31 de dezembro de 2006

Último post do ano.

Até pro ano se me der ganas de por isso tudo de pantanas.

Balanço literário

Não gosto de balanços nem faz muito o meu genero perder tempo com o pretérito, gosto de olhar para diante, mas sempre com um canto do olho posto na história para dela tirar ensinamentos que me permitam corrigir erros futuros. É, contudo, tempo de lembar algumas coisas que li ao longo de 2006 e que, de uma forma ou de outra, marcaram este ano que finda.
Free World de Timothy Garton Ash de onde sobresái a pergunta deixada no ar pelo autor: Durante quanto tempo mais pode o planeta Terra sustentar cada vez mais seres humanos que consomem cada vex mais comida, água e energia?
Percurso Solitário de Augusto Ataíde, um ajuste de contas com o seu Paí , estava à espera de mais, surpreende apenas pela escrita e pela confirmação de que a vingança se serve, sempre, gelada.
O Fim do Petróleo-O grande desafio do século XXI de James Howard Kunstler, um livro imperdivel para quem pretenda compreender os desafios energéticos deste inicio de século e as relações do Homem com o planeta em que habita. Complementa Free World, na minha opinião , claro.
Não foi um livro lançado este ano mas foi o melhor livro que li a longo de 2006. "A Campanha do Argus-Uma viagem na pesca do bacalhau" de Alan Villiers. Levado à estampa pela Cavalo de Ferro em Maio de 2005 com o patrocínio da Câmara Municipal de Ílhavo, numa segunda edição cinquenta anos depois da primeira. Uma excelente encadernação e agradável porte (isso para mim é importante num livro) e uma escrita sóbria e limpa, este livro é já "um clássico da literatura marítima mundial".
Na verdade, já havia comprado um original em Inglês, ?The quest of the schooner Argus-A voyage to the banks of Greenland?, nunca o lera.
No Museu Marítimo de Ílhavo já havia apreciado fotografias e um modelo à escala desse belíssimo lugre de quatro mastros em casco de aço, construído na Holanda e armado, pela primeira vez, pela família Bensaúde o que me despertou algum interesse.
Sem perder de vista o livro mas com outras prioridades, fui adiando a sua leitura até que o meu primo Pedro Albergaria, sabendo da minha paixão pela pesca industrial e pela história, me emprestou o seu exemplar em português e insistiu para que o lesse. Li-o de uma assentada, reli-o, coisa que raramente faço com um livro.
O Argus será, porventura, o mais conhecido navio português da pesca do bacalhau graças às crónicas desse oficial da marinha Australiana que dava pelo nome de Alan Villiers a quem chamou de Queen Elizabeth da frota bacalhoeira portuguesa.
A Campanha do Argus é um documento histórico imprescindível e leitura obrigatória para os amantes do reino de Neptuno.
Na mesa, à cabeceira, permanece com o marcador a páginas 24 Depois dos neoconservadores-A américa na encruzilhada de Francis Fukuyama levado à estampa pela Gradiva, fica para outros balanços.

