.
17 de agosto de 2007
A policia e o Estado.
«Criar um canal de comunicação permanente entre a Polícia Judiciária e o gabinete do ministro da Justiça, como foi feito no caso Maddie, não é um bom sinal. Entregar ao Governo a decisão de agendar conferências de imprensa da Polícia Judiciária e de escolher os órgãos de comunicação social que as publicam é ainda pior.Hoje, a proximidade entre a investigação criminal e o poder político passa-se num crime que envolve suspeitas de rapto e de homicídio. Amanhã pode passar-se com uma suspeita de corrupção, de tráfico de influências ou de peculato. Hoje, passa-se no caso Maddie. Amanhã pode passar-se no caso Portucale. Nada disto é saudável. A Polícia Judiciária deveria ser a primeira a exigir distância.»
Revista Sábado 16/08/2007
Olha que 3
Uma visita relâmpago a Ponta Delgada, com uma agenda mais do que preenchida, ainda deu para uma almoço de amena cavaqueira como poeta Pedro de Mendoza e esse grande pintor contemporâneo que é o meu primo André Almeida e Sousa também conhecido no meio artístico como O Bom Selvagem e em alguns meios sociais como Caterpillar. O Almoço foi no sítio do costume e servido pelo MAIOR empregado de mesa dos Açores, o Marinho. Ficamos também saber que o dito Titan do bar e mesas, deixou de beber há 17 anos, de fumar há dez e de roer as unhas há 10 dias. Sempre pronto para animar a malta, um empregado que faz uma casa.
16 de agosto de 2007
E pachorra?
De acordo com os dados do Eurostat, citados pelo Jornal de Negócios, Portugal continua a ser o país da União Europeia a quinze cujo fosso entre ricos e pobres é maior. Os últimos dados disponíveis (referentes a 2005) mostram que os 20% mais ricos apresentam rendimentos mais de oito vezes superiores aos dos 20% mais pobres, quando na União Europeia esta distância não chega a ser multiplicada por cinco. E enquanto a tendência geral na Europa foi de diminuição deste fosso, nos últimos dez anos Portugal faz parte dos poucos países que agravaram as desigualdades, tendo mesmo registado o maior aumento.
Portugal está, há mais de 30 anos, a ser governado por um Bloco Central, socialista, sem ideias, inconsequente, obsessivamente regulador e intervencionista e agora a culpa é dos liberais e neo-liberais. Tenham paciência.
Portugal está, há mais de 30 anos, a ser governado por um Bloco Central, socialista, sem ideias, inconsequente, obsessivamente regulador e intervencionista e agora a culpa é dos liberais e neo-liberais. Tenham paciência.
As armas de um Blogger camionista.
Dá muito trabalho navegar e "postar" a partir de um Qtek9000, mas é a única maneira de um camionista se manter em contacto com o mundo.
Bichinho carpinteiro...
.... é mesmo o nome aproriado ao Medeiros. Não sei se é da idade ou se é feitio. Mas, o Medeiros está, cada vez, mais limpido e livre e eu gosto de gente assim.
Vem isto a propóssito do seu post de hoje com o titulo "Luta de Paulos", onde se pode ler e mais do que isso inferir:
Orgulho fraterno.
O meu Irmão mais novo sempre foi um artista. Tudo o que faz leva um pouco de arte, desde as deliciosas alfaces que cultiva no Jardim da sua casa, passando pela arte de montar a Cavalo, acabando na arquitectura que abraçou como profissão. No Liceu não foi um aluno brilhante, diga-se em abono da verdade, foi mesmo mau aluno. Contudo, na Universidade, cedo se afirmou como um potencial Arquitecto. Trabalhou, ainda aluno, no Atelier Contemporânea de Manuel Graça Dias (seu Professor) onde ficou quando acabou o curso. O seu gosto pelos espaços rurais, os cavalos e a qualidade de vida fizeram-no regressar aos Açores (São Miguel) onde se estabeleceu. E, como quem se estabelece com competência se consagra, o Luís é hoje, aos 40 anos, um dos mais consagrados vultos da Arquitectura contemporânea Micaelense. Para isso, não precisou de propaganda, só de trabalho. É mais um dos “workhaolic” da família.
