Mais uma vez as claques organizadamente desorganizadas, sem Rei nem
roque, gente sem dono, tomaram conta de Ponta Delgada e fizeram o que menos se
espera, ou talvez não, de um grupo de adeptos desportivos. Vandalismo quanto
baste e apelo à violência. A prática desportiva, mesmo que de alta competição e
negócio económico e financeiro, pressupõe bons hábitos. A estada do Santa
Clara, ou de outro qualquer clube dos Açores, na linha da frente do futebol
português é uma enorme valia para a indústria do turismo, quer em termos de
notoriedade de um destino que está em construção quer em termos de captação de
fluxos de viajantes em épocas de menos procura. Ao que me parece, de tantos
planos e projetos, quem nos governa pretende desenvolver essa indústria nos
Açores de modo a que venha ocupar o espaço económico que se vai esvaziando com
a perca de rendimentos do sector primário e a incapacidade de desenvolver o
terciário sem ser pela via dos serviços prestados a quem nos visita em lazer. Da
parte de quem vem fruir do que é nosso, exige-se que seja mais civilizado, sob
pena de tanta selvajaria criar anticorpos na sociedade Açoriana.
In Jornal Açoriano Oriental, edição de 17 de Dezembro de 2019
2 comentários:
Caro Barata.
Um texto importante por mais que sejam os seus eventuais erros...
A grande questão não é o civismo de quem nos visita nem o ataque ao que vem de fora, mas sim o que se pretende para a nossa economia e para a vida cultural,económica e social dos Açores e de facto os governos, central e regional caíram no erro de fazer do mau turismo o seu unico desígnio eventualmente porque pensam que é mais comodo e estupidamente eterno...
A questão prende - se com o tipo de autonomia que temos e com os politicos que esta autonomia gerou, no fundo a nossa autonomia (independentemente de alguns méritos conquistados)serviu para copiar os erros da governação central com a mesma ou maior avidez de usufruir dos tachos politicos criados por esta autonomia e não para repensar toda a organização administrativa e económica dos Açores.
Sem um toque a rebate a mexer com as consciências da ilha, o futuro será negro pois a crise se vier no turismo será como um tsunami e como uma tempestade prefeita, não basta ter uma Universidade se esta se abastradou como as restantes elites da região ao mesmo tempo que destruíram o tecido fabril e com ele a falta de consciência social do Povo Açoriano.
Caro Barata.
Um texto importante por mais que sejam os seus eventuais erros...
A grande questão não é o civismo de quem nos visita nem o ataque ao que vem de fora, mas sim o que se pretende para a nossa economia e para a vida cultural,económica e social dos Açores e de facto os governos, central e regional caíram no erro de fazer do mau turismo o seu unico desígnio eventualmente porque pensam que é mais comodo e estupidamente eterno...
A questão prende - se com o tipo de autonomia que temos e com os politicos que esta autonomia gerou, no fundo a nossa autonomia (independentemente de alguns méritos conquistados)serviu para copiar os erros da governação central com a mesma ou maior avidez de usufruir dos tachos politicos criados por esta autonomia e não para repensar toda a organização administrativa e económica dos Açores.
Sem um toque a rebate a mexer com as consciências da ilha, o futuro será negro pois a crise se vier no turismo será como um tsunami e como uma tempestade prefeita, não basta ter uma Universidade se esta se abastradou como as restantes elites da região ao mesmo tempo que destruíram o tecido fabril e com ele a falta de consciência social do Povo Açoriano.
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