30 de dezembro de 2006

Dias que não são dias

A vida dele era como uma lâmpada fundida, um vácuo numa redoma de vidro. Sentia-se um filamento quebrado entre dois pólos. No entanto, carregando na mão um saco pleno de quimeras e na outra, um cesto de esperanças, caminhava estrada fora ao som de um assobio melódico e com o frio a fazer-lhe ranger os dentes a mostra pelo sorriso que lhe rasgava o rosto de orelha a orelha.
Queria ele lá saber da algazarra que se ouvia dentro das casas. Que coisas teria o menino feito no presépio? Que tropelias? Que boas-novas teria trazido para que todos aqueles meninos estivessem tão eufóricos? Eram os mesmos meninos, que durante o resto do ano, saíam de casa embrulhados em casacos de feltro de marca registada e com mochilas da barbie e do action man, carregadas de livros, às costas. Eram depositados nas escolas assim como quem deixa um cão no canil municipal e vai de férias. Eram os meninos felizes de hoje os mesmos meninos infelizes dos outros dias todos do ano.
Entre o saco das quimeras e o cesto das esperanças havia um corpo franzino habituado ao frio e à chuva. As mãos gretadas do sal da água da mar e os lábios roxos do frio. Viu ao longe um estábulo e lembrou-se daquela imagem do menino deitado nas palhas aquecido pelo bafo da vaca e do burro. Correu para lá, gritou ante portas de madeira velha e trancas de aço, mas lá de dentro nada. Rodopiou e viu luz por uma janela. Trepou pelas paredes lisas de um armazém até chegar a uma pequena janela que parecia a de uma prisão. Lá dentro, nem palhas, nem pastores nem burros. Só vacas, frias, ou melhor gélidas, vacas não, máquinas de fazer leite. Nem as vacas são já como eram., estão a tornar-se mais humanas, ou seja menos livres. Que raio de humanismo é este que nos faz cativos? Que raio de inteligência nos deram que a usamos para nos fazermos escravos de tudo e de qualquer coisa?
Por estes dias, toda a gente festeja qualquer coisa, poucos festejam o nascimento de Jesus de Nazaré.
Deixou-se cair da janela com grades e seguiu o seu caminho que os dias não estão para perder tempo com coisas inúteis. Havia de chegar a casa ainda antes da meia-noite. Naquele dia, rebentaram bombas em Bagdad, morreram dezenas de homens, mulheres e crianças na faixa de Gaza, há inocentes a passar fome, a morrerem de fome, no Biafra, Darfur, aqui ao lado. Hei-de ter um naco de pão de milho com manteiga e açúcar.
In Açoriano Oriental-Suplemento de Cultura-2006.12.28

Socialismo? Sim, mas poquinho sff

Os centros e postos de saúde geridos pelos serviços sociais da administração pública, que em 2005 terão proporcionado mais de 10 mil consultas, vão ser encerrados. O Governo tomou esta decisão no seguimento de uma recomendação nesse sentido constante do relatório final elaborado pelo grupo de trabalho criado para preparar a fusão dos serviços sociais num único - denominado Serviços Sociais da Administração Pública (SSAP) - no âmbito do Programa de Reestruturação da Administração Central do Estado (PRACE).
"Sugere-se a sua descontinuação, deixando os Serviços Sociais da Administração Pública de manter estruturas permanentes para prestação de cuidados de saúde", lê-se no relatório ontem divulgado.
Eu até compreendo isso, não sei é como é que os socialistas compreendem. Mas isso é lá com eles.

Nada justifica a morte.

A invasão da Somália pelas tropas etíopes e a execução apressada de Saddam Hussein foram as últimas duas acendalhas para incendiar uma fogueira gigante que tem estado entre pequenos fogachos e baldes de água.
Sempre defendi a invasão do Iraque mas apenas com o objectivo de destronar o ditador e promover a democracia, não como uma guerra santa ou comercial.
Mesmo querendo acreditar que Saddam Hussein foi julgado justamente e condenado por um tribunal isento e é preciso fazer um esforço muito grande para acreditar nisso, a comunidade internacional, a ONU do agora idolatrado quase ex-Secretário Geral Kofi Annan, enfim a gente toda, devia ter sido mais consequente nas transitivas de evitar a execução do ditador de Bagdad


Mesmo sendo um ditador sanguinário é sempre de lamentar a morte de um ser humano, a vida humana é para ser salvaguardada e inviolável. Há, no mundo inteiro, milhões de pessoas a lutar ferozmente pela vida, não temos o direito de acabar, voluntáriamente, com uma que seja, por pior que seja o individuo por mais convicentes que sejam as razões aduzidas.

Post para ontem 29 de Dezembro

Escapou-me, a agenda do HTC disparou um alarme eram 8 horas da manhã, não fiz o post de imediato, as horas fioram-se passando e pronto, já não é dia. Mas como "o que tarda é o que nunca chega", aqui fica um enorme beijo para a Miauu Girl Maria Graça da Silveira pela passagem, de mais um aniversário.
Cara amiga, já não vamos para idade de grandes festejos, but do never forget that life begins at forty.

