Alguém lembrou que hoje passam 9 anos sobre o aparecimento da Coluna Infame, o primeiro blogue feito em Portugal, por autores portugueses versando temas generalistas desde o mais cosmopolita dos assuntos até ao “enredo” mais caseiro e comezinho. O blogue do Mexia, como na gíria era conhecido, foi, de facto, um marco importantíssimo para a chamada blogosfera Portuguesa. Porém, a grande espoleta desse movimento (há quem teime na tese de um novo movimento filosófico ter aparecido com os blogues em Portugal) não foi tanto o aparecimento da Coluna Infame mas precisamente o seu fim. Na verdade, quando em 10 Junho de 2003 o Pedro Mexia anunciou o fim do blogue, este final antecipado e inesperado saltou para as páginas do Jornal Público e dá-se então oi grande boom de blogues e os restante media começam a olhar de uma forma mais séria para o fenómeno. Em 23 de Junho (data da fundação do Fôguetabraze) José Manuel Fernandes, na altura um dos jornalistas e opinion makers mais lidos de Portugal, faz um trabalho sobre o fenómeno. Na realidade, o Jornal Público foi o OCS que mais se dedicou a esse fenómeno que José Manuel Fernandes descreve desta forma: "Na verdade, a blogosfera é a mais vibrante das expressões modernas da Ágora ateniense, esse espaço público onde os cidadãos se encontravam para discutir os assuntos que a todos diziam respeito. A blogosfera é mais democrática, mais aberta, mais plural, mais interessante e mais rica do que os espaços de debate da maioria dos meios de comunicação tradicionais, mesmo os famosos fóruns de discussão radiofónicos."
JMF, Público.
JMF, Público.
Por isso, não hesito em dizer que mais do que o princípio da Coluna Infame, foi o seu fim que mais importância teve para o desenvolvimento deste movimento.
2 comentários:
O José Manuel Fernandes é tal que colaborou na inventona das escutas, uma marosca dos assessores de Belém.
Um lacaio desprezível.
Ex-militante da extrema esquerda (UDP e afins) e agora transformado em opinion maker da «direita».
É de rir!
Os blogs não são movimento nenhum, no sentido agregador de uma ideia única ou política. São quase exclusivamente outra forma de comunicar e de exibição nalguns casos. Sempre houve formas de comunicar e comunicadores que foram contestados ou em contraponto confrontados com outras ideias ou comentários. Nem muito menos se aceitará a ideia de gurús ou heróis do método. O mérito é desta nova forma de comunicar que é a Net, que também permite engrandecer os sábios e enfraquecer os medíocres.
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