Miradouro do Pico do Bode
Miradouro do Pico do Bode
Fotografias de Rita Piçarra e Rita Spirou honestamente roubadas no Entramula
Há muita boa gente "à rasca".
Débora Raposo extraditada
15-08-2007
por luisa couto/luis silva
Foi ontem presente a Tribunal Débora Raposo, professora que fugiu à justiça antes de ser julgada por alegado envolvimento no desfalque de 713 mil contos na agência da Caixa Geral de Depósitos (CGD) de Vila Franca do Campo.
15-08-2007
por luisa couto/luis silva
Foi ontem presente a Tribunal Débora Raposo, professora que fugiu à justiça antes de ser julgada por alegado envolvimento no desfalque de 713 mil contos na agência da Caixa Geral de Depósitos (CGD) de Vila Franca do Campo.
In Açoriano Oriental de 15/08/2007
Se Dérora Raposo resolve colaborar com a justiça e conta tudo o que sabe e os nomes dos seus parceiros e colaboradores, vai haver muita surpresa, ou talvez não, apenas cobfirmações do que já se desconfiava.
Atenção ao Concelho Superior do Ministério Público.
Aforismos de porta de Igreja.
Quando é que descobrimos que estamos velhos?
Quando começamos a receber convites para casamentos?
Quando é que estamos mesmo velhos?
Quando deixamos de receber convites para casamentos.
Quando é que sabemos que estamos velhos "pa caraças"?
Quando voltamos a receber convites para casamentos.
Nunca deixaste de receber convites para casamentos?
És um gajo porreiro ou uma "socialite".
Quando começamos a receber convites para casamentos?
Quando é que estamos mesmo velhos?
Quando deixamos de receber convites para casamentos.
Quando é que sabemos que estamos velhos "pa caraças"?
Quando voltamos a receber convites para casamentos.
Nunca deixaste de receber convites para casamentos?
És um gajo porreiro ou uma "socialite".
15 de agosto de 2007
Dia Santo é dia de cozinha
Cozinhar é uma das actividades que desenvolvo nos meus tempos livres. De todas é a mais apreciada pelos meus amigos e família. Quando estou em São Lourenço, há pratos que são obrigatórios. Uma vez que venho para cá num misto de trabalho e férias, é aos fins-de-semana e feriados que a cozinha recebe a minha visita. Hoje, preparei, , para a gente toda, um Coq au Vin. Uma receita ancestral que fui alterando com um toque aqui outro acolá e que é sempre muito apreciada pelos comensais.
Receita
Parta uma galinha gorda (de preferência frango do campo ou um galo caseiro) em pequenos pedaços. Ponha tudo de molho em vinho tinto, atenção que o vinho tem que ter uma qualidade mínima, uma cabeça de alho esmagado e uma colher de sobremesa de pimenta preta triturada no almofariz junte-lhe uma pitada de sal grosso. Deixe a galinha a marinar pelo menos 4 horas, eu deixo sempre pelo menos 12.
Frite a galinha, numa caçarola, em pouco azeite de forma a retirar-lhe toda a gordura. Frite ainda 250 gr de bacon cortado em cubos generosos e uma dúzia de cebolinhas de curtume pequenas.
Junte tudo com o vinho que sobrou num alguidar de barro e leve ao forno durante 1 hora. Sirva com arroz branco bem solto ou um arroz frito com legumes.
Parta uma galinha gorda (de preferência frango do campo ou um galo caseiro) em pequenos pedaços. Ponha tudo de molho em vinho tinto, atenção que o vinho tem que ter uma qualidade mínima, uma cabeça de alho esmagado e uma colher de sobremesa de pimenta preta triturada no almofariz junte-lhe uma pitada de sal grosso. Deixe a galinha a marinar pelo menos 4 horas, eu deixo sempre pelo menos 12.