29 de dezembro de 2006

Balanço simplificado

Não há, certamente, um balanço que se possa fazer. Haverá, contudo, muitos balanços. Entre as contas de deve e haver deste 2006 que chega ao fim.
Do ponto de vista empresarial, venha um melhor do que este, com menos engulhos e com menos gente incompetente e arrogante de permeio. Há o balanço da blogosfera, 2006 foi um ano de miséria, bem somados temos alguns seis meses de hibernação.
Dei por mim o ano chegou ao fim e lembrei-me que, não vou ao Coliseu Micaelense desde que a MUU nos trouxe ao palco o Aldo Lima. Não entro no Teatro Micaelense desde o Seu Jorge. Portanto, o balanço cultural é de um número com muitos zeros na conta do deve e quase nada no haver.Nada mesmo.
Vem, então, o balanço da família. Esse é de grande mais valia. Depois de um final de 2005 atribulado, 2006, com alguns sustos de premeio, foi de grandes alegrias a ver o Salvador resistir a tudo para manter-se vivo e a crescer no meio das irmãs como um menino Jesus adorado nas palhinhas. Sem dúvida, o rapaz foi a melhor coisa que nos aconteceu neste 2006.
Ia a fazer um balanço literário, mas fica para outras "postas" que esta já vai longa e a malta não está para a blogosfera. Nestes dias a malta é mais cargas etílicas e bolos.

28 de dezembro de 2006

O Português de todos os tempos.

Só há três hipóteses de voto por esta mesma ordem de preferência.
D. João Segundo, O Principe Perfeito ;
Marquês de Pombal, Primeiro-ministro do Rei D. José I ;
Oliveira Salazar, ele mesmo.

27 de dezembro de 2006

Já em 1998 foi assim.

Para proferir um acordão sobre um ponto do artigo 24º da Constituição da República Portuguesa que contém apenas 4 palavras, "A Vida humana é inviolável", o tribunal constitucional gastou (alem de alguns milhões), 44 páginas, das quais 42 de considerandos, 3/4 de outra de assinaturas e apenas 1 pagina e 1/4 de outra de decisão.
Tudo isto se teria poupado se os Senhores Deputados, no pleno gozo dos seus direitos e na plena assunção dos seus deveres de representantes do seu povo, tivessem tido a coragem de mudar a lei no Parlamento. Como era previsível que a lei não passasse, apesar da maioria de esquerda do hemiciclo, vai dai e toca a referendar a ver se pega, pode ser que os Portugueses se mobilizem desta vez.
Talvez. Não há por aí umas televisões e umas playstation para distribuir? Se calhar ajudava. Vales de gasolina também dava jeito. è que com os argumentos que anda a ser esgrimidos, temos referendo daqui a oito anos.

Remexer no baú

Fui rebuscar o Açoriano Oriental de 31 de Agosto de 1990 (tinha-o guardado religiosaemnte)para tirar uma teima com um amigo um bocadinho mais teimoso do que eu. Ganhei.
Há vinte e seis anos, as noticias, nos jornais locais e da "ocidental praia lusitana", eram muito parecidas com as de hoje. O que quer dizer que quase não se passou nada, entretanto. António Capucho dizia: "autonomia nunca está acabada", Jorge Sampaio também disse no mesmo dia em Vila Franca do Campo e disse-o ainda não há dois anos. "Indústrias e Governo discutem problemas dos lacticínios", ainda hoje ouvi falar disso. "Reforço de segurança nas Lajes-navios Portugueses no bloqueio ao Iraque", podia ser hoje.Tudo isso foi há mais de 26 anos.
Entretanto o planeta aqueceu, está um frio de raxar e a malta está a preparar-se para mais um referendo sobre a legalização do aborto, opsssss! Desculpem, sobre a despenalização, até ás 10 semanas, da interrupção voluntária da gravidez como há 8 anos e como será daqui a mais 8.

