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Os primeiros raios de Sol mostravam os contornos da baía. Saí de
São Lourenço, esta manhã, com destino à Horta e com passagem por Ponta Delgada. Hoje não serei camionista em Vila do Porto. Daqui a pouco estarei na Cidade que me viu nascer

, entre reuniões de engravatados e atento às manobras de uma boa mão-cheia de filhos-da-puta que se me atravessa no meu caminho. Depois a Cidade Mar, ainda hoje. Vai ser um dia comprido. Só espero descansar na Praia do Almoxarife, mais logo, ao som das cagarras e com o cheiro das figueiras no ar. Mas , não há nem cagarras nem cheiro a figos como em São Lourenço.

Ah! Mas, como é bom o cheiro das figueiras do Pico, também. Figos pretos, pingões. Lágrimas, dizem os anciãos da terra. Ainda dou lá um salto. Amanhã. Quem sabe. O Zeca e a Ana Maria Simas devem ter uns torresmos frescos. Têm sempre. Na Manhenha o Eduardo Freitas (Laranjo é o seu alcunha), faz-me um caldo daqueles que não se come nem em restaurantes nem em tascas. Trabalhar no Verão tem coisas boas, também.
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