31 de agosto de 2004
Gávea
Dois dos meus preferidos cronistas têm desde o dia 17 do presente um Blog português sobre literatura brasileira. Gávea,promete ser um lugar de visita diária
30 de agosto de 2004
Coerência
Como já aqui disse, nada tenho a favor da actual lei sobre o aborto. Contudo, acho que seria uma tremenda hipocrisia se o Estado Português e os seus governantes deixassem esse tal navio/clinica, aportar em território nacional, e depois e ao largo fazer o que não é permitido por lei fazer em Portugal.
Lamentável é a forma como a Juventude Socialista e o Bloco de esquerda tomaram esta agenda como sua.
Um governo liderado por pessoas que são frontalmente contra o aborto e que se bateram pela sua causa em referendo, não poderia fazer outra coisa.
Lamentável é a forma como a Juventude Socialista e o Bloco de esquerda tomaram esta agenda como sua.
Um governo liderado por pessoas que são frontalmente contra o aborto e que se bateram pela sua causa em referendo, não poderia fazer outra coisa.
29 de agosto de 2004
Obra feita
"Tenho uma obra feita. Tive uma presença na comunicação social, na RTP, durante um ano e meio, que foi positiva para o PS."
José Sócrates.
O que dizer de uma Lili Caneças ou de um José Castelo Branco.
José Sócrates.
O que dizer de uma Lili Caneças ou de um José Castelo Branco.
27 de agosto de 2004
Avante ao populismo
As moções dos três candidatos a Secretário-geral do Partido Socialista são um rol de lugares comuns e verdades de Monsieur de La Palice.
Na tradição do "cinzentismo" da política portuguesa, ela caminha rumo a uma longa noite de trevas populista e cheia de coisa nenhuma.
Na tradição do "cinzentismo" da política portuguesa, ela caminha rumo a uma longa noite de trevas populista e cheia de coisa nenhuma.
Juiz em causa própria
"Boa parte da classe política açoriana é medíocre"
Haverá melhor exemplo de mediocridade do que o Presidente da JS-Açores?
Haverá melhor exemplo de mediocridade do que o Presidente da JS-Açores?
24 de agosto de 2004
De que vale o referendo então?
Aborto: Clínica Flutuante Chega a Portugal no Domingo
As mulheres portuguesas que quiserem interromper a gravidez terão a partir da próxima semana à sua disposição,ao largo da costa, uma polémica clínica flutuante holandesa. Os serviços são gratuitos. O país foi escolhido por continuar a levar pessoas a tribunal por aborto. Os partidos da oposição acham que esta pode ser uma oportunidade de chamar a atenção para a lei em vigor no país
Nota: Para que não persistam falsas interpretações, eu estou ao lado da maioria da esquerda e das mulheres Portuguesas no concernente às necessidade de alterar a actual lei do aborto. Mas houve um referendo! Ou não houve?
As mulheres portuguesas que quiserem interromper a gravidez terão a partir da próxima semana à sua disposição,ao largo da costa, uma polémica clínica flutuante holandesa. Os serviços são gratuitos. O país foi escolhido por continuar a levar pessoas a tribunal por aborto. Os partidos da oposição acham que esta pode ser uma oportunidade de chamar a atenção para a lei em vigor no país
Nota: Para que não persistam falsas interpretações, eu estou ao lado da maioria da esquerda e das mulheres Portuguesas no concernente às necessidade de alterar a actual lei do aborto. Mas houve um referendo! Ou não houve?
23 de agosto de 2004
22 de agosto de 2004
19 de agosto de 2004
"provisório com carácter definitivo".
A Lotaçor EP está a gastar cerca de 350.000,00 ? a construir uma lota provisória em Ponta Delgada, para funcionar enquanto constrói um edifício de raiz para o efeito. Até aqui tudo bem, não fora o caso desta ser a segunda lota provisória que vou conhecendo em 14 anos que levo desta vida. A confirmar a regra de que em Portugal as coisas são feitas "provisórias com carácter definitivo".
Pode ser que a vinda dos Espanhois acelere a resolução dos problemas do sector das pescas nos Açores. Pois "aleva"!
Pode ser que a vinda dos Espanhois acelere a resolução dos problemas do sector das pescas nos Açores. Pois "aleva"!
18 de agosto de 2004
Futebois
Não sou rapaz de embarcar em grandes futebois. Gosto, sou adepto, tenho as minhas preferências, sou sócio do Santa Clara duas vezes. Isto é, tenho dois números de sócio e pago as quotas duas vezes. Enquanto fui Deputado Regional e o Santa Clara estava na 1ª liga, era convidado para assistir a todos os jogos na tribuna VIP. Normalmente, de quinze em quinze dias chegava o fax com o protocolar convite. Nunca lá pus os pés, nem na qualidade de Deputado, nem na de Vice-Presidente do CDS-PP Açores, era nessas duas qualidades que me convidavam. Nunca declinei às insistências do Sr. Pedro Castanheira que chegou a telefonar-me a dizer que até o comunista Mário Abrantes tinha costume de ir à Bola, só eu é que não ia. Bem, ia dizendo que talvez na semana seguinte, quem sabe ainda esta, logo se verá. Na verdade o que eu queria era distância, muita distância das misturas entre a política e o futebol.
