31 de janeiro de 2011

Revisitando o Fôguetabraze em 31 Dez 2008.

Chegamos ao final deste 2008 todos um pouco mais pobres do que em 2007. Consta que até os ricos estão menos ricos. Embora, para estes últimos o Estado tenha encontrado no fundo do saco dos impostos cobrados aos que mais empobreceram os fundos necessários para assegurar os rendimentos dos poucos que enriqueceram e se aforraram. Na verdade, neste país de fingimentos e espertezas saloias, nos últimos anos, décadas, os únicos que melhoraram os seus pecúlios foram os funcionários superiores do Estado, os administradores de empresas públicas e algumas sanguessugas de algumas empresas privadas. São estes altos quadros os grandes aforradores e “jogadores” de dinheiro nos fundos de investimento, certificados de aforro e tradicionais depósitos a prazo. São os cabecilhas do chamado “bloco central de interesses” que mantêm o aforro a níveis acima da média. Foi por isso, só por isso, que o Estado interveio nos bancos BPN e BPP. Não houve, não há, nem está por inventar mais ponderosa razão para não deixar falir a instituições de crédito que se encontram em dificuldades.
No estado do faz de conta a que Portugal chegou, são os mais pobres, os trabalhadores por conta de outrem, os quadros médios e os indiferenciados do Estado e das Autarquias e IPSS, os pequenos e médios empresários e os trabalhadores independentes sem vinculo de estabilidade que estão a pagar, com os seus impostos directos e indirectos, a manutenção das regalias e dos rendimentos dos mais ricos.
Se isto não é o colapso do sistema, vou ali e já venho.

Nota em 2011.01.31
A intervenção no BPN já vai em 5 mil milhões de euros e segundo alguns entendidos vai chegar mesmo aos 8 mil milhões. Para além da incompetência do Ministro, haverá alguma outra justificação para uma intervenção destas a não ser o facto dos depositantes serem o Estado (segurança social) e gente grada do regime?

2 comentários:

Farto de ser espoliado! disse...

Um post 5*****.

Revisitanto esse post de 31/12/2008
e bem assim fazendo uma análise ao que se passou desde essa data até hoje, não esquecendo toda uma década ou duas sob o signo do «bloco central de interesses», não será dificil compreender como é que chegámos a este lodaçal.

Deste lodaçal não podemos excluir os partidos do centrão, o Sócrates, o Cavaco, os deputados e toda uma rede de gestores e altos dignatários do regime.

Todos eles têm culpas do cartório. E todos eles deviam ser julgados, pelo menos politicamente.

Em qualquer país decente do mundo, o escândalo financeiro/politico/empresarial/rede montada para extorquir dinheiro no BPN, seria o suficiente para fazer cair de pôdre e sem apelação todo o regime, como aconteceu na Itália com as trafulhices e golpes financeiros no Banco Ambrosiano com lojas maçónicas, máfias e partidos do regime à mistura.

Enquanto muita gente contemporiza com os cortes de salários, de abonos de famílias e do encerramento do acesso a serviços públicos básicos, os nossos eleitores e contribuintes estão quietinhos da silva e vão continuar a pagar este grande roubo.

DE facto POrtugal não tem um provedor, nem dos contribuintes, nem do Povo.

Cavaco Silva apresentou-se agora, depois de estar caladinho durante 5 anos, como o provedor do Povo, mas a verdade é que ele também é parte do problema.

Tal como na Tunísia, no Egipto, na Grécia e noutras paragens, este regime tem que cair.

O mais depressa possível!

Anónimo disse...

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Helena

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