26 de dezembro de 2006

I feel ... hummmm...not very good

Um viva a Portugal. (irónico)

O País de todos os rigores orçamentais e de todos os sacrifícios fiscais, do estado laico e que manda retirar os símbolos religiosos dos lugares públicos. O País disso tudo e que manda seja feriado no dia a seguir ao maior feriado religioso comemorado em terras lusas.
Haja pachorra.
Claro que a banca não brinca aos países e está a trabalhar, embora a meio gás. Talvez, esses pequenos gestos, ajudem a compreender porque razão a eficiência do sector bancário seja bem diferente dos restantes sectores da economia portuguesa. Talvez, essas pequenas paragens, no ritmo de trabalho, expliquem o estado de pobreza em que nos encontramos. Talvez, que eu não sou nem economista nem aprendiz de tal oficio.

25 de dezembro de 2006

Natal 2006


Aloe Vera, originally uploaded by foguetabraze.

Há anos que passo esta quadra na minha Ilha de adopção, Santa Maria. Aas flores de Aloe Vera são umas das marcas desta época do ano na Ilha de Gonçalo velho. Como diz o poeta:
"Foi barro de Almagreira
que moldou anossa sorte.
Essa sorte marinheira
entre o mar e o vento norte".

24 de dezembro de 2006

O Anjo Gabriel....

... anunciou a boa nova. Vai chegar o Pai Natal.Ehehehe.

Poema panfletário

? para um natal a la page

(sobre "Vai nascer esta noite à meia-noite em ponto",
de David Mourão-Ferreira)

Vai morrer esta noite à meia-noite e tonto
de tanto olhar nas montras a ovelha lírica
os burros de neónio sob o céu postiço.
Vai morrer esta noite à meia-noite e tanto.
E nem a vaca psicadélica fará
do seu bafo o sopro que ressurge o barro,
o pó, na forma com que os dedos o modelam.
Vai morrer esta noite à meia-noite, enquanto
o seu duplo robótico ergue a perninha
à distância comandada e molha as palhas,
e os sinos de belém bimbalham jingle bells
o berloque a preço de fim-de-estação
o detergente do sovaco a passa o penso
rápido ou outro os candies o cabaz
as laranjas que já foram da lapinha
e agora se alaparam no rumor dos dias
e mais não trazem do que o sabor a plástico
? que essa coisa do "gosto no pão do povo"
deu uvas no verso de um poeta novo
até aos dentes de trincar nozes de fogo.


Vai morrer esta noite à meia-noite. E pronto !
E um pai natal de gravata e accent do sul
ou regional virá nos feixes, sobre as ondas
anunciar a boa-nova a estes tempos:
o fontanário as fitinhas os quilómetros
de asfalto o coreto os milhões do PIB
as siglas várias da pedincha natural
? em suma, os Fahrenheit que medem o sucesso.
E os Anjos Adjuntos e mesmo os Sem Pasta,
no beija-bota que assegura a eternidade
terrena, entoarão em coro o estribilho:
"Glória ao Senhor na terra, paz a deus na lonjura".

Urbano Bettencourt/Natal de 93

23 de dezembro de 2006

De volta por quanto tempo?



A minha filha Marta voltou ás suas escritas no seu Moranguito. Vamos a ver se é desta que te esmeras mais um pouco .

22 de dezembro de 2006

Lá se foram as minhas esperanças

Durante dois anos, Portugal vai restringir o acesso ao mercado de trabalho nacional, cidadãos da Roménia e da Bulgária, que aderem oficialmente à União Europeia no final do mês.
De acordo com a agência Lusa, trata-se de uma derrogação ou moratória de dois anos à livre circulação/estabelecimento em Portugal de trabalhadores dos dois novos Estados-membros da União. Estimativas apontam para a existência, em Portugal, de 60 a 80 mil residentes romenos.
in Açoriano Oriental
É que eu tinha esperança que viesse por aí uns punhados grande de gente com vontade de trabalhar.
PS: Portugal está, há anos, a restringir - por via administrativa de duvidosa legalidade - a entrada no mercado de trabalho, de cidaddãos bastante qualificados provenientes de outros países da União Europeia.