Agora pergunto: Onde têm estado aqueles políticos e governantes que nos dias da subida à primeira liga e das grandes vitórias, andavam eufóricos pelos balneários na festa com a rapaziada? Oh ! meus grandes FDPs, é agora, quando o clube que representa uma Região está na mó de baixo que mais precisa do V. apoio, que lhe viram as costas?. Mas como V. Excelências são, na verdade, uns Senhores FsDP, e o CDSC já não é sinónimo de votos, V. Senhorias, seus grandessíssimos FDPs, viram as costas e até desdenham. Alguns sentam-se de cócoras à espera de vez. De cócoras estou eu para V. Excelências. Estou de cócoras, de alto e de repuxo, para sujar bastante. Foguetabraze
Agora pergunto: Onde têm estado aqueles políticos e governantes que nos dias da subida à primeira liga e das grandes vitórias, andavam eufóricos pelos balneários na festa com a rapaziada? Oh ! meus grandes FDPs, é agora, quando o clube que representa uma Região está na mó de baixo que mais precisa do V. apoio, que lhe viram as costas?. Mas como V. Excelências são, na verdade, uns Senhores FsDP, e o CDSC já não é sinónimo de votos, V. Senhorias, seus grandessíssimos FDPs, viram as costas e até desdenham. Alguns sentam-se de cócoras à espera de vez. De cócoras estou eu para V. Excelências. Estou de cócoras, de alto e de repuxo, para sujar bastante. Foguetabraze
17 de agosto de 2004
Antes nada do que coisa nenhuma
Tenho andado a ponderar se deveria ou não ter dado umas férias ao Foguetabraze. Afinal, este mês de Agosto não está sendo muito profícuo em textos ou escritos
Veremos se o aproximar das eleições regionais anima a blogosfera de endemismo açorico. Por hora, "tudo na mesma como a lesma". Nos breves intervalos das férias e do trabalho, que já nem sei se isso são férias nem se é trabalho, lá se vai dando uma volta pelos blogues do costume e, aqui e ali, deixando um comentário.
Já repararam que se tem falado muito pouco ou quase nada dos Jogos Olímpicos? Hoje ouvi um velejador Português que, ficou em último lugar, dizer que o problema era que não havia vento. E para os outros, os que ganharam, houve? Não há pachorra para esse tido de justificação para o injustificável. O Problema maior foi o jornalista ter insistido na mesma justificação. E assim vamos cantando e rindo, que os deuses do Olimpo nada querem com Portugal.
Veremos se o aproximar das eleições regionais anima a blogosfera de endemismo açorico. Por hora, "tudo na mesma como a lesma". Nos breves intervalos das férias e do trabalho, que já nem sei se isso são férias nem se é trabalho, lá se vai dando uma volta pelos blogues do costume e, aqui e ali, deixando um comentário.
Já repararam que se tem falado muito pouco ou quase nada dos Jogos Olímpicos? Hoje ouvi um velejador Português que, ficou em último lugar, dizer que o problema era que não havia vento. E para os outros, os que ganharam, houve? Não há pachorra para esse tido de justificação para o injustificável. O Problema maior foi o jornalista ter insistido na mesma justificação. E assim vamos cantando e rindo, que os deuses do Olimpo nada querem com Portugal.
16 de agosto de 2004
De regresso ao berço
Eu e o Foguetabraze estamos de novo aqui.
Por meia dúzia de dias o blogue vai ser abastecido desde Ponta Delgada.
Por meia dúzia de dias o blogue vai ser abastecido desde Ponta Delgada.
14 de agosto de 2004
Excursões de garrafão
Nos meados do século XX, os micaelenses descobriram o autocarro, camioneta de passageiros mais propriamente. De verão, organizavam-se por freguesias e por ruas e faziam pormenorizadas excursões pela Ilha com o final previsto na procissão da freguesia em festa. Recordo os dias 15 de Agosto da minha infância passada no Nordeste. Vivíamos junto ao Parque/viveiro Florestal da Vila no Poceirão. Naquelas manhãs, quase sempre soalheiras de dia de Nossa Senhora da Assunção, arribavam ao Viveiro dezenas de autocarros vindos de todas as partes da Ilha, carregados de garrafões e melancias e farnéis com as mais diversificadas iguarias que as nossas gentes usavam no tempo. Dali rumavam às Furnas onde havia paragem obrigatória e o final do dia acontecia na Procissão da Vila de Água de Pau.
