30 de junho de 2004

Barnabé dixit

"A manifestação de hoje em Lisboa foi bem sucedida, Estiveram tantas pessoas como no Domingo" Bem, a desculpa para só lá estarem cerca de 2500 pessoas no Domingo foi a convocatória tardia e por SMS. Hoje já foi bom. Porquê? Porque não há desculpa.

O Direito à manifestação é um dos fundamentais direitos conquistados com a nossa deslastrada e imberbe democracia. Não o nego. Mas , por favor, não empolem a situação e não usem esse direito como forma de pressão sobre o Presidente da República.

Vamos à "laranja mecânica"

Sempre gostei de espremer Laranjas. Todos os tipos de laranjas. Dá-me um certo prazer. Já que nos últimos tempos não tenho podido fazer as "espremidelas" que me apetecia fazer, até porque estas laranjas de agora não dão grande sumo, vamos à "laranja mecânica".
Não vou ver o jogo que sou fraco do miocárdio e a vida não está para graças mas espero ouvir os gritos quando o "Pálêta" marcar o primeiro.

29 de junho de 2004

Dois pesos e duas medidas

Bem, há muita coisa que eu não entendo em Manuela Ferreira Leite, a madrasta do défice. Mas essa do golpe de Estado não dá mesmo para entender.
Quer dizer: O Presidente da República não deve dissolver o parlamento porque o povo votou nas listas de deputados e não no primeiro-ministro. Concordo.
Mas, o congresso do PSD tem que reunir porque votou em Durão Barroso e não na lista que ele apresentou. Então para que é que existem listas, bastava eleger um líder que depois constituía a equipa.

Já agora...

... não se esqueçam de fazer as listas de forma a não colocarem lá figuras ministeriáveis. Não é por nada, é que se a teoria agora aventada, pelos trotskistas Louça, Portas e Rosas, vingar, quando essas figuras deixarem o cargo de deputados para serem ministros o BE pode convocar uma "manif" para exigir a dissolução do parlamento.

Estabilidade?

Alguém me garante que se houver eleições antecipadas vai haver um governo que assegure estabilidade politica.

Silenciar é caro. Muito caro...

Se Pedro Santana Lopes chegar a primeiro-ministro de Portugal, o PSD estará a pagar o justo preço por ter atribuído a 1ª vice-presidência ao autarca de Lisboa para o silenciar.

Já cá canta

A T-Shirt MUU! já cá canta, Obrigado à Muu-Produções culturais Ldª e a todos os campanheiros blogosféricos que sugeriram a oferta.

28 de junho de 2004

Nova entrada no Ponta Delgada

O Ponta Delgada teve hoje uma nova entrada sobre uma das suas mais carismáticas figuras do final do século XX, o Mestre João Resendes ou Mestre João dos Cavalos.

Direitos e deveres constitucionais e politicos

Como político e autarca não gosto do estilo de Santana Lopes, julgo tê-lo dito num "comment" no indispensáveis. Também não vou muito à Bola com a coligação, já o disse aqui e por toda a parte por onde tenho passado. Por essas duas ordens de razão, estou à vontade para defender aqui a posição do Presidente da República se for a de não dissolver a Assembleia da República. Na verdade, não há razões de fundo para que o PR dissolva a Assembleia da república, também, não há razões de fundo para que a oposição peça a convocação de eleições antecipadas, O que existem são razões de ordem prática e politica e de gestão de certas carreiras partidárias.

A quem interessam as eleições antecipadas?

Ao Bloco de Esquerda. O bloco seria, provavelmente um dos partidos que viria a crescer em caso de antecipadas, pois aproveitaria a onda de crescimento que atingiu nas Europeias;

Ao PS de Ferro Rodrigues, aproveitando uma fase má da economia e da popularidade do Governo., seria a última oportunidade para Ferro Rodrigues de ser Primeiro-ministro de Portugal;

A Luís Marques Mendes e aos seus apoiantes. MM deixará de ser ministro e a sua exposição pública será cada vez menor o que complicará a sua ascensão dentro do PSD e do país.

A quem não interessam as eleições antecipadas?

Aos Socialistas apoiantes de José Lamego e José Sócrates, fica adiada a sua hora, pelo menos para depois destas eleições o que poderá ser um pouco temporão para se esquecerem as guerras internas e arranjar lugares ao sol, ou serôdio para saltarem da carroça em andamento. .

Aos Santanistas, que vêem assim o seu desejado líder ascender à liderança do Governo sem passar pelo crivo de um congresso partidário e sem passar por eleições, no seu estilo demasiado populista, Santana Lopes poderá levar o PSD ou a coligação a uma vitória em 2006. O PSD poderá estar a pagar o preço de ter distribuído uma Vice-Presidência a Santana Lopes só para o calar;

Ao País. A Nação e o Estado necessitam estabilidade para levar por diante as reformas em curso. Temo por governos demasiado populistas e laxistas que não levem o país pela via do rigor nas finanças públicas que tanto se necessita e se apregoa mas não se pratica com o rigor necessário. Contudo, com o estilo demasiado populista de Santana Lopes, a economia e o estado das finanças públicas poderão passar para segundo plano;


Em fim, se do ponto de vista constitucional estamos conversados, até porque existe jurisprudência sobre esta matéria, foi assim com Pinto Balsemão e o General Eanes a quando da morte de Sá Carneiro e foi assim que decidiu o Ministro da República para os Açores a quando da saída de Mota Amaral do Governo Regional dos Açores em 1995.

