23 de julho de 2010

Puta de vida.


Foto Açoriano Oriental

Esta vida é mesmo uma passagem rápida por um desfiladeiro com as vertentes em avalanche.
Vai em paz meu amigo, vai em paz, Jorge.
Vou ter muitas saudades das nossas cavaqueiras e mexericos. Muitas mesmo.

21 de julho de 2010

Dias de bruma na baía do sol

Da vigia da Areia
São Lourenço-Santa Maria-Açores

Bobby McFerrin - Don't Worry Be Happy

Qual turismo qual carapuça?

Passagem aérea Porto/Ponta Delgada/Porto, por dez dias. Além de ser uma raridade, custa 460,00€. Isso mesmo foi o que me pediram por uma tarifa não residente para entre os dias 9 e 19 de Agosto, quatrocentos e sessenta euros. PQP.

19 de julho de 2010

Por uma questão de ética.


Na sala Sata Plus do Aeroporto de Ponta Delgada há jornais e revistas à disposição dos utentes. Os mesmos têm um carimbo (nem devia ser necessário) que diz que são para serem lidos ali, naquela sala.
Esta manhã, pelas 6 horas, enquanto lia as gordas do Açoriano Oriental, entrou na sala um cidadão (com muitas responsabilidades na área da aviação civil) disse bom-dia á assitente de serviço e retirou dois jornais locais, um jornal desportivo e o único exemplar existente de uma revista de grande informação e levou tudo consigo.
Apeteceu-me perguntar-lhe se ele se dava conta do que aconteceria se todas as pessoas que têm acesso àquela sala tivessem a mesma atitude amoral que ele teve.
Bolas, dirá o leitor, afinal é só um jornal. É verdade. Mas, são essas pequenas atitudes amorais que fazem de Portugal o país que ele não é.

Afinal não custa nada e fica muito bem.

Há pouco no Jornal Diário.

Adormecer na Praia Formosa

Adormecer na Praia Formosa
Depois de um dia extenuante e bastante diversificado quer nos problemas quer nas soluções, resolvi meter o nariz fora de portas para ver como estava a noite. Ainda bem que o fiz e ainda bem que tinha uma câmara mesmo ali à mão de semear. Pena é que os cabos eléctricos atravessem os céus tão abruptamente.

18 de julho de 2010

A diferença entre os filhos da Mãe e os da Maria da Conceição

No processo de construção do Casino de São Miguel e do Furnas SPA há irregularidades desde a primeira palavra que Duarte Ponte proferiu sobre aquele projecto. Mentiras, omissões, um chorrilho de disparates. Desde logo, o Governo Regional não cumpriu com as recomendações da ALRAA (na altura sem maioria absoluta) sobra a ocupação do solo. Grave medida anti democrática que a ALRA deixou passar (já com maioria absoluta) porque está como a Alemanha perdeu a Guerra, de rabo espetado para o ar ao serviço do Governo. Pode ser que um dia o Povo acorde e seja já tarde. Depois, o Governo Regional teimou (por dívidas de gratidão do PS) adjudicar o empreendimento a dois grupos financeiros (Martins Mota e Paim) que não tinham demonstrado capacidade financeira para tal empreendimento (O Grupo Martins Mota estava já em falência técnica).
Agora, sabe-se que o Governo Regional dos Açores, através da Sociedade Ilha de Valor SA e segundo notícias vindas a público nos últimos dias, injectou (adiantou) à ASTA-atlântico, 12 milhões de euros para acelerar o processo de conclusão do Hotel e Casino da Calheta e do Furnas SPA. É sempre bom lembrar que os projectos financiados por verbas da União e com componente regional têm por lei prazos de execução. O Governo Regional não só não exigiu à ASTA o reembolso dos apoios como a lei obriga como ainda injectou, ilegalmente através de um instrumento terceiro, mais 12 milhões de euros. Ao mesmo tempo, a SRAF/DRACA exige a todos os agricultores que não tenham cumprido os prazos de execução a devolução do montante da ajuda, bem como deixa de pagar algumas ajudas à perca de rendimento por pormenores burocráticos absurdos.
A Agricultura continua a ser o parente Pobre da economia Açoriana, serve apenas para alguns votos e para os políticos se pavonearem nas feiras.
Entretanto, o Grupo Martins Mota vendeu a sua participação na ASTA ao Grupo Ferreira Machado e ficou a saber-se que este não se entende com o Grupo Paim quanto ao valor a pagar pelas suas acções da ASTA. Nem se poderia entender, as referidas acções se forem dadas ainda serão caras, até porque o Governo Regional pode ser obrigado pelo Tribunal de Contas (se esse funcionasse era assim que já tinha acontecido) a exigir o reembolso das ajudas.
A atitude do Grupo Ferreira Machado neste processo é canibalesca, vai adiar o mais possível uma decisão até ao ponto do Grupo Paím estar agonizando por não conseguir suportar o serviço da dívida com o investimento. Nessa altura de agonia, o Ferreira Machado ficará com a quota do Grupo Paím na ASTA e mais algum património valioso que o Grupo da Terceira possa ter, tudo pelo preço da Uva Mijona.