O espirito de Natal

Podem fazer o obséquio de tirar o menu nº de telemóvel e o meu e-mail da V. lista de endereços para postais de boas festas?. Ok!
A gerência agradece.

21 de dezembro de 2006

Os pesos e as medidas da esquerdalha.


Será que eurodeputada Ana Gomes já tem a garrafa de champanhe preparada para o dia da morte do ditador Cubano? Eu cá não festejo a morte de ninguém, mesmo que seja um ditador sanguinário como Fidel Castro, afinal sou um humanista, não sou Socialista do tipo da Ana Gomes.
Pois é, cada vez respeito mais a esquerda pura, humanista, romântica, socialista. Contudo, cada vez mais acho que há uma certa classe de politicos que não passam de esquerdalha, tal como há na pior direita mundial.

20 de dezembro de 2006

Democratas mas...pouco...muito pouco

Your comment has been saved and will be visible after blog owner approval. Para ter comentários com frases como esta mais vale não ter nada.

Mais uma...

...mentira do Primeriro -ministro José Sócrates, via blasfémias.
Citando um tal de António Vitorino, diria: "Habituem-se".

Sim Senhor Presidente do Conselho

Quando o PM escreve ao TC sobre a importância de uma lei, está a fazer o quê?

19 de dezembro de 2006

Pergunta impertinente

Segundo os dados estatísticos disponíveis, o Conselho da Praia da Vitória tem cerca de 6000 (seis mil) famílias. O Presidente da Câmara, Dr. Roberto Monteiro, diz que vai distribuir 1500 (mil e quinhentos) cabazes pelas "famílias mais carenciadas do conselho", isso quer dizer que 25% das famílias do Conselho da Praia da Vitória são carenciadas.
Então, o que é que os Governos do Partido "Socialista" andaram a fazer estes últimos 10 anos na Ilha Terceira?

Coisas dos dias de hoje.

Para aumentar as audiências, por estes dias, basta escrever as palavras Carolina Salgada ou Jorge Nuno Pinto Da Costa. Nem sequer é preciso gajas nuas nem outras coisas boas.
Ah! Também pode ser tornado, já me esquecia. Tudo menos Natal.

Agora sim...

... consegui, finalmente fazer um post a partir do pocket PC. A partir de agora não ha mais desculpas.

18 de dezembro de 2006

Estão quase por cá

As rusgas efectuadas aos Estaleiros de Viana no âmbito da "Operação Furacão" (revista sábado pag.93) nada tiveram a ver com os negócios daquele estaleiro com a Marinha de Guerra Portuguesa. Em simultâneo, foram feitas visitas de agentes da PJ e do DIAP às sedes de duas empresas de consultoria naval de Lisboa onde foi e é, gerente e sócio, um dos principais colaboradores do Governo Regional no processo da compra de 4 navios para a Atlanticoline SA bem como nos processos de compra, inflacionadas, dos Navios Golfinho Azul por parte da Açorline e Ilha Azul e Bahia de Málaga por parte da Transmaçor.
Uma dessas empresas de consultoria, sub contratou, para o processo dos 4 navios do Governo Regional, uma outra empresa com sede num off-shore.
Entretanto a empresa de navegação do triângulo, continua à procura de um navio para substituir o Bahia de Málaga, o assessor de imprensa de Duarte Ponte deixou o caso e o Sr. Secretário continua confiante, mesmo depois de tanto fiasco.
E a gente?
Bem a gente vai lá cantando e rindo que afinal o país até está a melhorar, está quase como no tempo do Salazar, com os cofres cheios, obras emblemáticas e o Povo a morrer à fome. Falta a PIDE. Será que falta?

16 de dezembro de 2006

O Governo que governe sff

A demissão do presidente da ERSE, trouxe-me à memória palavras que, tenho repetido há anos, sobre as mais variadas comissões ditas independentes e entidades reguladoras que aparecem como cogumelos.
Se são verdadeiramente independentes, os Governos não cumprem as suas sugestões e acabam perdendo razão de ser. Se são bajuladoras e subservientes aos poderes, então não são independentes e não servem para coisíssima alguma.
Haja coragem de acabar com essa plêiade de farsas e cada Director Geral, cada Secretário de Estado, cada Ministro, cada Primeiro-ministro que tenha a coragem de tomar decisões a arcar com as consequências das suas decisões.
Em suma, o Governo que desempenhe as funções que a constituição lhe atribui e não delegue por aí as suas responsabilidades.