Já no último quartel do século passado, os Micaelenses descobriram a carrinha de caixa aberta, e o grelhador público, sem largar o garrafão. As autoridades acompanharam a descoberta. Os polícias que durante a semana andam em cima dos profissionais, ao fim de semana fecham os olhos às caixas das carrinhas carregadas de novos e velhos, o teste do balão fica em casa, e os diversos serviços do GRA tratam de fazer uma corrida para ver quem constrói mais miradouros e grelhadores. Os micaelenses não vão à ponta da Madrugada ou à do (desa) sossego em busca da paisagem ou do bem-estar, vão em busca de incensar uns e outros com o cheiro a churrasco de frango comprado e acartado nos sacos de plástico dos Hipermercados e que ficam por aqui e por ali, vão em missão de fazer algazarra quanto baste. Os piscos e as toutinegras ânseiam o fim do verão.
Nesse princípio de século, os Micaelenses descobriram o "Golfinho Azul", a tenda de campismo e Santa Maria, não largaram o garrafão nem a melancia e juntaram-lhe a cerveja em garrafa descartável. A Ilha transforma-se num enorme pic-nic que em quase nada contribui para a economia local, pelo contrário apenas provoca custos acrescidos com a limpeza dos caixotes de lixo e das bermas das estradas. Há dias encontrei um casal, numa carrinha de caixa aberta a dormir junto à escola primária de Vila do Porto, ali mesmo ao lado de um dos símbolos do progresso da nossa terra, a caixa estava carregada de sacos de plástico de uma superficie comercial de Ponta Delgada, sacos cama e uma tenda. Haviam chegado de noite e esperavam o amanhecer para montar acampamento.
Já no último quartel do século passado, os Micaelenses descobriram a carrinha de caixa aberta, e o grelhador público, sem largar o garrafão. As autoridades acompanharam a descoberta. Os polícias que durante a semana andam em cima dos profissionais, ao fim de semana fecham os olhos às caixas das carrinhas carregadas de novos e velhos, o teste do balão fica em casa, e os diversos serviços do GRA tratam de fazer uma corrida para ver quem constrói mais miradouros e grelhadores. Os micaelenses não vão à ponta da Madrugada ou à do (desa) sossego em busca da paisagem ou do bem-estar, vão em busca de incensar uns e outros com o cheiro a churrasco de frango comprado e acartado nos sacos de plástico dos Hipermercados e que ficam por aqui e por ali, vão em missão de fazer algazarra quanto baste. Os piscos e as toutinegras ânseiam o fim do verão.
Nesse princípio de século, os Micaelenses descobriram o "Golfinho Azul", a tenda de campismo e Santa Maria, não largaram o garrafão nem a melancia e juntaram-lhe a cerveja em garrafa descartável. A Ilha transforma-se num enorme pic-nic que em quase nada contribui para a economia local, pelo contrário apenas provoca custos acrescidos com a limpeza dos caixotes de lixo e das bermas das estradas. Há dias encontrei um casal, numa carrinha de caixa aberta a dormir junto à escola primária de Vila do Porto, ali mesmo ao lado de um dos símbolos do progresso da nossa terra, a caixa estava carregada de sacos de plástico de uma superficie comercial de Ponta Delgada, sacos cama e uma tenda. Haviam chegado de noite e esperavam o amanhecer para montar acampamento.
12 de agosto de 2004
Um passeio ao fim da tarde
Fomos subir a Fajãzinha, um atalho que nos leva entre os maroiços e vinhedos da Baia de São Lourenço até ao alto do Norte. O regresso é feiro pela estrada das Terras Velhas e pelas voltas a baixo de regresso a São Lourenço, pouco mais de uma hora mais tarde. Olhar os currais depois de um bom suadouro com a subida da vereda, é imaginar a fome que terão passado os primeiros povoadores dessas Ilhas para, a força de braços, terem tirado do chão tantas pedras, nascendo assim uma imensidão de muros e divisórias no meio das quais foram plantadas videiras e outras novidades.
semi-férias
O Foguetabraze está a ser , de novo, feito daqui, entre uma ida ao escritório, outra à praia e um ou outro passeio pedestre. Ao ritmo melhorado de meias férias.
11 de agosto de 2004
"Gazes têses"
Já houve muita coisa que me irritou, o despotismo de alguns governantes, ouvir o Dr. Mota Amaral, ler os discursos do José Decq Mota, a arrogância patética do Sr. MetráÁvila da Povoação e seus metralhinhas das Lajes, os parquímetros, os chicos espertos, os pardais enfim um poderio de coisas. Hoje o que mais me irrita são os bêbedos, não os desgraçados que se plantam à porta do Santo Cristo esperando milagres de onde tardam a chegar.
