7 de novembro de 2019

Esvaziar.



Dentro do PSD cabe uma panóplia de militantes que vai desde os mais convictos social-democratas quase socialistas até ao mais radical dos reacionários da velha direita passando pelos desambientados liberais que encontraram em Passos Coelho um Porto de Abrigo. Com o advento de Rui Rio ficou claro: não há lugar aos liberais e muito menos aos radicais que, equivocados, permaneceram na esperança de um dia o PSD ser um partido de direita. São estes os militantes que apoiam André Ventura e o CHEGA, foram os primeiros a tomar a decisão de abandonar o partido e conseguiram eleger um Deputado nas últimas legislativas. O discurso mais amolecido mas contundente do líder do CHEGA, nos últimos dias, fez com que muita dessa gente envergonhada viesse para as redes sociais apoiar o então proscrito radical populista de direita e quase o transformam numa espécie de herói nacional que tem a coragem de dizer em voz bem clara e inequívoca o que muitos pensam apenas no mais íntimo dos seus silêncios. Apesar de me manter um liberar e achar que o caminho é o do liberalismo, prevejo um grupo parlamentar do CHEGA na próxima legislatura. 

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