Levado na esteira do pensamento do João Miranda neste Post blafemo há muito que venho reflectindo sobre o estado da política e o abandono de certos "aristocratas" das esferas partidárias. Segundo o João Miranda, A aristocracia considera ter o direito divino a exercer o poder, mas há muito que deixou de produzir alguma coisa de útil para o partido. São pessoas que não vão a votos, ou quando vão perdem. Só estão dispostos a ir a votos se a eleição estiver garantida e for livre de chatices. A gente do povo é gente que trabalha todos os dias para criar uma rede de influências e que tem ligação às bases. Tem a chamada "obra feita" e é gente que vai a votos.
Confesso que não gostei dos termos utilizados. Se em vez de "aristocracia" o Miranda tivesse usado gente de princípios, e em vez de povo o Miranda os tivesse chamado de Filhos-de-puta, eu concordaria totalmente com ele, é que, andando na política há muito e sendo do Povo não me considero filho-de-puta e sendo dos outros não me considero "aristocrata".
Eu também percebi se o Miranda acha isso bom ou mau. Eu acho que o problema principal da politica portuguesa é ter caído na mão daqueles a quem o João Miranda chama Povo e que eu chamo de FDPs. É que, associado ao trabalho partidário e aos resultados que levam certas pessoas ao poder, está o caciquismo no seu pior, a perseguição, a traição, o tráfico de influências, etc. Em suma a falta de caracter. Do outro lado, ficam os que estão na politica por crença, convicção, sentido cívico e amor pátrio. Ora, numa guerra partidária interna pelo poder e até mesmo numa ida a votos populares, as facas na liga dos FDPs são suficientes para apunhalar pelas costas qualquer um que tenha o mínimo de princípios éticos e que não use as mesmas armas.
Eu acho que a tal aristocracia de que fala o João Miranda faz falta ao PSD, como faz falta ao PS, ao CDS ao PC ao BE e faz ainda mais falta a Portugal. Ao invés, caminhamos para um país de filhos-da-puta.
Eu acho que a tal aristocracia de que fala o João Miranda faz falta ao PSD, como faz falta ao PS, ao CDS ao PC ao BE e faz ainda mais falta a Portugal. Ao invés, caminhamos para um país de filhos-da-puta.
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