Do ponto de vista político a coisa não está tão clara nem tão fácil de aclarar. Existem demasiados interesses e demasiadas ponderáveis para que a decisão seja tomada precipitadamente.
Pessoalmente, estou convencido que Jorge Sampaio respeitará a Lei Fundamental e a vontade da maioria parlamentar. Resta saber se o Governo que vai sair desta maioria se aguenta por muito tempo e como se vai comportar a oposição interna à actual direcção do PSD.

Post Scriptum:
A minha curta passagem pelo Parlamento dos Açores, reforçou as minhas convicções sobre as virtudes do sistema parlamentar puro e sobre o parlamentarismo em geral. Sou um incansável defensor do Parlamentarismo e do papel da Assembleias na regulação e fiscalização da acção governativa. Por isso, a dissolução do Parlamento é, no meu entender, uma das medidas mais desrespeitadoras da Democracia que pode existir. O parlamento é constituído por representantes directamente eleitos pelo Povo e as suas decisões devem ser respeitadas, assim como devem ser as decisões do Sr. Presidente da República.

Para Vital Moreira

...é próprio dos sistemas parlamentares de governo - como o nosso essencialmente é -, a possibilidade de formar mais do que governo dentro do mesmo quadro parlamentar. Apesar das aparências em contrário, os chefes de governo não são eleitos mas sim designados depois das eleições, no quadro parlamentar resultante das mesmas. De outro modo, seria impossível formar governos chefiados por pessoa diferente do líder do partido mais votado nas eleições, mesmo no caso de morte ou abandono do primeiro-ministro...

Segundo Jorge Miranda

Para o "pai" da Constituição de 1976, "o que está mais de acordo com a lógica do sistema constitucional é não haver eleições", propondo o partido mais votado nas legislativas de 2002, um nome para encabeçar o novo Executivo.

Todos a Belém...

Foram poucos. Foram pouco mais de 2 mil num universo de 10 milhões. Mal vai a esquerda portuguesa que, depois de fazer um enorme "chinfrin" à volta de uma questão mais constitucional do que política, apenas consegue mobilizar 2000 pessoas. Foi uma boa mostra e um bom sinal para o que o Sr. Presidente da República deve fazer, se Sampaio tinha dúvidas, o que desconfio, tirou a ilação final desta ridícula amostra de revolução.

27 de junho de 2004

Obrigado

O meu muito obrigado, atrasado um pouco por culpa dos atrasos do Technorati. Caro Francisco, foram Lapas muitos passeios pela Ilha e não foi uma Cerveja Melo Abreu, porque sou abstémio mas foi uma Laranjada da mesma fábrica. O Beldina foi substituindo por um Robusto da Estrela (estão melhores agora) tudo em família. Obrigado ao Aviz.

Caro Paulo Henriques, Obrigado pela entrada no Fórum Ilha das Flores, bem sei que nem sempre ou quase nunca concorda com as minhas opiniões mas é bom saber que nas Flores se lê o Foguetabraze mesma sem se concordar. Obrigado.

26 de junho de 2004

Muito Obrigado a todos

O dia de ontem foi todo feito de parabéns e elogios. A todos o meu muito obrigado, aos leitores anónimos, aos leitores comentadores, à família aos amigos. A todos. Um agradecimento especial aos "bloggers" companheiros de blogosfera que tiveram a amabilidade de postarem nos seus blogues a s suas mensagens de parabéns. Assim, o meu muitíssimo obrigado à Mariana pela sextilha no espaço para Comentários e pelo "post", à indispensável Ana ao brilhante ToZé, ao iberista convicto e grande amigo Pedro, ao vizinho Vitor, ao velho amigo André ao Prof. Vital Moreira pelo honroso post, ao amigo de outros fóruns Walter Rodrigues e a todos os outros que o possam ter feito nos seus post mas os atrasos do Technorati, naõ me permitiram saber.
Para o ano há mais.
Obrigado a todos.

Já agora uma informação de última hora. O inverno apanhou o avião desta Madrugada e já deixou os Açores.

25 de junho de 2004

Hoje também fazem 1 ano...

...o Terras do Nunca
e o Descrédito!. Parabéns para eles também.

Um ano e 6 prémios

Tudo começou assim, depois perdi a palavra passe e o nome de utilizador e exclamei "má Fogo te abrase", ainda bem que não foi "puta que te pariu". Assim com o desaparecimento precoce do "Açorianissimo" nasceu o meu querido e companheiro inseparável de há um ano a esta parte, este também vosso que começou por ser só meu Foguetabraze, generalista e umbiguista como devem ser os diários.

Um ano de Blogues, mais de 500 entradas, quase 60.000 palavras e alguns prémios para os meus preferidos. Ao contrário dos prémios atribuídos quando eu e o Foguetabraze completamos 6 meses de matrimónio, estes são prémios a valer.


1-O melhor blog colectivo dos Açores
:Ilhas, sem mais nada para dizer.

2- O pior blog colectivo dos Açores
Prémio não atribuído, não há blogues colectivos maus nos Açores.

3-O melhor fotoblog dos Açores

Francisco Botelho Fotoblog, das entranhas da Ilha tem nos trazido o que de melhor há para mostrar dela e das outras por onde passou ao longo deste tempo.

4-O melhor blog individual dos Açores
Ardemar. Ela não gosta que eu diga que ela tresanda a mar nem gosta que lhe chamem poetisa. Mas o que ela é de facto é uma grande poetisa com cheiro a maresia. Continua assim Mariana. O André tem que trabalhar mais um bocadinho e escrever menos sobre política.

5- O Blogue mais eclético dos Açores
:Ilhas. O Blogue e os seus escribas dispensam comentários e apresentações, eles gostam e não gostam de Futebol, uns são Iberistas convictos outros ferrenhos e obstinados independentistas. Uns gostam de desportos marítimos os outros nem por isso. Eles são os mais ecléticos e desde que conheceram o prémio, trabalharam para o ganhar.

