27 de dezembro de 2006

Já em 1998 foi assim.

Para proferir um acordão sobre um ponto do artigo 24º da Constituição da República Portuguesa que contém apenas 4 palavras, "A Vida humana é inviolável", o tribunal constitucional gastou (alem de alguns milhões), 44 páginas, das quais 42 de considerandos, 3/4 de outra de assinaturas e apenas 1 pagina e 1/4 de outra de decisão.
Tudo isto se teria poupado se os Senhores Deputados, no pleno gozo dos seus direitos e na plena assunção dos seus deveres de representantes do seu povo, tivessem tido a coragem de mudar a lei no Parlamento. Como era previsível que a lei não passasse, apesar da maioria de esquerda do hemiciclo, vai dai e toca a referendar a ver se pega, pode ser que os Portugueses se mobilizem desta vez.
Talvez. Não há por aí umas televisões e umas playstation para distribuir? Se calhar ajudava. Vales de gasolina também dava jeito. è que com os argumentos que anda a ser esgrimidos, temos referendo daqui a oito anos.

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