E assim vai a Região onde o desemprego aumentou 27% mas continua abaixo da média nacional, assim justifica César a sua governação como quem diz: OH Sócrates eu estou todo borrado com a “merda” que fiz mas tu ainda estás mais.

Brigam as comadres...

Sobre a guerra aberta e acusações cruzadas entre Marcelo Pamplona e Liberato Fernandes apenas há a dizer: "Brigam as comadres, descobrem-se as verdades".

17 de julho de 2010

Silly season, pois claro.

A Região está mergulhada na maior crise de sempre e a malta anda a discutir os 27.000 euros que a Drª Luisa Cesar foi gastar ao Canadá na companhia da "D.Benta" da calheta e não sei mais quem. Estamos mesmo na estação tontinha, ou é disso que o Povo está espera?

3 de julho de 2010

Golf ou não?

Almagreira-Santa Maria-Açores
Consta que há um impasse nos planos do Governo Regional dos Açores para a construção de um campo de golfe na Ilha de Santa Maria. Será que alguém me pode esclarecer ou é preciso esperar pelas próximas eleições para se voltar a falar do assunto?

2 de julho de 2010

E assim pensa a malta da xuxa.

“Então, a segunda figura do Estado vai lá atrás? O que dirão os nosso credores se a segunda figura do Estado viajar em económica? Há sinais que se têm de dar para o exterior”

José Lello à agência Lusa via i sobre o facto de Jaime Gama (Um Senhor, um socialista com berço é outra coisa.) ter manifestado intenção de não usar os voos em classe executiva.

Uma greve incompreensível.

Os tripulantes de cabine da SATA estão em greve. Estão no seu direito.
No entanto, esta e outras greves que têm acontecido num passado recente, são bem demonstrativas do grau de alienação em que vivem os cidadãos que têm estabilidade e garantias dos seus postos de trabalho. Na verdade, estão a borrifar-se para quem está a passar pela privação do emprego ou simplesmente pela privação de salário (há muita gente a fazer um esforço para salvar o seu posto de trabalho e sem receber vencimentos há meses). No momento económico que vivemos não há quem compreenda uma greve em nome de regalias e promoções. Só um sindicato que quer garantir o seu poder e um grupo de trabalhadores inconscientes e egoístas pode concordar em fazer uma greve numa altura tão importante para a companhia e para a economia da nossa Região como é o período que começou ontem, o período de férias preferido dos cidadãos do Hemisfério Norte.
Muitos trabalhadores da SATA e uma boa maquia do pessoal navegante comercial têm defendido a importância estratégica da companhia para o desenvolvimento do turismo na Região e para o desenvolvimento da nossa paupérrima economia. Uma greve nesta altura é de uma total irresponsabilidade e desrespeito pelos demais agentes económicos de uma região pobre e com uma forte possibilidade de entrar em colapso financeiro se houver uma redução das transferências do Estado por via da Lei de Financiamento das Regiões Autónomas.
Numa altura em que o sector do turismo vive os piores dias desde que de sector se pode falar, é incompreensível uma greve por parte de um grupo de trabalhadores de uma companhia aérea, que tem um regime de monopólio e que paga aos seus trabalhadores muito acima do que é pago em muitas outras economias mais fortes do que a nossa.
Também na gestão das relações laborais, a concorrência e o mercado provocam os seus efeitos, quem tem o monopólio também tem essa pressão em cima.

1 de julho de 2010

Fora de Jogo

Um excelente texto do enorme João Nuno Almeida e Sousa, hoje no ladrão de fotografias.
A última roubada foi esta que havia sido publicada aqui há cerca de dois anos

Estratégia suicida.

A partir de hoje todos os bens de consumo e todos os serviços ficaram mais caros por via do aumento do IVA. Também, a partir de hoje, as taxas de IRS aumentaram. Vamos ter que comprar o mesmo por mais e com menos.
Se vamos ter menos, vamos comprar menos e portanto a receita do IVA pode até baixar em vez de aumentar assim como baixará, drasticamente a receita prevista ao nível do IRC.
Os efeitos destas medidas no orçamento do Estado apenas se reflectirão ao nível do IRS e será maior o seu impacto retroactivo, ou seja sobre os rendimentos já auferidos, do que o efeito futuro já que não é previsível (só na cabeça dos políticos é que sim) uma redução da taxa de desemprego nem uma baixa das taxas de juro. Só a conjugação positiva desses dois factores ou seja, um crescimento do emprego e um abaixamento das taxas de juro, poderia gerar mais rendimento disponível e logo mais consumo e o consequente aumento da cobrança de IVA e IRC. Como esses dois factores não se alterarão positivamente nos próximos 6 meses, as medidas que entraram em vigor só servirão para afogar ainda mais as famílias e por consequência as empresas e o Estado.

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