31 de outubro de 2019

Postal para as Flores


A imagem pode conter: céu, nuvem, oceano e ar livre

Foto Frederico Fournier

A situação na ilha das Flores e por inerência no Corvo, é equivalente a um "Estado de Guerra". Se a oposição não percebe isso então não percebe coisa nenhuma e se os Florentinos esperam um regresso breve à normalidade, então estão redondamente enganados até porque isso além de ser impossível comprovaria que não precisam de porto para coisa nenhuma.
A hora é de contenção, racionamento, boa gestão de recursos e menos retórica e eloquência oratória. Não exportem gado, comam-no; Não importem ovos, importem galinhas; Não lastimem a adversidade, transformem-na em oportunidade; Aproveitem para desenvolver pequenas economias familiares; Regressem às hortas, à enxada e às sementes em lugar dos legumes congelados; Comam peixe fresco em vez de o exportarem; Cuidem-se como sempre souberam fazer e não descansem à espera que alguém (não se sabe quem) resolva tudo. Essa solução não vai chegar tão cedo porque não existe e não é avisado tomar medidas precipitadas.

11 comentários:

Nuno Barata disse...

O Temporal de 23 de Setembro de 2019 (lorenzo) destruiu o Porto das Lajes das Flores.

Miguel Nóia disse...

23 de Setembro só se tiver sido do calendário Juliano ou Judaico. O Lorenzo foi a 2 de Outubro de 2019 do calendário Gregoriano.😉

Nuno Barata disse...

Claro que é 2 de outubro. Eu estava a pensar no 23 de Setembro que destruiu parte do Porto de Ponta Delgada e acabei escrevendo errado. Abraço. Obrigado.

Hernâni Peixoto disse...

Caro Nuno:
Quem tem de perceber o actual estado de coisas no Grupo Ocidental, é o GRA! A oposição local, pelo menos uma parte dela tem feito o seu papel. Os florentinos tem memória, e precisamente por isso é que não querem, e bem, voltar ao tempo do racionamento e armazenamento de bens essenciais. Para alguns (e algumas!) bom mesmo, seria voltarmos todos ao tempo dos carros de bois, à luz da candeia de azeite, ao cozinhar com lenha e e deixamos de chatear os governantes, bem acomodados nos seus sofás confortáveis das secretarias e direcções regionais, certo?
Há mil cabeças de gado prontas para saírem das Flores, tanto mais que os alimentos naturais estão a escassear. Vamos então passar a comer bife ao pequeno almoço, almoço e jantar, é isso? Regressar à terra, até pode ser boa ideia, mas não conheço sementes que sendo lançadas à terra hoje, já se podem colher amanhã. E entretanto, comemos o quê? Ah, bifes, pois é!!!
Nuno, felizmente os Açores em geral (e as Flores em particular) atingiram patamares de algum conforto nos últimos anos, e regredir não é fácil, nem aceitável. Não estamos em tempo de guerra (nem metaforicamente falando!), e estarmos a passar dificuldades apenas porque quem de direito não sabe, não quer ou não é capaz de dar as respostas adequadas, não é aceitável! Como bem sabes, nas Flores não precisamos apenas de alimentação. Há actividade económica que depende da chegada de bens. Estamos preparados para algumas restrições, sabemos que a situação não é de fácil nem de rápida solução e os florentinos até são bem resilientes. Mas há o dever de quem de direito procurar minimizar os actuais constrangimentos, e isso não tenho visto. Os transportes marítimos não podem continuar indefinidamente tendo como suporte apenas o "Paulo da Gama"!
Entretanto, e já que no teu entender as Flores e Corvo passaram a ser uma terra de oportunidades, assim a modos que uma América dentro dos Açores, desafio-te a vir viver para as Flores. Se precisares de terra para cultivar, podemos fazer uma parceria!
Abr,
Hernâni Peixoto
PS - Já agora, andaste na escola da Dona Ló? :-)

Carla Reis disse...

Pois... Pena é que os nossos impostos não sigam também de barco...
Acha que consumir o gado localmente, representa o mesmo lucro que exportá-lo? Acha que o peixe é exportado de barco? Acha que o Inverno nas Flores permite grandes culturas nas hortas? E o combustível e o gás? Devemos começar a fazer uns furos a ver o que se encontra? Sabe que a produção de energia elétrica no Corvo está dependente do abastecimento de combustível? Eu sei, e todos os florentinos e corvinos deviam saber que o problema não se resolverá rapidamente... Mas... Quem está muito bem pago, e deveria estar muito bem acessorado, para resolver problemas, também devia conhecer a realidade e especificidades destas ilhas... Não tem havido, eficiência, proatividade ou empatia na procura de soluções... Há toda uma economia baseada, durante décadas, na importação e exportação marítima... bem ou mal... e de repente tudo pára.. E já vamos com 4 semanas de evolução... Continua tudo parado... Há empresas dependentes da importação de bens e produtos, famílias inteiras... E não se procura outra solução?!? Insiste-se na mesma e espera-se que o tempo ajude? Não estou a defender causa própria, porque a minha subsistência não está dependente do transporte marítimo, mas, tal como todos os "políticos" deveriam ter em atenção, preocupa-me o lento definhar da economizar, já débil, de duas ilhas...

Anónimo disse...

Acho que o senhor só está 50% errado quando diz que a "solução não vai chegar tão cedo porque não existe". Efetivamente, que a "solução não vai chegar tão cedo" é um facto e está à vista: já não vemos a cor de um barco há semanas e o inverno não faz prever um abastecimento regular no futuro. Quanto à solução não existir é que já são outros quinhentos... Não está a ser feito tudo quando pode ser feito. Os florentinos e os corvinos sabem que qualquer solução neste momento será apenas um remendo, mas também sabem que há remendos melhores que outros. E o remendo que têm agora é daqueles fraquinhos.

Fedra disse...

Acho que o senhor só está 50% errado quando diz que a "solução não vai chegar tão cedo porque não existe". Efetivamente, que a "solução não vai chegar tão cedo" é um facto e está à vista: já não vemos a cor de um barco há semanas e o inverno não faz prever um abastecimento regular no futuro. Quanto à solução não existir é que já são outros quinhentos... Não está a ser feito tudo quando pode ser feito. Os florentinos e os corvinos sabem que qualquer solução neste momento será apenas um remendo, mas também sabem que há remendos melhores que outros. E o remendo que têm agora é daqueles fraquinhos.

Anónimo disse...

O CDS no seu real.Aqui está a opinião do CDS. Nuno Barata CDS

Anónimo disse...

Que só pensa em ponta delgada já deu para perceber, se fosse consigo queria ver se ia tomar as atitudes que aconselha.
Os florentinos e corvinos também descontam para a manutencao do Porto de ponta delgada que deve ser feita atempadamente ao contrario da "ilhas"

Anónimo disse...

Um especialista em generalidades é especialista em coisa nenhuma..! Você acaba de o confirmar.

Anónimo disse...

Discordo completamente do seu comentário, acho que o Sr. Nem parou para pensar para depois escrever sobre uma Ilha das Flores que fica tão longe de todos... Aliás seguindo o seu exemplo eu também poderia escrever coisas com essa sua intenção sobre o Sr...
Frank Freitas

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