Não, esses são vitimas de uma sociedade que permite e promove o consumo desenfreado do álcool. Quanto mais bebe mais importante é. Ele é um "Gaz têse".
Os miúdos, com menos de 16 anos, desde as oito da noite até de manhã, no Campo de São Francisco a beber uma "sorrapa" feita com gelo sumo de lima e cachaça brasileira igual àquela pior que sai dos nossos alambiques tradicionais, da que faz inchar os pés. Tudo isso com o alto patrocínio da Câmara Municipal de Ponta Delgada e sem qualquer fiscalização. Domingo, levantei-me cedo, como é costumeiro e vim para a Avenida comer o meu papo seco com queijo de São Jorge e que só o José do Royal sabe fazer. Às 6 horas da manhã eles eram um autêntico enxame, ainda de copo na mão a deambular e já quase a dormir, pelos cantos do Campo. Será permitido por lei?
Essa não vai ser uma geração rasca, vai ser a geração Caipirinha.
Não, esses são vitimas de uma sociedade que permite e promove o consumo desenfreado do álcool. Quanto mais bebe mais importante é. Ele é um "Gaz têse".
Os miúdos, com menos de 16 anos, desde as oito da noite até de manhã, no Campo de São Francisco a beber uma "sorrapa" feita com gelo sumo de lima e cachaça brasileira igual àquela pior que sai dos nossos alambiques tradicionais, da que faz inchar os pés. Tudo isso com o alto patrocínio da Câmara Municipal de Ponta Delgada e sem qualquer fiscalização. Domingo, levantei-me cedo, como é costumeiro e vim para a Avenida comer o meu papo seco com queijo de São Jorge e que só o José do Royal sabe fazer. Às 6 horas da manhã eles eram um autêntico enxame, ainda de copo na mão a deambular e já quase a dormir, pelos cantos do Campo. Será permitido por lei?
Essa não vai ser uma geração rasca, vai ser a geração Caipirinha.
10 de agosto de 2004
Democracia corporativa
A Economia dos Açores, ao invés do que diz o Secretário da tutela, está em franca regressão. O consumo de cimento baixou, as dormidas nos hotéis estão a ser vendidas ao preço da uva mijona, as agentes de viagens queixam-se, os restaurantes idem, as esplanadas estão à mosca, o artesanato está nas prateleiras.
Ao que consegui saber as visitas às plantações de ananases e do chá têm sido boas mas sem vendas de maior.
Todos se queixam, mas à boca pequena. Os seus representantes, os chefes das modernas corporações, não os ouço. Não ouço os representantes das forças vivas, dos comerciantes, dos industriais, dos agricultores, reclamarem ou tomarem posições públicas.
Terão que ser sempre e apenas os partidos da oposição a fazer este papel?
Se é para isso então que se acabe com a farsa que é esta espécie de democracia corporativista que só serve para branquear as acções dos Governos, sejam eles de que cores forem.
Talvez alguns dirigentes associativos devam olhar o passado e fazer uma análise retrospectiva e concluirão que foi quando denunciavam as situações que ganharam respeito e notoriedade nos meios político e social. Ao invés, agora todos os olham com desconfiança, chamam-lhes "Lulu Canecas" e outros epítetos e não lhes é conferido qualquer mérito.
Se merecemos políticos melhores? Claro! Mas também merecemos dirigentes melhores e uma sociedade mais interventiva.
Ao que consegui saber as visitas às plantações de ananases e do chá têm sido boas mas sem vendas de maior.
Todos se queixam, mas à boca pequena. Os seus representantes, os chefes das modernas corporações, não os ouço. Não ouço os representantes das forças vivas, dos comerciantes, dos industriais, dos agricultores, reclamarem ou tomarem posições públicas.
Terão que ser sempre e apenas os partidos da oposição a fazer este papel?
Se é para isso então que se acabe com a farsa que é esta espécie de democracia corporativista que só serve para branquear as acções dos Governos, sejam eles de que cores forem.
Talvez alguns dirigentes associativos devam olhar o passado e fazer uma análise retrospectiva e concluirão que foi quando denunciavam as situações que ganharam respeito e notoriedade nos meios político e social. Ao invés, agora todos os olham com desconfiança, chamam-lhes "Lulu Canecas" e outros epítetos e não lhes é conferido qualquer mérito.
Se merecemos políticos melhores? Claro! Mas também merecemos dirigentes melhores e uma sociedade mais interventiva.
9 de agosto de 2004
Sem título
Nas empresas pequenas, todos os anos, vive-se o drama do pessoal de férias. Os nossos colaboradores fazem a falta que muitas vezes, durante o resto do ano, não lhes reconhecemos. Por isso, hoje, não houve muito tempo para o "bloganço". Agora mesmo vim ao escritório fechar as janelas que havia deixado abertas quando sai por volta das duas da tarde.