Frite a galinha, numa caçarola, em pouco azeite de forma a retirar-lhe toda a gordura. Frite ainda 250 gr de bacon cortado em cubos generosos e uma dúzia de cebolinhas de curtume pequenas.
Junte tudo com o vinho que sobrou num alguidar de barro e leve ao forno durante 1 hora. Sirva com arroz branco bem solto ou um arroz frito com legumes.
14 de agosto de 2007
Então e a estabilidade?
Não foi em nome de uma suposta estabilidade que houve eleições intercalares em LIsboa?
13 de agosto de 2007
De repente o tempo muda.
Farrapelha/Fajãzinha
Na companhia da minha filhota mais velha e da nossa priminha Maria, fiz hoje o percurso pedestre recomendado denominado Farrapelha/Fajãzinha. O estado do trilho é inqualificável.
Eu não ouvi a Srª Directora Regional do Turismo publicitar a consignação da limpeza dos trilhos a empresas especializadas? Ouvi, não foi?
Só espero que a escolha das empresas tenha, no minimo, cuidados com os conhecimentos técnicos quer nas marcações quer no que diz respeito às plantas endemicas. É que no Pico Alto limparam o trilho de tal maneira que foram as endémicas a eito.
Eu não ouvi a Srª Directora Regional do Turismo publicitar a consignação da limpeza dos trilhos a empresas especializadas? Ouvi, não foi?
Só espero que a escolha das empresas tenha, no minimo, cuidados com os conhecimentos técnicos quer nas marcações quer no que diz respeito às plantas endemicas. É que no Pico Alto limparam o trilho de tal maneira que foram as endémicas a eito.
12 de agosto de 2007
Um poeta de sempre.
Há 100 anos nasceu Miguel Torga. Não havia Ministério da Cultura nem apoios de Estado. Era o tempo da transição da Monarquia para a República. Torga escreveu uma poesia simples, sobre quase tudo e sobretudo feita do senso comum.
Aos Poetas
Somos nós
As humanas cigarras!
Nós,
Desde os tempos de Esopo conhecidos.
Nós,
Preguiçosos insectos perseguidos.
Somos nós os ridículos comparsas
Da fábula burguesa da formiga.
Nós, a tribo faminta de ciganos
Que se abriga
Ao luar.
Nós, que nunca passamos
A passar!...
Somos nós, e só nós podemos ter
Asas sonoras,
Asas que em certas horas
Palpitam,
Asas que morrem, mas que ressuscitam
Da sepultura!
E que da planura
Da seara
Erguem a um campo de maior altura
A mão que só altura semeara.
Por isso a vós, Poetas, eu levanto
A taça fraternal deste meu canto,
E bebo em vossa honra o doce vinho
Da amizade e da paz!
Vinho que não é meu,
mas sim do mosto que a beleza traz!
E vos digo e conjuro que canteis!
Que sejais menestreis
De uma gesta de amor universal!
Duma epopeia que não tenha reis,
Mas homens de tamanho natural!
Homens de toda a terra sem fronteiras!
De todos os feitios e maneiras,
Da cor que o sol lhes deu à flor da pele!
Crias de Adão e Eva verdadeiras!
Homens da torre de Babel!
Homens do dia a dia
Que levantem paredes de ilusão!
Homens de pés no chão,
Que se calcem de sonho e de poesia
Pela graça infantil da vossa mão!
Miguel Torga, Odes
Mais um abuso de confiança.
Não me importo que usem fotografias minhas, é, alias, um bom sinal de reconhecimento dum trabalho que faço por gosto e há muitos anos. Contudo, irrita-me quando as usam sem me dizerem nada ou sem mencionarem o autor. É mais este caso de um prospecto da Associação Circulo de Amigos de São Lourenço onde foi usada uma fotografia da baia ao amanhecer, tirada por mim, em Julho de 2006 e publicada aqui e também utilizada há dias pelo Alexandre no :Ilhas. Mal a vi exclamei, esta fotografia é minha. Mesmo sem necessitar, cheguei a casa e confirmei. Aqui ficam para que não restem dúvidas.