Até pode ser legal mas...

A questão nem é apenas a da legalidade, embora também a importe apurar o que deve ser feito pelas instâncias judiciais.
A questão, política, é mesmo de moralidade.
Em política e não só, as barreiras da moral devem estar muito aquém das barreiras da legalidade.
Procurar "buracos" na lei para tirar partido e beneficios pessoais é, moralmente, condenável.

15 de dezembro de 2006

Dudidosa seriedade

RELATÓRIO INTERNO DO CENTRO DE SAÚDE DE ANGRA TECE SÉRIAS CRÍTICAS
Ocupação duvidosa de apartamento por futura Directora da Saúde
Maria Teresa dos Reis Brito, que assume na próxima segunda-feira, dia 18, as funções de directora regional da Saúde, está envolvida num caso de ocupação presumivelmente ilegal de casas da Região Autónoma destinadas a médicos deslocados.Licenciada em Direito e vogal administrativa do Centro de Saúde de Angra, a directora regional de Saúde indigitada é alvo de pesadas críticas no âmbito de um relatório confidencial elaborado dentro da unidade de saúde.De acordo com o documento, Maria Brito ocupou primeiro uma casa do Centro de Saúde na Rua de Santo Espírito, transitou para outra casa, nas mesmas circunstâncias, na Rua do Galo, e, finalmente, está agora instalada num apartamento novo, na Rua de S. Pedro. Terá alegado que os apartamentos anteriores não tinham condições. De 400 euros por mês no primeiro apartamento, a renda está agora em mais de 900 euros no novo apartamento. O relatório indica que as contas de luz e água serão assumidas pelo Centro de Saúde.A ocupação pela vogal administrativa pelo menos do actual apartamento viola o teor de um documento, que estabelece destinar-se o arrendamento "a habitação de médicos deslocados". O documento está apenso ao relatório que vimos seguindo.Segundo o relatório, Maria Brito trabalhou, em 2006, em média, poucos dias por semana, por estar ausente em Lisboa a frequentar um mestrado e também por perder o avião "várias vezes".Foi impossível contactar Maria Brito no dia de ontem, apesar de muitas insistências da nossa parte.
In Diário Insular de Hoje.
Num País decente, numa Região decente, essa Senhora já nem tomava posse.

13 de dezembro de 2006

"Diz-me com quem andas, dir-te-ei quem és"

Vasco Cordeiro é um daqueles políticos com quem se simpatiza, embora se discorde pontualmente, que se admira o misto de racionalismo e paixão, embora tenha pequenos deslizes de criancice, que se respeita mesmo que lhe faltem os necessários cabelos brancos, de quem se gosta mesmo que não se saiba bem porquê.
Ia dizer-lhe isso mesmo ontem ao almoço, quis repetir hoje de manhã. Contudo, achei que poderia parecer elogio fácil. Fazê-lo publicamente desfaz qualquer dúvida que pudesse acinzentar a cabeça de um Homem que conheci no combate politico-parlamentar.
Fiquei satisfeito por saber que é candidato ao secretariado de Ilha do PS, sempre vale mais ter gente boa, mesmo do outro lado da trincheira, do que ter, apenas, da chamada "má moeda".
Não gostei! Não gostei nada mesmo de ver Vasco Cordeiro ceder ao "aparatchik" e fazer-se rodear dos secretários coordenadores concelhios. Não gostei, especialmente pela forma como ficou acompanhado a sul da Ilha, já que a Norte as coisas ficaram bem melhores.

Vantagens comparativas

Não ter um programa de televisão, neste momento, constitui a enorme vantagem de não ter que ler os livros do Santana Lopes e da Carolina Salgado.

11 de dezembro de 2006

E a gente socialista?