Hoje fui Gestor, moço de voltas, escriturário, telefonista, técnico de informática, jardineiro, vendedor. Fui Cavaleiro andante de Antero por "desertos, por sois" de papeis, "por noite escura" de repartições públicas e ao longe avisto o "meu palácio encantado da ventura". Fui D. Quixote e Rocinante.
O calor sufoca-me, o chefe das finanças perdeu o meu processo, perdeu a seu palavra passe para entrar no sistema, o ajudante tenta ajudar mas só desajuda e eu desespero a olhar para o relógio. As ventoinhas estão paradas, o ar condicionado é uma miragem. Afinal o processo foi arquivado. Em fim, uma boa notícia. Diz-me Mariana, eu gosto de escrever - em fim- no lugar de - enfim. Está mal? Ou é demasiado arcaico? Não! Não digas, prefiro não saber. Há anos que faço assim e sei que, mesmo que esteja pouco correcto, vou continuar a fazer. Eu escrevo mal. Sei disso. Há anos que sei isso. Muitas vezes não consigo que os meus dedos acompanhem as ideias, ainda os dedos não foram e as ideias já estão de volta. O que é que eu faço? Continuo a escrever sempre para diante que o caminho de regresso é sinuoso e pleno de surpresas. Olhar para traz? Para quê? para chorar de saudade e arrependimento? O nosso Povo diz sabiamente. "Pa diante é qué caminhe, ala que se faz tarde".
Hoje fui Gestor, moço de voltas, escriturário, telefonista, técnico de informática, jardineiro, vendedor. Fui Cavaleiro andante de Antero por "desertos, por sois" de papeis, "por noite escura" de repartições públicas e ao longe avisto o "meu palácio encantado da ventura". Fui D. Quixote e Rocinante.
O calor sufoca-me, o chefe das finanças perdeu o meu processo, perdeu a seu palavra passe para entrar no sistema, o ajudante tenta ajudar mas só desajuda e eu desespero a olhar para o relógio. As ventoinhas estão paradas, o ar condicionado é uma miragem. Afinal o processo foi arquivado. Em fim, uma boa notícia. Diz-me Mariana, eu gosto de escrever - em fim- no lugar de - enfim. Está mal? Ou é demasiado arcaico? Não! Não digas, prefiro não saber. Há anos que faço assim e sei que, mesmo que esteja pouco correcto, vou continuar a fazer. Eu escrevo mal. Sei disso. Há anos que sei isso. Muitas vezes não consigo que os meus dedos acompanhem as ideias, ainda os dedos não foram e as ideias já estão de volta. O que é que eu faço? Continuo a escrever sempre para diante que o caminho de regresso é sinuoso e pleno de surpresas. Olhar para traz? Para quê? para chorar de saudade e arrependimento? O nosso Povo diz sabiamente. "Pa diante é qué caminhe, ala que se faz tarde".
8 de agosto de 2004
"por'qui por'li"
Corri por ai em busca da musa inspiradora. Jornais, revistas, noticiários das rádios e das televisões. Nada. Nada me deu aquele impulso, aquilo a que na gíria chamamos o click que serviria de mote para um texto com características "blogosféricas". É isso que, nós "Bloggers", somos. Somos uma espécie de seres atentos ao que nos rodeia e com ideias sobre o que lemos e ouvimos. Somos uma espécie de caixa de ressonância da imprensa. Já há algum tempo discutimos isso mesmo aqui. A "blogosfera" generalista anda, cada vez mais, a reboque dos média. Por outro lado, vão aparecendo, "por'qui por'li" , um ou outro "blog" mais específico que anda por si só, sem ir por onde vamos todos,.
Em fim, resta-me olhar o mar e tentar escrevinhar um ou dois parágrafos da vida do meu "Carlins".
Em fim, resta-me olhar o mar e tentar escrevinhar um ou dois parágrafos da vida do meu "Carlins".
6 de agosto de 2004
Entre um e outro fdp
O filho da puta é uma variedade da espécie humana bem portuguesa.
Quando eu era moço pequeno, o fdp era só o cavalinho do Inglês. Acreditem que era a única vês que se ouvia um palavrão lá em casa, era quando se falava do Cavalinho do Inglês que havia sido baptizado de Filho de Puta porque o seu tratador era um português emigrado em Londres que, de quando em vez, se desagradado com as tropelias da besta, chamava à mesma esse nome feio.
Mais tarde aprendi a lidar e a ter que conviver com os verdadeiros FsDP. O que a vida nos ensina.
