Caro Ezequiel.
Obrigado pelos elogios que me deixaste subentendidos em comentários no "post" abaixo. Vou intervir em forma de post, já que existe assunto que merece ser desenvolvido e assim saltar para outro nível de discussão.
Tal como disse o nosso amigo Pedro Arruda e bem, é pena que esta "vaga de fundo" venha de fora do partido e não de dentro. Também o Abel tem razão. Ele melhor do que ninguém sabe como se trabalha no terreno para ganhar votos e consolidar ideias sem ser cinzento, sem tentar agradar a tudo e a todos. Mas também sabe que criar uma máquina partidária é muito mais difícil do que isso e dominá-la ainda é mais complicado. O CDS/PP não é um partido tipo União Nacional, para agradar a tudo e a todos. É um partido com uma ideologia vincada e com ligações muito próprias a um eleitorado conservador no que é bom e nem sempre, liberal no que pé preciso. Eu já disse várias vezes que a nossa principal afirmação deve fazer-se pelo pragmatismo e pela discussão dos conceitos económicos mais liberais. O Modelo de desenvolvimento dos Açores que o Partido Socialista leva a vante, é um complemento directo do modelo Amaralista, é um modelo esgotado e com provas dadas deste mesmo esgotamento. Esse é também o modelo defendido por Alvarino Pinheiro. Não raras vezes o ouvimos fazer apelos à intervenção do Estado/Região, em sectores da vida económica Regional que deveria estar destinados a privados.
É certo que sou o único que, (na senda de outros pensadores da direita liberal portuguesas,) pensa a economia global como um caminho sem retorno e sem lugar a proteccionismos e intervencionismos. Este discurso não é suficiente para tomar conta do partido. Na noite eleitoral, aproveitando uma deixa do Luciano Barcelos, tive o cuidado de tocar neste assunto embora muito pela rama. A criação de um Fundo de Coesão Regional, uma das poucas ideias lançadas por César no decorrer da campanha eleitoral, é continuar numa linha de investimento público onde o que é necessário é criar condições para o investimento privado proliferar. Isto só não acontece porque o Estado/Região, está minado por medíocres. Na verdade, há gente com grande capacidade de análise e de trabalho nas diversas secretarias mas a grande parte dos serviços estão minados por funcionários medíocres que não fazem nem deixam fazer.
Este discurso agrada a grande parte do eleitorado do CDS/PP mas nem sempre funciona internamente. O discurso interno é mais eficaz quando se podem contar espingardas. Além disso, esta vaga de fundo que, me apraz registar, foi me manifestada não só ao longo da campanha mas também e principalmente, ao longo dos dias de ontem e hoje. Infelizmente esta é uma vaga externa e demasiado "flat". O mar está so "crawdli", não me parece que seja eu, um surfista amador, a apanhar essa vaga.
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