6- O melhor escritor(a) da blogosfera Açoriana
João Nuno Almeida e Sousa com este e outros textos. Não! Não é uma questão de favorecimento familiar! É uma convicção. Se corro o risco de ser considerado imparcial por ter atribuído este prémio ao JN, é porque também não queria deixar de o atribuir com justeza pelo facto feliz dos nossos Pais serem irmãos. Poderia também ser para a Mariana, para o André ou para o ToZé com este texto, devo dizer que a escolha não foi fácil e os poucos e-mails que recebi não ajudaram muito. Desta vez vai para o meu primo alfacinha de nascimento e açoriano de alma e coração. O meu primo "más gande".

Todos os Blogues feitos nos Açores ou por Açorianos estavam nomeados para esta escolha. Ficaram alguns dos meus preferidos por premiar:
O velho amigo Não M'Acredito, as Professorices do JVC, os bons textos do Mário Roberto, do Francisco e do João no Entramula (faz um ano amanhã), e não esperem nada do Joel, os Citroen já não são o que eram. O desejo de casar do Nuno e dos manos Borges, as crónicas Indispensáveis da Ana e do Carlos Afonso, as Frieiras da Maria do Céu, as resistências do António João, o sol do Nuno e as faladuras do Paulo e a Alma de Poeta e o Blogamacho e o sniper e tantos os outros.


Os meus agradecimentos, pela inspiração, aos outros por onde passo todos os dias nas minhas viagens blogosféricas, o Aviz, Causa nossa, Barnabé, O Quinto, o acidental, o forum comunitário e o Glória fácil

Um muito obrigado para os comentadores residentes e sem Blogue, a Silvia, a Fátima Rosado, a Maria Silva, o Cristóvão de Aguiar, o Abel Carreiro, o João Pacheco e tantos e tantos outros que de quando em vez se dão ao trabalho de vir aqui ler os "arrotos de uma Baratinha tonta" como disse um dia a Sílvia.

Finalmente e porque os últimos são os primeiros (perdoem-me o lugar comum) às minhas três grandes mulheres, Leonor, Marta e Sofia, são muitas horas à volta do computador que são roubadas ao carinho de marido e Pai. Obrigado a Vocês.


O prémio é uma T-Shirt MUU, Foguetabraze com uma dedicatória do "Je", O problema é que os "piquenos" ainda não têm as ditas prontas. Vão ter que esperar para receber o Vosso prémio.



Já daqui a pouco

Os prémios Foguetabraze num blogue perto de si

24 de junho de 2004

Goodbye old friends!

...And that's all

Meus Açores meus amores!

E ainda há quem diga que isto não é o melhor lugar do Mundo e que o turismo não é o futuro. Até o Inverno veio passar o Verão aos Açores!

Prémios Foguetabraze

1- O melhor blog colectivo dos Açores
2- O pior blog colectivo dos Açores
3- O melhor fotoblog dos Açores
4- O melhor blog individual dos Açores
5- O Blogue mais ecléctico dos Açores
6- O melhor escritor(a) da blogosfera Açoriana

É já amanhã num Blog perto de si.
Última oportunidade para deixar um palpite

23 de junho de 2004

Ainda a Nação Açores?

O meu Francisco Torrinha, que é de 1951, portanto herdei-o de alguém que já nem sei quem, diz assim: "Nação, s.f. conjunto dos habitantes dum território que têm a mesma origem e a mesma língua, e ligados por interesses comuns; região ou país governado por leis próprias "
Além do Torrinha e do Houaiss, há cá em casa um Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea da Academia das Ciências de Lisboa , editorial verbo, 2001 que diz assim: "nação 1. conjunto de pessoas ligadas por tradições históricas e por uma língua, costumes e instituições comuns"

Afinal somos ou não uma Nação?

A Nação Açores?

Sou obrigado a concordar com o comentário do JVC no meu "Post" a abaixo. A natureza do tema e o respeito que nutro pelo seu autor, merece resposta em forma de entrada e não como simples comentário. Quem sou eu para discordar do Houasis.
Contudo, mesmo numa leitura mais abrangente dos conceitos de Nação que guardamos inatos. Os Açores são, de facto, uma nação, sem Estado, sem língua própria, sem indígenas, mas uma nação cultural, como é Cabo Verde, ou São Tomé e Príncipe, exemplos que nos são próximos. Se quisermos ir buscar exemplos mais longínquos eles abundam no Pacifico ou nas Caraíbas, Trinidad e Tobago, Grenadinas, Hawaii.
Não existirão muitas dúvidas sobre a existência de uma cultura Açoriana, que nada tem que ver com a bruma, a Ilha o mar ou a gaivota, mas com uma miscelânea de tudo isso, uma cultura plena de cheiro a mar e a uma religiosidade muito própria, plena de ritos de caçadores de baleias e de atuns, de vulcões e terramotos. Somos Ilhéus. Somos um Povo feito de Portugueses do Algarve e de Trás-os-Montes e de Bretões e de Flamengos e de outras importações mais recentes.
Até a nossa enxada (sacho), a nossa forma de trabalhar a terra é diferente do que se vê pela Península fora. Temos o Roxo. Até a nossa Saudade é diferente. Temos a nossa gastronomia, temos o nosso falar.