Hoje tive uma dessas experiências desagradáveis com um desses fdp numa versão Açores Rosa. Também os há em versão Açores Laranja, Azul, Vermelho. Há de todas as cores e para todos os gostos. O fdp "açórico" é uma espécie em larga proliferação. Fica situado entre o fdp salazarento e cheirando a mofo do Alberto Pimenta (Discurso Sobre O Filho da Puta) e o novo fdp, desempoeirado e sofisticado do Pedro Mexia(Grande reportagem de 25 de Julho). O fdp "açórico" não tem, nem a classe de um nem a modernidade do outro.É um ronha, uma espécie de ruralidade polida e com estudos académicos, enxertada em esperteza saloia sem cultura. Uma espécie de falsa modéstia militante enxertada em arrogância disfarçada. O fdp "açórico" é um "self made boy" que ainda não percebeu que mudando o partido do poder passa a ser um self made merda.
Quando eu era moço pequeno, o fdp era só o cavalinho do Inglês. Acreditem que era a única vês que se ouvia um palavrão lá em casa, era quando se falava do Cavalinho do Inglês que havia sido baptizado de Filho de Puta porque o seu tratador era um português emigrado em Londres que, de quando em vez, se desagradado com as tropelias da besta, chamava à mesma esse nome feio.
Mais tarde aprendi a lidar e a ter que conviver com os verdadeiros FsDP. O que a vida nos ensina.
Hoje tive uma dessas experiências desagradáveis com um desses fdp numa versão Açores Rosa. Também os há em versão Açores Laranja, Azul, Vermelho. Há de todas as cores e para todos os gostos. O fdp "açórico" é uma espécie em larga proliferação. Fica situado entre o fdp salazarento e cheirando a mofo do Alberto Pimenta (Discurso Sobre O Filho da Puta) e o novo fdp, desempoeirado e sofisticado do Pedro Mexia(Grande reportagem de 25 de Julho). O fdp "açórico" não tem, nem a classe de um nem a modernidade do outro.É um ronha, uma espécie de ruralidade polida e com estudos académicos, enxertada em esperteza saloia sem cultura. Uma espécie de falsa modéstia militante enxertada em arrogância disfarçada. O fdp "açórico" é um "self made boy" que ainda não percebeu que mudando o partido do poder passa a ser um self made merda.
5 de agosto de 2004
Regionais 2004
Há dias, foi noticia o facto de não haver grande renovação nas listas de candidatos do Partido Socialista às eleições Legislativas Regionais de Outubro. Novidade? Não!
Na verdade, a renovação não existe em nenhum dos partidos e coligações que se apresentam a este acto eleitoral. Com excepção para este ou aquele círculo em que aparece em lugar não elegível uma cara nova, a grande generalidade são candidatos imanados das máquinas partidárias, máquinas essas que são, quase tudo, menos democráticas e onde funciona a democracia, ela vive a par com o caciquismo.
Algumas máquinas partidárias, não perceberam que só faz sentido criar um movimento que congregue várias facções se este for potenciador das qualidades dos seus intervenientes. Casos existiram em que o partido maior da coligação, localmente e contra a vontade dos seus dirigentes regionais, não entendeu que no seu parceiro de coligação havia potencial para fazer crescer o resultado eleitoral da coligação e lançar novas caras e novas discussões.
Uma das poucas novidades é o facto do número dois do Partido Socialista por São Miguel ser uma independente que, não sendo uma cara desconhecida, é nova na politica. Salvo melhor opinião, o PS terá ganho uma figura mediática que facilmente conquistará o eleitorado feminino regional, mas não terá ganho uma deputada para fazer valer os interesses do círculo pelo qual concorre ou com capacidade para sair do discurso miserabilista da apologia da açorianidade ou do "umbiguismo" exacerbado de que o que é nosso é que é bom e o resto são cantigas. Trata-se, portanto, de uma espécie de atracção da feira popular.
Surpresa das surpresas é a falta de candidatos que não sejam dependentes do poder público, que não sejam funcionários públicos, ou de empresas públicas e semi-públicas ou professores. Esta constatação deixa transparecer que só estes, os dependentes do estado, estão dispostos a largar as suas carreiras para, por quatro anos, acartarem o enorme fardo que é ser-se deputado da Região. É verdade que muitas vezes se faz pouco, mesmo que se queira fazer mais o sistema emperra e não permite. Contudo, também é verdade que se é mal pago.
Não é qualquer pessoa que se pode permitir deixar a sua vida empresarial ou profissão liberal para se dedicar, mesmo que por apenas quatro anos, à função de deputado. Além disso, carregará para o resto da vida, o estigma de, por um dia ter estado instalado à manjedoura do orçamento de estado.
Não há maior liberdade do que poder dizer que não se depende do Estado para comer. Cada vez é menos possível dizer isso, cada vez mais o Estado está presente em todas as actividades e usa e abusa das verbas do orçamento para construir um aparachik que, por sua vez, vai acalentando novas clientelas politicas que, vão saciando a fome de votos dos respectivos partidos.