Governo cria empresa para gerir função pública
Não diz nada?

A União Europeia...

...suspendeu as negociações com a Turquia com vista à adesão daquele país ao mercado único europeu. Será que alguma vez as devia ter iniciado?

E você...

... há quanto tempo não lê um post, decente, na blogosfera feita nos Açores?

"Mundinho de merda"

Estou num daqueles dias em que me apetece partir. Partir não sei para onde , não sei como, nem sequer sei porquê, mas apetece-me sair deste "mundinho" mesquinho em que os Açores se transformaram. Um "mundinho" de filhos-de-puta sempre à procura de "lixar" a vida ao parceiro do lado a troco de nada, mesmo só pelo "gozo" mediocre de "lixar" o outro. Um "mundinho" de merda onde se salvam, felizmente, um punhado de pessoas boas.

10 de dezembro de 2006

Que pena...

O ex-ditador chileno Augusto Pinochet morreu este domingo, no Hospital Militar de Santiago, onde estava internado há uma semana, anunciou a televisão chilena.
Pois é, não merceia ter morrido assim, impunemente, merecia ter vivido mais uns anitos para os passar numa prisão mal cheirosa e cheia de ratazanas. Foguetabraze seu grandesissimo filho da Maria da Conceição.

9 de dezembro de 2006

Coisas realmente muito importantes.


Vacas a pastar, original carregado por foguetabraze1.

"Regionalmente, os Açores destacam-se ainda pela elevada produtividade alcançada, três vezes superior à média nacional, associada às explorações bovinas, a principal orientação do arquipélago no campo agrícola, e que beneficia de condições endafo-climáticas excepcionais".

Neste estudo foi olvidada a questão do baixissimo valor das rendas agricolas. É um escândalo que ainda não se tenha mexido na lei do arrendamento rural, uma lei com 20 anos e cujos valores estão congelados há 2. O valor das rendas representa 7% do total dos custos das explorações agricolas. Estamos perante um absurdo já que essa mesma pastagem representa, na Região, cerca de 60% da alimentação das vacas leiteiras.

A manutenção teimosa de uma lei tão absurda leva a que a mesmoa raramente seja cumprida. O aumento do valor das rendas, tem a vantagem de animar o mercado do arrendamento, já que na presente situação, os proprietários evitam, ao máximo, os arendamentos, recorrendo à venda, ilicita, de "cortes" ou à produção de forragens para posterior venda.

Nunca se fez nos Açores, em especial em São Miguel, um debate sério e construtivo sobre o arrendamento rural, não será com este Secretário que se irá fazer, trata-se de um politico sem lastro para as funções que está a desempenhar.

8 de dezembro de 2006

Há ainda na minha colecção


A Porca Política, original carregado por foguetabraze1.

A Porca Política

Britains Ltd - Made in England Farm Toys

panoramica
Quando se pertence a uma geração anterior aos cereais Chocapic e dos Game Boy ha coisas que nunca mais se esquecem.
Foram anos de brincadeiras, com amigos e vizinhos e a poupar cada um dos meus brinquedos que a vida nesses tempos não era para graças.
Com o nascimento do Salvador resolvi abrir as caixas onde estavam guardados há mais de 20 anos. As trocas de conversas com um coleccionador inglês deram-me a saber que possuo algumas peças raras como por exemplo este
Massey Ferguson 135 trator Massey Fergusos 135 de 1969, ou esta Girl feeding horsesmenina alimentando dois potros de 1970 ou ainda, estes 2 ford 2 LRdois Ford 6600 de 1971 e estes dois LWB Land Rover também de 1970 e que, infelizmente, perderam as suas capotas de lona.

7 de dezembro de 2006

Pois se...


Goraz, original carregado por foguetabraze1.

... continuais com a possibilidade de gozar mais um fim-de-semana com prolongamento, ide em frente que eu, em semana do Rei Goraz, não tenho outro remédio que não seja trabalhar.

PS: O Secretário da Agricultura Florestas e Estradas que dão jeitos aos amigos já se demitiu?

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