21 de junho de 2004

Cristóvão de Aguiar

No último mês fui "Um Grito em chamas" na "Nova relação de Bordo". Fui "Passageiro em trânsito" entre a trilogia de "Raiz comovida". Nada de recensões, nada de sinopses, nada dessas presunções e literatices que não sei fazer.
Fui, um visitante da Açorianidade.
Se o conceito nasceu com Vitorino Nemésio, certamente tem em Cristóvão de Aguiar um continuador. Com a excepção para "Passageiro em Trânsito", onde há uma clara alteração do estilo, as restantes obras são belíssimos exemplos de critica dos costumes das nossas Ilhas e das nossas gentes, gentes que fizeram e fazem a nação Açores.
Nelas, nas obras de Cristóvão de Aguiar, com destaque para o primeiro de raiz comovida, está tudo no seu lugar, consigo imaginar o luzir dos instrumentos da "Musica Nova", o cheiro da terra das estufas, daquela fatia de pão com manteiga de vaca que ficou por comer, dos "charrinhos" fritos, do mar das Calhetas. Vi como que real a "branquidão" das ajudantes do Dr. Alemão, ali à rua do Contador onde na minha infância passei várias vezes ao dia nas minhas deslocações entre a casa de meus pais e a escola. Já não havia o Dr. Alemão. Estavam lá, a deambular pelo jardim os Cães do Sr. Gilberto Nóbrega, dois lindos Lobos da Alsácia sempre pendurados na varanda. Cães de verdade, não dos cães do "Passageiro em trânsito" ."Que canelas pensais vós mordiscar, ó cães literatos, sem possuirdes a dentição completa?"

"O homem já sabia..."

"Bem dizia Zapatero:
Todos os espanhóis voltarão a casa antes de 30 de Junho! "


A Rata está sempre atenta.

20 de junho de 2004

Adios España

Mais uma vez aquele rectângulo pequeno resiste à força do gigante Ibérico.
Adios nuestros hermanos!
Isto é o que acontece quando se é arrogante.
Viva D. Nuno Alvares Gomes.

19 de junho de 2004

Mais um

Passos Perdidos, é um blogue assinado pelos jornalistas que habitualmente cobrem os trabalhos parlamentares da Asembleia Legislativa Regional dos Açores.

«O 10 de Junho nas comunidades portuguesas no estrangeiro»

Só hoje li um texto de um leitor do Causa Nossa, postado por Vital Moreira que, por o ter feito, presumo concorda com ele.
O aproveitamento das questões nacionais e das comemorações do dia de Portugal pelos sucessivos Governos de Portugal é uma questão inegável. Sem querer encontrar desculpas para os que o fazem agora pelo facto de outros o terem feito no passado, venho lembrar, do alto da minha insignificância, que foi à custa da "campanha eleitoral" desavergonhadamente feita, em cerimónias de Estado, pelo Dr. José Lello, então Secretário de Estado de um Governo do Partido Socialista, que este último inverteu a tendência de voto dos emigrantes Portugueses que até então votavam maioritariamente no PSD, pelas mesmas razões.
Já aqui defendi, a propósito do Circulo da Emigração. Um absurdo. Penso que faz mais sentido criar um circulo eleitoral para os Imigrantes do que para os emigrantes. Além disso todos sabemos. Por experiência da República, que o círculo da Emigração serve os interesses do poder instalado, uma vez que é este poder que tem capacidade financeira para, com os impostos de nós todos andar a viajar para os países de acolhimento a fazer campanha. Já aconteceu este ano no Brasil com Paulo Portas e Carlos César. Como podem constatar não é um exclusivo da Direita e é condenável, sejam quem forem os protagonistas.

18 de junho de 2004

Porque ainda estamos em Junho


As minhas convicções separatistas ou independentistas, já me valeram um processo disciplinar dentro do CDS/PP. Um dia, em directo no Telejornal da RTP-Açores, numa altura em que estava eminente a minha saída do CDS/PP, a Jornalista Teresa Nóbrega perguntou-me se ia candidatar-me à presidência do PDA, já que se ouviam rumores que tal podia acontecer. Respondi que não, que isso era um absurdo até porque sou "muito mais separatista do que qualquer militante do PDA".
Se não sou Euro céptico, é precisamente porque acredito que o caminho em que a Europa vai, é o caminho da Europa das nações em que Regiões como a nossa terão, cada vez mais, possibilidades de serem Estado Independente já que, Nação ninguém tem dúvidas que já somos.

Novo modelo


A recente decisão do Governo da República sobre o novo regime de ajudas e concessão de serviço público de transporte de passageiros via aérea entre as Regiões autónomas e o Continente, é um passo de gigante para a economia Açoriana.
Agora estão já criadas as primeiras condições para a liberalização das rotas, teremos mais companhias e mais oferta, a qualidade do serviço pode até diminuir significativamente, mas o aumento da oferta e a possibilidade de escolher horários compensará essas falhas. Não acredito que todas as rotas sejam apetecíveis para as três operadoras nacionais ou até para alguma estrangeira. Contudo, certamente Terceira e São Miguel serão bastante beneficiadas. Esta última precisa bastante já que com o modelo montado actualmente está bastante prejudicada uma vez que os passageiros em trânsito das outras Ilhas têm prioridade em relação aos locais, até mesmo nas listas de espera o que tem provocado enormes constrangimentos.
Mesmo tendo em conta que o preço do bilhete será único e fixo,, a verdade é que, com este modelo e com a concorrência, os cofres do Estado ficam beneficiados e isso reflecte-se, a médio e longo prazo na economia e no custo e qualidade de vida dos cidadãos.