Na verdade, a renovação não existe em nenhum dos partidos e coligações que se apresentam a este acto eleitoral. Com excepção para este ou aquele círculo em que aparece em lugar não elegível uma cara nova, a grande generalidade são candidatos imanados das máquinas partidárias, máquinas essas que são, quase tudo, menos democráticas e onde funciona a democracia, ela vive a par com o caciquismo.
Algumas máquinas partidárias, não perceberam que só faz sentido criar um movimento que congregue várias facções se este for potenciador das qualidades dos seus intervenientes. Casos existiram em que o partido maior da coligação, localmente e contra a vontade dos seus dirigentes regionais, não entendeu que no seu parceiro de coligação havia potencial para fazer crescer o resultado eleitoral da coligação e lançar novas caras e novas discussões.
Uma das poucas novidades é o facto do número dois do Partido Socialista por São Miguel ser uma independente que, não sendo uma cara desconhecida, é nova na politica. Salvo melhor opinião, o PS terá ganho uma figura mediática que facilmente conquistará o eleitorado feminino regional, mas não terá ganho uma deputada para fazer valer os interesses do círculo pelo qual concorre ou com capacidade para sair do discurso miserabilista da apologia da açorianidade ou do "umbiguismo" exacerbado de que o que é nosso é que é bom e o resto são cantigas. Trata-se, portanto, de uma espécie de atracção da feira popular.
Surpresa das surpresas é a falta de candidatos que não sejam dependentes do poder público, que não sejam funcionários públicos, ou de empresas públicas e semi-públicas ou professores. Esta constatação deixa transparecer que só estes, os dependentes do estado, estão dispostos a largar as suas carreiras para, por quatro anos, acartarem o enorme fardo que é ser-se deputado da Região. É verdade que muitas vezes se faz pouco, mesmo que se queira fazer mais o sistema emperra e não permite. Contudo, também é verdade que se é mal pago.
Não é qualquer pessoa que se pode permitir deixar a sua vida empresarial ou profissão liberal para se dedicar, mesmo que por apenas quatro anos, à função de deputado. Além disso, carregará para o resto da vida, o estigma de, por um dia ter estado instalado à manjedoura do orçamento de estado.
Não há maior liberdade do que poder dizer que não se depende do Estado para comer. Cada vez é menos possível dizer isso, cada vez mais o Estado está presente em todas as actividades e usa e abusa das verbas do orçamento para construir um aparachik que, por sua vez, vai acalentando novas clientelas politicas que, vão saciando a fome de votos dos respectivos partidos.
4 de agosto de 2004
Ponto de partida
Apetece-me escrever qualquer coisa. Bem o que me apetece mesmo é "postar" qualquer coisa. Podia ir buscar um e-mail recorrente ou um texto de um leitor ou uma laracha qualquer de um jornal e fazer copy paste. Mas não. O meu Blog Copy paste é o Corsário das Ilhas. Pdia escrever sobre o Porto de Ponta Delgada ou o passeio que dei ontem na vetusta Avenida de "Cu pró mar". Para isso, então postava no Ponta Delgada. Não, apetece-me mesmo é escrever aqui, puro, directo para o blogger, com erros de ortografia e sintaxe. Desculpam-me? Não desculpam? Afinal eu tinha obrigação de escrever melhor, tinha obrigação de ser mais cuidadoso. Porquê? Por ter sido uma figura pública. Não! Eu sou como sou, assim mesmo puro em tudo. Se calhar por isso mesmo não foi longe a minha prestação como homem público. Se calhar por isso, me sinto livre para dizer o que penso, para ser quem sou, para estar onde estou com o sentido de que vou de partida e não como se tivesse acabado de chegar.
3 de agosto de 2004
Surpresa
Hoje fiquei boquiaberto ao entrar no Supermercado Modelo da Ribeira Grande para comparar umas peças de fruta para o jantar e vejo meloa espanhola a 69 cêntimos o Kg. E mais ao lado meloa de Santa Maria a 2,40 euros o kg. Será possível que o preço do transporte de Santa Maria para São Miguel seja assim tão elevado? Ou haverá razoes que a minha razão não alcança?
Demita-se o Povo. Já!
Os incêndios Florestais são o único tema batido e debatido na imprensa nacional, ano após ano, durante os consecutivos verões.
Tema recorrente, parece um flagelo sem solução. Quantos mais meios mais fogos, a fazer jus ao velho ditado popular "quantos mais gatos mais ratos". Na verdade, os meios de prevenção e combate aos incêndios florestais foram altamente reforçados desde o ano passado para este ano. Talvez por isso mesmo, muito embora tenham existido incêndios graves, este ano as coisas vão indo melhor. Também não admira, cada vez há menos área para arder.
De nada serve pedir a cabeça do coordenador nacional dos bombeiros, do Secretário de Estrado das Florestas, do Ministro da Administração Interna.
