Agora com mais calma e resolvido e bem o imbróglio institucional e constitucional em que Sampaio se viu enredado nos últimos 15 dias, debrucemo-nos sobre o imbróglio político em que Sampaio se enredou desde Sexta-feira passada.
Já aqui escrevi, e defendi que Sampaio não podia fazer outra coisa, ouvidos os partidos da maioria parlamentar, que não fosse indigitar o novo Presidente do PSD para formar um novo Governo.
Também já aqui escrevi que não gosto do estilo de PSL nem morro de amores por PP.
Do ponto de vista constitucional estamos conversados, Sampaio teve todas as razões e mais uma para agir como agiu.
Do ponto de vista político, o Presidente da República devia estar calado. Mas não, ao invés entendeu dar uma aviso ao novo governo, qual mestre-escola em inicio de ano lectivo prevendo uma turma de rebeldes arruaceiros.
Eu acho que o André tem razão. Aliás ontem tive a oportunidade de lhe dizer isso mesmo, ao vivo e a cores. Eu acho estupendo, vindo de um "Património do Partido Socialista". Acho delicioso. Estou regalado. Que mais posso pedir.
Depois de Fernando Rosas ter dito, a respeito da politica financeira do governo, que Manuela Ferreira Leite era "um Salazar de saias", só faltava que Sampaio, um antigo militante do MES e "património do Partido socialista", viesse dizer que o novo governo liderado por Pedro Santana Lopes tem que seguir o rumo do anterior.
Força camarada, tal como Barroso, entendes as mensagens do Povo quando vota mas manténs teimosamente o rumo. (Barroso ao menos foi-se embora)
Sampaio esteve bem em toda a linha na gestão e decisão desta crise mas devia ter estado calado quando começou a justificar que ia estar atento ao rumo deste governo e não permitir que saisse do rumo do anterior.
E se PSL e PP, mudarem o rumo o que é que Sampaio vai fazer? Vai acabar com a aula e mandar todos para a rua com falta a vermelho? Vai puxar as orelhas aos dois e pô-los de castigo no canta da sala? Vai dar-lhes umas reguadas valentes nas palmas das mãos? Ou vai obrigar os dois a escreverem a palavra défice 50 vezes no quadro?
12 de julho de 2004
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