16 de junho de 2004

Parabéns

O Aviz fez hoje um ano. Tudo é relativo. Um ano para um blogue é muito tempo, para um blogue individual é tempo "pa caraças" (superlativo de muito).

há dias assim

Nada. Há dias assim, dias em que por mais que queiramos, que procuremos que nos apeteça, que nos esforcemos, não sai nada. Mas tem que sair? Não. Não tem que sair todos os dias qualquer coisa. Mas o dia até correu bem lá no escritório, a tertúlia da tabacaria que havia falhado ontem hoje não falhou, a manhã estava cinzenta mas o dia acabou de verão. Portugal ganhou e mesmo assim nada. Li os Jornais, li revistas li blogs li cartas e mais cartas e ofícios e uma data de papelada e ouvi o plenário da ALRA on-line e mesmo assim nada. Ele há dias assim em que não sai nada.

15 de junho de 2004

aterro sanitário

Avelino Ferreira Torres, Fátima Felgueiras, Valentim Loureiro, Manuel Seabra, Narciso Miranda, ainda falta limpar alguns mas o país politico está cada vez mais a deixar de ser um lugar mal frequentado para se um verdadeiro país.

Zeca Simas homenageado

O meu querido amigo Zeca Simas foi, justamente, homenageado pelos seus pares.
Bem hajas Manuel José. Um dia destes vou por São Roque para nos perdermos numa daquelas nossas deliciosas conversas sem nexo à volta de uma boa travessa de torresmos.

Abrupta análise

"A linha melhor para interpretar as eleições é a linha do bom senso. Aqui o bom senso é considerar que tudo o que parece, é. Não é preciso nenhuma sofisticação especial: o PS, o BE e o PCP ganharam, por esta ordem. O PSD e o PP perderam, por esta ordem."
Não vou á bola com o Pacheco mas lá que tem razão tem. Pragmatismo e bom senso, acima de tudo, foi o que fez mais falta a esta coligação.

BRRRRRRRRRRRRRRRRR!!!!!!!!

Aqui está a careta que eu faço para a coligação PPD/PSD e CDS/PP, nos Açores, Victor Cruz e Alvarino Pinheiro jogam a última cartada das suas vidas politicas. Foguetabraze.

Um post de 12 de Dezembro de 2003

sai um anti-ácido por favor

A digestão está mais demorada do que eu pensava, nem com Konpensan lá vai.

14 de junho de 2004

Para o ToZé e para o PDA

Devo dizer que nutro alguma simpatia pelo PDA, mais não seja por ter a sua sede nos Açores, é sempre bom, em nome do reforço da Autonomia, desafiar o poder Central e a constituição. Estou convicto que se o PDA alguma vez tivesse uma expressão eleitoral significativa, seria perseguido pelos mais empenhados constitucionalistas que lhe haviam de encontrar ferido de constitucionalidade por ser um Partido Regional. A Constituição é que necessita ser revista mais profundamente.
Caro ToZé, em relação ao PDA e à sua "insignificante representatividade percentual numa força ainda mais reduzida, tipo corpo de David e alma de Golias", só acontece, porque infelizmente o PDA nunca conseguiu o que o CDS/PP conseguiu em 1996 e o BE está à beira de conseguir agora. OU seja, ser alvo do voto do protesto. Tudo o que estudei e os números que vi, levam-me a acreditar convictamente que o crescimento exponencial do CDS/PP na Região a partir de 1995 foi isso mesmo, um voto de protesto, rebelde e irreverente, alicerçado numa juventude que se foi fidelizando e crescendo aos poucos.
O fenómeno do BE de agora, parece-me semelhante. O PDA, nunca deu esse passo importante, nunca teve essa capacidade, nunca teve um líder carismático que ajudasse no trabalho, nunca cativou os Jovens. Algumas vezes teve um discurso virado para a direita que já não estava interessada nas questões Regionais. Depois, virou-se para a esquerda que também já estava demasiado ocupada com a enorme panóplia de partidos que estão à esquerda do PS.

Ao trabalho

O Partido Socialista Ganhou as eleições Europeias, no Continente e nos Açores e como já foi lembrado algures pelo André Bradford, em alguns bastiões do PSD. Parabéns.

No seio da Coligação PSD/CDS, nada como reflectir sobre estes números, mesmo que incómodos, transportá-los para a realidade vindoura das eleições regionais como simples instrumento de trabalho, não é disparate nenhum. Meter a cabeça na areia não vai, certamente, ajudar em nada. A coligação Força Portugal, valeu menos do que o somatório do eleitorado tradicional dos dois partidos. Certo é que, alguma abstenção terá para isso contribuído, mas não terá contribuído tanto como os tiros nos pés dados durante a campanha eleitoral ou a situação económica em que o país se encontra.

Vamos a ver se os responsáveis pelo PSD e pelo CDS, deixam de trazer à Região Ministros e Secretários de Estado e se Vítor Cruz deixa de falar, aos açorianos, em nome da Nação e dos seus correligionários do "Contenente".

São Miguel, Terceira, Graciosa e Santa Maria, são as Ilhas onde a coligação mais terá que repensar as suas estratégias e melhorar as suas performances para inverter a tendência que os resultados de ontem deixam antever. Bem sei que as Eleições europeias são diferentes das regionais mas os resultados de ontem não deixam de ser uma sondagem bem mais credível do que qualquer outra que fosse feita pelo telefone ou por inquérito de rua.

Vamos ao trabalho, dignificando a politica Regional e transformando os Açores num lugar onde se debatam as questões regionais, longe das tricas com Lisboa e longe dos bairrismos entre as Ilhas. Espero que a pré campanha e a campanha para as Regionais de Outubro sejam mais construtivas do que foi esta última e que a participação do eleitorado reflicta os resultados dessa diferença.

