Foto Frederico Fournier
A situação na ilha das Flores e por inerência no Corvo, é equivalente a um "Estado de Guerra". Se a oposição não percebe isso então não percebe coisa nenhuma e se os Florentinos esperam um regresso breve à normalidade, então estão redondamente enganados até porque isso além de ser impossível comprovaria que não precisam de porto para coisa nenhuma.
A hora é de contenção, racionamento, boa gestão de recursos e menos retórica e eloquência oratória. Não exportem gado, comam-no; Não importem ovos, importem galinhas; Não lastimem a adversidade, transformem-na em oportunidade; Aproveitem para desenvolver pequenas economias familiares; Regressem às hortas, à enxada e às sementes em lugar dos legumes congelados; Comam peixe fresco em vez de o exportarem; Cuidem-se como sempre souberam fazer e não descansem à espera que alguém (não se sabe quem) resolva tudo. Essa solução não vai chegar tão cedo porque não existe e não é avisado tomar medidas precipitadas.
11 comentários:
O Temporal de 23 de Setembro de 2019 (lorenzo) destruiu o Porto das Lajes das Flores.
23 de Setembro só se tiver sido do calendário Juliano ou Judaico. O Lorenzo foi a 2 de Outubro de 2019 do calendário Gregoriano.😉
Claro que é 2 de outubro. Eu estava a pensar no 23 de Setembro que destruiu parte do Porto de Ponta Delgada e acabei escrevendo errado. Abraço. Obrigado.
Caro Nuno:
Quem tem de perceber o actual estado de coisas no Grupo Ocidental, é o GRA! A oposição local, pelo menos uma parte dela tem feito o seu papel. Os florentinos tem memória, e precisamente por isso é que não querem, e bem, voltar ao tempo do racionamento e armazenamento de bens essenciais. Para alguns (e algumas!) bom mesmo, seria voltarmos todos ao tempo dos carros de bois, à luz da candeia de azeite, ao cozinhar com lenha e e deixamos de chatear os governantes, bem acomodados nos seus sofás confortáveis das secretarias e direcções regionais, certo?
Há mil cabeças de gado prontas para saírem das Flores, tanto mais que os alimentos naturais estão a escassear. Vamos então passar a comer bife ao pequeno almoço, almoço e jantar, é isso? Regressar à terra, até pode ser boa ideia, mas não conheço sementes que sendo lançadas à terra hoje, já se podem colher amanhã. E entretanto, comemos o quê? Ah, bifes, pois é!!!
Nuno, felizmente os Açores em geral (e as Flores em particular) atingiram patamares de algum conforto nos últimos anos, e regredir não é fácil, nem aceitável. Não estamos em tempo de guerra (nem metaforicamente falando!), e estarmos a passar dificuldades apenas porque quem de direito não sabe, não quer ou não é capaz de dar as respostas adequadas, não é aceitável! Como bem sabes, nas Flores não precisamos apenas de alimentação. Há actividade económica que depende da chegada de bens. Estamos preparados para algumas restrições, sabemos que a situação não é de fácil nem de rápida solução e os florentinos até são bem resilientes. Mas há o dever de quem de direito procurar minimizar os actuais constrangimentos, e isso não tenho visto. Os transportes marítimos não podem continuar indefinidamente tendo como suporte apenas o "Paulo da Gama"!
Entretanto, e já que no teu entender as Flores e Corvo passaram a ser uma terra de oportunidades, assim a modos que uma América dentro dos Açores, desafio-te a vir viver para as Flores. Se precisares de terra para cultivar, podemos fazer uma parceria!
Abr,
Hernâni Peixoto
PS - Já agora, andaste na escola da Dona Ló? :-)
Pois... Pena é que os nossos impostos não sigam também de barco...
Acha que consumir o gado localmente, representa o mesmo lucro que exportá-lo? Acha que o peixe é exportado de barco? Acha que o Inverno nas Flores permite grandes culturas nas hortas? E o combustível e o gás? Devemos começar a fazer uns furos a ver o que se encontra? Sabe que a produção de energia elétrica no Corvo está dependente do abastecimento de combustível? Eu sei, e todos os florentinos e corvinos deviam saber que o problema não se resolverá rapidamente... Mas... Quem está muito bem pago, e deveria estar muito bem acessorado, para resolver problemas, também devia conhecer a realidade e especificidades destas ilhas... Não tem havido, eficiência, proatividade ou empatia na procura de soluções... Há toda uma economia baseada, durante décadas, na importação e exportação marítima... bem ou mal... e de repente tudo pára.. E já vamos com 4 semanas de evolução... Continua tudo parado... Há empresas dependentes da importação de bens e produtos, famílias inteiras... E não se procura outra solução?!? Insiste-se na mesma e espera-se que o tempo ajude? Não estou a defender causa própria, porque a minha subsistência não está dependente do transporte marítimo, mas, tal como todos os "políticos" deveriam ter em atenção, preocupa-me o lento definhar da economizar, já débil, de duas ilhas...
Acho que o senhor só está 50% errado quando diz que a "solução não vai chegar tão cedo porque não existe". Efetivamente, que a "solução não vai chegar tão cedo" é um facto e está à vista: já não vemos a cor de um barco há semanas e o inverno não faz prever um abastecimento regular no futuro. Quanto à solução não existir é que já são outros quinhentos... Não está a ser feito tudo quando pode ser feito. Os florentinos e os corvinos sabem que qualquer solução neste momento será apenas um remendo, mas também sabem que há remendos melhores que outros. E o remendo que têm agora é daqueles fraquinhos.
Acho que o senhor só está 50% errado quando diz que a "solução não vai chegar tão cedo porque não existe". Efetivamente, que a "solução não vai chegar tão cedo" é um facto e está à vista: já não vemos a cor de um barco há semanas e o inverno não faz prever um abastecimento regular no futuro. Quanto à solução não existir é que já são outros quinhentos... Não está a ser feito tudo quando pode ser feito. Os florentinos e os corvinos sabem que qualquer solução neste momento será apenas um remendo, mas também sabem que há remendos melhores que outros. E o remendo que têm agora é daqueles fraquinhos.
O CDS no seu real.Aqui está a opinião do CDS. Nuno Barata CDS
Que só pensa em ponta delgada já deu para perceber, se fosse consigo queria ver se ia tomar as atitudes que aconselha.
Os florentinos e corvinos também descontam para a manutencao do Porto de ponta delgada que deve ser feita atempadamente ao contrario da "ilhas"
Um especialista em generalidades é especialista em coisa nenhuma..! Você acaba de o confirmar.
Discordo completamente do seu comentário, acho que o Sr. Nem parou para pensar para depois escrever sobre uma Ilha das Flores que fica tão longe de todos... Aliás seguindo o seu exemplo eu também poderia escrever coisas com essa sua intenção sobre o Sr...
Frank Freitas
Enviar um comentário