Coisas que eu gostava de ter escrito.
Autonomia II
02-06-2007 Açoriano Oriental
por Estevão Gago da Câmara
O discurso de Carlos César no Dia dos Açores não foi só “mais do mesmo”,
pior, foi insistir no erro e no engano. Insistir em fazer do Tribunal Constitucional o “bode expiatório” do centralismo significa adiar (por quantas mais décadas?) a revelação da verdade sobre os reais responsáveis pelo “défice autonómico” de que o Presidente do Governo Regional tanto se anda a queixar. O Tribunal julga, não fez as leis que dão margem para as tais “interpretações restritivas” e “centralistas”. Os autores das leis são os legisladores, os incompetentes políticos que as produzem, e não os “juízes” que as apreciam.
O “défice…” é fruto da “venda” de prerrogativas autonómicas, a troco das chorudas “transferências” que têm alimentado o “tráfico” de votos que garante as intermináveis “eras” dos consulados regionais.
O “poder” político das regiões autónomas é uma ficção e o respectivo poder administrativo passou a estar sujeito aos “fiscais” do Ministério das Finanças, por delegação do Ministro… As “famílias” partidárias, de cá e de lá, não disfarçam a satisfação porque sentem como garantidos mais uns milhões em “transferências”. Os governos de César deram aos açorianos mais de uma década de “fartura” o que não é o mesmo que felicidade e menos ainda de saúde e dignidade políticas.
PS. O mais recente “tabu” da política regional é o critério para os “medalhados” deste ano em São Roque do Pico. Depois de “Os Dez Mais…”, Carlos César e Natalino Viveiros voltaram a cair nas “boas graças” um do outro. Divirtam-se! “Quo vadis” Autonomia Açoriana…
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