Há causas e causas.

O Professor Vital Moreira tem uma causa, agradar ao Governo. Transformou-se numa espécie de académico populista. Há tempo que ando a escrever aqui que o professor de Coimbra quer reescrever a Constituição. talvez fosse bom alguém lembrar o professor Vital que a jurisprudência em sede de direito constitucional não se faz no blogue dele. im, porque parece que o prof repete, repete, repete a mesma cantiga até que a mesma se transforme em letra de lei fundamental. Mas, felizmente, não é assim nem o Professor Vital pode escrever a Constituição sozinho. Se assim fosse, teríamos uma constituição Estalinista, certamente. Claro está que, se o Governo fosse do santana Lopes e os Açores reivindicassem verbas para cumprir os quesitos de serviço nacional de saúde, o Professor Vital viria a terreiro dizer que os Açores tinham razão e que na República não nos compreendiam nem compreendiam as autonomias,. Como o caso é Sócrates/Jardim, toca de defender o indefensável.
Acaso não conheça, mas descofio que conhece, o Estatuto Politico administrativo da Madeira diz,no seu artigo 12º, assim :
Artigo 12.ºPrincípio da regionalização de serviçosA regionalização de serviços e a transferência de poderes prosseguem de acordo com aConstituição e a lei, devendo ser sempre acompanhadas dos correspondentes meios financeiros para fazer face aos respectivos encargos.

Claro que eu como Açoriano, de dois costados que os outros são de arribação, até acho que o Governo Regional não deve reivindicar mais dinheiro a Lisboa por causa dos Abortos. Afinal é este mesmo Governo Regional que fala de “super avit” ou lá como é que se escreve o raio da coisa.
Mais, eu até acho que o Governo regional, em questões de saúde tem que fazer muito mais do que abortos.
A radioterapia não se faz nos Açores mas os abortos sim.
A quimioterapia não se faz nos Açores mas abortos sim;
Não há neurocirurgia pediátrica, mas abortos sim;
Não há neonatologia para prematuros com menos de 26 semanas mas abortos sim;
Não se fazem tratamentos de patologias pediátricas como osas fendas palatinas, lábios leporinos e nevos (bastante comuns nas nossas Ilhas) mas abortos sim;
E tantas outras coisas que todos os dias levam os nossos médicos a evacuar doentes para Lisboa não sei porque não haverão de mandar as grávidas para abortar.
E se na Horta se fazem abortos, olha foi encontrada a verdadeira vocação do Hospital da Horta, abortar.