11 de agosto de 2007
Entre montes e vales.
Na companhia do Francisco hoje fui caminhar, um pouco, pela zona norte da Ilha de Santa Maria. Desde a Baía do Raposo até à Faneca com regresso e ainda uma ida à velha Estação Loran.
Foi um fim-de-tarde muito agradável e onde foi possivel descobrir mais um ou dois sítios novos.
Foi um fim-de-tarde muito agradável e onde foi possivel descobrir mais um ou dois sítios novos.
Poço de ribeira onde a luz não permitiu melhor do que isto.
Não. Não se trata de África. É o barreiro da Faneca, uma extensa área de deserto de basalto envelhecido com algumas manchas bastante densas de plantas infestantes como o Pica Rato, o Incenso e o Capím Africano. Uma visita obrigatória para quem visita Santa Maria, principalmente para quem gosta de fotografar o barreiro proporciona momentos muito interessantes.
Não. Não se trata de África. É o barreiro da Faneca, uma extensa área de deserto de basalto envelhecido com algumas manchas bastante densas de plantas infestantes como o Pica Rato, o Incenso e o Capím Africano. Uma visita obrigatória para quem visita Santa Maria, principalmente para quem gosta de fotografar o barreiro proporciona momentos muito interessantes.
Farol da Loran, na ponta Norte da Ilha, perto do local onde, em tempos, esteve instalada a Estação Loran e que, por descuito e desleixo, dos políticos foi abandonada sem que lhe tenha sido dada nova utilidade.
Entretanto, o Francisco ficou sem bateria na sua câmara e regressamos a casa já com o Sol a pôr-se, mesmo ali à nossa frente.
10 de agosto de 2007
32anos32
Parabéns RTP-Açores.
A RTP-Açores é, sem sombra de dúvidas, o elo de ligação mais importante entre os Açorianos. Tem essa responsabilidade acrescida. Tenham sempre os seus responsáveis uma clara noção das suas responsabilidades. Boa parte do que somos e do que não conseguimos ser é da responsabilidade da nossa televisão.
Sociedade liberal
Capitalismo na China
Em relação ao capitalismo na China deve-se ter em conta que a civilização chinesa é a mais antiga do mundo, que os valores que se desenvolveram ao longo dos séculos são intrinsecamente capitalistas e liberais e que o comunismo é um breve interregno sem a mínima importância. Do ponto de vista liberal, é mais relevante que um país tenha uma sociedade liberal do que um governo liberal. Os governos podem ser mudados, as sociedades não.
Em relação ao capitalismo na China deve-se ter em conta que a civilização chinesa é a mais antiga do mundo, que os valores que se desenvolveram ao longo dos séculos são intrinsecamente capitalistas e liberais e que o comunismo é um breve interregno sem a mínima importância. Do ponto de vista liberal, é mais relevante que um país tenha uma sociedade liberal do que um governo liberal. Os governos podem ser mudados, as sociedades não.
Cada vez é mais difícil discordar do João Miranda. O post acima transcrito sobre o capitalismo na China é de uma simplicidade e, ao mesmo tempo, de uma abrangência tais que diz quase tudo sobre quase tudo.
Afinal o que é que falta ao nosso País para ser mais rico, mais livre, mais limpo, mais ordeiro, mais e mais e mais como a gente gostava que ele fosse. Falta quase tudo. Falta o factor humano, a tradição de ser limpo, ordeiro, trabalhador, empenhado, livre. Uma sociedade habituada a deitar o lixo na rua, estacionar nos passeios, não cumprir leis, à subserviência, ao autoritarismo, à omnipresença do Estado regulador, à Senhora de Fátima, ao Fado, ao há-de ser o que Deus quiser, não muda assim só porque a gente quer.
9 de agosto de 2007
Do quê? Do ambiente e do Mar? Livro quê? Verde?