13 de junho de 2004

Prémios Foguetabraze II

Se eu começasse hoje um Blog como o chamaria?
Depende. Se fosse o Corsário das Ilhas chamava-lhe Copy /Paste. Se fosse o Ponta Delgada, chamava-lhe "Flop", se fosse o Foguetabraze, chamava-lhe, na mesma,Foguetabraze. Desde que deixei de fumar (10 anos), beber álcool (12 anos no dia 30 deste mês) e jogar Golf ( 5 anos com duas ou 3 recaídas) o Foguetabraze e toda a Blogosfera têm sido o meu único vicio.

Falta uma dúzia de dias para que o Foguetabaze cumpra o seu 1º ano de emissão.
À semelhança do que fiz no Natal quando, eu e ele, completamos os primeiros 6 meses de matrimónio, vou atribuir merecidos prémios aos meus leitores. Estejam, atentos neste Blog, é já no dia 25 de Junho.
Desta vez os prémios são a sério e vão ser:


1- O melhor blog colectivo dos Açores
2- O pior blog colectivo dos Açores
3- O melhor fotoblog dos Açores
4- O melhor blog individual dos Açores
5- O Blogue mais eclético dos Açores
6- O melhor escritor(a) da blogosfera Açoriana

Podem deixar palpites nos comments

12 de junho de 2004

Desonestidade intelectual.

No Bar do Hotel 5 na Ilha de Santa Maria, uma senhora folheava uma dessas revistas cor de rosa, cor de rosa em tudo, inclusive na falta de pudor.
Na sua edição de hoje, a tal revista (não digo o nome nem faço o link porque não faço publicidade de coisas destas) publica uma grande entrevista com Sousa Franco, fotografado em ambiente familiar, na harmonia do lar e bem ao jeito do que gostam as mães de família Portuguesas.
Esta gafe, provocada apenas, pela morte permutara do candidato, é bem demonstrativa da encomenda que estava feita. Publicar uma grande entrevista com um candidato na véspera, (dia de reflexão), de um acto eleitoral é, no mínimo, intelectualmente desonesto.

11 de junho de 2004

Um dia Açoriano

A alvorada foi cinzenta, sobriamente Outonal.
Depois, choveu e trovejou como se de um dia de Inverno se tratasse.
Logo, o aparecer de uma nesga de céu azul e o chilrear dos pardais no velho Metrosidero do Campo anunciavam a Primavera.
O céu límpido e o mercúrio a subir no velho termómetro do canto da sala são prenúncio da chegada do verão.
Os Açores hoje foram aquilo que se costuma dizer.
"Quatro estações num só dia"

10 de junho de 2004

Dia da Raça

Porque hoje é dia de Portugal, e a respeito de algumas hipocrisias "porqui porli" denunciadas. Hoje os maiores autonomistas, e demais "biscaretas", todos os que mais reclamam da extinção do cargo de Ministro da República e da intromissão das figuras de Estado nos assuntos da Região, passarão hoje pelo Solar da Madre de Deus.
Não dispensam os Croquetes pagos pela potência colonial.

Na capital do Império, hoje deslocada para Bragança, o mais Alto Magistrado da nação imporá insígnias e comendas a mais de uma mão cheia de "tugas" distintos ou nem por isso. A soltura "condecorativa" iniciada por Mário Soares, este primeiro exemplo de politico "Pimba" que a nação conheceu, foi continuada pelo seu sucessor, ambos na esteira do pensamento do liberal D.Pedro IV em cujo reinado, e a respeito da distribuição de títulos nobiliárquicos a torto e a direito, se dizia:
"Foge cão que te fazem barão. Para onde? Se me fazem visconde!"

9 de junho de 2004

Vitória para Bush

Unanimous U.N. resolution wins time for new Iraqi government. Não sei se vem a tempo de salvar a carreira política do Presidente dos Estados Unidos da América, mas que é uma vitória, é.

Capital do Império

Estão 22ºC entre Alfama e a Costa do Castelo avisto a Praça do império na sua "pompa e aérea formosura". Do império resta "silêncio e escuridão e nada maís".

8 de junho de 2004

Globalização

Um comentário do Luís Silva Melo em resposta a outro do ToZé num "post" do nosso grande escriba João Nuno Almeida e Sousa, relembrou-me algumas vetustas cogitações sobre a Globalização e o movimento anti-globalização.
A Globalização, pura e, alcançada a sua plenitude, é a verdadeira Democracia dos mercados, com todos os riscos que se possam correr de perda de identidade de um qualquer Povo ou Nação, a Aldeia Global é, sem dúvida um conceito democrático. Às nações e aos Povos cabe a tarefa de, no largo do pelourinho da Aldeia, afirmarem as suas raízes e as suas tradições sem as impor seja a quem for.

A extrema-esquerda e a extrema-direita, que não dão nem podem dar lições de democracia a ninguém, são os mais ferozes defensores dos mercados fechados e grandes mentores dos movimentos anti-globalização.
Existe também uma franja radical, que eu classificaria como uma reencarnação do movimento hippy dos 60s, logo uma espécie de imitação made in China, que defende com unhas e dentes, os mercados fechados.

A Globalização é um caminho já iniciado e com um único sentido, é o caminho para a anarquia pura para a democracia total em que todos nos respeitaremos uns aos outros sem ter que plasmar normas em papel, em que a regra é aceite e respeitada por todos, em que a liberdade de cada um vai até ao limite da liberdade de cada outro.
A Aldeia Global é a realização da utopia dos Sec XV e XVI. A mesma Utopia por onde mais tarde Cunegundes e Cândido se haviam de passear e amar.

Paciencia

As noites de verão vão ser em Ponta Delgada

Liberdade

Não! Não fui à farmácia comprar aqueles óculos esquisitos (não sei se devia ter descrito isso) para ver o trânsito de Vénus. Não o fiz porque não quis. Assim, quando me perguntarem se vi o Trânsito de Vénus posso sempre responder que não vi porque não quis e deixar-me embebedar por essa sensação de liberdade. Além disso sempre posso ver da próxima que é já daqui a 121 anos.

