Nasceu na Cidade de Ponta Delgada a 18 de Abril de 1842 um dos mais importantes filósósofos e poetas portugueses de todos os tempos e incontornável figura da qye ficou conhecida por Geração de 70.
Anthero Tarquinio do Quental ou o “Santo Anthero” como ficou celebrizado pelas palavras do não menos grande Eça de Queiroz.
“Em Coimbra, uma noite, noite macia de Abril ou Maio, atravessando lentamente com as minhas sebentas na algibeira o Largo da Feira, avistei sobre as escadarias da Sé Nova, romanticamente batidas da lua, que nesses tempos ainda era romântica, um homem, de pé, que improvisava.
A sua face, a grenha densa e loura com lampejos fulvos, a barba de um ruivo mais escuro, frisada e aguda, À maneira sírica, reluziam, aureoladas. (…) parei, seduzido, com a impressão de que não era aquele um repentista picaresco ou amvioso, como os vates do antiquíssimo século XVIII – mas um Bardo, um Bardo dos tempos novos, despertando almas, anunciando verdades. (…). Palavras do grande escritor da Póvoa do Varzim, ditas em 1863, ano em que eternizou o mito do “Santo Anthero”.
Em Coimbra, Antero foi um académico, revolucionário e racionalista. Na Cidade do Mondego conviveu, influenciou e foi influenciado pelas mais importantes figuras da sua geração como Oliveira Martins, Ramalho Ortigão e o grande Eça de Queiroz.
Mais tarde, já em Lisboa, na senda da tertúlia de Coimbra, pertenceu a um grupo de intelectuais a que mais tarde foi dado o nome de Cenáculo e do qual faziam parte além dos amigos de Coimbra já citados, Manuel D’Arriaga, Batalha Reis, Germano Vieira Meireles, Salomão Sáraga e Teófilo de Braga.
A 11 de Setembro de 1891, em Ponta Delgada, junto ao Convento da Esperança entregou “ na mão de Deus na sua mão direita” o seu coração.