Todos os dias, há anos, a cena repete-se. Na Lota de Ponta Delgada, a zona dedicada à frota de embarcações de pequeno porte, fica uma autêntica lixeira. Copos de plástico, garrafas, pacotes de leite e maços de tabaco vazios. Enfim um montão de lixo que é, escrupulosamente, lavado para as águas da baia pelos zelosos funcionários da Lota. Claro! Dá muitíssimo mais trabalho varrer e juntar do que empurrar com água para o mar. No caso da Lotaçor, está que nem uma luva o ditado popular que canta "quantos mais gatos mais ratos".
É esta gente que vive embevecida com as novelas da TVI e com os camionistas Suecos. Claro que é este o Povo que tem sempre razão e que escolhe os políticos que nos governam. Claro que cada um tem o que merece. Nota de não somenos importância, nos lugares de decisão e executivos do sector das pescas, não há um único político que tenha alguma vez sido eleito, ou sequer candidato a um cargo de eleição. Talvez, por isso, o Povo até seja sábio, não os escolheu, foram-lhes impostos.
8 de agosto de 2007
Aforismos de boca cheia.
Dizem-me que o Joe Berardo é muito admirado pelos Portrugueses por não ter papas na língua.
Então aquilo o que é? Favas torradas?
Então aquilo o que é? Favas torradas?
7 de agosto de 2007
De Santa Maria ao Pico e em trânsito.
Os primeiros raios de Sol mostravam os contornos da baía. Saí de São Lourenço, esta manhã, com destino à Horta e com passagem por Ponta Delgada. Hoje não serei camionista em Vila do Porto. Daqui a pouco estarei na Cidade que me viu nascer, entre reuniões de engravatados e atento às manobras de uma boa mão-cheia de filhos-da-puta que se me atravessa no meu caminho. Depois a Cidade Mar, ainda hoje. Vai ser um dia comprido. Só espero descansar na Praia do Almoxarife, mais logo, ao som das cagarras e com o cheiro das figueiras no ar. Mas , não há nem cagarras nem cheiro a figos como em São Lourenço. Ah! Mas, como é bom o cheiro das figueiras do Pico, também. Figos pretos, pingões. Lágrimas, dizem os anciãos da terra. Ainda dou lá um salto. Amanhã. Quem sabe. O Zeca e a Ana Maria Simas devem ter uns torresmos frescos. Têm sempre. Na Manhenha o Eduardo Freitas (Laranjo é o seu alcunha), faz-me um caldo daqueles que não se come nem em restaurantes nem em tascas. Trabalhar no Verão tem coisas boas, também.
6 de agosto de 2007
Finalmente
Este mês de Agosto não tem sido pródigo em manhãs bonitas. Bem pelo contrário. Para quem gosta de se levantar cedo e fotografar, uma manhã bonita é sempre um bom começo. Hoje foi caso disso, nesta Baía de São Lourenço. Benvindos Catarina e Alexandre . Espero de desfrutem ao máximo as, ainda, maravilhas desta Ilha. As suas águas limpidas, a serra cheia de recantos com muitas plantas endémicas e os trilhos que, limpos ou sujos, havemos de passar.
Agora sou camionista em Vila do Porto, masi logo guia turistico.
4 de agosto de 2007
Escapes.
Nestes dias procuro escapar às enchentes das praias, ao ruído das esplanadas, à volúpia das estradas, ao frenesim do verão. Hoje escapei para 587m de altitude. No Pico Alto, em Santa Maria, existe a maior concentração de Uva da Serra Vaccinium cylindraceum que conheço. Infelizmente quem faz as podas e a manutenção dos trilhos e miradouros daquela zona não sabe o que faz. Mas, isso já é coisa que perdi a esperança de ver alterada. Aliás já perdi a esperança de ver as coisas mudarem, em termos ambientais, em Santa Maria. Por aqui não há o mínimo de sensibilidade embora haja bastante sensibilização e até haja quem esteja a fazer um bom trabalho, mas é pouco, muito pouco.