7 de junho de 2004

Autonomia progressiva

Estamos no Verão quente de 75, o mote foi dado ontem, passo a passo o País vai caminhando verdadeiramente para a Liberdade, conquistada, finalmente, a 25 de Novembro do mesmo ano.

Vai-se configurando o regime autonómico, na esperança de uma autonomia Político-administrativa progressiva e tendente à Independência dos Açores.
As motivações económicas foram-se esbatendo e o sentir Açoriano foi-se redimindo às transferências do Orçamento de Estado.
A lei de finanças regionais golpeia de morte as aspirações de alguns e dá alento às de outros. Acabamos de conquistar uma autonomia de mão estendida.

"As Furnas" do Poeta da Açorianidade já não são nossas nem "as pipas de vinho" nem as "carroças de peixinho". E no leite? Manda Bruxelas. Com directório ou sem ele, com ou sem federalismo, com ou sem Europa das nações, é Bruxelas quem manda porque é Bruxelas quem paga.
A verdadeira conquista do poder autonómico passa pela conquista do poder económico nas Ilhas. O desperdício de recursos tem tornado esta autonomia financeira difícil de alcançar.
A Evolução da Europa para um modelo Federalista, pode ser um bom prenuncio para as pequenas nações europeias que anseiam o estabelecimento dos seus Estados independentes e soberanos.

Pesaroso?

Pesaroso com a ida de Peseiro para o Sporting. Há mais de uma semana que esperamos qualquer coisa dele. Os Citroen já não são o que eram.

4 de junho de 2004

Amores da cadela "pura"



Li o Primeiro Volume há alguns anos, na altura achei piada às tentativas de identificar as pessoas, o que não foi difícil graças à ajuda de familiares e ao conhecimento pessoal de alguns. O Alberto, o Tio Albano da Eira, como o chamava-vos em miúdos, foi o mais fácil de identificar, por razões óbvias. Depois foi ir andando de passo em passo até à meta final.
Confesso que provavelmente não releria Margarida Vitória se não tivesse saído essa segunda edição e segundo volume. Contudo, vou fazê-lo. Mas não, sem antes acabar uma empreitada que, já leva três semanas, com a obra completa do Cristóvão de Aguiar.

Tá boa iessa...

Com direitos reservados ao O Acidental, aqui fica uma das fontes inspiradoras do BE. Tanta imaginação. Primeiro foram buscar o logo-tipo a uma empresa de comunicações móveis Espanhola e agora um padeiro ao Brasil.
Caro amigo Abel, afinal o gajo não tem cara de "naiã" é de veado.

Uma questão de cultura

Recorde-se que os concertos de Júlio Iglesias estão sempre esgotados e que "é um privilégio para os Açores poder contar com um cantor com este impacto e com esta história", frisou ainda Berta Cabral, apelando à SATA para a realização de voos extraordinários para Ponta Delgada neste fim de semana, quer reforçando os voos inter ilhas quer do continente para os Açores

Mas será que há alguém de bom senso que acredite na possibilidade dos Açorianos comprarem bilhetes de avião, cujo mais barato são 101,68 euros, para vir a São Miguel assistir ao espectáculo de uma estrela apagada há mais de 15 anos. Isto é que é cultura! Sim Senhora "Presidenta" Ponta Delgada vai assim no bom caminho da "pimbalhação". Deste modo, nunca seremos a Capital Açoriana da Cultura.

3 de junho de 2004

Sopa ferrada

Sabiam que há tipos que são viciados em sopa ferrada. Sim daquela que fica queimada no fundo da panela.
Vêm cá comê-la tantas vezes que o "bravenet" fica empantorrado.

Está tudo explicado...

" Há um elevado défice cultural na região "
O principal problema da sociedade açoriana é o défice cultural existente no arquipélago. O presidente do parlamento açoriano diz que há muito trabalho a fazer nesta área ao mesmo tempo que diz ser necessário apostar na qualidade.


A falta de cultura de um povo explica muita coisa.
Explica, por exemplo, como é que um tipo como o Fernando Menezes chega a Presidente da Assembleia Legislativa Regional dos Açores. E Eu que julgava que havia quotas para essas coisas e que ele tinha entrado por via da quota do Faial. Mas não foi! Foi porque o Povo inculto, democráticamente o elegeu deputado e depois os seus também democráticamente eleitos colegas o nomeraram e votaram.
Ando muito distraido.

Campanha eleitoral? Mas que campanha eleitoral?

Um destes jornalistas de ocasião abeirou-se de mim esta manhã e pediu-me que fizesse um balanço dos primeiros dias de campanha eleitoral. Não me aguentei. Muitas vezes o meu sentido de humor é mais forte do que eu. Que campanha? Estamos em Campanha? Para um dirigente partidário não é certamente a resposta mais adequada. Mas eu sou assim. Quase sempre meto o politicamente correcto pelo cano do esgoto e lá sai uma graçola. O certo é que o rapaz ficou tão desconcertado que seguiu o seu caminho em direcção a um qualquer outro cidadão mais cinzento do que eu que prontamente deu a sua sabia opinião sobre o assunto. Perdi uma oportunidade de ter uma fotografia no pasquim de amanhã.