O Combate aos fogos florestais é uma questão nacional, em que a prevenção é a única arma eficaz. As grandes causas dos fogos florestais são a falta de consciência cívica de um povo habituado ao paternalismo do Estado; A falta de consciência ambiental de um Povo que vive alienado entre as Igrejas e os Centros Comerciais; Um povo que vive como a cigarra e desdenha da formiga e que quando lhe bate a desgraça à porta, não se lembra que atirou já dezenas de beatas de cigarro pela janela do automóvel, deixou dezenas de garrafas na beira do pinhal, sujou e não limpou as lenhas de entre o mato onde andou à procura de não sabe bem do quê. A culpa não é só do calor, do vento e do ministro. A culpa é nossa e deviamos nos envergonhar por isso.
Tema recorrente, parece um flagelo sem solução. Quantos mais meios mais fogos, a fazer jus ao velho ditado popular "quantos mais gatos mais ratos". Na verdade, os meios de prevenção e combate aos incêndios florestais foram altamente reforçados desde o ano passado para este ano. Talvez por isso mesmo, muito embora tenham existido incêndios graves, este ano as coisas vão indo melhor. Também não admira, cada vez há menos área para arder.
De nada serve pedir a cabeça do coordenador nacional dos bombeiros, do Secretário de Estrado das Florestas, do Ministro da Administração Interna.
O Combate aos fogos florestais é uma questão nacional, em que a prevenção é a única arma eficaz. As grandes causas dos fogos florestais são a falta de consciência cívica de um povo habituado ao paternalismo do Estado; A falta de consciência ambiental de um Povo que vive alienado entre as Igrejas e os Centros Comerciais; Um povo que vive como a cigarra e desdenha da formiga e que quando lhe bate a desgraça à porta, não se lembra que atirou já dezenas de beatas de cigarro pela janela do automóvel, deixou dezenas de garrafas na beira do pinhal, sujou e não limpou as lenhas de entre o mato onde andou à procura de não sabe bem do quê. A culpa não é só do calor, do vento e do ministro. A culpa é nossa e deviamos nos envergonhar por isso.
2 de agosto de 2004
Culpado
Sinto-me culpado por não gozar férias. É, leram bem, culpado. Seria mais normal se me sentisse culpado por não trabalhar, por fazer uma fugida mais cedo para a praia ou por deixar de fazer hoje aqui, aquilo que pode esperar pelo amanhã acolá. Mas não. Sinto-me culpado por não tirar mais uns dias para a minha família, para mim, para os meus amigos. Se estou no escritório estou sempre a pensar neles, viajo para lá. Ainda não cheguei e já estou preocupado com o que deixei para traz. Ando assim, nessa volúpia moderna entre as férias e o não férias, entre o desejo de partir e a ânsia de regressar. Eu gostava muito de ter a coragem de gozar umas férias a valer, de estar sete ou oito dias junto das minhas filhas, todo o dia, com elas por cima e por baixo e aos gritos e às turras. Enfim, aquelas coisas das quais quase sempre nos queixamos, mas que afinal fazem muita faltam.
Blogosférias
Tenho andado com as minhas leituras um pouco atrasadas, a Dádiva Divina do Rui Zink está na mesa de cabeceira há algumas semanas com o marcador sempre na mesma página.
Antes não me deitava sem repescar um livro ou uma revista. Hoje deito mão do portátil e aqui estou eu de costas numa almofada, em cima da cama , a escrever este texto de circunstância enquanto o GPRS restabelece o sinal para poder surfar pela blogosfera fora até que as pálpebras comecem a pesar. Já passei pelos regionais que, por sinal, estão muito de "vacanças", pelos nacionais Causa Nossa que nos últimos dias tem estado a cargo do Vicente Jorge Silva, pelo Fórum Comunitário, pelo Aviz, Esplanar e tantos outros.
Continua a ser verdadeira a afirmação de Manuel António Pina, Visão da semana de 20 de Dezembro de 2003. "A Blogosfera é o lugar onde hoje melhor se escreve e pensa em Português"
Antes não me deitava sem repescar um livro ou uma revista. Hoje deito mão do portátil e aqui estou eu de costas numa almofada, em cima da cama , a escrever este texto de circunstância enquanto o GPRS restabelece o sinal para poder surfar pela blogosfera fora até que as pálpebras comecem a pesar. Já passei pelos regionais que, por sinal, estão muito de "vacanças", pelos nacionais Causa Nossa que nos últimos dias tem estado a cargo do Vicente Jorge Silva, pelo Fórum Comunitário, pelo Aviz, Esplanar e tantos outros.
Continua a ser verdadeira a afirmação de Manuel António Pina, Visão da semana de 20 de Dezembro de 2003. "A Blogosfera é o lugar onde hoje melhor se escreve e pensa em Português"
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