3 de agosto de 2007
Yes I'm a dreamer.
"If a little dreaming is dangerous, the cure for it is not to dream less but to dream more, to dream all the time."
I had a dream, yes I had a dream.
"Dreams come true; without that possibility, nature would not incite us to have them."
John Updike (1932)
"Society often forgives the criminal; it never forgives the dreamer."
Oscar Wilde (1854–1900),
Oscar Wilde (1854–1900),
O Estado "controleiro" pula e avança.
Para uns o Sol vai nascer todos os dias enquanto que para outros apenas se pôe. Sim, o Estado "controleiro" avança impiedosamente sobre as liberdades mais básicas dos cidadãos, neste caso o acesso à profissão. O conselho de ministros, presidido esta quinta-feira pelo ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, aprovou um decreto-lei que cria uma comissão interministerial para regular as condições de acesso a profissões, escreve a Lusa.
O diploma, aprovado esta quinta-feira na generalidade para consulta, estabelece os princípios do novo Sistema de Regulação de Acesso a Profissões.
Ou seja o acesso a uma determinada profissão vai ficar dependente de uma decisão administrativa. Ora, mesmo que assente num diploma legal, uma decisão administrativa é sempre arbitrária e como tal permite que uns sejam tratados de forma diferente de outros, mais não seja porque os processos podem passar para cima ou para baixo de uma pilha deles consoante a dimensão do factor C (cunha).
Um país que caminha para o reforço dos poderes arbitrários dos políticos e dos funcionários, só pode ser um país doente. Eu sei que o liberalismo é um palavrão que anda a incomodar muita gente, principalmente o neo-liberalismo económico. Contudo, o liberalismo aplicado a questão como o acesso ás mais diversas profissões, não se trata de uma questão de ideologia, mas sim uma questão de liberdades fundamentais dos cidadãos.
Não era este Governo o tal que anunciava e ameaçava os interesses instalados? Uma lei destas, sói vem reforçar os interesses instalados, os lobbies, as corporações e as associações de classe. A mim, que este governo e os seus defensores nunca mais falem em politicas de direita e em politicas liberais. O que eles são é “soviets” disfarçados.
2 de agosto de 2007
Os aristocratas fazem falta à política Portuguesa
Levado na esteira do pensamento do João Miranda neste Post blafemo há muito que venho reflectindo sobre o estado da política e o abandono de certos "aristocratas" das esferas partidárias. Segundo o João Miranda, A aristocracia considera ter o direito divino a exercer o poder, mas há muito que deixou de produzir alguma coisa de útil para o partido. São pessoas que não vão a votos, ou quando vão perdem. Só estão dispostos a ir a votos se a eleição estiver garantida e for livre de chatices. A gente do povo é gente que trabalha todos os dias para criar uma rede de influências e que tem ligação às bases. Tem a chamada "obra feita" e é gente que vai a votos.
Confesso que não gostei dos termos utilizados. Se em vez de "aristocracia" o Miranda tivesse usado gente de princípios, e em vez de povo o Miranda os tivesse chamado de Filhos-de-puta, eu concordaria totalmente com ele, é que, andando na política há muito e sendo do Povo não me considero filho-de-puta e sendo dos outros não me considero "aristocrata".
Eu também percebi se o Miranda acha isso bom ou mau. Eu acho que o problema principal da politica portuguesa é ter caído na mão daqueles a quem o João Miranda chama Povo e que eu chamo de FDPs. É que, associado ao trabalho partidário e aos resultados que levam certas pessoas ao poder, está o caciquismo no seu pior, a perseguição, a traição, o tráfico de influências, etc. Em suma a falta de caracter. Do outro lado, ficam os que estão na politica por crença, convicção, sentido cívico e amor pátrio. Ora, numa guerra partidária interna pelo poder e até mesmo numa ida a votos populares, as facas na liga dos FDPs são suficientes para apunhalar pelas costas qualquer um que tenha o mínimo de princípios éticos e que não use as mesmas armas.
