19 de janeiro de 2004

Ordem dos Jornalistas. sim ou não?

“Nestes dias voltou à baila a velha ideia da criação de uma ordem dos jornalistas, que teve o seu auge há mais de 10 anos, até ser inequivocamente "chumbada" num referendo da classe” Vital Moreira em Causa Nossa.
Cada vez mais se justifica a criação de uma “Ordem dos Jornalistas”. Ao contrário do que possa parecer, as “ordens”, tal como as conhecemos, não são organizações dotadas de corporativismo cego, este está totalmente e exclusivamente reservado aos sindicatos. Por outro lado, as “ordens” são instituições que, sendo representativas de uma determinada classe, são também reguladoras da actividade dos seus associados. No caso de prevaricação por parte de Advogados e médicos, quase sempre as respectivas ordens são as primeiras instituições a tomar medidas, só depois entra em acção o poder judicial.
Esta actividade reguladora e fiscalizadora das “ordens” faz sem dúvida falta ao Jornalismo da actualidade. Vejamos os casos de abuso da liberdade de imprensa recentes que lançaram boatos e difamações sobre figuras públicas dos Açores e que afinal não passaram disso mesmo, falsos boatos e calúnias, e autênticos e repetidos atropelos ao código deontológico do Sindicato dos Jornalistas, desconhecendo-se qualquer acção disciplinar a decorrer nas instâncias sindicais competentes
(Conselho da Carteira Profissional dos Jornalistas,
Artigo
Competências
1 - Compete à Comissão da Carteira Profissional do Jornalista, adiante abreviadamente designada por CCPJ, emitir, renovar, suspender e caçar os títulos referidos no artigo anterior, bem como exercer os demais poderes que lhe sejam conferidos por lei.)
Contudo, o mesmo sindicato, em comunicado, admite terem existido violações persistentes ao código acima referido.

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