Fiquei para ali refastelado às 11 da manhã com o meu café e água das pedras, à conversa com o meu amigo Zé Bernardo, o Pedro levou falta, hoje e ontem, na tertúlia da Tabacaria. Falamos do Júlio, sim deste mesmo o Guarda-redes Cantor do período pré Jurássico que por mão de Dona Berta Cabral vai dar concerto aos desconcertados de Ponta Delgada. Falamos também de eleições, destas eleições cuja abstenção, por mais que se esforcem os políticos será a maior de sempre.
O grande Povão é alheio às questões europeias e a classe média que sempre vai tendo alguma opinião, não irá prescindir de um bom fim-de-semana alargado, com uma ponte à Sexta-feira, para gozar uns dias de descanso e não vai regressar a casa mais cedo só para cumprir um dever cívico.
Além disso, anda-se a discutir se fulano é feio ou bonito, se sicrano chamou careca e caixa de óculos a sicrano, se o "penteadinho" vai para Bruxelas jogar golfe ou fazer politica, se o João Almeida devia cortar o cabelo e pedir desculpa ao Sousa Franco, se o Periquito de Sousa Franco é que tem culpa do défice ou se o Paulinho da feiras devia ter ido almoçar com o Cavaco de Boliqueime que quer, mas não quer, ser candidato a Presidente da República.

Anda-se a discutir se o apito amarelo e cartão vermelho são para a Força Portugal ou para o líder enferrujado do maior partido da oposição.
Anda-se a discutir se se diz ou não ao Manel o que quer que seja ou se o Louçã é ou não um padeiro de rolo na mão pronto para aquecer o pelo ao marido mal comportado.
Anda-se a discutir a baixa e pequena politica e não se fala das grandes questões europeias. Não se fala, porque o grande Povão está-se borrifando para essas grandes questões. O Povão quer é Bola e cerveja! À boa maneira de Roma antiga mas um pouco mais sofisticada. O campeonato da liga profissional é o Coliseu onde deambulam pela arena dois ou três leões esfomeados (Porto, Benfica e Sporting) e mais umas criancinhas vestidas com pele de cordeiro e uns quantos gladiadores, ( os outros clubes da liga) para serem humilhadas e comidos pelos leões. De vez em quando, lá de dez em dez anos, um dos gladiadores vence e logo se começa a falar de 4 grandes mas é coisa que passa rápida.

Não se fala de federalismo nem da Europa das nações, não se fala do IV quadro comunitário de apoio, não se fala do pacto de estabilidade e crescimento, da reforma da PAC, da reforma da politica comum de pescas, até já nem se fala da ZEE dos Açores.
E depois querem que o Povo vá às urnas.

2 de junho de 2004

Castro o grande democrata

Ali mesmo ao lado do terrível território anti democrático de Guantanamo, a nova Gulag, coabita uma democracia invejável onde o direito a pensar é um principio intocável. Ver aqui como, esse grande democrata que é Fidel Castro trata quem tem a ousadia de pensar, a lista tem mais de 9000 nomes.

Princípios para que vos quero

A esquerda Barnabéziana, publicou este post sobre um panfleto distribuído aos peregrinos de Fátima. Penso que o Presidente do Governo Regional dos Açores anda a visitar o barnabé e a aprender como se não deve fazer politica, mas de como se caçam votos pondo os princípios para trás das costas. O agnóstico Carlos César, arrumou as suas convicções religiosas na gaveta. Assuma-se Homem, não tenha vergonha de ser como é e de pensar como pensa. Ou já mudou de opinião?

They are mushrooming

Sim, de facto, a Blogosfera está a aumentar a olhos vistos por estas Ilhas dos Açores. Desta feita é Luís Anselmo, um economista, ligado à banca e ao PSD que já nos habituou a uma presença assídua no Correio dos Açores. Sejas bem vindo Luís, o link para o pari passu, já está ali ao lado nos blogues de São Miguel.
O texto "César e o Ecce Home" fica bem ilustrado com esta imagem cedida pelo João Nuno que levou algum tempo a produzir um texto sobre o assunto e que espero ansiosamente apareça a qualquer momento aqui.

Imcompetência na Lota de P. Delgada

Um barco ao fim de dez dias no mar chega a Ponta Delgada para vender o seu pescado na Lota e depara-se com um constrangimento. Não há caixas plásticas para a descarga. Alguém faz ideia quanto pode custar perder um dia de pesca? Alguém faz ideia quanto pode custar ao armador e aos seus tripulantes um atraso de 24 Horas na venda?
Eu explico:
A diferença do preço que pode atingir o peixe vendido em lota até à Quarta-feira de cada semana e que chega ao seu mercado final até Sexta-feira de manhã é bem diferente do preço que atinge o memo pescado vendido na Quinta-feira que apenas chega às Peixarias de Madrid ou Lisboa no Sábado de manhã.

A Embarcação "Ilha de Santa Maria" é das embarcações mais eficientes da frota Regional, nunca ficou mais do que 24 horas em Porto senão quando a sua tripulação vai de merecidas férias. Tripulação esta que hoje está de férias forçadas e perdendo o seu dia de trabalho por via da incompetência de quem tem o seu ordenado garantido no fim do mês.

Revolução precisa-se

"a remuneração média anual por médico foi de 33.827 euros, enquanto o pagamento por trabalho extraordinário ascendeu a 58.219 euros".
Pois claro, faltam ao serviço e depois repõem o atendimento em horas extraordinárias. Chamem-lhes tolos.
Os Açores não precisam de uma mudança, precisam é de uma Revolução.

Novo código do trabalho, urgente

No Centro de Saúde da Madalena do Pico "cada funcionário faltou, em média, 22 dias úteis por ano, por outro motivo que não as férias". E ainda há quem fale dos professores.

1 de junho de 2004

"o melhor do mundo são as crianças"

"Grande é a poesia, a bondade e as danças...
Mas o melhor do mundo são as crianças,
Flores, música, o luar, e o sol que peca
Só quando, em vez de criar, seca."

Fernando Pessoa

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