Eu acho que a tal aristocracia de que fala o João Miranda faz falta ao PSD, como faz falta ao PS, ao CDS ao PC ao BE e faz ainda mais falta a Portugal. Ao invés, caminhamos para um país de filhos-da-puta.
Eu acho que a tal aristocracia de que fala o João Miranda faz falta ao PSD, como faz falta ao PS, ao CDS ao PC ao BE e faz ainda mais falta a Portugal. Ao invés, caminhamos para um país de filhos-da-puta.
1 de agosto de 2007
E tu bárbaro, não dizes nada?
Eu sei. Eu sei que devia ter escrito qualquer coisinha sobre as mortes do Ingmar Bergman e do Michelangelo Antonioni. Sim que mais não fosse para me armar em culto.
O regresso (anúnciado) à sovietização da economia.
O novo presidente da Câmara Municipal de Lisboa garantiu um acordo político com o vereador eleito pelo Bloco de Esquerda ao aceitar diversas condições impostas por José Sá Fernandes, noticia a edição desta quarta-feira do Jornal de Negócios.Segundo este diário económico, António Costa, que toma posse esta quarta-feira à tarde, aceitou que os promotores imobiliários lisboetas sejam «obrigados a vendar ou arrendar 20 por cento dos empreendimentos novos a preços controlados, ou seja, a preços abaixo do preço de mercado».Medidas como esta levam os investidores imobiliários a procurar outros destinos e outros mercados. Por exemplo, aqui ao lado no vizinho Reino de Espanha onde a esquerda parece ser mais moderna na prática e menos no discurso. Por cá, são todos muito modernos no discurso mas com uma praxis com um toque de nostalgia do estado “controleiro” à boa maneira soviética. “ Bem prega Frei Tomáz, faz o que ele diz não, faças o que ele faz”.
Resta saber quanto tempo vai António Costa aguentar os disparates de Sá Fernandes e quanto tempo Sá Fernandes vai aguentar a pressão de ser poder. Ser oposição contestatária é bem mais fácil do que ser poder. Que o diga o CDS de Paulo Portas. Hoje, não tenho dúvidas que, na oposição, o CDS e Paulo Portas estariam com percentagens eleitorais bem próximas dos dois dígitos. Ai invés, passando pelo chamado “arco da governação” o CDS perdeu o seu eleitorado contestatário, que não é de direita nem de esquerda é, simplesmente contra. Esse eleitorado, muito dele pelo menos, foi directamente para o Bloco. Parece um contra-senso, mas não é.
Veremos, num futuro próximo, o que vai acontecer ao Bloco e a Sá Fernandes.
Resta saber quanto tempo vai António Costa aguentar os disparates de Sá Fernandes e quanto tempo Sá Fernandes vai aguentar a pressão de ser poder. Ser oposição contestatária é bem mais fácil do que ser poder. Que o diga o CDS de Paulo Portas. Hoje, não tenho dúvidas que, na oposição, o CDS e Paulo Portas estariam com percentagens eleitorais bem próximas dos dois dígitos. Ai invés, passando pelo chamado “arco da governação” o CDS perdeu o seu eleitorado contestatário, que não é de direita nem de esquerda é, simplesmente contra. Esse eleitorado, muito dele pelo menos, foi directamente para o Bloco. Parece um contra-senso, mas não é.
Veremos, num futuro próximo, o que vai acontecer ao Bloco e a Sá Fernandes.
O que será que eu tenho a ver com isto?
Segundo se pode ver a partir deste gráfico retirado do blogue do Rafael Cota a quem aproveito para felicitar pela iniciativa, a Pesca descarregada na Ilha do Faial entre Janeiro e Maio deste ano cresceu em cerca de 88% . Para as más línguas e demais peças de artilharia, eis, fria e cruamente, o resultado do empenho, profissionalismo e empreendedorismo (do qual muito se fala mas pouco se apoia).
NB: Actualizado
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