Caro Rui Gambôa
Temo que os ares do Nordeste (meu berço) te estejam a fazer mal. Dever ser o ar rarefeito pela omnipresença da Câmara e dos Florestais na vida da gente. Aconselho um passeio à Boca da Ribeira, o ar junto ao mar é mais limpo.
O referendo não se vai realizar porque José Sócrates e Cavaco Silva não querem (ponto). Contudo, não é o argumento de que o Povo não sabe escolher e não pode ser-lhe dado voto nessas grandes questões que não conhece. O debate é urgente e necessário o Povo é povo para tudo. A representatividade parlamentar está pelas ruas da amargura, defender que a legitimidade da ratificação do tratado por via parlamentar é igual e tão legítima como pela via do referendo é demagogia e da pior. Todos sabemos que, em teoria isso é assim mas, também sabemos que, na prática, em Portugal, quem manda nos grupos parlamentares da situação são os primeiros-ministros.
Eu espero e é o meu wishfulthinking, que se realize o referendo a bem da consolidação da nossa democracia e da “credebilização” da nossa classe politica. Confesso que seria extraordinário para dizer mal de José Sócrates que ele não o promovesse, iria ser um tal desancar no Primeiro-ministro, mas não é isso que serve a Portugal no momento em que as instituições e os políticos estão totalmente desacreditados.
Mais uma e importante promessa por cumprir seria o derradeiro tiro na democracia e seria abrir caminho a todos os Josés Sócrates e Franciscos Louçãs e Paulos Portas que pululam pela política portuguesa à espera de uma oportunidade de apelar ao Povo nas suas fraquezas.
O Povo, essa massa anónima muitas vezes usada como arma de arremesso da democracia, não pode ser tratado como o mais sábio e capaz quando nos dá jeito e, por outro lado, como um rebanho de cordeirinhos mamões quando interessa aos novos burgueses dos salões do croquete decidir sobre coisas difíceis de explicar à nação e que apenas servem para escrevinhar nas enciclopédias os nomes de políticos medíocres.
Temo que os ares do Nordeste (meu berço) te estejam a fazer mal. Dever ser o ar rarefeito pela omnipresença da Câmara e dos Florestais na vida da gente. Aconselho um passeio à Boca da Ribeira, o ar junto ao mar é mais limpo.
O referendo não se vai realizar porque José Sócrates e Cavaco Silva não querem (ponto). Contudo, não é o argumento de que o Povo não sabe escolher e não pode ser-lhe dado voto nessas grandes questões que não conhece. O debate é urgente e necessário o Povo é povo para tudo. A representatividade parlamentar está pelas ruas da amargura, defender que a legitimidade da ratificação do tratado por via parlamentar é igual e tão legítima como pela via do referendo é demagogia e da pior. Todos sabemos que, em teoria isso é assim mas, também sabemos que, na prática, em Portugal, quem manda nos grupos parlamentares da situação são os primeiros-ministros.
Eu espero e é o meu wishfulthinking, que se realize o referendo a bem da consolidação da nossa democracia e da “credebilização” da nossa classe politica. Confesso que seria extraordinário para dizer mal de José Sócrates que ele não o promovesse, iria ser um tal desancar no Primeiro-ministro, mas não é isso que serve a Portugal no momento em que as instituições e os políticos estão totalmente desacreditados.
Mais uma e importante promessa por cumprir seria o derradeiro tiro na democracia e seria abrir caminho a todos os Josés Sócrates e Franciscos Louçãs e Paulos Portas que pululam pela política portuguesa à espera de uma oportunidade de apelar ao Povo nas suas fraquezas.
O Povo, essa massa anónima muitas vezes usada como arma de arremesso da democracia, não pode ser tratado como o mais sábio e capaz quando nos dá jeito e, por outro lado, como um rebanho de cordeirinhos mamões quando interessa aos novos burgueses dos salões do croquete decidir sobre coisas difíceis de explicar à nação e que apenas servem para escrevinhar nas enciclopédias os nomes de políticos medíocres.
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